Um toque francês escrita por lufelton


Capítulo 28
Capítulo 28 - Sua última tentativa


Notas iniciais do capítulo

The end is coming....



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Eu estava sozinha em meu quarto. Esperando o final de minha suspensão. Meus pais já haviam sido informados do último ocorrido, assim como absolutamente toda Stranger’s Place. Mas eram informações na versão de Sophie, ou seja, que eu havia a atacado por nada concluindo que eu estava enlouquecendo por não ter Nicolas por perto. Desirée veio até o meu quarto ontem há noite para me dizer o que estava se passando nos últimos dias, os quais eu fiz questão de sumir. E na realidade, ela não havia ficado decepcionada comigo pelo meu comportamento. Muito pelo contrário. Fez até questão de perguntar o porquê de eu não ter lhe realmente quebrado o nariz.

E Nicolas eu não tinha notícias. Eu evitava ouvi-las de Desirée, apesar de ele sempre perguntar para ela sobre mim. Querendo saber como eu estava. Mas eu não iria me afeiçoar por pouco. Ele não mexia um dedo atrás de mim, o que me fazia concluir que ele ainda estava com Claire. E consequentemente, para mim, nós dois não existíamos mais.

Uma batida vinda da porta me assustou, atrapalhando meus miseráveis pensamentos.

– Quem é? – gritei. Mas não houve nenhuma resposta. – Eu perguntei quem é! – disse mais alto, mostrando que eu não estava de brincadeira. Mas continuei sem resposta. Então decide abrir a porta. E quando a abri, notei que não havia nada. Nem ninguém.

Até que eu vi a porta, que vinha das escadarias, bater com força e então eu decidi ir atrás de meu incomodo. Eu descia as escadas e continuava não vendo absolutamente ninguém até que, de repente, quando entrei no refeitório dei de cara com muitas pessoas de Stranger’s Place. As quais riam e apontavam para mim. Com um pequeno papel cor de rosa em suas mãos.

– Drew! – Desi me puxava para longe dali. – Vamos sair daqui! – ela disse com o tal papel de sua mão. Mas larguei minha mão da sua e puxei o papel, o qual estava arrancando tantas risadas daquelas pessoas.

E quando vi o que tinha, só conseguia pensar em uma coisa: A vingança de Sophie estava completa.

Não era nada mais nada menos do que um desenho de Nicolas dando um chute em minha bunda. E em cima de minha cabeça estava escrito “Drew Kimberley leva pé na bunda”. Quando olhei para frente, vi que Sophie gargalhava com as suas amigas enquanto estava com o papel na mão.

Eu não iria chorar. Eu não podia. Eu não deveria mostrar a minha fraqueza para todas aquelas pessoas. Na realidade, eu tive outra ideia. Decidi arrancar todos os papéis que estavam colados na parede. Eu arrancava com raiva. Ignorando as pessoas que estavam na minha frente. Eu amassava os tais papéis com nojo do que eu estava olhando. Eu tinha nojo daquelas pessoas. Eu tinha nojo da maldade que elas eram capazes de causar. E para o meu azar, eu estava chorando. Eu não mostrava nenhuma expressão em minha face. As lágrimas apenas se soltavam de meus olhos como forma de refúgio.

– Ah, vejam. Ela está chorando. – Sophie dizia arrancando mais algumas gargalhadas. – Mas, por favor, Drew não fique chateada conosco. Essa ideia brilhante veio da cabeça de seu namorado. Opa, nem tão namorado assim, não é? – ela disse rindo.

– Ele não faria isso. – defendi-o pela primeira vez. E pela primeira vez eu estava tentando não acreditar em ninguém além de Nicolas.

– Você realmente acha isso depois do que ele fez com você? Depois do lindo pé na bunda que ele te deu? – ela perguntava indignada. – Você é realmente muito iludida, menina. – ela ria, enquanto todos falavam alto. E quando me virei para ir embora daquele lugar, eu o vi. Ele estava parado. Olhando fixamente para mim, tentando entender o que estava se passando. Mas eu o decepcionei novamente.

– Como você pode? – eu gritei, empurrando-o com a pouca força que eu tinha. Mas ele continuou parado, sem entender o que se passava. E eu decidi ir embora, limpando as lágrimas que me escapavam.

– O que está acontecendo? – eu ouvi sua voz do corredor. – Que merda é essa?

– Morin, esqueça. – Desi afastava o papel rosa da sua mão. – Isso não está fazendo bem para ninguém. – ela insistia.

– Desirée isso é direito meu. – ele disse arrancando o papel de suas mãos e quando seus olhos tocaram aquela imagem, ele o rasgou e veio correndo atrás de mim.

– Drew, espera! – ele pedia. – Por favor! Espera!

– Me deixe em paz! – eu gritava enquanto subia as escadas.

– Por favor! Me escuta! – ele pedia, mas eu o ignorava indo até o meu quarto e fechando a porta. Porém, ele entrou sem ao menos pedir licença.

– Sai do meu quarto! – apontei a porta.

– Não até você me escutar. – ele insistia. – Você realmente acha que eu fiz aquilo, Drew? Depois de tudo...

– Assim como eu achava que você não seria capaz de ir atrás de Claire depois de tudo. – eu gesticulava meus braços furiosamente. – Sim, eu acho.

– Eu não fiz aquilo. – ele ainda parecia calmo, realmente convicto de que não tinha feito nada. Mas eu o ignorei. Continuei chorando silenciosamente enquanto eu olhava para janela, de costas para ele. Até que ele me puxou delicadamente para que eu ficasse de frente para ele. Nossos olhos se encontraram e eu cedia absolutamente todos os seus movimentos. Ele limpava minhas lágrimas com o seu dedo lentamente enquanto o descia para as pálpebras, as acariciando.

– Você é tão linda... – ele sussurrou, fazendo-me engolir em seco. Fazendo meu coração disparar. Eu poderia jurar que nossas cabeças estavam se aproximando automaticamente, mas então eu segurei seu dedo em minha pálpebra com firmeza. Impedindo que ele continuasse.

– Vá embora, Nicolas. – eu também sussurrava. – Vá embora e me deixe.

– Você realmente quer isso? – sua voz era rouca. – Você realmente quer que eu vá embora?

Não. É óbvio que não quero que você vá embora, idiota. Fique comigo. Beije-me até não poder mais. Toque-me até minha pele ser completamente sua.

– Sim. – foi a minha resposta, enquanto lágrimas queimavam novamente as minhas bochechas. – Eu não quero mais você na minha vida. Eu não quero mais olhar para você. Eu não quero mais falar com você. Por favor... Vá! – e então ele largou meu dedo indo em direção a porta e saindo sem deixar rastros.

Eu caí no chão e comecei a raciocinar no que eu havia visto.

Seus olhos realmente haviam se enchido de lágrimas?


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Notas finais do capítulo

Pourra velho beija logo huahuah



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