Recomeçar escrita por Amizitah


Capítulo 2
Capítulo 2 - Conhecendo meu Onii-chan.


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Boa tarde a todos pessoinhas XD. Espero que gostem do meu segundo capítulo *-----* - A loka aqui ainda nem acredita que acabou o ultimo livro rs -.
Tenham uma boa Leitura e deixem Reviews!
Bjks!
Ami ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/282866/chapter/2

Depois de algumas semanas deitada naquele hospital, Dr. Mairu finalmente me deu alta do hospital, e para isso, foi falar diretamente comigo.

Naquele dia eu estava sozinha. Há algumas semanas o Kakashi voltou a treinar o trio formado por: Uchiha Sasuke, Haruno Sakura e Uzumaki Naruto. Em quanto ele ficava a maior parte do dia ocupado com isso eu ficava completamente entediada no meu quarto. Pelo menos até aquele momento...

Estava nos meus momentos de tédio quando ouço a porta ser aberta. Senti meu coração acelerar com a expectativa der ser o Kakashi, mas só foi eu virar o rosto e o sorridente Dr. Mairu surgiu com sua prancheta inseparável nas mãos.

- Boa tarde Mitsue-san. Se sente melhor?

Encostei-me nos travesseiros atrás de mim sentindo um grande desapontamento.

- Sim... Estou ótima agora.

- Excelente, parece que você pode receber sua boa notícia de hoje.

Só foi ele falar em boa noticia que uma possibilidade boa de mais para ser verdade me veio à mente:

- Vou poder sair desse lugar de uma vez por todas?! – Perguntei eufórica.

- Sim, graças aos bons resultados que tem mostrado você pode...

- Ai que bom!! – cortei-o já que eu sabia toda aquela ladainha – Finalmente eu vou poder me livrar dessa roupa fina de mais e voltar a andar... – Comecei a sonhar em voz alta, mas o Dr. Mairu limpou a garganta tentando recuperar minha atenção.

- Mitsue...

- Cara eu nem posso acreditar nisso...

- Mitsue, espere um pouco...

- Ahh, o que foi Mairu? Não terminou a boa notícia?!

- É que por mais que esteja em alta, não vai ser tão fácil sair do hospital quanto você pensa – Falou com uma voz calma, sorrindo de leve diante do meu rosto impaciente.

- Continue... – Pedi receosa.

- Para sair daqui você precisa de...

- Ah não! – Interrompi, agora com bastante impaciência – Não me diga que você vai fazer a mesma coisa quando eu me recuperei do coma!

Ele aspirou o ar com cansaço. Eu realmente era bastante teimosa...

- Mitsue não tem outro jeito. Só sai daqui acompanhada por alguém e ponto final.

- AAAAAAAAAA, Mairu! – Reclamei, caindo no travesseiro atrás de mim. Se bem que a noticia estava boa de mais para ser verdade – Parece que você ama fazer isso comigo... Sempre dificultando minha saída deste lugar...

- Não adianta reclamar Mitsue. Não é só porque você teve alta que está totalmente recuperada, você ainda não está cem por cento para andar sozinha por ai.

Olhei para o Mairu, e soltei um suspiro sonoro quando vi aquele rosto sério. Ele parecia ser meu pai quando fazia aquele rosto.

- Tudo bem, tentarei ser paciente. Beleza?

- Ótimo. Agora se me dá licença... – Se virou para sair.

- Espere Mairu – Ele parou no meio do caminho e se virou para mim – Quem é que vai me buscar?

- Eu vou resolver isso agora mesmo, não se preocupe.

- Tudo bem, mas... – Minhas bochechas ficaram rosadas – Eu poderia escolher a pessoa?

O sorriso dele se alargou ao entender o que eu pretendia.

- Nem pensar – Falou com um pouco de divertimento.

- Como assim?! Isso é um direito meu! – Me inclinei para frente na cama, querendo um rápido “Sim” de resposta.

- Não vou permitir que você atrapalhe o Kakashi com o trabalho dele Mitsue – Corei ainda mais quando ele disse aquilo – Ele também precisa pegar leve já que também saiu ferido.

