Recomeçar escrita por Amizitah


Capítulo 16
Capítulo 16 - Balde de água gelada.


Notas iniciais do capítulo

Yo!
*-----* Ai quilindo, estou com o belo vício de postar minhas histórias no meio da madrugada! Que doido XD. Enfim, eu acho que vocês vão curtir esse capítulo, pois ele está muito LOKO. kkkkk Pelo menos eu gostei dele *--*
Beijões minhas lindas e meus lindos! Esperarei por Reviews!
Ami ~



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Nenhum de nós encontrou algo realmente suspeito na vila até o final do dia. Só parei minhas buscas quando a Arisu surgiu no telhado que eu estava e avisou que o “senhor emburrado” estava nos chamando de volta para a pousada. Eu agradeci mentalmente a ele, pois eu já me sentia estranhamente exausta.

Pelo jeito eu estava perdendo a forma... Droga... Devo estar gorda.

Chegamos na pousada em três minutos e cada uma foi para o seu quarto. Enquanto eu bebia de uma vez toda a água na garrafa que eu havia levado, a senhora bate na porta e avisa que o jantar ficará pronto em uma hora. Respondi um “tudo bem” rápido para ela e vasculhei minha mochila atrás da minha toalha. Melhor eu ir tomar um banho nas termas ali perto, assim teria tempo para jantar.

Sai do quarto com a toalha nos ombros e caminho devagar para fora da pousada, pois me sentia bastante cansada de um modo estranho. Logo que cheguei à terma, enrolada na minha toalha branca, dou de cara com a terma vazia, por exceção dela...

- Ora Mitsue, veio fazer companhia para a sua amiga? – Arisu abriu um sorriso brincalhão e eu simplesmente revirei os olhos, tirando a toalha para entrar na terma.

Arisu me observa o tempo inteiro, até o momento que eu me enfio na água quente e eu faço um rosto esquisito para ela, desconfiada daqueles olhos violetas.

- Oque você tanto olha? – Pergunto lentamente.

Ela estreita os olhos para mim e tira a mão de dentro da água para apontar o meu busto.

- Eles são maiores que eu pensei... Como consegue?

Meu rosto fica completamente vermelho e eu levo meus braços ao busto imediatamente.

- QUE DROGA É ESSA ARISU?! – Exclamo, envergonhada.

Ela faz um biquinho pequeno e cruza os braços.

- Nossa que exagero, eu só fiz uma pergunta simples para resolver meu problema – Ela baixou os olhos para o seu busto – Eles não parecem crescer muito...

Uma gota de suor escorreu pelo meu rosto e eu me enfiei mais na água.

- Ahh Arisu... Isso depende de cada mulher. Se eles tiverem que ser pequenos, eles serão – Falei ainda corada.

- Isso deve ser fácil de falar já que os tem tão grandes assim... – Voltei a corar e encarei a Arisu, incrédula – Mas eu não me importo tanto. Pelo oque eu vi, você é um pouco gorda, então tudo bem.

Baixei os olhos para a água e fiz um rosto preocupado.

Então eu realmente estou gorda?

- Hm, mudando de assunto Arisu, posso perguntar algo sobre você e o Kakashi?

Ela me lançou um olhar desconfiado, e então bufou.

- Não vai me dizer que vai me interrogar sobre ele que nem há alguns anos atrás? Ou pior... Você esta com ciúmes de nós?

Voltei a arregalar os olhos, logo esclarecendo oque eu quis dizer.

- Não é nada disso! Eu só quero saber qual é o problema entre vocês? Para dois companheiros de missão da ANBU vocês estão muito distantes um do outro.

Arisu fez um rosto cheio de compreensão e ajeitou as costas na beira da terma.

