– Então por onde andas-te? - perguntei curiosa.

– Por ai com umas gatinhas.

Oh, pois nem sei porque perguntei, claro que ele estaria fazendo a mesma coisa de sempre, afinal é do Adrian que estamos a falar, as gatinhas, as bebidas e os seus cigarros são um pacote só.

– Hum, e não podias ter tirado uns minutos para mandares uma mensagem, dizendo estar tudo bem? - debochei, mastigando.

– Qual é Rose, foi você que escolheu assim, você que me deu um pé na bunda, você que tinha que mandar a mensagem, então não se queixe.

Adrian estava um pouco exaltado com a conversa. Pegou um cigarro pós na boca e acendeu com um isqueiro.

–Isso é impossível – falei.

Levei o copo a boca e bebi o restante do dentro.

– O que é impossível?

– É impossível mesmo, pois nunca tivemos nada realmente, entendes?

– Não eu não entendo, sabes porque? Você foi a primeira, que eu me apaixonei e a única que não me quer.

Bom, agora sim ele consegui deixar-me mal.

– Me desculpe, ok, não queria dar-te falsas esperanças, alem disso você sabia que eu amava o Dimitri.

– Algum problema?

Dimitri apareceu por trás de mim, pondo as mão nos meus ombros.

– Nenhum – respondi.

Deitei a cabeça para trás, adivinhando o que eu queria ele abaixou a cabeça dele e colou os nossos lábios num beijinho molhado.

– Hum – gemeu Dimitri – Estou indo buscar algo para comer.

E sai.

– Ainda não acredito que a Diretora Kirova aceitou esse relacionamento de vocês – Declarou.

Adrian não desiste nunca.

– Todo o mundo sabe que eu não desisto fácil – afirmei, terminando de comer.

– E eu não sei disso?

Perguntou irónico.

Levantei-me e peguei o tabuleiro.

– Vamos esquecer o assunto, está bem?

Caminhei lentamente até ao carrinho dos tabuleiros onde deixei o meu, voltei para a mesa onde Dimitri, Lissa, Christian e o Eddie já se encontravam. Fazendo charme, encostei-me as costa de Dimitri e passei as mãos pelo seu peito gostoso, mordisquei a sua orelha e depois sussurrei:

– Já estou morrendo de saudades de você.

– God, Rose, controle-se, pois o meu controlo já se foi – sussurrou de volta puxando-me para o seu colo.

– Então Rose, estava a pensar em vermos um filme todos esta noite, o que acha – perguntou Lissa.

– Ótimo.

– Eu não posso, tenho um turno está noite – Contou Dimitri.

Neste momento a noite de filmes perdeu a graça, ficar no meio de um casal e uma suposta namorada do Eddie ia ser muito chato, e só sobraria o Adrian e as suas piadinhas irritantes.

Se eu não fosse, Lissa nunca me perdoaria, para alem disso já não passamos tanto tempo juntas como antigamente.

– Já perdeu a graça.

Resmunguei.

– Pare de ser careta – falou Christian, abraçando Lissa pelos ombros.

–Aff, Vamos Lissa, a aula vai começar – chamei agarrando-a pela mão e arrastando comigo para longe do Christian.

–Para que a pressa – reclamou Lissa.

Apenas revirei os olhos, fazendo de conta que não era comigo. Entramos na sala que estava praticamente vazia, fomos para o fundo da sala onde sentamos na ultima mesa, tiramos o livro e o caderno, e uma caneta.

– Então Lissa, como vai esse namoro que ninguém compreende – falei brincando.

– Vai muito bem se quer saber, estamos a pensar até em casamento.

– O QUE? - Gritei, sendo pega de surpresa – Desculpa, isso é serio? - voltei a falar envergonhada.

As poucas pessoas na sala olhavam para mim como se eu fosse maluca. Mas bem, la no fundo talvez eu fosse, mas de uma maneira boa claro.

– Rose, é assim tão pensar em mim casada com o Christian?

Sim, ela ficou aborrecida comigo.

– Não Lissa, não é nada disso, você só me pegou de surpresa, você ainda é muito nova e tals, mas se é isso que realmente queres então eu ficarei feliz também.

–Você nunca se imaginou casada com alguém, com filhos? - indagou me olhando com expectativa.

Seus sentimentos estavam revoltos na sua mente, a curiosidade era a que mais se destacava.

Casamento era uma coisa que eu andava a pensar muito afinal eu já estava noiva mesmo, só que ela ainda não sabia disso, mas agora a ficha caiu, um friozinho subiu pela minha espinha, deixando-me arrepiada.

– Para dizer a verdade Liss, eu estou noiva – mostrei a minha mão que continha o anel.

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! - Gritou pulando, na cadeira e batendo palminhas.

– Lissa, por favor pare, está todo o mundo olhando – pedi, segurando-a pelos ombros.

– O meu Deus, você vai se casar, estou tão animada, quero saber tudo – pediu.

Como dizer não para ela, quando ela tem aqueles olhinhos verdes brilhando tanto.

– Dimitri levou-me a jantar e quando chegou a sobremesa tinha algo lá e depois era um anel, o meu deus Lissa foi demais, sabe eu não estava a espera por isso, juro que tentei, mas não deu para segurar, chorei no meio do restaurante – falei outra vez emocionada.

Mas que raios está acontecer comigo que só me apetece chorar esses dias.

– Estou tão feliz por vocês, já têm uma data?

– Ainda não. Mas sabes o que me custa, não poder dar filhos para ele, é o seu sono ter filhos e eu não lhos posso dar – Suspirei.

– Lamento por isso Rose, a sério.

– Todo o mundo sentado e vamos começar a aula – entrou a professora, trazendo um carrinho com uma tv bem antiga e um DVD – Hoje veremos um ataque de Strigois que foi gravado pelas câmaras de vigilância, aviso já que não é uma visão bonita.

E não era mesmo uma visão bonita, ouve mortes para todo o lado, sangue espalhado pelos cómodos e sendo drenado dos corpos de Dhampire e Morois, todo esse vídeos me deu náuseas.

E assim passei por todas as aulas, lendo e escrevendo e fingindo prestar atenção ao que os professores diziam, pois as imagens do ataque ainda estavam bastante vivas na minha cabeça.