Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 21
O que somos?


Notas iniciais do capítulo

OI!
Vou ficar devendo o terceiro porque ficou grande demais pra revisar. Eu tentei mesmo sério, mas o sono me consome...
Bem espero que gostem deste.
Boa leitura!



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Eu vou chegando devagar na mesa, Tyler está de frente pra mim e ele arregala os olhos ao me ver, principalmente porque Damon está bem atrás de mim. Bonnie e Jeremy estão de costas, mas logo se viram e eu finalmente chego na mesa.

-Lena! – Bonnie diz ao me ver, sorrindo de orelha a orelha. Eu olho pra Tyler que está paralisado e Jeremy e também, quando Bonnie vê Damon ao meu lado ele fica sério e arregala os olhos.

-Oi gente! – eu falo com todos. – Vocês conhecem o Damon? – Tyler se põe de pé e estende o braço pra Damon.

-E aí cara. É um prazer. – ele diz em um tom meio perdido, parece não acreditar no que vê.

-Damon, estes são meus amigos. – eu começo e ele está me olhando, não sei descrever sua expressão. Mas com certeza não está zangado. – Está é a Bonnie, o seu namorado Jeremy e este é o Tyler. – eu aponto pra cada um.

-Como vão? – Damon pergunta com voz séria.

Todos respondem amigavelmente.

-Sentem. – Tyler pede com olhos faiscando e aponta pros dois lugares ao seu redor. Eram o meu e o do Matt. Nossa mesa sempre. Damon puxa a cadeira pra eu sentar e eu sento meio corada e ao encarar Bonnie sua expressão é bem divertida, eu aceno pra ela pra que conversemos depois. Damon se põe ao meu lado.

-Nossa! Não é sexta. O que fazem aqui? – eu perguntei sorrindo.

-Foi meio que sem querer. – Tyler começa.

-É. – Jer continua. – A Bonn e eu viemos jantar, digamos que ela não estava afim de cozinhar. – ele sorri e Bonnie lhe come com os olhos. Damon abafa um riso ao meu lado.

-Então quando chegamos o Tyler estava aqui. – Bonnie acode e Jeremy sorri.

-Então foi tudo uma coincidência? – eu perguntei e todos assentiram.

-Bem, e você? – Bonnie pergunta.

-Acho que não é só você que não estava afim de cozinhar. – Damon responde por mim e todos o olham como se dissessem: ele fala! – Eu devo dizer que eu agradeço por isso, pois aparentemente o histórico da Elena na cozinha não é muito bom. – todos gargalham. Tyler com uma gargalhada bem exagerada fazendo Damon o olhar curioso.

-É, todos sabemos que o Matt era o responsável por Elena não morrer de fome. – Jeremy diz e Bonnie o encara. O riso na mesa morre e eu olho pra Damon que está bem sério.

-Bem, Elena me disse que a comida aqui é ótima. – Ele continua e eu estou bem impressionada com como ele está tentando se enturmar, ele está realmente sendo muito simpático. Não sei se devo ficar aliviada ou apreensiva.

-Costumava ser.- Tyler bufa.

-Para com isso Tyler. Não é tão ruim.

Damon está perdido e Bonnie se explica.

-Acontece que o Tyler acha que o novo chefe é um desastre. – ela olha pra Tyler. – Não é pra tanto.

-O que vocês estão bebendo? – Damon pergunta.

-Cerveja. - disse Jeremy. – Sempre tomamos cerveja. - Damon pisca.

-Tem carta de vinhos aqui? – ele me pergunta discretamente. Eu nego.

-Você pode pedir um suco se preferir. – sugiro e ele me encara feio.

-Peça a cerveja. – ele diz e eu faço isso. Levanto o braço e chamo o garçom.

-Vocês jantaram? – pergunto.

-Só o Tyler. Ainda estamos pensando no que pedir, pois o Tyler está dizendo que nada mais serve. – Bonnie rosna.