- Q-Quem disse que eu ia escolher o Kakashi para me buscar?! – Virei o rosto para outra direção procurando disfarçar – Poderia ser o Yuuto em vez dele ou...

- Boa ideia! – Me virei de novo para ele, percebendo que eu falei demais – Eu poderia pedir para a enfermeira ligar para o Yuuto. Ele já me avisou uns dias atrás que estaria disponível para qualquer coisa que precisar então está decidido.

- Espere Mairu...!

O médico me ignorou e voltou a andar até a porta.

- Ainda bem que você me lembrou dele, assim eu não preciso perder muito tempo.

- Mas e se ele estiver ocupado... Se ele não puder vir por alguma missão?! – Perguntei no fim de minhas esperanças.

- Besteira, tenho certesa absoluta que ele poderá vir – Passou pela porta aberta e virou na minha direção com um rosto satisfeito – Em quanto eu resolvo isso, aproveite e descanse um pouco. Ja nee! – E a porta foi fechada.

Meu rosto desmoronou quando ele fechou a porta e voltei a cair no travesseiro com as mãos no rosto.

Que droga... Qual foi a ultima vez que eu fiquei a sós com ele?

Um resmungo triste escapou dos meus lábios.

- Kakashi... – Murmurei, abrindo uma brecha entre os dedos, observando o céu azul pela janela – Ah Mitsue, veja pelo lado bom de tudo: É primavera! O sol pode não ser o mesmo que o do verão, mas agora a neve já derreteu e o sol está ali de novo! – Falei para eu mesma, e tirei a mão do rosto.

Arrastei minhas pernas para fora da cama e toquei o chão em com a ponta dos dedos. Quando consegui equilibrar meu corpo e ficar ereta, caminhei até a janela aberta e cruzei os braços no parapeito sentindo a energia maravilhosa daquele sol brilhante no meu rosto. Aproveitei a luz do sol e observei meus braços.

Entortei os lábios.

Meu Deus, toda aquela falta de sol no inverno me deixou mais pálida que o normal. Eu estava completamente branca.

- Eu preciso urgentemente pegar um pouco de sol – Falei, esticando meus braços para fora da janela, expondo-os ao sol e me deliciando com o calor morno.

 Tudo oque aconteceu no dia em que levei alta do hospital depois do coma se repetiu, para a minha grande satisfação. Só espero que dessa vez tudo não seja tão trágico como naquele ano.

Eu realmente preciso sair daqui.

---------------------------------

Estava calçando a luva de cano médio com abertura para os dedos na mão esquerda quando novas batidas são escutadas na porta do meu quarto.

- Pode entrar – Respondi as batidas dando uma ultima olhada nas duas mãos cobertas pelas luvas antes de me virar para a porta.

Não foi grande minha surpresa quando vi o moreno entrar no quarto com as mãos enfiadas nos bolsos das calças negras. Mas a surpresa aumentou quando notei que o Yuuto estava com seu uniforme ANBU. Era a primeira vez que eu o via com ele.

- Adorei o visual – Comentei com humor, olhando para ele de cima para baixo.

Ele abriu um sorriso brilhante para mim, como um pedido de desculpas silencioso.

- Não deu tempo de me trocar quando me chamaram já que acabei de finalizar uma missão... E claro que não podia negar vir aqui te buscar sabendo o quanto você não gosta daqui.

- Não tem problema - Falei em quanto conferia meu visual. Eu não podia arriscar esquecer de nada para não precisar voltar aqui. Quando conferi tudo andei até a porta, falando quando estava prestes a passar por ele – Vamos logo?

- Sim senhora – Me seguiu por trás e fechou a porta atrás dele.

Quando saímos daquela prisão do mal disfarçada de hospital, eu abri um sorriso de alivio e comecei a correr até a rua, pegando o Yuuto de surpresa.

- Mitsue! – Yuuto correu atrás de mim tentando me alcançar, oque se tornou extremamente fácil em alguns instantes.

