Não conseguiram dormir a noite toda, estavam felizes demais com o que o destino havia reservado para eles. No sábado de manhã Cris desceu para tomar café e Jared ficou no quarto esperando o momento para ir embora.

_Filha, o Jared não dormiu aqui esta noite?

_Não mãe, ele foi na festa de aniversário de um amigo e acabou dormindo em casa.

_Hum... Quero conhecer os pais dele algum dia tudo bem?

_Tudo, hoje mesmo eu falo com ele. Após o café eu vou para o centro com as minhas amigas para comprar algumas coisas para o meu aniversário e passo na casa dele.

Após o café?! Christine pediu licença na mesa e foi correndo para o quarto e dar um jeito de tirar o teu amor de lá.

_Jared? –Sussurrou da porta para que ninguém escutasse. Enquanto fechava a porta sentiu algo a abraçando e cheirando seu pescoço.

_Estava com saudade minha princesa.

_Bobo.

Ficaram alguns segundos abraçados, então Jared a virou para ele e lhe beijou os lábios.

_Ei... –Disse Cris se afastando dos lábios de seu amado. –Você precisa ir embora.

_Por quê? O que aconteceu? –Perguntou ele assustado.

_Minha irmã vai passar na sua casa após o café. E se ela chegar lá e descobrir que você não passou a noite lá vai ficar furiosa. E ai já era.

_Você está certa... Mas como eu vou embora?!

_Vem comigo, tenho uma ideia.

Eles saíram correndo escada abaixo. Os pais já haviam saído da cozinha, sua mãe estava na sala e o pai no escritório, Clear havia ido para o centro com as amigas.

Quando chegaram na cozinha Cris abriu a porta dos fundos e foi empurrando Jared até ele sair completamente.

_Espere, espere - Disse ele enquanto Cris o empurrava porta a fora. –Esqueci uma coisa.

_O que?! –Perguntou ela sussurrando.

_Isto. –Disse ele a beijando.

_Besta. Agora vai.

_Eu te amo Christine.

_Eu te amo.

_Até meu amor.

_Até.

E ele se foi.

_Christine?! –Perguntou sua mãe da sala de estar onde estava lendo um livro.

_Sim mamãe.

_O que está fazendo?!

_Ah... Nada... Só fui pegar um copo d’água... –Assim ela gaguejou.

                                                                   ¨  ¨  ¨

Clear fez exatamente o que disse à sua mãe: foi ao centro e depois passou na casa de Jared, que a tratou com desprezo. Não conseguia mais fingir depois da noite passada.

Agora tinha certeza que estava completamente apaixonado por Christine.

Resolveu escrever uma carta à sua amada.

A carta em si continha estas palavras:

Christine minha amada,

Há tempos estou contigo na cabeça, não consigo esquecê-la por nada neste mundo medíocre. Você se tornou minha prioridade de agora em diante. Tenho o dever em lhe proteger, cuidar de ti. Nunca magoá-la nem nunca mentir pra ti.

A noite passada foi uma das melhores da minha vida. E quero passar mais noites assim contigo meu amor.

Eu te amo. Com todas as letras, com todo este sentimento. Não estou mentindo para você, não estou querendo fazer você acreditar para depois lhe magoar. Nunca vou lhe machucar, quero ser o melhor para ti, quero ser teu príncipe, o príncipe que sei que parou de procurar, mas agora vou até você.

Sei que nosso amor não é permitido, é quase impossível, mas quero tentar. Vou me esforçar ao máximo para que possamos viver juntos. Quero lhe fazer feliz e vou lutar até o fim dos tempos.

Eu te amo Christine, desde sempre e para sempre.

                                                                           Sempre seu,

                                                                                                 Jared.

Christine quando recebeu a carta ficou muito feliz e tinha certeza de que agora era verdadeiro. Todas as palavras que ele lhe disse e lhe escreveu, todos os segundos juntos, todas as juras de amor. Tudo. Era real.

Porque quando estamos felizes sempre há algo para atrapalhar?

Cris não parava de pensar na irmã. O que aconteceria quando descobrissem? Como teus pais a tratariam? Como Clear a trataria?!

Se sentiu culpada por assim dizer. Estava traindo a própria irmã. Não conseguia nem olhar em teus olhos no jantar, pediu licença – disse que não estava passando muito bem -E foi direto para o quarto, onde ficou deitada pensando em tudo o que estava acontecendo.