-Então jantamos juntos. – falo olhando pra Damon que assenti.

Enquanto estamos esperando os nossos pedidos, - depois de um tempão analisando o novo cardápio – estávamos conversando. Na verdade o Tyler não parava de perguntar coisas ao Damon.

-Bem, eu não lido muito com este tipo de tecnologia. – Damon fala prendendo o riso.

-Acho que o Tyler acha que você é um tipo de fornecedor de armamentos mundo a fora. – Jeremy fala sorrindo. Eu olho pra Damon.

-Eu forneço armas sim, mas não com a tecnologia que ele mencionou. – Damon explica. – Não mecho com energia nuclear. Há mais fontes de energias mais eficazes e menos prejudiciais. – Jeremy está com olhos brilhando e Bonnie não para de me olhar. Acho que meu chefe está ganhando mais um fã.

O jantar chega e começamos a comer. E sim, estava horrendo. Eu olhei para o Damon só uma vez pra saber que ele estava detestando tudo.

-Certo, acho que o Ty não exagerou e teremos que rever o nosso point. – Bonnie reclama quase cuspindo tudo de volta no prato.

-Definitivamente. – eu falo. – Desculpa. Era realmente muito melhor. – eu falo pra Damon que sorri forçadamente.

-Bem, acho melhor então subornar o Mattew para voltar. – ele diz num tom bem mais sério que o do contexto da conversa e a menção do nome do Matt faz todos nos olharem. O que deu nele?

-Realmente era melhor com ele. – Jeremy diz e Bonnie o fuzila. – O que? Mas era?

-Jer. Cala. – ela rosna.

-Bem, eu realmente tenho que ir. – Damon fala e se ergue. – Foi um prazer conhecer todos vocês. – eu seguro a sua mão e ele me olha.

-Você precisa comer. Vamos pra outro lugar. – ele se solta da minha mão.

-Não obrigada! Acho que você vai querer ficar mais um pouco com seus amigos. Conversar, essas coisas. – ele diz em tom rancoroso. – Licença! – ele nos dá as costas.

Eu suspiro, Damon, Damon...

-Me desculpa gente. – eu peço.

-Tudo bem Lena, vai lá. Eu falo com estes lesados. – Bonnie rosna olhando pra Jeremy e Tyler que estão sem entender.

Eu corro pra fora do restaurante e Damon está do outro lado da rua prestes a entrar no carro.

-Damon! – eu grito e ele me olha e ignora entrando no carro. Eu atravesso a rua e nem presto atenção. Apenas escuto um homem gritar.

-Moça! – e de repente estou no chão. Foi tão rápido. O que era aquilo? – Você está bem? – o rapaz me olha, estamos ambos no chão ele se jogou pra me puxar e por sorte nada pior aconteceu. Não há ninguém no meio da rua além de nós três e chego a pensar que este rapaz é um anjo ou coisa assim.

-Sim, obrigada! – ele começa a me ajudar a levantar, meu braço está doendo, eu cai por cima dele.

-Você ficou maluca?! – Damon grita chegando perto de nós dois. – Como você se mete no meio da rua sem olhar? – sua voz está exaltada.

-Acho que ela machucou o braço. – o rapaz falou. E os dois me ajudaram.

-Certo eu cuido disso. – Damon falou tirando as mãos do rapaz de mim.

-Muito obrigada! – falo sorrindo sem jeito.

-Que é isso? – ele sorri. – Só tome mais cuidado moça. Poderia ter se machucado mais.

-Ela poderia ter morrido – Damon o fuzilou com o olhar. Oh ele é tão exagerado.

-Mais uma vez muito obrigado! – ele sorri e ignora Damon.

-Temos que levar você pro hospital. – Damon diz e eu travo. Odeio hospitais.

-Está tudo bem, foi só uma queda de mal jeito. – Damon me aperta mais contra si e com isso sinto que não foi só o meu braço que machuquei. Minhas costelas. – Ai! – eu gemo. Damon me olha. Imediatamente ele afrouxa o aperto.

