Be Safe escrita por Natitalia Prince


Capítulo 3
A carta negra


Notas iniciais do capítulo

Hi povo bruxão que eu amo, como vão?
Em primeiro lugar... NÃO ME MATEM!
~le Protego Maximus~
Deixa eu explicar primeiro...
Bem, eu me mudei faz um mês mais ou menos e estou sem internet por esse tempo. ¬¬ Serio eu to morrendo aqui.
Eu só consigo acessar a internet pelo 3G do meu celular e estou conseguindo postar porque estou no clube onde sou socia que graças a merlin tem internet.
Enfim, eu to pensando seriamente em postar capitulos de 2 em 2 dias. E eu realmente acho muito pouco tempo para escrever no minimo 2.000 palavras, que é miha meta de quantidade que estabeleci para todos os capitulos...
O fato é que aqui no fim de mundo onde moro agora, as companhias telefonicas não ajudam muito. Já tentei com a Claro, só que minha mãe perdeu a paciencia e deu a louca no telefone falando mal do serviço. E eu to esperando faz uma semana a linha do telefone fixo para poder colocar a internet... Ou seja, vai demorar mais algumas semanas.
Aqui está o capitulo e não tenho previsão de quando vou postar o outro, mas fiquem atentos ok?
Draco: Nunca vou entender esse mundo trouxa onde vive essa ai.
Harry: Nunca usei internet na minha vida, então... Ta de boa.
Espero que gostem do capitulo! ;D



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3

Haviam se passado semanas, longas e demoradas, o final do mês estava se aproximando mais e as confusões causadas pelos ex-comensais já eram menores, isso fez com que Harry e seu melhor amigo e companheiro de trabalho Ron comemorassem sem hesitar.

Mas o dia amanhecera estranho parecia que algo de errado iria acontecer, pois a paz não dura muito quando o assunto é magia.

Harry sentia que algo faltava nele, era uma sensação estranha e só acontecera poucas vezes em sua vida, na morte de seu padrinho Sirius, ao ver a lembrança de seu ex-professor de poções Severo Snape e ao ver Draco chorar no banheiro feminino no seu sexto ano.  E ele nunca sabia o por que desse tal vazio surgir do nada.

Seu coração era uma estrada de sobe e desce sem aviso prévio. Ele esperava surpreender Gina com sua declaração de amor por ela quando voltasse desse exílio, mas agora estava na duvida sobre seus sentimentos por ela, além do mais ela parecia estar ficando com o Dino Thomas e ignorava completamente ele.

Enquanto pensava em assuntos pessoais, uma coruja negra entra em seu quarto provisório na casa onde todos os aurores estavam e deixa uma carta negra com um selo vermelho que lhe lembrou vagamente sangue.

Harry pegou a carta e a analisou com interesse e na parte de trás do envelope em vermelho quase ilegível estava escrito que a carta deveria ser entregue a Draco Malfoy. O auror levantou uma sobrancelha e preferiu que o mesmo abrisse a carta e lesse para ele.

Ele saiu do quarto com a carta em mãos e desceu as escadas de madeira escura. Não avistou seu amigo nesse meio tempo e resolveu ir sozinho a casa numero 34 onde Malfoy estava com a trouxa Daniella.

Só de lembrar daquilo o rosto dele fica vermelho levemente e a raiva sobe pela garganta parecendo entalar lá, o obrigando a dar uma tossida seca. Ele arregalou os olhos quando o pensamento que estava com ciúmes de Malfoy apareceu em sua mente, não, não podia estar com ciúmes dele, seu inimigo, ex-comensal da morte, filho do maldito Lucius Malfoy. Simplesmente não podia ter ciúmes de Draco Malfoy, parecia um crime que valia a pena de morte instantaneamente sem julgamento prévio ou uma seção de tortura.

Mal reparou Harry que já estava batendo na porta da casa 34 e passos podiam ser ouvidos dentro da estrutura. Logo em apenas alguns minutos a trouxa abre a porta para o auror.