Como a idiota aqui esqueceu que ainda não estava completamente curada, eu perdi velocidade assim que senti uma dor aguda irritante por dentro do meu abdômen, e me curvei com os braços na barriga já na calçada do hospital.

Yuuto chegou logo com uma expressão alerta no rosto e segurou meus ombros.

- Está tudo bem?! – Perguntou, observando o local que eu pressionava com os braços – Seu abdômen ainda incomoda?

Assenti de leve, esperando a dor desaparecer totalmente.

- Sempre é assim... É só eu me esforçar e ele começa a doer – Me ergui com ajuda dele e dei um sorriso para ele não se preocupar.

Ele franziu o cenho suavemente.

Isso estaria bem pior se eu não tivesse usado a técnica de cura naquele dia – Pensou – Mas aquilo quase acabou com o meu disfarce.

- Yuuto... Não estou tão mal assim então não precisa fazer essa expressão – Falei com certa preocupação.

O homem pareceu voltar a si quando me escutou e se afastou um pouco.

- Foi mal! Eu viajei um pouco – Passou a mão pelos cabelos.

- Hm, tudo bem – Concordei e voltei a andar na calçada sendo acompanhada por ele.

Nós não nos olhamos mais a partir daí, sempre com os olhos voltados para algum lugar da rua, algum objeto, o céu, qualquer coisa menos um ao outro. Eu tinha meus motivos para não olhá-lo. Desde aquela EQM esquisita, eu queria perguntar ao Yuuto se ele realmente era o meu irmão, mas só em pensar na pergunta eu me sentia nervosa.

Eu sou idiota, eu sei.

É o primeiro familiar que soube que ainda está vivo e eu tenho medo de perguntar quando ele está do meu lado. Eu sou uma completa idiota, mas o nervosismo era maior que eu.

Agora os motivos dele não me olhar eu não sabia. Talvez seja pelo mesmo motivo que eu ou por algo que tenha acontecido em quanto eu estava “morta”. Eu não sei, mas aquilo estava começando a ficar desconfortável.

Sua covarde! Deixe de ser uma idiota e pergunte de uma vez! – Pensei, repreendendo a mim mesma.

Engoli em seco logo após encontrar a desculpa perfeita para puxar o assunto.

- Yuuto-san... Tem uma coisa que tem me deixado curiosa desde aquele dia – Falei devagar, notando que ele voltou a olhar para mim.

- Pode falar – Incentivou mais aliviado por aparecer um assunto.

Baixei os olhos. Aquela velha mania que eu tinha quando me sentia nervosa ou envergonhada.

- Um pouco antes de eu extrair o chakra do Kakashi... Você estava prestes a dizer oque eu era de você, mas não completou a frase. – Yuuto soltou um pouco do ar de surpresa e fitou meu rosto – Poderia me dizer agora?

Yuuto ergueu um pouco a cabeça, coçando a cabeça de nervosismo.

- Você realmente tem uma excelente memória, não posso negar... – Enrolou com a voz um pouco baixa.

- E então? – Insisti de repente com mais coragem – O que ia me dizer?

Ele me olhou por baixo do olho com a cabeça ainda erguida e sorriu com meu rosto curioso. Ele parou de andar e se virou para mim, tendo que abaixar um pouco a cabeça para me olhar graças à diferença de altura.

- Antes que eu responda a sua pergunta insistente... – Riu de leve e eu corei de leve, voltando a ficar nervosa – Poderia me dizer a razão de tanta curiosidade? – Abaixou mais ainda a cabeça até ficar na minha altura e eu corei mais ainda – Por algum acaso você andou descobrindo algo de interessante?

Toquei o ombro dele e o afastei de mim com a testa franzida.

- Não é da sua conta – Respondi daquela maneira fria que eu sempre fazia para escapar dessas situações – Pelo menos até me contar de uma vez oque é que ia me dizer!

- Tudo bem eu conto! – Ele levantou as mãos como quem se rende e abriu mais outro sorriso – Só não tenha uma reação muito... Sei lá! Chocante com a resposta.

