Recomeçar escrita por Amizitah


Capítulo 26
Capítulo 26 - Reviravolta.


Notas iniciais do capítulo

Yoo!
Meus lindos e lindas, como sempre, espero que gostem desse Capítulo!
Tenho certeza que o Andrey vai gostar desse capítulo Rsrsrsr, parece que ele conseguiu desvendar uma de minhas maiores surpresas XD.
Beijooos meus fofos!
Ami ~



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Já tinha ouvido falar uma vez da ama de leite do Naruto há anos que ter um filho não é uma tarefa simples, e que as dificuldades começam quando ele dá o primeiro sinal de que irá nascer. As dores. Me disse que são enormes, mas que apenas as mulheres são capazes de suportar. Nunca achei que isso fosse grande coisa. Já senti dores horríveis, originadas de minhas experiências de Shinobi, então sempre mantive a ideia que isso não se compararia as que já senti.

Que erro cometi ao pensar numa coisa dessas.


Dezembro, dia 1 – Ao lado da fronteira da vila sob invasão.


– Terasu Mitsue –


Em pouco tempo, meu vestido branco começou a grudar no corpo com o suor que escorria pela minha pele clara. As dores vinham uma atrás da outra, e a cada uma delas, um novo gemido escapa pelos meus lábios, seguido por um arfar intenso, com o peito subindo e descendo fortemente na tentativa de recuperar o ar gélido do inverno.

Cerrei os dentes para controlar a dor ainda respirando golfadas enormes de ar. Levei meu olhar para o sobretudo que ainda vestia. Ergui as mãos em cima da barriga para perto da boca e arranquei as luvas de couro macio com os dentes, ferozmente, e as levei para os botões do sobretudo, desabotoando de forma apressada e desajeitada graças a tremedeira nos membros. No ultimo botão, me esforcei para sentar e arranquei aquilo de mim, jogando o sobretudo na neve ao meu lado e então mais uma enxurrada de dor surge e eu volto a bater as costas no tronco atrás de mim pressionando as pálpebras e cerrando mais os dentes para não soltar um barulho alto.

– Mitsue-senpai! – Naruto saltou da árvore e caiu do meu lado, passando os olhos urgentemente pelo meu corpo para ver algum sinal de ferida, mas não encontrou nada – Oque aconteceu com você ttebayo?!

Abri um dos olhos para ele, semicerrando-o, e então falo entre dentes:

– Precisamos ir para a floresta... – Mais uma onda de dor me interrompe e meu olho aberto se cerra mais – Não posso ter o bebê aqui. – Terminei minha fala com esforço pela dor que originava do meu útero para o resto da região abdominal e pressionava minhas costelas.

– O bebê...? – Manti meu olhar sobre o dele e então os olhos dele aumentaram devagar junto com a expressão assombrada que surgiu – Você já está dando a luz?!?!

– Me leve logo para a droga da floresta Naruto! – Grunhi, irritada por ele continuar enrolando, acompanhada da irritação daquela dor infernal que pulsava de dentro de mim.

Ele ficou parado por alguns segundos, digerindo tudo aquilo, e então voltou a reagir. Me pegou com um cuidado exagerado e com mais cuidado ainda, saltou para a árvore que eu me apoiava para finalmente passar pelo muro enorme da fronteira e correr para a floresta densa coberta por árvores desfolhadas altas e bastante grossas. Passamos por várias árvores, mas ele parou imediatamente quando sentiu meu corpo se enrijecer de dor.

Desorientado, passou os profundos olhos azuis pelas árvores até encontrar um lugar onde havia uma grande árvore caída por cima de uma pedra imensa com a vegetação rasteira e neve camuflando uma pequena caverna formada pelo espaço que não foi atingido pela árvore antiga. Não precisou pensar muito para começar a correr para lá e então entrou comigo ali dentro. Me pousou em cima do chão intocado pela neve do lado de fora do nosso abrigo e se assustou quando eu virei meu rosto bruscamente para o lado, apertando os dentes.

– O que eu faço Mitsue-senpai...? – Apertou uma das mãos, nervoso – Estou confuso!

