Primeira aula de biologia no laboratório

O meu par chama-se Francisco, mas os amigos chamam-lhe Kiko.

Quando o vi a dirigir-se a mim, ia morrendo de vergonha. Só esperava que ele não tivesse visto a cara de quem lhe tinha acertado com a bola nas... bolas. Infelizmente, viu, e lembrou-se. Ele disse-me que nunca tinha levado com tanta força naquele sítio e que para rapariga, eu tinha bastante força. Nessa aula, não paramos de falar (sem a professora reparar, claro). Aquele momento fez-me lembrar a primária. De quando começas uma amizade sem problemas nenhuns, e o único factor que te pode afastar desse amigo é a distância. Senti-me mesmo bem.

Segundo mês de aulas

Outubro, um dos meus meses favoritos. É o tempo em que começam as folhas a cair, a chover, o frio... Não é bastante comum. Mas como eu sou do Algarve calor não é própriamente o meu clima preferido. E ainda por cima é o mês do Halloween!

Foi o mês em que começaram os testes. Durante esse tempo, começei a socializar mais com a minha turma, só com aqueles que odiavam a Catarina, porque os outros, olhavam-me de lado, tal como ela. Choquei quando descobri que o Kiko era amigo da Catarina! Melhor, não era só amigo, também era ex-namorado. Ele ainda não me tinha explicado porque é que aquilo tinha acabado, por isso fiquei curiosa.

Na última semana de Outubro fui convidada, pelo Kiko, para uma festa de Halloween. Sinceramente não queria muito ter de ir. A Catarina também ia. E eu odeio ser olhada de lado! Ainda por cima tinhamos que ir mascarados... Eu não sabia o que vestir. Felizmente, a minha mãe tinha-me dado uma ideia de génio. Fui de zombie. Estava irreconhecível. Nem o Kiko me reconheceu. Ele foi de jogador de futebol americano. E adivinhei de que é que foi a Catarina? Coelhinha da playboy. E não era a única. As suas amiguinhas também iam assim.

O que é que não podia faltar nessa festa? Música! Atuou lá uma banda da escola. Uns novatos. Mas eram altamente. O vocalista era (melhor, é) o mais giro. Chama-se Salvador. Não o conheci nessa noite.