─ Olá Sr. Potter, como posso ajudá-lo? ─ falou Daniella normalmente com as roupas de pijama ainda, mesmo que o dia esteja frio.

─ Bom dia, eu gostaria de falar com o Malfoy, por favor ─ falou ele um pouco seco e Daniella foi atrás do loiro.

Mais passos e mais passos foram ouvidos, parecia que horas se passaram e nada do loiro. A curiosidade sobre a carta estava-o matando por dentro,  como um Incendio dentro do seu corpo. E finalmente chegou, sozinho, sem Daniella junto.

O loiro estava com os cabelos mais compridos e um corte diferente, o deixando com um estilo moderno e natural, sua testa era bem vista e os fios loiros platinados estavam um pouco levantados sem tocá-la.  Já estava vestido, uma camiseta cinza com gola V colada ao corpo e uma jaqueta preta para proteger do frio, uma calça jeans preta fechava o conjunto e nos pés usava um tênis qualquer preto e branco que combinava com a cor negra de suas roupas.

─ Bom dia. ─ disse Malfoy simplesmente esperando uma explicação

─ Bom dia Malfoy ─ falou Harry saindo do transe e franzindo o celho quando encarou a carta negra e a entregou a Malfoy ─ Isso chegou hoje para você, não a abri para não violar...

Harry percebeu que a atenção do Malfoy em suas palavras sumiu quando ele viu a carta, parecia ter entrado em outro mundo e estava tentando voltar. Ele pegou a carta com cuidado como se ela fosse explodir. Os olhos cinzas o fitaram e suavizaram um pouco.

─ Cartas negras trazem noticias negras. ─ falou ele lentamente enquanto abria a carta com cuidado e o pergaminho gasto ficou amostra para o loiro.

O moreno já ouvira falar sobre isso, só que não lembrava aonde, talvez naqueles seriados da idade média que assistia escondido dos tios enquanto estava trancado no armário pela pequena televisão que conseguira achar um dia.

A medida que os olhos cinzas passavam pelo pergaminho mais pálido o loiro ficava e a cor cinza já ficava mais negra. Algo de errado havia naquela carta e quando ele terminou de ler, o loiro largou o envelope negro como se ele fosse contagioso ou algo assim. O moreno arregalou os olhos e a preocupação tomou conta dele.

─ Malfoy? ─ ele não respondeu, apenas esticou a mão tremula e entrou o pergaminho para que Harry lesse, o moreno entendeu o mensagem.

Ele primeiro analisou a letra, era caprichada, numa cursiva perfeita, no final da carta duas gotas vermelhas acabavam com uma frase. A tinta preta parecia ter escorrido um pouco na hora que o sujeito havia escrito e foi ai que os olhos esmeraldas de Harry começaram a processar as palavras.

“A traição é algo imperdoável e deve ser tratado como tal as leis mágicas acham das coisas imperdoáveis não? Como as maldições que usamos nos trouxas desse mundo sujo e nojento.

A traição então deve ser tratada como tal e sua família é cheia dessa mania de trair.

Primeiro seu padrinho, com o amor ridículo que ele tem pela sangue-ruim ,mãe de Harry Potter.

Depois seu pai que apoiava secretamente seu padrinho e sabia que o nosso lado, o lado certo, perderia.

E o inadmissível ,você ter mentido por não reconhecer Potter quando ele foi levado pelos mercenários para a sua casa. Mas o Lord, nosso Lord era um tanto cego em par aos comensais da morte que tinha a seu verdadeiro favor.

Sua mãe, ela sim merece ser a sentenciada pelo fato de trair, por mentir na cara de Lord Voldemort sobre o garoto estar morto ou não e por ter mentido por você.

Sim, matamos a sua mãe, espero que não fique triste com isso.

E tome cuidado para que os que fazem justiça de verdade, ou seja, nós, não o encontre nesse exílio que sabemos bem onde é.

Você é o culpado por tudo isso.