Libertei o ar pela boca, respirando mais golfadas de ar gelado e voltei a olhá-lo.

– Sei que... Isso não vai ser muito agradável para você... Mas você vai ter que me ajudar a tirá-lo com segurança... – Falei enquanto puxava o ar para meus pulmões – Entende oque quero dizer?

Naruto apertou os lábios e assentiu.

– Sim ttebayo.

– Ok... Vamos começar – Abri um sorriso para deixá-lo mais tranquilo e ele voltou a assentir.

Eu teria ficado com pena dele se eu fosse uma expectadora, mas para sua falta de sorte, este não era o meu caso. Aquilo era necessário para que nós três saíssemos vivos daquele lugar.

Para fazer aquilo, tive que preparar todo meu lado psicológico para a pior das dores que sabia que logo viria e então juntei toda minha força para que ele saísse logo de mim. O suor escorria pelo meu rosto a cada esforço que eu fazia para impulsionar a saída do pequeno ser e o Naruto manteve uma expressão petrificada durante todo o processo, provavelmente tentando reprimir suas emoções de medo, nojo e nervosismo. Mas depois de tanta dor e nojo, eu fiz meu ultimo esforço e eu tive certesa que aquilo havia acabado quando o sentir sair. Me entreguei ao cansaço físico que sentia e deixei meu corpo tombar no chão enquanto eu respirava mais e mais ar. Mas então algo além do cansaço ocupa minha cabeça.

Um choro alto e contínuo.

Abro os olhos que haviam fechado sem que eu percebesse e virei o rosto para a direção do choro. Naruto havia acabado de cortar alguma coisa úmida com sua Kunai e então ergueu o pequeno responsável pelo barulho em seus braços com a expressão mais leve que antes.

Com o coração acelerado, apoiei as mãos no chão e me sentei lentamente sem tirar os olhos dos braços do Naruto. Ele tirou os olhos do bebê choroso e então olhou para mim com um sorriso.

– Nós conseguimos – Falou com o sorriso ampliado enquanto me estendia em seus braços o pequeno para que eu pudesse pega-lo.

Mantive-me quieta e peguei oque me estendia sentindo a pele quente e macia nos meus dedos e então o aproximei do meu colo. O pequeno menino em meus braços continuava a chorar parecendo assustado por sair do seu abrigo quente e protegido. Suas pernas se mexiam sem parar e suas mãozinhas gorduchas estavam apertadas, também agitadas. O rostinho era tão gorducho como o resto do seu pequeno corpo, com grandes bochechas coradas e a boca desdentada aberta pelo choro. Os olhos se mantinham fechados, com a expressão apertada pelos soluços e então um sorriso surgiu no meu rosto assim que vi a próxima característica.

Sua cabeça estava coberta por fios finos claríssimos, quase brancos, ainda mostrando o couro cabeludo sensível.

Naruto se aproximou de nós também sorrindo.

– Ele parece com o Kakashi-sensei ttebayo – Falou com ar humorado como se lesse meus pensamentos.

– Sim... Parece mesmo – Minha voz soou baixa, ainda hipnotizada pelo rostinho meigo e inocente a minha frente – Tirando esse detalhe... Ele me lembra você quando te vi pela primeira vez. Mas você já tinha alguns meses a mais e já havia aberto seus grandes olhos azuis.

Naruto corou de leve, desviando o olhar para mim, e então abriu mais um pouco o sorriso.

– Eu devia ser muito fofinho – Refletiu.

– E muito faminto – Acrescentei, sorrindo desta vez para ele graças as lembranças da fome sem fim do pequeno bebê loiro que eu havia conhecido.

Ele riu. Aquela risada rouca característica do Naruto que todos conhecem e então voltei minha atenção ao bebê.

– Mas desta vez, este é o meu bebê. Meu e da pessoa mais inesperada da minha vida – Falei emocionada, sentindo uma lagrima quente escorrer pelo rosto – E agora amo ambos.

