Estava deitada na cama com os fones nos ouvidos quando acabou a bateria do MP3. Xinguei para mim mesma, estava tudo apagado e um humano não conseguiria ver nada, mas eu não sou humana sou uma Dhampir, levantei-me e fui polo a carregar, e voltei para a cama, Lissa já dormia e era de madrugada. De repete ouvi um barulho no andar de baixo e isso assustou-me, pois não havia mais ninguém naquela casa pois os outros foram para uma festa e não voltariam hoje, sai da cama rapidamente e fui acordar Lissa.

- Lissa – Sussurrei.

- Hum – resmungou.

- Vamos, vista-se rápido, temos que sair, os guardiões estão aqui!

- O quê? – Levantou-se em um pulo.

- Despacha-te, vou ver o quão perto eles estão – sussurrei, sai do quarto devagar e desci os três primeiros degraus e comecei a ouvir sussurros.

- … Desta vez não escapam… - sai de novo para o quarto.

- Vamos lissa, temos que sair por aqui – a janela tinha uma escada de emergência, então ajudei a Lissa subir a janela e ela fui logo descendo, subi também e fui logo atras dela, assim que estávamos seguras no chão, sim porque a escada era tao velha que abanava por todo o lado e havia grandes chances de cairmos, entramos no pequeno bosque, coremos até estar suficiente longe do prédio, mas o que não estávamos a espera era que um guardião aparecesse a nossa frente, Lissa estava desesperada.

- Tenha calma Lissa – sussurrei tentando acalma-la, mesmo sabendo que ele ouviria tudo.

- Princesa Vasilisa Dragomir – acenou com a cabeça, ela nem se mexeu.

- Deixe ela em paz! – Avisei pondo-me a frente dela, ele deu um paço a frente ficando a luz da lua, e cara ele era gostoso.

- Não é a mim que ela deve temer, é as criaturas da noite! – Ele disse, com a mascarada de guardião e com um sotaque bem estranho.

- Quando eu disser corra – falei bem baixo que ela quase não ouviu.

- Não adianta tentarem fugir, estão cercadas de guardiões! – Ele disse sério. Não me segurei e comecei a rir a gargalhada, vários guardiões apareceram por todos os lados e olharam para mim como se eu fosse louca, e até Lissa estava surpresa, já chorava de tanto rir.

- Rose? – Sussurrou Lissa.

- Eu na acredito que vocês precisão de um batalhão de Dhampirs para me apanharem, mas quando se trata de Strigois basta dois – ri ainda mais – Lissa, nos somos fodas! – Foi o que bastou para Lissa rir também e relaxar, também pude nutar alguns guardiões se segurarem para não rirem, mas um deles falhou e riu alto.

- Rose, Rose, estava com saudades das tuas piadas! – Disse guardião Striger aproximando-se de mim, digamos que ele foi um caso de uma noite para mim, mas não de dormirmos mas de amassos.

- Guardião Zac Striger, sabe? Acho que senti falta dos nossos amassos escondidos – fingi pensar, os guardiões estavam de guarda baixa e do lado do guardião que apareceu a nossa frente, ao que devia ser o líder.

- Você acha? – Perguntou sedutor – devo dizer que você esta ainda mais linda!

- Sim eu acho, e obrigada, mas não preciso de você me dizendo que sou linda, tenho um monte se rapazes a dizerem-me – zoei um pouco convencida mas, é a minha realidade, ele aproximou-se de mim, e inclinou-se na minha direção como se me fosse beijar, eu o deixei, percebi o outro guardião vindo na nossa direção para nos impedir, por isso só havia esta mínima chance de fugirmos, quando estávamos a milímetro empurrei Lissa num sinal de foge, percebi ela andando para trás lentamente, e então dei uma cabeçada no Zac fazendo-o afastar-se rapidamente devido o impacte, percebi o sangue escorrer pela sua face mas não fiquei para ver, percebi Lissa começar a correr, e eu fui logo atras dela vi os guardiões vindo atrás de nos e o líder a gritar com o Zac, Já no meio da floresta ajudei Lissa a subir numa arvore alta, felizmente para ela que estava de calças, ao contrario de mim que me encontrava de calções curtinho o não protegem minhas pernas de arranhões, ficamos no ramo mais alto da arvore sentadas bem escondidas atrás das folhas, sem fazer o mínimo barulho, eu até fiquei surpreendida, não era minha intenção partir o nariz ao guardião Stringer. Vi os guardiões a correrem mais para a frente onde eu estava, então pensei que eles estavam longe o suficiente desci da árvore e quando me virei para mesma para ajudar Lissa, senti braços fortes me prendendo com força contra um corpo, tentei-me soltar mas era impossível.