Atenciosamente, aqueles que você deve temer.

p.s – A escrita no envelope foi feita pelo sangue de sua mãe”

Os olhos de Harry se arregalaram e ele encarou Malfoy para ver a reação dele. Ele parecia paralisado no tempo, seus olhos agora estavam brilhosos e mais escuros do que o normal e um expressão de raiva tomou o seu rosto, ele empurrou Potter para o lado e saiu andando como se fosse matar qualquer um e parecia que ia fazê-lo.

O moreno ficou estático por alguns segundos e seguiu o loiro com pressa para que ele não fizesse nada de ruim para ninguém. Harry estava imaginando a raiva que tinha de Voldemort por ter matado seus pais só de pensar nele.

O loiro seguia em direção as casa mais chiques da região e parou de andar subitamente ao ouvir uma voz familiar. Harry não entendeu muita coisa e viu que o sujeito era Zabini, uma das pessoas de estimação de Malfoy e seu melhor amigo.

Zabini estava mais alto e musculoso e era o contrario de Malfoy, ele tinha a pele escura e os olhos negros, seus cabelos estavam num corte estilo exercito que o deixava bastante bonito.  O terno preto o deixava numa compostura forma, parecia não saber o que usar na rua sem chamar olhares curiosos e cobiçados dos trouxas que passavam.

─ O que veio fazer aqui Malfoy? ─ perguntou Zabini seco e cruzou os braços mostrando raiva.

─ Só vim lhe dar um aviso de melhor amigo para melhor amigo ─ falou Malfoy entre dentes, por dentro Harry sabia que era como um animal ferido que ainda lutava.

─ Mas... ─ começou Zabini sarcástico.

─ Eles já começaram a agir ─ interrompeu Draco e Zabini parecia um animal assustado agora. ─ E se descobrirem algo sobre você, está ferrado. Então pare de bancar o idiota.

Zabini estava estático como Draco ficou depois de ler a carta, parecia estar não acreditando. O loiro soltou um longo suspiro e colocou a mão no ombro do amigo como consolo para ele. Mas Harry via que quem precisava de consolo era o próprio Malfoy.

─ A primeira foi minha mãe. Então tome cuidado. Continue com esse teatrinho de merda que você sempre faz comigo, mas apenas estou avisando ─ falou o loiro e deu um sorriso ─ Continue usando essas roupas de merda também, que deve ter sido não só trouxas que te contaminaram, mas você mesmo e esse senso de não-moda.

Zabini segurou o riso e encarou Malfoy divertido, ele deu um abraço de urso nele e o loiro quase caiu para trás.

─ Eu sinto muito por isso e...

─ A culpa é minha, não se preocupe. Você só precisa continuar com o teatro e espero que fale que estava tentando me estrangular com esse abraço avassalador ─ falou o loiro entre dentes bravo. ─ Blaise, apenas tome cuidado ok?

─ Ok. ─ disse o outro se soltando do abraço com pressa e com o medo guardado para dentro de sua alma, pois seu rosto não mostrava nada. ─ Até mais Draco.

Um sorriso simpático se formou nos lábios do loiro que se virou de costas e andou para a direção de onde tinha vindo. Harry sabia que Malfoy o havia visto, mas parecia não ligar muito.

A coragem de Harry fez com que ele conseguisse se aproximar no andar de Malfoy e ficasse ao lado dele, enquanto o mesmo olhava para os pés e chutava alguma pedrinhas do chão. Parecia que sua voz havia ficado entalada na garganta e não conseguia ao menos falar.

O seu lado grifinorio parecia estar entrando em pane, mas isso geralmente acontecia quando ele ia falar com quem gostava, como ia falar com Cho e hoje em dia com Gina. O que o deixava mais confuso ainda era por que isso estava acontecendo com Malfoy, ele o odiava, achava bem feito de sua mãe ter morrido, mas não era isso que seu coração dizia.

Seu outro lado apenas dizia para que o desse um abraço, o consolasse e o acariciasse como se ele fosse seu e que o mundo não podia fazer nenhum mal a ele. Aquilo o assustava profundamente, mas parecia ser aceito por ele.