O loiro se silenciou, sorridente por tudo ter acabado bem, mas uma coisa ainda o preocupava. Agora que o bebê nasceu, ele se tornou mais vulnerável que antes e eu parecia esgotada com tudo aquilo. Não saberia dizer com certeza quanto tempo restaria para os três ali.

– Mitsue-senpai. Acho melhor sairmos daqui e procurarmos abrigo na vila mais próxima dattebayo.

Não tirei o olhar da cópia do Kakashi no meu colo, apenas concordando.

– Trouxe meu sobretudo? – Perguntei em voz baixa, percebendo que o bebê se acalmou com minha proximidade.

– Sim, o deixei do seu lado.

– Pegue-o. vamos usá-lo para cobrir o bebê.

– Sim! – Assentiu, se apressando em fazer oque pedi.

Tiro uma das mãos em volta do bebê e puxo o cachecol que ainda estava no meu pescoço, passando-o em volta do corpo do bebê.

– Aqui Senpai – Naruto estendeu o sobretudo groso e eu o peguei.

Com um pouco de trabalho e cuidado, enrolei todo o sobretudo no bebê de modo que apenas uma pequena abertura ficasse próxima ao seu rosto para que ele pudesse respirar direito.

– Pronto – Falei assim que termino – Agora nem a neve e o frio podem atingi-lo.

– Mas e você? Está sem nada agora dattebayo.

Passei os olhos pelo meu corpo, agora coberto apenas pelo tecido grosso do vestido branco, um pouco sujo de terra e úmido pela neve, e a touca branca que permanecia em minha cabeça. Suspiro e me viro para o Naruto.

– Trouxe uma daquelas túnicas de inverno com você?

– Sim... Tenho uma guardada comigo – Ele engatinhou para sua mochila e a abriu, pegando uma manta dobrada de dentro dela.

Entreguei o bebê ao Naruto e vesti a túnica, abotoando toda a parte de cima e cobri minha cabeça com o capuz grande antes de voltar a pegar o bebê. Ficamos mais algum tempo lá dentro para dar tempo de ele ser alimentado por mim e cuidar dos últimos detalhes.

Saímos daquele pequeno abrigo, sendo recebidos pelos flocos que caiam em mais quantidade que antes. Ajeitei meu filho nos braços cobertos pelo tecido comprido da túnica e acompanhei o Naruto, ignorando o fato de meu corpo estar exausto com o parto.

Nos afastamos bastante do abrigo numa caminhada, mas quando já havíamos o perdido de vista, Naruto para de andar e se vira para trás, com o rosto de repente sério.

– Qual o problema?

O rosto dele se distorceu um pouco, de repente muito temeroso.

– Aquele rebelde está se aproximando. Dá para sentir a mesma presença de antes – Falou com a voz mais baixa.

– Já?! – Me exaltei, apertando mais o menino que já dormia em meus braços.

Naruto se virou para mim e se abaixou um pouco enquanto estendia os braços.

– Preciso te tirar daqui ttebayo! – Falou enquanto me olhava com a expressão séria.

Assenti e me dirigi a ele para subir em seus braços, mas meu corpo para na metade do caminho e viro meu rosto para o caminho que passamos.

Agora eu conseguia ouvi-lo.

Entre as árvores, era possível ouvir discretas pisadas na neve em cima os galhos que logo caia no chão com o contato. Ele estava mais perto que antes agora. Estava mais que claro que o Naruto não o despistaria facilmente agora que está tão perto.

– Ande logo Senpai dattebayo! – Naruto atraiu minha atenção para ele novamente e então pressionei os lábios.

Fui rápida quando tirei o bebê debaixo dos tecidos da minha túnica e o coloquei nos braços do Naruto em vez de mim. Naruto arregalou os olhos para mim, completamente desorientado com minhas ações repentinas.

– Leve-o daqui. Fuja para a vila mais distante daqui e o proteja até que a poeira abaixe – Falei em tom baixo e então os olhos dele só aumentaram mais.

– NÃO! Não posso deixá-la aqui! Kakashi-sensei ficaria muito bravo se você...