-Onde está doendo? – ele pergunta enquanto me guia pro camaro.

-Meu braço direito e costelas. – eu gemo.

-Vem, eu vou te levar pro carro. – Damon me pega no colo com cuidado, ele abre a porta do carro e me senta no carona. Dá a volta e logo entra no carro. – Qual o hospital mais próximo daqui?

-Sant Louis. Uns cinco quilômetros pro sul. - explico fazendo careta, isso doi.

-Certo. Já vamos chegar.

Ele começa a dirigir e não demora para chegarmos. Logo estamos na recepção e uma médica muito simpática me atende.

-Muito prazer. Doutora Meredith Pierce. – ela diz risonha, não consegue evitar por os olhos em Damon que está bem ao meu lado. Perece meio agitado. O nome Pierce. Eu vi ele em algum lugar hoje... Não lembro. – O que aconteceu?

-Eu caí e acho que machuquei o braço e as costelas. – digo me queixando e ela me examina.

-É melhor você vir comigo. – ela olha pra Damon. – O senhor se importa se eu levar sua namorada por um tempo? – ela pergunta. Namorada... Damon me olha.

-Desde que me devolva ela inteira doutora. – ele fala e me faz sorrir. A doutora assenti e entramos.

Ela me examina melhor e tira algumas radiografias. Constata que foi apenas luxações no braço, mas que minhas costelas se deslocaram um pouco. Realmente a dor está ficando insuportável, ela me dá uma injeção pra diminuir a dor e receita alguns remédios também. Enfaixa minha costela e imobiliza meu braço. Recomenda uma semana de repouso, sem esforços. Depois de mais ou menos umas duas horas eu estou de volta ao corredor e Damon me espera, ao me ver ele pula da cadeira. E vem em minha direção.

-Ela imobilizou? – ele está incrédulo. Eu afirmo.

-Receitou uns analgésicos pra dor. – ele arregala os olhos. – E me pediu uma semana de repouso total, me prescreveu um atestado, porque eu falei que meu chefe era exigente. – eu tento fazer piada, mas ele está sério.

-Você poderia estar morta agora. – eu reviro os olhos.

-Não exagera.

-Não é exagero. – ele quase grita. – Aquela moto veio do nada e quase te mata. Se não fosse aquele cara eu não sei... Olha eu nem quero pensar. – ele passa a mão no cabelo rapidamente. A médica se aproxima de nós.

-Bem, nada de esforços. Você pode sentir um pouco de febre no meio da noite, é normal. O desconforto também, mas os remédios vão ajudar. Agora só precisa ficar quieta. Foi uma queda e tanto.

Damon e eu assentimos e ele está me ajudando a voltar pro carro. Quando estamos no caminho de volta pro meu apartamento ele está calado, olhar distante. Fico pensando se ainda está chateado pelo jantar desastroso.

-Damon, me desculpa. Eu achei que seria uma boa ideia. – ele olha pra mim bufando.

-Não estou pensando nisso. Você quase morreu hoje porque eu não parei pra te ouvir. – sua voz tem um tom de pesar. – Eu não sei se seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com você. – eu baixo a cabeça.

-Nada aconteceu.- falo em sussurro.

Estamos em silêncio de novo. Chegamos ao prédio e ele me leva até o apartamento, com todo o cuidado do mundo, meu corpo inteiro está doendo agora. É como se depois da adrenalina passar e o corpo esfriar, tudo ficasse mais pesado. Saímos do elevador. Damon abre a porta e me guia até o meu quarto, eu indico a direção, acendo a luz e ele me deita na cama. Olhando em volta depois. O lugar ainda tem muita coisa minha com o Matt, fotos principalmente. Eu fico o observando, ele desvia rapidamente e me olha.

