Recomeçar escrita por Amizitah


Capítulo 29
Capítulo 29 - Perdendo-me.


Notas iniciais do capítulo

Eeeita, agora eu fiquei inspirada!
KKK Gente, era só para eu postar na terça ou quarta, sei lá, mas me surgiu uma ideia tão boa para o fim da história que eu já escrevi esse capítulo aqui. Agora, vocês entederão o porque do Kakashi ter ouvido explosões!
Beijos meus amores!
Ami ~



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Aquele dia... Aquela noite em especial. Levei muito tempo para não sonhar com ela. Mas agora... Ela se repetia e as lembranças eram inevitáveis. Aquelas mãos grandes e um pouco ásperas tocando-me... Dava para relembrar cada soco que levei e pior das sensações que vinham com ela. A sensação quase insuportável de ser usada por alguém tão insensível ao que você sente.

Mas agora... Não.

Não sou mais uma garota fraca para me deixar ser usada por alguém como ele.

Não vou permitir que o Kakashi me veja novamente naquele estado.

Nunca.



Dezembro, dia 1 – Centro da floresta Leste e começo do Por do sol – Momentos antes das explosões.


Terasu Mitsue.


Soltei mais um arfar de medo quando as mãos dele tocaram a superfície exposta dos meus seios ainda vestidos no sutiã, acariciando enquanto sua outra mão passava por debaixo do vestido e apertava meu quadril de modo que meu corpo ficasse pressionado ao dele.

– Maravilhoso... – Murmurou gravemente em meu ouvido e então o mordiscou enquanto falava – Você é melhor que eu pensava... – E então mordeu com mais força minha orelha de modo e eu apertasse os olhos de dor e raiva pulsantes.

– Me solta... Agora. – Grunhi.

– Se você for paciente o bastante isso acabará rápido e então pensarei no seu caso.

– É sua ultima chance de me soltar... – Olhei o rosto dele com o canto dos olhos e ele abriu um sorriso malicioso, encostando os lábios no meu ouvido.

– Tente me tirar daqui então. Caso contrário... Você já sabe – E então riu, divertido com minha irritação. Mas eu não achava graça nenhuma.

Ele afastou os lábios do meu ouvido, e então, meu corpo agiu sozinho.

De uma vez, dei uma cabeçada no Lance e ele soltou um grito de dor, mas sem me soltar. Então, movida pelo ódio de ele estar me tocando, levantei uma das pernas para ter impulso e então a joguei para trás, acertando em cheio o meu alvo.

Ouvi um silvo seco de dor no meu ouvido e então o Lance cambaleou para trás e caiu, vermelho de dor.

Eu poderia ter corrido dali, mais meu ódio por ele era tão grande que eu senti todo meu corpo tremer e se virar para ele.

– Maldito! – Berrei, e então lancei um chute bem dado no rosto dele e o corpo dele tombou na neve.

A tremedeira no corpo aumentava mais e mais e todo o frio que adormecia meus membros desapareceu. Afastei dois passos do Lance e levantei as mãos tremulas na frente do rosto a tempo de ver o chakra violeta passar numa velocidade surpreendente sobre minha pele, cada vez mais rápido, e então meu olhar foi para o Lance. Ele havia acabado de se erguer com dificuldade na neve, manchando a superfície branca com o sangue que minava do seu nariz e lançando seu olhar cheio de raiva para mim.

– Parece que não tenho escolha... - Murmurou, com o corpo tremulo como o meu – Eu vou ter que te matar aqui e agora usando o poder que eu tenho...!

Dito isso, a expressão antes maliciosa se deformou numa expressão que dificilmente poderia descrever de tão deformada. Mas era algo... Animalesco. Era além que a expressão de um ser humano normal. Mas essa não era a pior parte...

A pior parte foi quando aquela aura violeta clara surgiu envolta do corpo dele e explodiu ao seu redor em uma chama maligna e pesada que foi capaz de derreter toda a neve em volta dele.

– Vou te matar nem que seja a última coisa que eu faça! – Berrou. Até mesmo a voz dele havia se deformado, e ficou mais grossa que o normal num tom gutural profundo e tão arrepiante quando o chakra.

– Merda... – Murmurei, sentindo o chakra correr mais rápido que antes graças a reação que aquilo me provocava.

Como uma fera indomável, Lance investiu em mim e lançou um golpe com o punho várias vezes maior graças a chama maligna e aquilo me acertou, lançando-me tão longe que eu senti que não tocaria o chão tão cedo. Senti os troncos das árvores secas se quebrarem nas minhas costelas e derrubar destroços a minha volta, e depois de um bom tempo quebrando a vegetação, uma pedra grande e pontuda surgiu por trás de mim e meu corpo se chocou contra ele, fazendo um barulho alto de rocha sólida se quebrando nas minhas costas.

Meu corpo deslizou pela pedra até parar numa parte desregular dela. Abri os olhos cerrados, mas minha visão estava embaçada, mas mesmo com a visão tão turva, pude enxergar um ponto violeta faiscante vindo na minha direção e então soltei uma exclamação. Meu chakra reagiu no segundo seguinte e me cobriu com uma chama de enormes proporções, e com a onda de calor e poder, minhas pernas reagiram e eu saltei dali no momento que o ponto violeta me alcançou, passando direto por mim em direção a pedra e terminou de destruí-la com um estrondo maior que o ultimo.

Lance apertou as mãos gigantes e olhou para mim, em pé na frente do que restou da pedra, soltando um rugido gutural de uma besta.

– Vou te matar! – Falou no tom gutural.

Apertei os punhos e a chama a minha volta respondeu, aumentando várias vezes de tamanho de modo que meus cabelos se levantassem e balançassem com o chakra que fluía de meus poros para fora.