– Shh – O calei, tocando o rosto frio dele – Não se preocupe comigo, não vou deixá-los me matar tão facilmente... – Olhei para o bebê quase que completamente coberto e então voltei a ele – Tenho dois filhos para cuidar, eu vou voltar.

Naruto abaixou a cabeça de leve, estreitando os olhos para disfarçar as lágrimas que ameaçavam surgir e então ele se ergueu com o bebê nos braços.

– Vou protegê-lo como meu irmão Mitsue-senpai – Falou em voz baixa também.

Acariciei mais uma vez a bochecha dele e então tirei a mão do seu rosto para o gorro em minha cabeça, colocando-o em sua cabeça loira.

– Não esqueça de se cuidar também. – Ergui os pés na neve para alcançar o rosto dele e beijei sua bochecha fria para então me afastar – Corra.

O loiro me lançou um olhar triste e marejado, mas assentiu, se pondo a correr por onde estávamos andando sem olhar nenhuma vez para trás.

Respirei fundo para esquecer a dor que senti no coração em deixá-los partir sem mim, mas então me virei para o lado contrário que ele correu, endurecendo o rosto para onde o barulho se tornava mais claro até que a silhueta do homem surgisse entre as sombras da floresta. Ele parou bem ali, nas sombras, virado de frente para mim.

Estreitei os olhos. enxergá-lo era complicado, mas para ter me perseguido ali, para parecer tão frio mesmo sem eu ver seus olhos, só poderia ser uma pessoa.

– Você é o Lance? – Quebrei o silêncio entre nós, ignorando os flocos que pousavam na minha pele e a congelavam.

Ele não respondeu, apenas se aproximou de forma lenta até mim, de forma que a sombra o descobria de pouco em pouco até que revelasse todo seu corpo. Não adiantou muita coisa. O rosto dele estava coberto como o dos outros rebeldes junto com todo o restante do seu corpo.

– Não. Você não é o Lance – Falei por fim, tendo certesa disso. Não era do estilo do Lance ser tão misterioso e quieto. Mesmo assim. Uma sensação inexplicável me cobria graças a presença dele – Você deve ser aquele homem quieto de antes.

– Sou sim – Respondeu finalmente, tão despreocupado como seu parceiro.

Por falar nele...

– Pensei que fosse aparecer com seu companheiro.

– E eu pensei que te veria grávida – Retrucou, e então minhas mãos foram instintivamente para o abdômen, mas não tinha mais nenhum bebê ali, voltando a sua forma lisa de antes – E não é só isso, o Naruto também não está com você.

Curvei as sobrancelhas, surpreendida por ele saber o nome do Naruto.

– Você o conhece?

– Ouvir você falar o nome dele já foi o bastante para qualquer um adivinhar isso, mas este assunto não vem ao caso... – Ele mudou de posição, apoiando seu peso na outra perna – Não vim aqui para conversar sobre ele e nem o seu filho.

– Eu sei – Respondi, ainda mantendo o controle de minhas emoções – Você veio me matar como todos aqueles que me atacaram queriam porque me consideram uma traidora.

– E uma assassina – Acrescentou sem mudanças na voz abafada pela mascara negra que cobria todo o rosto – Todos querem se vingar de você e isso significa encerrar sua vida agora sem misericórdia, mesmo que signifique que seu filho e o pai dele fiquem sem ter sua presença – Ele levou uma das mãos para trás e retirou uma longa Katana de lâmina azul da bainha presa às costas, encostando a ponta afiada na neve ao lado do seu corpo enquanto me observava por trás da máscara – E se for preciso que eu a mate com minhas próprias mãos, eu farei de bom grado.

Apertei os punhos, mas continuei com a expressão impenetrável.

– Se eu realmente tivesse assassinado as pessoas do clã, aceitaria sem resistência essa vingança, mas felizmente eu não o fiz. Sei que nenhum de vocês simplesmente me entenderia, pois a dor de perder toda a sua família e sofrer em meio a pessoas que desprezam sua existência é realmente difícil de todas as formas. Eu sei por que passo por isso até hoje. Mas eu vou continuar a dizer, sem medo de estar errada que eu não assassinei meu clã. Foi o Lance e não eu.