-Ela falou que você pode sentir febre, eu realmente não quero deixar você aqui sozinha, mas também sei que você não vai me querer aqui. – eu sorrio, ele é muito fofo quando quer. – Quer ligar pra sua amiga? Pedir pra ela dormir aqui?

-Eu vou ficar bem. Vou tomar os remédios e apagar. – ele me olha apreensivo.

-Não sei. Não gosto da ideia de te deixar sozinha aqui.

-Estou bem Damon. – eu falo e me movo e com isso acabo me queixando. Minha cabeça começa a doer.

-Bem, eu não concordo. – ele se aproxima e acaricia meu rosto. Carinhosamente, protetoramente. – Você precisa se livrar desta roupa e ficar mais a vontade. Vai precisar de ajuda. Ligue pra ela. – ele pede e eu assinto. Ele tem razão. Ele gentilmente me passa seu celular e eu ligo pra Bonnie. Ela pira é lógico, mas ela está perto e não vai demorar a chegar.

Quando Bonnie chega, Damon relaxa.

-Ai Lena, o que houve? – ela vem me fuzilando e antes que possa me abraçar eu sinalizo pra que tenha cuidado e ela trava.

-Bem, você vai ficar bem agora. – Damon diz. - Eu já vou. – ele fala meio sem jeito.

-Damon. – eu chamo antes que ele saia. – Obrigado! – ele sorri.

-Se cuide. Desfrute de sua semana de repouso. Não se preocupe com a entrevista da nova garota. A Caroline cuidará de tudo. Ela sempre faz isso. Se recupere. – diz risonho. – Boa noite Elena!

-Boa noite! – respondo.

-Bonnie. – ele fala, minha amiga se vira pra ele risonha.

-Boa noite!

E Damon se vai. Bonnie fica comigo e ficamos conversando sobre o que houve. O clima chato no restaurante, as crises do Damon, o acidente. Tudo o que aconteceu. Eu passei uma noite até tranquila, com os remédios e tudo mais.

Na manhã seguinte eu acordo com o som do meu celular, está distante. Bonnie o traz pra mim.

-É ele. – ela fala risonha. – Deve estar querendo saber se você acordou melhor. Que cuidadoso. – reviro os olhos e atendo.

-Oi! – falo sem jeito.

-Oi! – sua voz está calma. – Eu esperei uma hora certa pra ligar. Te acordei?

-Não exatamente.

-Então acordei.- ele para. – Se sente melhor?

-Tive uma noite tranquila. Acabei de acordar e não estou com dor.

-Isso é bom. Bem, eu tenho uma reunião em Los Angeles agora, estarei de volta a noite. Eu ligo pra você quando eu chegar. Vai me ligar se sentir-se mal?

-Vou ficar bem Damon. Não se preocupe. Estou com a Bonnie. – eu falo ela sorri toda boba e solta “ele é muito fofo.”

-Certo, se cuide.

-Vou me cuidar, se cuide você também. Volte inteiro.

Ele desliga.

Eu passo o dia inteiro com Bonnie, ela fica me paparicando, ficamos sorrindo, conversando sobre Damon, vendo filmes. Comendo besteiras. Uma farra. Mas estou com saudades do meu trabalho. Saudades de Damon.

-O que vamos jantar? – Bonnie me pergunta, vasculhando a cozinha.

-Você que sabe. – estou entediada encarando meu celular.

-Ele vai ligar quando estiver de volta. – Bonnie rosna.

-São quase oito da noite. – a campainha toca e Bonnie revira os olhos.

-Não se mexe. – ela fala e vai saltitando pra porta, coloca o olho nela e se vira sorrindo.

-Quem é? –pergunto. Ela me ignora e abre a porta devagar.

-Oi! - eu reconheço a voz e meu coração dispara. Damon.

-Oi Damon, boa noite! Entra. – Bonnie pede apontando o centro da sala enquanto eu estou ajeitando meu cabelo, ele deveria ter avisado, estou um desastre.

