Pov: Lissa

Sentia-me franca tanto fisicamente como psicologicamente, do que toquei no rosto da Rose fazendo uma caricia e a amava tanto, e agora que não tinha pais, não podia perde-la também, ela era a minha esperança, a minha família.  

-Liss… - ouviu o sussurro fracamente, todos nos ficamos em alerta. Olhei para trás e Rose tentava mover-se sem sucesso, todos ficaram surpreendidos

- Não te movas, Rose, eu estou aqui – Tranquilizei.

- Você precisa se alimentar… - Tossiu – está franca – Tossiu de novo.

- Como… - Como era possível que ela soubesse que eu precisava me alimentar de sangue.

- Princesa, eu ouvi uma lenda quando mais novo, eu acho que vocês criaram uma ligação psítia – Contou Dimitri afastando o cabelo da cara da Rose.

A mesma abriu os olhos os deixando semicerrados.

- Beba de mim! – Pediu.

- Não Rose, você já esta franca o suficiente – disse-lhe. Dimitri me olhou confuso – No mundo humano não há alimentadores por isso eu me alimentava de Rose, mas juro que sem nada sexual – expliquei fazendo uma careta no final.

- Eu sei princesa, vocês devem ser muito unidos muito!

- E é por isso que eu quero que você beba Liss, você, é minha irmã – Rose intrometeu-se. Suspirei e contra a minha vontade eu fui para o banco de trás, eu sabia que se não bebesse logo iria passar mal e isso só nos atrasaria para chegar a academia e ajudar a Rose – faça essa dor passar – voltou a pedir desta vez a choramingar.

Com lagrimas nos olhos inclinei-me para a cavidade do seu pescoço e o único lugar onde não estava ardido mas com muitas cicatrizes de todas as mordidas que já dei anteriormente e deixei as minhas presas afundassem na sua carne.

Um gemido e um suspiro de prazer saiu de nos duas sentir seu sangue na minha língua era mágico, pois ligava-nos ainda mais.

Então eu a soltei, voltando para o meu lugar inicial, o guardião Tenner ofereceu-me um lenço de papel e deu outro para Dimitri, que limpou um file de sangue do pescoço de Rose, ela por sua vez estava com os olhos fechados e de vez em quando suspirava.

- Tudo bem? – Perguntou-lhe Dimitri atencioso.

- Estou bem… - murmurou caindo na inconsciência outra vez.

- Estamos chegando! – Avisou o Tenner.

Ao longe já se conseguia ver o grande portão da academia St. Vladimir, nunca estive tao ansiosa como agora em voltar lá. O sol já estava nascendo o que indicava que os alunos deviam ir param os seus respetivos dormitórios. Os , no portão nos parrou e um deles deu a volta ao carro, quando o guardião Tenner abriu um pouco o vidro ele espreitou para dentro desconfiado com o ato do Tenner, mas quando ele me viu deixou logo que entrássemos, com sorte ele não viu a Rose, senão já haveria fofoquices.

O guardião Tenner não estacionou o carro no estacionamento como eu pensei que ele faria e sim na porta do bloco que ficava a enfermaria, alguns alunos Morois, estava caminhando para dentro dos dormitórios, olharam-nos curiosos e pararam para ver que ia no carro de vidros escuros. O guardião Tenner sai do carro e logo em seguida ajudou-me amparando-me, e logo depois o guardião Belikov com Rose nos seu braços.

Tal como imaginei os sussurros começaram, alguns surpresos pela nossa presença e outros chocados, provavelmente amanhã já todo o mundo saberia da nossa volta. Dimitri entrou pela enfermaria a dentro assuntando a Dra. Okosana, que correu para arranjar a maca.

- Deite-a aqui! – Pediu.

Dimitri seguiu a ordem. Deito-a e depois afastou-se para que Dra. Okosana tivesse espaço, para trabalhar e conto-lhe todo o ocorrido, felizmente tirando a parte em que Rose estava morta e eu a trousse de volta a vida. Se bem que ela não acreditaria, se nem eu consigo acreditar quanto mais uma pessoa de fora. A doutora começou a passar uma coisa esquisita e incoloro pelo corpo dela que ainda estava levemente vermelho.

- Vamos princesa, vou leva-la para o seu dormitório onde estará um doador a sua espera – Dimitri disse - quando a senhorita Hathaway estiver melhor na segunda-feira iram a diretora Kirova.

- Não vou deixar a Rose sozinha! – Disse olhando para Rose desacordada naquela maca.