O homem se manteve quieto, parecendo me observar para ver até onde eu falava a verdade e então finalmente disse:

– Até alguns meses atrás eu também pensava que tinha sido ele o autor do assassinato, mas o que nos disse fez sentido de mais para que fosse negado, e então descobri da pior maneira que todos aqueles que me rodeavam, inclusive a primeira mulher que amei e amava até a descoberta, se revelaram traidores. Completos traidores. Então me aliei a ele somente com o desejo de te matar pelo oque fez comigo. Com todos nós.

Afastei-me um passo tamanha a agressão que ele falou aquilo.

– Como... Como o Lance conseguiu convencê-los de tal maneira? Ele nem ao menos é do meu clã! Ele nunca foi e nunca será! Porque acreditam nisso?!

– Eu sei que ele não é um Terasu.

– O que?! – Meu rosto se cobriu de choque – Agora eu estou completamente perdia... Se você sabe, então porque acredita?

– Eu disse que sei que ele não é um Terasu, mas continuo acreditando que foi você quem exterminou o Clã. Como eu disse antes, oque ele disse fez sentido de mais – Ele ergueu a Katana do chão para minha direção – Mesmo que ele não seja um Terasu, eu confio mais na palavra dele do que na sua.

Me afastei mais um passo completamente abismada com tamanha afirmação sobre ele.

– E se ele não for digno de sua confiança e querer controlar todos vocês depois de me matar... Oque você fará?

– Simples: Matarei ele também.

Juntei as sobrancelhas, com sérias dificuldades em crer que ele falava aquilo mesmo.

Ele é pior que o ultimo rebelde.

– Inacreditável... – Falei, apertando mais ainda os punhos – É simplesmente inacreditável o quanto o Lance manipulou vocês. Ele fez vocês deixarem todas suas crenças para trás e substituiu com seu mero desejo de me matar.

– Mesmo assim ele não chega perto do que você fez. Você é a pior pessoa daqui.

Juntei mais as sobrancelhas, irritada com aquilo. Dei dois passos furiosos na direção dele e falei com toda a certeza do planeta:

Eu nunca mataria minha própria família! Tudo que eu venho fazendo até agora é conseguir alguma pista de onde ela está e conseguir reuni-la! É tudo que eu tenho feito até agora desde que descobri vocês!

– Mentira – Falou com frieza, apertando os dedos na katana – Você me dá nojo com todas essas mentiras para manter sua vida. Irá morrer de qualquer jeito, será que não percebeu?

– Não vou morrer! Mesmo que todo o país esteja contra mim, eu não vou desistir de convencê-los e salvar todos vocês! Porque vocês são minha família e não deixarão de ser nem que me matem! – Falei em voz alta, jogando as palavras em cima dele.

– MENTIRA! Não fale que você faz parte da minha família Mitsue! Nunca mais deixarei você me controlar de novo!

Minhas mãos antes cerradas relaxaram e meu rosto também assim que ouvi aquilo, então deixei toda minha posição irritada para trás.

Agora sabia quem ele era.

– R-Ryo? – Perguntei, com a voz falha.

A Katana dele abaixou, voltando a tocar a neve.

– É você... Não é? – Minha voz diminuiu.

Ele disse nada, apenas levou a sua mão livre ao rosto. Meus olhos acompanharam sua mão todo o momento enquanto ele puxava a máscara e a retirava do rosto.

Meu corpo virou gelo assim que vi os olhos claros inconfundíveis, me observando tão frios quanto o ar ao nosso redor.

– Parece que não adianta mais usar essa máscara perto de você, não é Mitsue? – Agora sua voz soava claramente, sem que a máscara pudesse abafá-la – Não importa. Agora que sabe quem eu sou, não há mais necessidade de fingir ser um rebelde e posso te matar sem algum tipo de peso na consciência – Voltou a levantar a Katana na minha direção, apertando os olhos de fúria – Te matarei olhando para os seus olhos.


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