- Se você parar de enrolar... Talvez. – Falei com uma voz impaciente.

Yuuto se afastou um passo de mim e levou o olhar para o alto como se pensasse como começar, até que um brilho esquisito e suspeito surge nos olhos dele.

- Ah! Já sei uma maneira perfeita de esclarecer isso!

Repentinamente ele pegou minha mão e deu um salto na direção de um telhado próximo.

- O que você está fazendo?! – Perguntei assim que pousamos no telhado e a dor no abdômen voltou a surgir aos poucos – Esqueceu o meu estado?!

Os olhos dele cresceram como se tivesse acabado de se recordar disso.

- Perai, deixe eu resolver isso – Ele puxou meu braço e de alguma maneira me colocou nas suas costas, segurando minhas pernas pela frente e voltou a saltar.

- Yuuto!! – Me alarmei, segurando os ombros dele para que não caísse.

- Acalme-se e espere – Virou o rosto para trás para que eu pudesse vê-lo e deu um sorriso – O que vou te mostrar agora somente você pode ver – Piscou e voltou a olhar para frente.

Revirei os olhos, mas não reclamei. Pelo menos eu ia ter minha resposta.

Em quanto ele me carregava, levantei o rosto sentindo o vento forte que passava pelo meu rosto e cabelos – Os ANBU realmente são bem rápidos quando correm – e fechei os olhos sentindo os raios baterem no meu rosto deliciosamente.

Eu estava morrendo de saudades daquela temperatura quente e ao mesmo tempo refrescante.

Depois de um tempo, olhei para frente e notei que estávamos dentro de uma floresta. O que ele ia me mostrar realmente parecia ser segredo de tão longe que precisávamos estar do centro.

Inclinei mais para frente e enxerguei uma área sem árvores que deixava um círculo formado pela luz do sol em meio as sombras das árvores no resto da floresta. Ai eu reconheci aquele lugar.

Como as árvores estavam secas e tudo só tinha neve antigamente, eu não reconheci de imediato a pequena clareira onde sempre nos encontrávamos para treinar para a extração do Kakashi.

Enfim, Yuuto pousou parou de correr dentro do círculo de luz da clareira e me soltou para o chão devagar. Pisei na grama macia algumas vezes até me equilibra no chão e olhei para o Yuuto que agora estava de frente para mim com a expressão suave.

Estranho, ele sempre parecia sorrir.

- Antes de eu te contar, eu quero te revelar uma coisa importante – Falou também suavemente.

Assenti com a cabeça duas vezes e observei oque ele ia fazer.

Yuuto levantou uma das mãos até as pontas dos dedos ficarem próximas aos lábios e fez um selo de mãos que me parecia familiar.

- Kai! – Falou em voz alta.

Jutsu de liberação? Para que ele faria um jutsu de liberação?

Em poucos instantes a minha pergunta foi respondida e a partir do selo, o cabelo deve começou a escurecer ainda mais, abandonando a coloração castanha escura. Seus olhos também mudaram do tom amendoado para algo ainda mais claro. Aquela transformação me deixou completamente surpresa, e fiquei ainda mais surpresa quando as cores pareceram parar de mudar.

Yuuto abaixou a mão e observou minha reação.

Não precisava me olhar no espelho para saber o quanto minha expressão ficou chocada. O Yuuto moreno de momentos atrás ficou completamente diferente. Seus cabelos estavam negros, bastante negros, mas alguns fios tinham um tom azul escuro. Seus olhos se tornaram duas copias quase perfeitas da lua. Brilhantes e com uma cor acinzentada quase chegando a serem brancos.

Coloquei as mãos nos lábios, completamente chocada ao ver a cópia masculina perfeita de mim mesma na minha frente. Agora que ele tinha aquelas características, nem o Ryo conseguia se parecer tanto comigo.

- Mitsue... – Yuuto me chamou em voz baixa e deu um passo para frente de mim – Você minha irmã mais nova de sangue. Minha verdadeira imouto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!