Dimitri aproximou-se da médica e falou-lhe algo que não consegui ouvir, ela olhou espantada e ergueu o rosto dela notando a mordidas e as cicatrizes que lhe fiz.

- Isso não vai desaparecer! Ficara com as marcas para sempre. – Afirmou a médica.

- Princesa vai descansar, Tenner a acompanhara até o quarto, eu ficarem fazendo companhia para a senhorita Hathaway – tentou de novo Dimitri.

Sem poder recusar aproximei-me da Rose, e depositei um beijo em sua testa tentando fazer de novo o que fiz para curar Rose, então a familiar sensação de paz e amor veio em minha mente, quando me afastei a pele da Rose não estava mais ardida e já não havia uma única cicatriz, a cor tinha voltado a sua pele antes pálida.

Dimitri aproximou-se de mim e murmurou o meu ouvido:

- Você não pode estar sempre a cura-la, você, está fraca e com certeza vai ter efeitos secundários.

Eu acenei sem vontade. Afinal o que ele cria que eu fizesse, deixa-se minha irmã doente? Minha melhor amiga, minha única família. Não! Rose sempre me protegeu e agora era a minha vez.

Segui o guardião Tenner e fui para o meu dormitório.

Pov: Rose

Meu corpo doía por causa de ter ficado muito tempo na mesma posição, abri os meus olhos mas uma luz forte me segou, quando voltei a abri-los percebi que estava numa enfermaria tentei levantar-me mas fui impedida por alguém para o lado e encontrei com o guardião Belico… como era o nome dele mesmo?

- Fique quietinha! – Falou. Senti uma picada em minha mão, na minha mão estava espetada um cateter ligado num fio que levava soro para o meu corpo. Preciso dizer que tenho pavor a agulhas? Acho que não. Fiz uma careta que o fez seguir o meu olhar - A doutora já vem te tirar isso, você ficou o fim-de-semana todo dormindo, e voce tinha que se alimentar e ficar hidratada.

- Ok, mas tem algo muito importante agora – falei.

- O quê?

- Estou com muita fome, quando vou poder comer? – Ouvi um riso ao longe e olhei para a porta onde a Doutora Okosana estava rindo.

- Quando é que você não tem fome Rose? – Perguntou divertida.

- Quando estou dormindo? – Fiz meio que uma pregunta.

- Mesmo assim! – Riu.

- Certo acabou o momento de zoamento da fome da Rose, não tenho culpa né? Estou crescendo! – Quando falei isso ela riu e ele deu um meio sorriso.

- No diga isto para ninguém Rose, mas eu senti falta das sua piadas, e de quando você fazia os seus professores ficarem loucos –riu.

- Esta vendo já temos um segredo, primeiro passo para uma amizade! – Disse, ela riu de novo.

- Certo! Eu peguei uma roupa sua, enquanto eu ajudo você se vestindo o Guardião Belikov podia ir buscar o seu pequeno-almoço – falou a Dra. Okosana – o que vai querer?

Quando ia responder ela interrompeu-me.

- Me deixe adivinhar, chocolate quente e duas rosquinhas – fez cara de pensativa.

- Sim, mas duas rosquinhas é pouco, acrescente mais uma – pedi o olhando esperançosamente, ele assentiu – onde esta Lissa? – Perguntei observando A médica tirar-me a agulha causando uma dorzinha encomenda.

- Está no quarto dela, esperando você sair daqui e ir ter com ela para irem a sala da Diretora Kirova, Há foi ela que escolheu a roupa então não sei o quem ai – acrescentou.

Dimitri já não estava mais no quarto.

- Vou ter mesmo que ir falar com a velha da Kirova? Quer dizer, eu já sei dos seus discursos de cor!

- Rose! – Repreendeu-me.

Levantei-me da cama e fui até a mala onde estava a minha mal.

- Pode usar o chuveiro! – Falou quando entrei no banheiro. Tirei aquela roupa horrível de hospital e entrei no chuveiro, tirando aquele cheiro de queimada e o sangue do meu corpo.

Ainda tinha que falar com Lissa sobre o que aconteceu, afinal eu tinha a certeza que iria morrer.

Quando terminei o banho com aqueles geles esquisitos cheios de desinfetante abri a mala onde encontrei uma lingerie de rendas transparente da cor rosa e preto, não posso deixar a Lissa escolher a minha roupa, mas é que não posso mesmo, e mais ao fundo tinha mas leggings pretas e uma camisola azul com riscas brancas.

(Roupa da Rose: http://www.polyvore.com/save_tonight/set?id=61970052#stream_box)

Quando sai do banheiro encontrei com Dimitri com as minhas rosquinhas e o chocolate quente.