- Nem eu sei ao certo. Quando nós tivemos nossa primeira missão, ele sempre ficava na dele e eu na minha, mas daí em diante ele começou a me evitar nelas e me olhava de um jeito estranho. Quando resolvi perguntar o porquê daquilo tudo, ele disse na lata que não gostava e confiava em mim – Ela revirou os olhos e apertou os braços cruzados – Ele é um idiota metido. Era um dos melhores da ANBU e sempre se dava bem com todos, mais ainda com o Yuuto e um outro cara que não lembro o nome... Mas comigo? – Ela deu uma risada – Ele me odiava e ainda me odeia, nunca confiou em mim e duvido que confie agora.

Apertei os lábios, achando aquela história difícil de engolir. Para um cara como o Kakashi, tinha que haver um motivo a mais para aquilo.

- Tem certeza que nunca fez nada para chateá-lo? – Perguntei com um quê duvidoso.

- Absoluta. Ele que é um babaca dos grandes em não confiar na própria parceira!

Juntei as sobrancelhas, nada contente pelo oque ela o chamou.

- Estranho... Kakashi não é do estilo que fica estranho com uma pessoa só porque não gostou dela de vista. Ele adora se basear em fatos e seguir o lado lógico das coisas para agir assim.

Arisu descruzou os braços e deu de ombros. Não parecia se importar de verdade com aquilo.

- Tanto faz. Se ele quer agir assim comigo, o problema é dele. Nem devia ter ajudado você a salvar a vida dele para começo de conversa... Só fiz isso porque fui obrigada.

- Mas eu não te obriguei a nada... Foi o Yuuto?

Ela balançou a cabeça para os lados, movimentando os cabelos ruivos brilhantes para os lados.

- Não, foi nenhum de vocês... – Ela levantou os braços de repente e olhou para mim – Quer saber? Esquece oque eu te disse.

Assenti, mas mantive o olhar nela por mais algum tempo, achando aquilo estranho e vago de mais.

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Saímos juntas da terma e fomos para a pousada, chegando a tempo ao jantar que a senhora preparou para nós.

- Espero que gostem, qualquer coisa, me chamem – Assentimos e ela se retirou da sala, fechando a porta de correr para que começássemos a comer em privacidade.

Abri um sorriso feliz ao ver o quanto a senhora foi caprichosa, deixando a mesa cheia de alimentos variados, com peixes, legumes, carnes e etc.

- Itadakimassu! – Juntei as mãos ainda sorridente e separei os Hashis, comendo sem cerimônia em seguida.

Kakashi riu discretamente do meu lado ao me ver atacar a comida uma atrás da outra. Eu estava parecendo o Naruto.

- Você estava com tanta fome assim? – Arisu ergueu uma sobrancelha para mim, ainda se decidindo sobre oque comeria enquanto eu já esvaziava a minha parte.

Ao olhar para o rosto chocado dela, mastiguei a comida um pouco mais devagar e engoli, antes de falar.

- Foi mal... Eu ando meio esquisita desde minha ultima infecção alimentar – Sorri, mas logo peguei um pedaço macio de salmão e enfiei no potinho de shoyu antes de guiá-lo a minha boca. Fiz um rosto sorridente ao sentir o sabor delicioso na boca e peguei mais um pouco.

Kakashi abriu um sorriso, sem sua máscara, e colocou um copo com água na minha frente.

- Cuidado com o sódio Mitsue... Sabe oque o Mairu te disse depois da sua infecção.

- Eu sei, eu sei... – Peguei o copo e tomei um gole rápido para voltar a comer, mas o Kakashi me olhou feio e eu revirei os olhos. Levando o copo mais uma vez a boca e dei um gole grande, quase esvaziando o copo, e então ele voltou a sorrir, e se concentrou em esvaziar seu potinho de arroz.

Arisu revirou os olhos pela milésima vez no dia ao ver a cena.

- Deus me livre... Vocês parecem um casal de velhos casados que não pensam em mais nada a não ser na quantidade de sódio e açúcar que botam no corpo – Resmungou a Arisu, enquanto brincava com um bolinho espetado no seu hashi, coberto por um molho avermelhado.

Kakashi deu de ombros, parecendo não se importar.

- Bem... Posso não ser mais tão jovem como antes, mas não acho que um de nós seja velho ainda. Mas sobre casamento... Acho que posso considerar isso.