Só após sair do transe percebeu que estava em pé do lado de um banco branco num bosque que ficava atrás das casas mais ricas. E de vista para o banco havia um lago azul claro que refletia o sol que surgira com cara de adormecer do dia.

Um laranja invadiu o ambiente dominado pela cor verde e tudo parecia mais lento, na opinião de Harry. O loiro sentado no banco mergulhado nos próprios pensamentos derramava lagrimas silenciosas querendo não ser notado pelo moreno que se sentou ao seu lado e observou o lago.

─ Eu sei como se sente. ─ começou o moreno e sorriu por dentro, bom começo, se parabenizou mentalmente.

─ Eu imagino ─ disse o loiro de cabeça baixa escondendo as lagrimas no seu rosto, não encarava Harry.

O assunto morreu e Harry ainda pensava no que falar, o dia com um ambiente triste também não ajudava e ele realmente não ligava se estava frio e ele estivesse morrendo desse mal por estar só de camiseta branca e uma calça jeans preta.

─ Está com frio? ─ perguntou o loiro sem encará-lo. Harry podia sentir seus braços se encostando e isso fez os pelos da sua espinha se arrepiassem.

─ Nã...

Harry não conseguiu terminar quando o loiro tirou a jaqueta preta e colocou em volta dos ombros do moreno ao seu lado. Ele se aconchegou na jaqueta com cheiro de hortelã e deu um sorriso tímido, ficando um pouco vermelho.

─ Obrigado.

─ De nada. ─ respondeu o loiro e suas mãos passaram pelos cabelos desalinhando os fios. Ele colocou as mãos sobre os olhos e apoiou os cotovelos no joelho. ─ Minha mãe costumava me comprar casacos e jaquetas aos montes, pois achava que eu era muito friorento. Ela... ─ sua voz foi abafada pelas suas mãos que passaram de novo rapidamente pelos cabelos loiros e Harry pode ver seu rosto cheio de lágrimas. ─ Ela... Ela era uma ótima pessoa. E a culpa é toda minha.

O moreno se tocou que Malfoy estava desabafando com ele de maneira indireta e direta ao mesmo tempo.  Harry sentiu um aperto no coração e colocou a mão no braço do loiro ao seu lado. Os olhos cinzas o fitavam brilhosos parecendo perdidos.

─ Ela é uma ótima mulher e vai continuar bem ai ─ falou Harry sugestivo e Malfoy apertou a mão do moreno. ─ No seu coração.

Aquilo vez o loiro desabar no peito do auror. O moreno viu Malfoy cair em prantos em busca de afeição e Harry pareceu comemorar por dentro com isso. O moreno abraçou o loiro com força, num abraço protetor que talvez só ele saiba dar nas pessoas que ama.

Agora Harry sabia, ele amava Draco Malfoy e iria conquistar aquele coração para ele com uma determinação grifinória digna de ganhar um premio. Ele amava aquele loiro desde que o olhou pela primeira vez quando fora experimentar as roupas para seu primeiro ano em Hogwarts.

O moreno sabia que amava o mimado que agora estava sendo consolado em seus braços e não perderia essa chance de mostrar a ele mesmo que o amava, pois seu coração já sabia desse sentimento a anos e o transformara num ódio.

Era difícil ver que o amor pode ser uma mascara do ódio e o ódio uma mascara do amor. E era isso que fazia toda essa confusão com as almas gêmeas.

O abraço foi desfeito e os olhos cinzas brilhos fitavam o moreno com aquele maldito sentimento que até agora não fora identificado pelo mesmo e Harry não conseguia mais agüentar a distancia entre eles e foi a encurtando aos poucos até que seu lábios se tocaram e Harry o atacou com o desejo que estava sendo guardado em seu coração por anos.

E o moreno sabia que o destino adorava brincar com ele.



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Notas finais do capítulo

Draco:...
Harry: Malfoy? Malfoy? MALFOY?!
Viish O-O Melhor eu ajudar o Harry aqui a não ter um ataque cardiaco aqui nas notas... Bem espero que tenham gostado e me mandem reviews!
Sapos de Chocolate, NP