- Fique quietinha Srtª Hathaway! – Disse aquela voz rouca com sotaque russo, merda como pude ser descuidada, os guardiões voltaram e ajudaram Lissa a descer da árvore.

- Desta vez não tives-te sorte Hathaway – um guardião conhecido mas que não lembrava o nome disse divertido.

Num ato infantil dei-lhe a língua para fora, o guardião, e fui rebocada para dentro de um carro, por segurança para eles. Lissa iria noutro carro para o caso de nos tentarmos fazer um plano para fugirmos ou simplesmente atirar-nos do carro em andamento, não que eu fosse maluca a esse ponto. Pois se o fizéssemos Lissa era quem mais se magoaria e não eu, e eu não queria que ela fosse magoada.

Estava sentada no banco de trás junto com dois guardiões, um de cada lado, o Zac era um deles, ele segurava um monte de papel contra o nariz, eu realmente não queria magoa-lo a esse ponto, apenas atordoa-lo.

- Desculpa Zac, eu não queria partir o seu nariz! – Pedi engolindo o meu orgulho.

- Tudo bem Rose, não partir, oh já parou de sangrar! – Apontou para o seu nariz vermelho.

- Ainda assim!

- Eu sei que você só quer o melhor para Lissa, assim como também sei que foi a Sónia Karp foi quem te mandou ir embora.

- Como? – Perguntei surpresa - você não estava lá quando ela me atacou – agora todos os guardiões do carro, tomavam atenção na nossa conversa, ele percebeu pois abaixaram um pouco a voz.

- Ela de alguma forma sabia sobre nós, ela acreditava que estávamos apaixonados, e pediu-me para te ajudar a tirar Lissa daqui.

- UOU! Cara, ela estava louca mesmo, como ela conseguiu falar com você?

- Era eu quem estava a fazer a guarda da prisão no dia que ela se transformou – encolheu os ombros como se não fosse nada de mais, mas que para mim era. A Sónia Karp, ou como nós a chamávamos Professora Karp, ela era nossa professora, bem louca, devo acrescentar, nunca me senti a vontade perto da professora Karp desde aquela vez em que ela me curou as mãos, seu comportamento estranho e bizarro que chegava a ser assustador, até um dia em que notei aquelas marcas na sua testa, normalmente seus cabelos vermelho vivo tapavam-nas, mas nem sempre, muitas vezes notava-se novas marcas avermelhadas, e sempre nós dizia para ter cuidado, pois nunca sabemos o que há la fora a nossa espera nem o que estava a espreita.

Um pouco depois cortei conversas, pois os dois guardiões que estavam a frente estavam muito carrancudos. Encostei a cabeça ao banco e fechei os olhos deixando a inconsciência me levar.

*VA*

Acordei com o carro fazendo um barulho esquisito de Bip Bip Bip, mas o barulho vinha de dentro não de fora.

- O que é isto? – Perguntei ao guardião sentado do meu lado.

- Não sabemos, vamos parar e ver o que é – esclareceu.

Segundos depois senti o carro a encostar e mandaram-nos sair, o carro onde Lissa estava também parou, mas ninguém saiu para saber o que acontecia. Eu já desconfiava que eles soubessem.

Um guardião agarrou o meu braço para que eu não fugisse, mas eu fugiria para a onde? E sem Lissa eu não ia.

O outro abriu o capô do carro e de repente:

BUM!

Só me lembro de sentir o meu corpo sendo jugado para trás, uma ardência muito forte por todo o meu corpo e então perder a inconsciência. Sabia que era o meu fim.

Pov: Lissa

O carro onde Rose se encontrava parou e nosso seguiu o exemplo parando uns bons dez metros de distância, depois de ouvir que o carro estava com problemas. Preparei-me para sair mas fui impedida por um guardião.

Então só se viu um enorme estrondo e o carro onde Rose estava explodiu e eu assustada dei um grito. Corpos foram jugados para longe e ardendo por todos os lados mas um sobressai-se, o de Rose. Ela estava jugada no chao com as roupas ardendo, estava queimada e sangrando muito.

