Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: Iridescent - Linkin Park http://www.youtube.com/watch?v=gUmtn-BMB6o (ouçam com ela também)
-
Espero que gostem e comentem lá embaixo, porque eu também gostei de escrever esse =D
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/283045/chapter/21

Chace's POV



Eu fui embora da caverna. Ainda chovia. Fui na direção oposta a que Diana seguira, mas do mesmo jeito para a mata. Não havia mais sentido em ficar escondido ali. Saí andando, o tridente em uma das mãos por precaução caso alguém aparecesse.

Então ouvi o grito.

O grito mais terrível que eu já ouvira. Um grito prolongado e agudo, tão cheio de dor que me gelou até os ossos. Mas eu sabia de quem ele era. O pânico tomou conta de mim.

Voltei correndo o mais rápido que conseguia para onde eu vira Diana desaparecer no meio das árvores. Escorreguei algumas vezes, mas não dei atenção. Continuei correndo, rezando a todos os deuses para que estivesse tudo bem, mesmo sendo óbvio que não estava.

Corri até que o grito se tornou mais próximo. Prossegui mais alguns metros e a cena que vi me paralisou.

O psicopata do Thomas estava em cima de Diana, caída no chão. Embaixo e ao redor, uma poça de sangue se espalhava. Diana tinha parado de gritar. Estava imóvel. Thomas ria loucamente, com o machado no pescoço dela.

Pulei em cima dele e o agarrei pela cabeça com um grito. Eu estava com tanta raiva que não percebi o que fazia. Enfiei o tridente no peito dele e o atirei no chão. Mas não parei. Retirei e voltei a empurrar o tridente nele, até que só restavam pedaços sangrentos. E furos. Mil furos medonhos em Thomas inteiro. Finquei o tridente no pescoço dele, com tal força que acertou até a terra e ficou preso lá.

O canhão já havia atirado há muito tempo. O de Thomas.

Eu respirava fundo, ofegando. Até ouvir um som engasgado atrás de mim que me apertou a alma.

Corri até onde Diana estava e me ajoelhei ao lado dela. Segurei sua cabeça delicadamente e no segundo que demoramos para falar alguma coisa, vi o que Thomas havia feito.

O rosto de Diana estava quase completamente cortado, mal dava para reconhecê-la. O pescoço fora cortado quase até a metade e era por isso que ela... que ela estava morrendo. Eu não sabia como ainda estava viva. Seus olhos tinham perdido todas as cores que antes eram tão chamativas.

Não, não – eu murmurava. Diana segurou minha mão.

S-s-into muito – Diana sufocou.

Por favor, você não pode me deixar, Diana – eu implorei. - Você não.

Ela fechou os olhos apertado, como se dissesse mais uma vez que sente muito. Suas feições se contraíram de dor e uma lágrima escorreu.

Eu te amo tanto – Diana sussurrou baixinho.

Eu também te amo, Diana – eu disse, desesperado. - Eu te amo mais do que qualquer coisa que eu já possa ter amado na vida.

Diana soluçou e o sangramento no pescoço aumentou. Ela tentou respirar fundo, com os olhos fechados. Quando voltou a abri-los, eles haviam readquirido um pouco do brilho cativante de sempre.

Ganhe – Diana disse. Com força. Usando o charme, que eu notei vagamente, mal ouvindo.

Então os olhos dela se fecharam. A mão dela na minha ficou flácida e se soltou. E o tiro do canhão. Aquele som que eu só percebera ser tão horrível agora.

Diana estava morta.

Não! - eu gritei. Talvez eu estivesse louco. Talvez só desesperado. Talvez os dois.

Cheguei ao ponto de sacudi-la, como se achasse que estava só dormindo. Um sono profundo demais. Eu não podia deixá-la ali, ir embora. E se ela acordasse e eu não estivesse mais ali? Diana poderia achar que eu a abandonara. Sempre fora uma garota com atitude. E se ela não me perdoasse? Se ela acordar e eu tiver ido embora, ela pode ficar perdida e não conseguir se sustentar. Ou será que não?

Eu deitei Diana no chão.

E berrei. De puro ódio e fúria. Ódio daquele lugar. Ódio daquelas pessoas. Ódio de Diana, que me abandonou. Ódio dos deuses, que permitiram que tudo isso estivesse acontecendo. Ódio de mim mesmo por permitir que aquilo acontecesse.

Continuei berrando, sem ligar se poderiam me achar facilmente e me matar. Nem seria necessário muito esforço. Não me importava mais.

Eu estava mais sozinho do que nunca. Ninguém mais iria me manter são e me impedir de fazer alguma besteira. Ninguém mais estaria lá para me ajudar se eu precisasse. E eu precisava.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O próximo sai quarta-feira.
Recomendações? Reviews? *-*
Para quem estão torcendo? O que acharam desse capítulo? O que estão achando da fic inteira?
Comente aí embaixo, pois não custa nada, me deixaria muito feliz e eu quero muito saber a opinião de vocês :3