– Idem – Cerrei os olhos e ele grunhiu profundamente, correndo na minha direção novamente com os olhos bestiais grudados em mim.

Cruzei os braços na minha frente para defender-me do soco que me lançou e assim que os chakras fizeram contato, faíscas brilhantes escaparam por todos os lados até que nos afastássemos. Lance lançou golpes seguidos um pelo outro com uma ira visível até mesmo no chakra que circulava ao seu redor. Apertei os olhos, sentindo meu corpo se afastar mais a cada golpe dele.

– Lute! – Gritou para mim antes de dar outro golpe que me afastou mais ainda – Não foi para isso que resistiu tanto?! LUTE! – E então levou o punho mais para trás para um novo e mais potente golpe que todos os últimos. Arregalei os olhos, sabendo que voaria ainda mais longe que antes se não tomasse uma atitude e então arrisquei minha única e arriscada chance. Abaixei um pouco a minha guarda para que meu chakra penetrasse mais meu corpo e então fluísse em maior quantidade para fora, oque era arriscado, pois a cada maior quantidade de chakra expelido, maiores as chances de eu perder meu controle emocional com a ira que vinha junto com o poder. Então deixei que parte de meu controle fosse dominado para meu corpo agir sozinho da melhor forma e assim foi.

Movido pela parte irracional e irada de mim, joguei meu corpo para trás, fazendo que o golpe dele apenas alcançasse o ar e então me ergui novamente, lançando um soco diretamente no estomago que o fez ser lançado para as árvores numa boa velocidade. Meu lado instintivo me moveu para as árvores numa velocidade completamente diferente da que eu conseguia alcançar e consegui acompanhar o Lance enquanto voava, então saltei para cima dele. Os olhos dele se arregalaram ao me ver sobre ele enquanto voava quebrando as árvores e então juntei as mãos para o alto e desci diretamente para o peito dele, lançando-o de uma vez no chão abaixo de nós. Uma enxurrada de neve voou por todos os lados ao redor da cratera feita pelo corpo dele e então eu me agarrei a um galho, dando um giro de 180 graus para então cair no chão coberto pela neve, de costas para o Lance. Levei as mãos para a cabeça e apertei os dedos nela, me esforçando para recuperar o controle enquanto ouvia o barulho na neve pelas mãos do Lance, que acabara de começar a se levantar para fora da cratera. Me virei lentamente para trás, cerrando os dentes com força tamanho o esforço para recuperar minha consciência.

Lance se levanta com o corpo um pouco curvado para frente, porém sua cabeça estava virada para mim, rosnando como um animal bestial enquanto seus olhos me perfuravam como navalhas. Afastei as mãos da cabeça devagar e então não despreguei os olhos dos dele, completamente presa por aquela cor vibrante.

Os olhos dele... Não era nem brancos, nem cinza, nem negros. Eram de um amarelo vibrante tão claro que meu interior era completamente perturbado por eles.

– Uma variação... – Murmurei em voz baixa enquanto ele rosnava mais alto com a minha voz – O amarelo é uma variação dos olhos amendoados dele. Uma cor equivalente mais clara – Levei a mão para o rosto – Então o branco dos meus olhos é uma variação da minha íris negra... Faz sentido – Raciocinei e então estreitei os olhos – Ele está fora de controle e então o amarelo é completamente vivo já que o chakra flui em seu máximo pelo corpo dele. Entendi agora.

Mas se a variação mudava quando o chakra era completamente liberado... Qual será minha variação? Melhor nem tentar descobrir já que liberar uma carga de chakra como a minha significaria minha morte.

Sai de meu raciocínio quando ouvi outro rosnar mais gutural e feroz que o ultimo, e então ele voltou a correr na minha direção, completamente dominado pelos instintos mais selvagens que um ser humano guardava dentro de si, nas profundezas da consciência.

Mesmo que eu estivesse despida de proteção para uma batalha, corri com minhas botas pisando forte no chão na direção dele também e levei meu punho para trás no mesmo momento que o Lance.

Estou prestes a lançar um golpe equivalente ao dele para não sofrer muitos danos quando sinto uma pontada na cabeça e então minha outra mão vai para o local da dor e diminuo a velocidade enquanto minha visão ficava turva e o calor interno causado pelo chakra crescia cada vez mais junto com um formigamento considerável.

– M-meu... Meu controle não foi perfeito... – Murmurei engasgada e então forcei a minha cabeça a não ser dominada por aquela sensação de calor, mas já era tarde.

Meus passos pararam abruptamente e meus olhos giraram pelas orbitas enquanto a chama triplicava ao meu redor, quase alcançando o tamanho da chama maligna do Lance, mas mesmo não sendo tão grande como a dele, a onda de energia que cresceu foi suficiente para lançá-lo para trás em poucos metros. Minha outra mão foi para a cabeça e eu apertei com muita força enquanto o calor e o formigamento ficavam quase insuportáveis e então a coisa alcançou um nível maior. O crescimento a seguir foi tão súbito que a pressão foi muito forte, e o calor me deu uma sensação parecida de quando você mergulha na lava e então a dor foi insuportável.

Eu cai de joelhos e joguei minha cabeça para trás enquanto soltava o grito de dor mais doloroso que já havia soltado na minha vida e apenas o pouco de aumento de pressão ali foi suficiente para causar uma explosão consideravelmente grande e forte para ser ouvida por todo o território de Konoha, abafando meu grito eterno de dor.

Minha mente foi para o espaço, e dentro de mim, naquele lugar fundo que minha consciência estava, eu sabia que um grande desastre se seguiria ali.

Agora eu estava incontrolável.


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