Fiquei aterrorizada, sai correndo junto com os guardiões, tinha a visão embaçada das lagrimas, eu não podia perde-la, ela não podia morrer, ela era tudo o que eu tinha, minha melhor amiga, minha irmã.

  Deixei-me cair em frente ao corpo de Rose, apagando o fogo com o meu casaco, mas ela ao reagia, estava parada, sem respiração, ela… ela estava morta. Desesperei-me e comecei a chorar mais alto minha vontade era de morrer junto.

 Então senti uma vontade enorme de lhe tocar, sentir seu coração agora parado, pousei a mão em seu peito, suas roupas estavam manchadas de sangue e rasgadas, mas com eu, poderia ter nojo da minha melhor amiga? Eu já tinha bebido seu sangue, um ato extremamente proibido no mundo Morois que era beber de dhampirs.

Uma sensação de alegria , amor, saúde, saudade, felicidade, prazer, junto com um luz linda em minha mente apareceu e preencheu o corpo de Rose, aos poucos seu corpo fechava as feridas e seu coração voltou a bater ainda que fraco e descompassadamente.

Chorei ainda mais, mas agora de felicidade admiração

- Mas o que… - uma voz falou atras de mim, surpresa era o que se encontrava na voz.

Virei-me e dei de caras com o guardião Belikov, eu não poderia deixar que ele contasse para alguém, se não eu seria considerada louca como a Sra Karp. Minha intuição me dizia para eu manter isso em segredo.

- Por favor não conte pra ninguém – pedi sussurrando. Ele acenou com a cabeça se abaixando e tirando os cabelos da cara de Rose. “Seja bem-vinda de volta” ouvi Dimitri dizer antes de pega-lo no colo.

Estava tao cansada física e psicologicamente que também apaguei.

Pov: Dimitri

Quando peguei na Rose em meu colo, a princesa Vasilisa Dragomir desmaio. Nunca vi algo parecido com o que a princesa fez, mas já tinha ouvido falar. Também ouvi falar sobre ligações de mentes, mas não tenho a certeza se elas a vau possuir.

 Quando a princesa tocou o peito da Rose e simplesmente os machucados desapareceram, mas o que mais me chocou foi que Rose estava morta e no minuto seguinte seu coração batia de novo.

- Tenner – Chamei – Leve a princesa para o carro – pedi tentando tirar os fios de cabelo da cara por causa do vento.

Quando ele chegou perto de nos arregalou os olhos quando viu a Rose nos meus braços.

- Impossível… eu a vi, ela estava ardendo e com machucados graves, e o mais importante estava morta! – Falou.

- Tal como você me disse certa vez “Rose é dura”. – Quando fui convocado para a academia em uma missão de captura de duas garotas, tive que as estudar através das pessoas próxima, a maior parte masculina só sabia dizer que a Rose era a mais gostosa da turma e a mais encrenqueira e quando perguntei ao guardião Tenner ele disse bobo – ela é durona, e se ela partiu com a princesa teve um motivo muito grande – é não consegui muita coisa – acho que você viu mal, precisa de tomar mais atenção – menti na cara dura.

- É um milagre, isso sim! – Respondeu pegando a princesa – mas ela sempre foi uma lutadora!

Ele finalmente pegou na princesa e a levou para o carro que ainda estava com as portas abertas de termos saído as pressas, não caberíamos todos, principalmente porque a Rose precisa de espaço, então os outros ficariam aqui a espera dos Alquimistas para e outros guardiões para voltarem a academia. O problema mais grave é Rose ferida em meus braços.

- Tenho que levar a senhorita Hathaway para a academia imediatamente, tratem dos corpos e levem-nos de volta para a academia quando outro carro de guardiões virem – ordenei a todos entrado na parte de trás do carro, a princesa ainda estava desacordada no banco da frente e o Tenner ocupou o banco do condutor pondo o carro a trabalhar e a acelerar com tudo.

Vinte minutos depois a princesa Vasilisa acordou mais pálida do que o normal ela precisava de um doador de sangue urgentemente.

- Como ela está? – Perguntou-me.

- Até agora achoo que bem, ela não se mexeu uma única vez – respondeu.

Lissa inclinou-se para trás e passou a mão pelo Rosto da Rose em uma leve caricia, então de Rose se move, tentando abrir os olhos.