-Oi! – ele diz ao me ver, está segurando várias sacolas.

-Oi! – respondo sem jeito.

- Eu estava temendo que a Bonnie não estivesse afim de cozinhar hoje também, então, trouxe comida chinesa. Gostam? – ele pergunta meio sem jeito.

-Adoramos. – Bonnie diz e puxa as sacolas da mão de Damon, ela me encara. – Vou levar pra cozinha e por a mesa. – diz sorrindo sugestiva e sai da sala. Damon se aproxima, estou deitada no sofá.

-E então... Er... – ele hesita sentando no centro diante de mim. – Como está?

-Esperando você me ligar na verdade. – falo sem jeito. Ele sorri.

-Me desculpe, eu vim direto do aeroporto, estava ansioso para ter minha dose diária de Elena. – sorri me deixando vermelha.

-Vai ser meio difícil agora com uma semana de recesso. – falo encarando meus dedos. Damon segura minha mão.

-Eu vou usar do defeito de espaçoso e dizer que vou te visitar todas as noites. – ele fala e me faz o encarar.

-Vou me sentir melhor. Acho que não é só você que não consegue ficar sem me ver nem por um dia. – sorrio fraco e é a vez dele sorrir sem jeito. – Se você fala sobre vício eu falo sobre dependência, é uma linha similar.

-Sim, é. – ele está inquieto, eu percebo.

-O que foi? – pergunto e ele me encara.

-Amanhã eu tenho a audiência com a Rebekah, Sofia volta sexta e vamos conversar, estou pensando muito sobre isto, mas agora a única coisa que me inquieta é querer te beijar e não estar certo se poderei fazer isto sem te machucar. – eu travo. Isso é o que o deixa inquieto? Minha boca está aberta e eu a fecho e engulo.

-Não acho que você vá. – ele está esfregando as mãos.

-Eu também acho que não. – ele diz e logo se aproxima, devagar, afaga meus cabelos e beija meu rosto. – Senti falta do seu cheiro. – ele me encara enquanto acaricia minha face. E bem devagar se aproxima e me beija. De maneira calma.

-Ai! Desculpa! – é a voz de Bonnie. E Damon se afasta sem jeito.

-Tudo bem Bonn. –digo sorrindo.

-Só queria avisar que podemos ir jantar. – assentimos e Damon me ajuda a levantar, eu quase não me queixo mais, ele está com todo cuidado, puxa a cadeira e me ajuda a sentar. O pior é que meu braço imobilizado é o direito, então não estou conseguindo comer bem sozinha. Estou comendo com um garfo e Damon me observa.

-Posso te ajudar? – ele pergunta.

-Estou bem, nem pense em me dar na boca. – eu brinco.

-Bem, é exatamente o que vou fazer. – Bonnie sorri.

-Não Damon. – protesto. – Não sou criança. Para!

-Não é mesmo, mas se continuar recusando ajuda, vai virar uma. – ele brinca, reviro os olhos.

Eu não posso acreditar, Damon está me dando comida, como se eu fosse um bebê e Bonnie morre de rir com as carinhas dele e piadinhas de bebê. Logo estamos os três sorrindo. Depois do jantar Bonnie vai até meu quarto, para nos deixar a sós. Estou deitada no colo de Damon e ele acaricia meus cabelos.

-Você acha que a Rebekah vai criar problemas pra você?

-Não mais do que eu criei na vida dela, acredite. – ele brinca. – Ela é uma boa mulher Elena. Apenas casou com o homem errado.

-Ou você casou com a mulher errada. – eu falo e ele sorri.

-Bem, é um dos riscos do casamento.

-Você sempre calcula seus riscos? Em tudo?

-Sempre. Temos que saber onde estamos nos metendo.

-É por isso que precisa de tempo comigo? – ele fica tenso.

-Não.  – ele responde. – Apenas quero fazer o certo pra nós dois.

