– Rose? – Chamou Dimitri pondo a minha cabeça no seu colo.

– Hei! – Saudei fracamente.

A minha cabeça latejava e pequenas manchas negras dançavam na minha visão.

Braços quentes, mas trémulos pegaram-me, protegendo-me da chuva forte que começou a cair.

- Por favor Rose, aguente! Não feche seus olhos, estamos perto – por momentos fechei os olhos, mas lembrei-me da voz de Dimitri desesperada pedindo-me para que não os fecha-se, então com uma força que não era minha, abri-os de novo – Eu te amo, Roza!

- Eu também… mas n..ão com…sigo ter . os olhos abertos – sussurrei deixando a escuridão me tomar.

Não ei se era a morte, mas se fosse… foi mais tranquila que a primeira, quando vinha para a academia e o carro explodi-o.

Ponto de vista: Dimitri

Num momento da luta realmente pensei que morreria, mas se assim fosse, eu teria paz pois todos estavam a salvo, principalmente a minha Roza.

Mas foi tudo tao rápido num momento o Strigoi estava proto para partir-me o pescoço e no outro urrava de raiva e sacudia-se o tempo todo, alguém estava dando-me uma vantagem, num salto levantei-me e voltei a luta, esse Strigoi era ruivo e talvez tivesse ido um Morois antes de se converter, por isso foi fácil empala-lo, ele caiu aos meus pés com os olhos arregalados.

Quando me virei para matar o outro, ele estava atirando a pessoa que estava em cima dele, pelos ares, fazendo-a bater bem forte com a cabeça na estrada. Fiquei desesperado, não era qualquer pessoa era a minha Roza, que estava ali caída e sangrando. Uma raiva fora do comum me atingiu, passei a ver tudo a vermelho, não demorou muito para que o outro também estivesse morto.

Desesperado corri para onde Rose estava, seus olhos estavam abertos o que eu agradeci a Deus, Uma chuva começou a cair, peguei-a nos meus braços, tentando que ela não fecha-se os olhos, mas não valeu a pena, logo eus olhos estava fechado, a única coisa que me segurava era a sua respiração forte.  Não suportaria perde-la pela segunda vez.

Agora, andava de um lado para o outro na sala de espera de um hospital local, Rose tinha sido levada para uma sala de exames, para saber se teria alguma sequela, a sorte é que o médico que a atendeu era um Moroi, pois não saberia inventar uma historia para o estado da Rose. D e repente a porta abriu-se e uma maca com a Rose deitada apareceu, mas, logo entrou numa outra sala. O médico Moroi entrou na sala de espera e chamou-me.

- Guardião Belikov, Esta tudo bem com a senhorita Hathaway, mas ela precisa de ir para um sítio descansar, e de preferência uma semana sem a agitação da escola, nem sei se isso será possível, mas ela melhoraria mais rapidamente, não houve sequelas, apenas haverá uma leve dor, neste momento ela está levando pontos, não será necessário voltar para os tirar, eles próprios caíram, Rose esta de alta, mas talvez só acorde amanha.

- Obrigado Dr. Poderei leva-la então? – Perguntei mais aliviado.

- Claro, não vejo porque não.

O médico tirou a agulha do seu braço e a ligadura de volta da sua cabeça que estava um pouco manchada de sangue.

Assim que terminou, acenou-me para que eu fosse pega-la, e assim o fiz. Assim que chegássemos em algum sítio que pudéssemos ficar eu telefonaria para academia e comunicaria o acontecido, como também pediria as pequenas férias para a cabeça de Rose. Ah e tinha que fazer uma nota mental para não me esquecer de reclamar com a Rose e principalmente repreende-la por ter voltado para trás e desobedecido as minhas ordens. Se tivesse feito tudo como eu tinha mandado, ela não estaria numa cama de hospital agora.

Com ela no colo sai do hospital, caminhando na chuva e procurando um táxi, até que fiquei completamente encharcado e o táxi decidiu aparecer.