Arisu deixou o queixo cair, sem notar o bolinho cair em cima da mesa e eu me engasguei com a comida, tendo uma crise de tosse enquanto o meu rosto queimava como brasas.

Kakashi nos olha com um rosto inocente e para em mim.

- Mitsue? Tudo legal com você?

Limpei a garganta algumas vezes, e preguei os olhos na vasilhinha de arroz na minha frente, incapaz de olhar para ele com um rosto tão vermelho e com os batimentos tão fortes.

- Seu BAKA! – Arisu joga um dos potinhos vazios na cabeça do grisalho e faz uma cara feia para ele, com as bochechas rosadas – Como assim “Tudo legal com você?”?!

O grisalho levou a mão no lugar que pote o atingiu e o pegou do chão.

- Oque? Eu só falei oque achava – Ele voltou a olhar para mim – É realmente algo tão improvável assim?

Meus batimentos aumentaram mais ainda e eu abaixei meu rosto, na tentativa de esconder meu rosto com os cabelos.

- N-Não é i-isso... –Falei em voz baixa.

- Você é um idiota mesmo... – Arisu cruzou os braços – Não se fala uma coisa dessas tão de repente para a vítima de sua ideia amedrontadora! Já pensou no quanto a Mitsue pode sofrer ao ficar com um cara como você pelo resto da vida?

Arregalei os olhos e coloquei as mãos na mesa, levantando o rosto rubro para a Arisu.

- Eu não iria sofrer com ele! – Os dois olham para mim com surpresa e eu baixo os olhos, super envergonhada, mas disposta a esclarecer aquilo – Eu não me importaria em me casar com ele... Não mesmo.

- Tsc... – Arisu olhou para o grisalho que me olhava com bastante surpresa - Droga Kakashi, você já estragou a cabeça dela.

Os olhos negros foram parar na ruiva e eles se estreitaram um pouco.

- Me poupe de seus comentários – Falou com certa energia.

Arisu fez um rosto fingidamente feliz e juntou as mãos perto do rosto.

- Oh meu Deus! O lindo Kakashi voltou a sua forma do mal – Ela separou as mãos e voltou a sua expressão normal – Me poupe você desse seu comportamento completamente desagradável.

- Se estou sendo desagradável, é pelas suas ações imaturas e não por minha causa – Revidou com a voz neutra.

Meu rosto esfriou e eu soltei um suspiro.

Vai começar tudo de novo...

- Minhas ações imaturas?! – Ela encarou o Kakashi e então soltou uma gargalhada – Ai, ai Kakashi! Se eu fosse tão imatura, eu não pisaria meus pés na ANBU sendo tão nova.

- Sua falta de maturidade não envolve as suas habilidades Arisu, e acredite, era só isso que eles queriam.

Arisu trincou os dentes e bateu o punho na mesa.

- Verdade Kakashi? Então você deve ser o máximo! Porque não me mostra mais da sua inteligência enquanto eu te mostro a força de minhas habilidades?!

Quando percebi o olhar endurecido dos dois, me apressei em evitar um desastre e me levantei na hora.

- Podem parar por ai mesmo – Coloquei as mãos na cintura, observando os dois de cara feia – Eu não me importo de ver vocês numa luta tão infantil como essa, mas não é hora e nem lugar para isso.

Os dois pararam de se olhar, com as expressões nada bonitas. Ótimo, eu estava agindo que nem o Kakashi agora.

Arisu se levantou da mesa e andou até a porta com passos pesados.

Me virei para ela.

- Arisu? Não vai terminar de jantar...?

- Estou sem fome.

A frase soou fria e num tom grave assustador e então ela fechou a porta com um baque forte.

Juntei as sobrancelhas e me virei para o Kakashi com uma cara feia.

- Parabéns Kakashi. Acabou de provar o quanto estava certo sobre ela – Apontei as duas mãos para a porta – Agora ela se foi.

Ele olhou para onde ela estava sentada e exalou um suspiro.

