A Filha Da Morte escrita por Messer


Capítulo 3
100 Suns




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Ela voltou alguns minutos depois com 3 pães de queijo, e entrou no carro. Eu peguei o meu fone de ouvido, e comecei a escutar That's What You Get - Paramore, enquanto comia os pães de queijo. Ofereci a Carol, mas pelo jeito ela estava muito abalada.

Acho que cochilei, pois me lembro de o carro parar em um uma lanchonete.

Nós entramos. Não era a mais linda lanchonete, mas pelo menos era organizada. Havia alguns salgados fritos e assados, pães de queijo, alguns chips, guloseimas, chocolates e tudo que se vende de porcarias na beira de estradas. Ela perguntou o que eu queria, e peguei um chips de queijo, junto com algumas guloseimas.

– Você vai ficar diabética desse jeito - disse ela, quando viu que eu estava pegando vários doces.

– A ficha tá caindo e doce me acalma e ajuda a pensar - respondi, pegando mais um pacote de balas.

Ela deu de ombros e foi pagar.

Eu saí para fora, observar o movimento. Ela estava saindo da loja, e eu olhei a minha direita, e foi quando vi três senhoras tricotando. Uma delas olhou pra mim.

Eu me vi correndo numa mata, depois lutando contra monstros horríveis com mais adolescentes, caindo de um precipício, e luntando contra outro monstro, e minha mortalha. Tudo isso muito rápido.

Carol me olhou assustada, como se eu tivesse feito algo inesperado.

– Quem são aquelas senhoras? - Perguntei, apontando para a direita. Mas não havia mais ninguém lá.

– Voceê está tendo alucinações. Aqui, coma um doce, e vamos, nós temos que terminar de viajar - Nós entramos no carro e seguimos viagem.

Mas como vida de semideusa não é fácil, algo tinha que acontecer.

Já haviamos viajado um pouco mais de uma centena de quilômetros, quando algo bate no carro, e ele é desviado, capotando pista á baixo.

Quando ele parou, nós estávamos de cabeça para baixo. Retirei meu cinto, e tentei acudir Carol. Ela conseguiu se soltar, mas quando saimos dos escombros, havia umas outras 3 dracaenaes e um cão enorme e negro, mas eu sabia que ele era um cão infernal.

Carol puxou uma espada de seu colar, e começou a enfrentar as dracaenaes, junto com o cão. Eu arranquei um pedaço de ferro do carro, e comecei a bater nelas. Demoramos tempo, as dracaenaes se viraram para mim, mas o cão continou na Carol. Eu consegui uma brecha e bati no cão. Ele recuou e não fez nada. Mas pude ouvir algo

Elas me obrigaram. Eu não queria machucar ela nem vocė. mas não tenho escolha. Disse algo em minha mente, mas o cão olhando para mim. Nessa hora, Carol correu para trás de mim, e eu senti algo pesado caindo sobre minhas costas. Quando me virei, vi que era ela, com o tórax atravessado por uma espada.

Eu fiquei revoltada, com vontade de transformar em pó todos aqueles monstros.

O chão começou a tremer, mas eu nem percebi. Estava muito ocupada, tentando sair do choque. No momento em que as dracaenaes comecaram a vir em minha direção, Bum!

O chão se abriu.

– Ssssua pesssste! Vamossss te pegar quando sssairmos...

E as vozes, com elas desapareceram.

Fui conferir o pulso de Carol, mas era tarde de mais. Ela estava morta. Nem mesmo ter afundado as dracaenaes em um poço me acalmou. Ela estava morta. Por minha causa.

Coloquei a cabeça dela no chão, e fui ver o poço que havia feito. Deu vontade de pular lá dentro, mas só fiquei a observar. Não vi fim, mas pude ouvir vozes desesperadas e senti cheiro de enxofre.

Me virei e vi o cão infernal lá, também. Estava parado, e deu vontade de jogá-lo no poço.

Siga para o sul. A voz ecoou. Acho que era do cão. Perto de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois disso, entre em um campo de uvas.

– Por que faria isso? Você ajudou a matá-la! - Respondi, brava e fria.

Pois era isso que ela iria fazer. Rebateu o cão.

Sei que era uma idiotice seguir conselhos de um cão infernal, mas também era estranho abrir um poço com cheiro de enxofre. Consegui pegar os doces e colocá-los em uma mochila, e me aproximei do cão. Ele cavo um buraco, e retirou um frasco negro.

Isso vai te ajudar. Só utilize em extremo, mas extremo perigo. O lado quente aponta para o norte, e o frio para o sul. Boa sorte.

Agradeci com um gesto com a cabeça, coloquei o frasco no bolso e entrei na mata, seguindo o lado frio.


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