-Nós dois... – eu solto a frase. – Defina ‘nós dois’ Damon!

 Eu me movo e solto um gemido, quero ficar sentada, ele acompanha meu movimento.

-Cuidado! – ele pede.

-Porque não posso mais levar os protótipos na sua casa?

-Fora você e a Caroline eu não confio em mais ninguém e até eu saber que a nova assistente é capaz prefiro que o Mason leve. Você não precisa fazer mais isto. Em breve será minha diretora executiva.

-Entendi. – falo emburrada.

-Elena... – ele geme. – O que foi?

-Você não falou ainda... O que somos ‘nós’? – ironizo com aspas.

Damon se inquieta no sofá.

-Certo, você é muito desesperadora, vai me fazer quebrar meu ritual interno de ‘tudo no seu lugar.’ – ele usa as aspas me imitando e respira fundo. – Por sorte eu comprei isto hoje em Los Angeles. – ele fala levando ao mão ao bolso. – E a resposta pra você senhorita Gilbert. Sobre o nós somos é: me responda  você. – Damon fala e se põe de joelhos diante de mim, estou de olhos arregalados, sentada no sofá. – Você em toda a sua impaciência e beleza, aceita ser minha... –ele para e abre uma pequena caixinha que retirou do bolso. Oh meu Deus! – Minha namorada? – ele fala e me mostra uma aliança, de prata, linda demais.

-Damon... – eu ofego.

-Eu acho que é muito rápido, eu não queria assim, e não vamos poder sair falando sobre isto por aí, não ainda, o que eu vou detestar, então por hora você pode dizer que... – ele para e me encara, estou paralisada. – Estou tagarelando e você não respondeu. – ele aperta os olhos.

-É muita loucura.

-Eu sei. Já disse que estou louco.

-É muito rápido, ainda nem... A segundos atrás eu estava tentando entender o que estava acontecendo entre a gente e...

-Olha Elena, eu não sei exatamente o que acontece entre nós, mas eu sei o que acontece aqui. – ele puxa minha mão e a guia até seu peito, está disparado. – E posso te dizer que é algo muito forte, intenso e chama a todo tempo por você. Eu te quero demais. Eu estou completamente apaixonado, você já sabe.

-É uma loucura, é de repente, é intenso, é muito... Você. - ele em olha confuso. -  E eu adoro tudo ligado a você. - ele sorri e parece alívio - Eu também estou completamente apaixonada e a resposta definitiva é que eu quero que o Nós seja eu e você. Juntos.

-É um sim? – ele está sorrindo, minha mão em seu peito, algo vai pular de lá.

-É um sim.

-Então o que somos?

-Namorados. – eu falo e um sorriso escapa, quase uma gargalhada. Damon respira e coloca o anel em meu dedo.

-Eu odeio o Ric, mas pelo menos ele estava certo sobre o ouro branco. Combina com você. –  Ouro branco! Oh meu Deus! Alaric? Ele percebe meu olhar perdido e desconversa.

-Esquece, vem aqui. – ele fala e me beija. Damon Salvatore, meu namorado.

Ficamos ‘namorando’ na sala e então fica tarde o bastante pra ele se despedir, eu quero o levar até a porta, mas ele protesta e ainda oferece me levar até o quarto, mas sei que Bonnie ainda está acordada e apta a perguntas, então eu dispenso. Ele se põe de pé.

-Te vejo amanhã? – pergunto sem jeito.

-Não vou garantir, mas como um viciado obcecado dependente, provavelmente sim. – sorrio e ele se inclina e me beija docemente. – Se cuida. Cuidado no caminho pra cama.

-Cuidado no caminho pra casa. É um bairro inapropriado para exibir um camaro. – ele sorri e então se vai e me deixa nas nuvens.

Mal Damon bate a porta Bonnie surge na sala quase aos gritos e ficamos sorrindo como idiotas. Eu não sei dizer o que sinto.


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Notas finais do capítulo

Beijos!