- Foi ela quem quis sair, eu só falei oque pensava sobre ela.

- Por quê? – Olhei-o ainda de pé – Porque tanto desgaste com ela? Ela pode ser um pouco infantil sim, mas foi ela quem ajudou a salvar a sua vida e a minha também! Sem ela eu nem sei como conseguiria controlar aquele chakra todo... e tem mais – Apontei o indicador para ela, e ele finalmente olhou para mim – Você é quem estava sendo o mais infantil aqui.

- Eu?! – Os olhos dele aumentaram – Eu fiz nada a não ser me defender dela, e ela não é tão boa como você pensa que é.

- Ah, é verdade? Aproveita que estamos falando disso e me diz o porquê. – Me sentei onde estava antes e cruzei os braços, esperando a fala dele.

- Mitsue, ela é uma pessoa de má índole. Ela simplesmente é muito suspeita e ama agir por vontade própria e sumir para onde quiser sem dar a mínima satisfação a ninguém! Olha... Eu não sei oque ela faz exatamente fora da vila, mas ela vive saindo da vila quem autorização.

- E quais são as provas que você tem que ela está fazendo algo de errado? Algo que me faça acreditar que ela é de má confiança.

Ele franziu a testa, e abriu a boca uma vez antes de realmente falar.

- Eu não sei de nenhuma agora, mas eu sinto isso. Eu vejo isso nos olhos dela, em meio as provocações, em meio a tudo.

Olho para ele, confusa entre acreditar nele ou na Arisu, mas então pego uma via alternativa.

Levanto-me de onde estava e me dirijo até a porta.

- Aonde você vai? – Ele perguntou.

Virei o rosto para ele, com o rosto sério desta vez.

- Para o meu quarto. Já estou cheia das brigas de vocês e dos milhões de desculpas que vocês usam para justificar essa guerrinha que vocês formaram. Então não vou ouvir mais nada de ninguém. Até vocês arrumarem essa bagunça, não contem comigo para participar disso – Abri a porta e a fechei com cuidado em seguida.

Para mim chega disso.

Não quero agir como a ferramenta de destruição deles, tendo que escolher um dos dois.

Prefiro ficar comigo mesma e deixar cada um por si.

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O dia amanheceu e tudo ocorreu de maneira silenciosa. Comemos nosso café da manhã, preparado outra vez pela senhora gentil e saímos sem falar uma palavra com o outro.

Eu sabia que eu não estava envolvida naquilo, que fiz nada que me fizesse sentir culpada com todo aquele silêncio, mas mesmo assim ele me incomodava. Incomodava mais do que quando brigavam sobre algo completamente simples como a rota mais rápida para a vila em que estávamos. Acho que essa foi a discussão mais longa que eu presenciei entre eles.

Mas agora parecia que tudo se inverteu e piorou ao mesmo tempo.

- Vamos repetir a estratégia?

Levei um susto leve ao ouvir a voz da Arisu pela primeira vez no dia.

E pior.

Completamente calma.

- Desta vez não... – Kakashi se virou para nós duas – Acho que já tenho uma ideia de onde eles podem estar, mas para chegar até lá... – Ele tirou a mochila que levava nos ombros e pegou uma coisa feito de tecido marrom escuro, jogando-o para a Arisu e depois para mim – Precisamos estar bem disfarçados, e por precaução, escondam a parte da frente da bandana com os cabelos.

Peguei o tecido e o ergui na minha frente, notando que era apenas uma túnica longa que quase alcançava os meus pés por centímetros de diferença. Vesti a túnica, que caiu perfeitamente em mim e deixei o capuz caído em meus ombros, e por fim, espalhei minha franja de lado de maneira que pudesse cobrir pelo menos boa parte da bandana.

- Prontas? – Perguntou, já vestido com sua túnica.

- Sim – Dissemos juntas.

- Ok, agora me sigam – Falou por ultimo, cobrindo sua cabeça com o capuz grande da túnica.

Fizemos o mesmo.