Entrei, e pedi para dirigir rapidamente para o hotel mais próximo, o homem barrigudo e de bigode italiano me olhou desconfiado, mas foi de boa vontade, afinal iria receber dinheiro, se eu era um sequestrador ou um violador, ele não estava interessado.

Finalmente chegamos a um pequeno hotel, mas parecia bastante aconchegador, paguei ao taxista e agradeci, ajeitando Rose nos braços entrei no hotel indo direito para a recção.

- Boa noite, minha amiga teve um acidente e preciso de um lugar para ficar, tem algum quarto disponível? – Perguntei.

- Boa noite – Sorriu simpática – temos sim, quartos disponíveis, quantos vão ser?

- Dois por favor! – Pedi.

Pedi os dois quartos pois não poderia dividir um com a Rose, senão a academia descobriria tudo sobre nós. Mas o quarto era só para despistar, pois eu ficaria com Rose, e a Academia é que pagaria as despesas por ela ser aluna e eu um guardião da escola.

- Vou precisar dos seus documentos por favor.

Entreguei tudo para a funcionária que eu desconfiava estar-se a atirar a mim.

Ela por fim deu-me as chaves dos quarto, ficavam um ao lado do outro o que era bom, entrei no elevador e carreguei o botão do segundo andar.

Com alguma dificuldade abri a porta de um dos quartos e depositei-a na cama, entao sim fui fechar a porta, tal como de costume fui verificar cada canto do quarto para prever qualquer ameaça, mas o quarto estava livre, sem qualquer outro tipo de passagem que não fosse a porta e a grande janela com cortinhas de cor pesada fazendo com que a luz do sol não entra-se. 

O hotel devia estar protegido por wards, por isso não havia Strigois ou até entradas secretas.

Rose, dormia de forma serena, sentei-me aos pés da cama e tirei-lhe os saltos, sinceramente como foi que ela correu e atirou-se para cima daquele Strigoi de saltos, se alguma vez eu perceberia as mulheres. Com cuidado para não machuca-la ou perturbar o seu sono tirei-lhe o casaco para que ficasse mais a vontade, fui não banheiro tomar um banho rápido, a minha roupa estava suja a sorte é que eu sempre vestia uma camisola por baixo da camisa branca, então assim foi, mas tive que vestir as mesmas calças, a roupa intima, sempre havia peças de todos os tamanhos, novas ainda de etiqueta o que agradeci.

Deitei-me na cama ao lado da Rose tapando-me e sentindo o meu corpo relaxar.

***

Ponto de vista: Rose

Já não estava deitada no chão frio da rua, e sim em algo quentinho, macio e muito confortável, algo forte me prendia ao colchão, abri os olhos com uma puta dor de cabeça.

Abri os olhos e deparei-me com um teto em um azul clarinho, e quando virei a cabeça dei de cara com Dimitri de bruços e com um braço a minha volta sua cabeça descansava no espaço entre o meu ombro e do meu pescoço.

Ele não parecia mesmo Dimitri de antes, tinha ao rosto suave e tranquilo.

Com alguma dificuldade terei o seu braço de cima de mim, ele resmungou mas não acordou, levantei-me, mas arrependi-me de imediato, uma tontura apoderou-se de mim quase me levando ao chão.

Quando vi que era seguro, fui para o banheiro tomando um banho bem quente, meu cabelo estava sujo de sangue então tive que o lavar muitas vezes.

Quando sai percebi o erro que cometi, não teria roupa, para vestir, comecei a vasculhar as gavetas do banheiro e encontrei uma escola e creme dental para lavar os dentes. Pelo menos não tinha mau hálito, por fi, notei mais uma porta, assim que abri e entrei percebi ser um pequeno Closet, nas pequenas divisórias tinham, todos os tipos de pano, quando cheguei perto percebi ser roupas interiores, tanto masculinos como femininas, e novas.

 Escolhi uma do meu do meu agrado e vesti, peguei um roupão branco e pus por cima.

Só espero que Dimitri não fique chateado…