Caminhamos logo atrás do Kakashi, passando sem sermos notados pelas pessoas já que várias delas também vestiam coisas parecidas. Fomos até o outro lado da cidade a pé mantendo o ritmo de caminhada e alcançamos um lugar que parecia fazer parte da área de comércio da vila já que tinha muito mais pessoas no lugar, tornando o oxigênio escasso com a ajuda da túnica fechada cobrindo dos pés à cabeça.

Parei de pensar na falta de oxigênio quando vi o sinal de mão do Kakashi, chamando nossa atenção, e então ele apontou de modo discreto para a frente. Segui a direção que ele apontava e pude enxergar um grupo pequeno de cinco ou seis pessoas também vestidas com túnicas, mas de cor negra, andando juntas na nossa frente para além da multidão. Ainda em silêncio, seguimos na direção desse grupo com os passos mais apressados para não perde-los de vista e nos afastamos mais da multidão, indo para os limites da área urbana dali e alcançamos o começo de uma floresta.

Um mal pressentimento passou por mim e eu apressei os passos até o Kakashi, parando perto dele.

- Kakashi... Será uma boa ideia segui-los na floresta? Tenho uma péssima sensação sobre isso. – Sussurrei de modo que nem a Arisu escutou.

- Não se preocupe com isso. O grupo pode ser maior que o nosso, mas ao contrário deles, somos treinados a mais tempo e sabemos de boa parte de suas habilidades. Ficará tudo bem.

Assenti, sem escolha já que ele era o líder, mas ainda com a sensação ruim de que aquilo não acabaria como no plano dele.

Andamos mais um pouco, seguindo pela floresta até que eles parassem na metade dela. Escondemos-nos imediatamente no tronco das árvores e esperamos por alguma coisa em completo silêncio.

Um dos seis integrantes do grupo olhou para o que estava do seu lado.

- Kiseki-san, porque paramos? – Perguntou uma voz feminina.

O homem que ela se referia ficou em silencio pelo tempo que durou uma eternidade, e então deu um passo para trás.

- Eu vou conferir uma coisa... Podem continuar sem mim – Respondeu com uma voz grossa, porém, jovem pelo oque pude perceber.

A garota antes confusa, de repente pareceu compreender as intenções dele e assentiu com a cabeça.

- Tenha cuidado – Pediu antes de voltar a andar com o resto dos quatro integrantes

O homem sumiu numa fração de segundos diante do que eu podia ver pela árvore, e minhas mãos começaram a suar.

Aonde ele foi? – Perguntei mentalmente, e então senti o suor se formar no meu rosto – Não me diga... Não me diga que ele já...!

- Encontrei vocês

Congelei, sentindo a voz grossa no pé do meu ouvido. Ao ouvir o barulho familiar de metal, fiz um selo rápido com as mãos a tempo de sumir quando ele tenta me apunhalar com a kunai, ficando em meu lugar um pedaço de tronco de uma árvore com sua kunai agora presa a ela.

Kakashi surgiu atrás dele logo em seguida e preparou um golpe no seu pescoço, mas então o homem desaparece da frente dele e surge em suas costas numa velocidade incrível. Ele avança sua kunai para um novo ataque, mas desta vez em sua nuca, mas para o meu alivio, Arisu chuta a mão dele, fazendo a kunai cair ao chão e gira o corpo habilmente para um novo chute na sua barriga, e para a minha surpresa, o golpe o atinge em cheio e ele é jogado para trás tendo suas costas chocadas contra uma árvore. Desci do galho que me escondia e me coloquei de frente para ele, pondo minha kunai em seu pescoço.

Ele levantou o rosto para cima a fim de me ver e o seu capuz desliza para trás revelando os olhos absurdamente claros, a pele branca e os cabelos negros como ônix. Nossos olhos crescem no mesmo instante, ambos surpresos e então percebo que meu capuz também caiu para trás, revelando minha íris igualmente clara e meus cabelos escuros.

- Você é igual a nós – Ele murmurou com a voz menos grossa e mais surpresa.

- Igual a vocês? De quem você está falando? – Perguntei lentamente.

- KISEKI-SAN!

Nossos olhos vão para cima, só me dando tempo de soltar um xingamento baixo e me afastar com um salto do golpe de punho da garota que surgiu acima de nós. Ela então pousa no chão e se coloca a frente do jovem, com o capuz caído e os olhos estreitados. Suas íris também revelavam uma cor clara, mas nem tanto como a minha e a do homem, permanecendo ainda no tom cinza claro comum.

- Você está bem Kiseki-san? – Perguntou sem desviar o olhar de mim, estreitando mais os olhos quando Arisu e Kakashi se põem cada um do meu lado.

- Sim... Mas porque voltou Rika?! Não falei para que continuassem? – Ele se levantou da árvore, sendo ajudado por dois dos quatro integrantes do grupo que também deram as caras.

- Eu sei disso! Mas eu não pude seguir em frente quando ouvi o estrondo das suas costas contra a árvore – A garota levou a mão atrás das costas e eu instintivamente apertei mais a kunai em minhas mãos enquanto ela retirava uma katana não sei de onde e apontava para mim – Agora deixe que eu cuido disso.

Arisu deu uma risadinha do meu lado, observando todo o grupo idêntico a mim, por exceção de dois rapazes que tinham as íris negras.

- Ai que ótimo. Parece que os clones da Mitsue estão a fim de lutar um pouco – Arisu alargou o sorriso – Que bom. Eu estava a fim de ver se estes rebeldes eram tão fortes como ouvi falar.

- Arisu, não ataque ainda! Não viemos aqui para isso, então vamos nos manter pacíficos enquanto podemos – Kakashi advertiu, sentindo seu Sharingan coberto pulsar com a adrenalina.

Enquanto eles discutiam, o meu olhar continuava preso ao da garota que parecia decidida em defender o cara.

- Você – Apontei para ela – Você é a garota que eu vi ontem. Estou certa?

Todos os olhares seguem para a tal de Rika, e ela aperta mais os dedos na Katana.

- Vocês estão atrás de nós? – Ela pergunta, sem responder a minha pergunta, mas só a reação dela basta para eu saber que sim.

Abaixo a kunai apontada para ela de leve e faço que sim com a cabeça.

- Nós viemos investigar os possíveis rebeldes que tenham aparecido nesta vila. Vocês têm abalado a paz das pessoas comuns nas vilas deste país... Então estes são nossos motivos para a investigação. Agora que respondi a sua pergunta, responda a minha: Quem são vocês?

O jovem chamado Kiseki se aproxima e toca o ombro da garota na tentativa de acalmá-la, e tomou o rumo da conversa.

- Não podemos revelar quem somos por motivos que vocês também não devem saber... Por enquanto.

Voltei a erguer minha kunai, endurecendo o olhar para ele.

- Se vocês não falarem, eu terei que obrigá-los a dizerem.

Kiseki manteve o olhar no meu por um tempo, me observando como se estivesse atrás de alguma coisa.

- Eu sei que você é um de nós. Está claro em suas características. Então porque não está do nosso lado?

Sem falar nada, balanço os cabelos negros para trás, afastando minha franja da bandana e a revelo entre os poucos fios que continuaram ali.

- Eu sou uma ninja de Konoha, e nunca pretendi ser uma rebelde como vocês, seja lá qual for o motivo de estarem se juntando.

Os olhos dele voltam a crescer e ele cerra os dentes.

- Você é Terasu Mitsue?! A ninja de Konoha? – Ele pergunta entre dentes, sem tirar os olhos de minha bandana.

- Vocês me conhecem? – Pergunto mais perdida que nunca.

- Muito mais que pensa – Rika voltou a falar, com sua íris levemente mais clara – E mais que isso, temos ordens claras para matá-la a qualquer custo.

Kakashi se enrijece do meu lado, mas Arisu mantém sua calma enquanto meu olhar se petrifica na Rika.

- O que você disse? 


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