Pequeno Anjo escrita por Loobs P


Capítulo 5
Mês 2- Semana 3 -Annabeth vomita em um velho amigo


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos os leitores que mandaram review no último capítulo.
Virocha, Ana Laura, Beatriz_14_, Carol Weasley Everdeen Jackson, MC s2, Cecília Lupin Weasley, Hector 35, Rose Malfoy, Lolita e a nova leitora GP_Forever, que tem deixado reviews maravilhosos.



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–Falta uma semana, amor.

Percy estava com seu laptop no colo, lendo artigos para futuros pais quando Annabeth entrou saltitante na sala.

–Uma semana para o quê, Annie? – ele mordeu o lábio, com medo de serem mais problemas.

–Pra gente descobrir o sexo do bebê, cabeça de algas. Por isso eu convidei as meninas para virem aqui em casa amanhã.

Percy não entendeu o que o sexo do bebê tinha a ver com uma reunião de mulheres, por isso franziu o cenho para a esposa.

–Ai, Percy. As grávidas fazem algumas brincadeiras para tentarem adivinhar o sexo do bebê antes da ultrassonografia. Antigamente, as mulheres egípcias urinavam em grãos de cereal para saber o sexo do bebê.

–Ok, eu já entendi. Você quer que eu vá ao mercado comprar alguma coisa para vocês comerem, ou...?

–Quero sim. De preferência algo doce... – Annabeth lambeu os lábios – Com bastante açúcar.

–Amor, você sabe que não podemos comer muito açú...

Annabeth olhou para ele com uma expressão ameaçadora.

–Tudo bem. Desejos de grávida, já sei.

–Obrigada, querido – ela beijou a testa dele e catou o telefone no caminho para o quarto, com um enorme bocejo.

Percy pegou as chaves de casa e foi caminhando pela rua tranquila. Ele se sentia muito orgulhoso da esposa e de si mesmo. Eles teriam uma criança, o que exigiria muita dedicação deles por grande parte de suas vidas. Ele se imaginava depois de alguns anos, com seu filho ou filha chegando da escola e o abraçando. Ele pegaria a criança no colo e lhe daria um beijo na bochecha, perguntando como fora o dia. E então ele...

–Percy?

Uma voz rouca o fez voltar à realidade. Lentamente, o garoto girou os calcanhares e apalpou o bolso, sentindo sua caneta pronta para ser usada. Nico diAngelo estava carregando sacolas de supermercado e se encontrava parado atrás do primo.

–Nico? – Percy arregalou os olhos.

O menino sorriu e seus olhos escuros brilharam. Ele usava uma camiseta de banda e jeans desbotados. O cabelo estava despenteado para cima e ele tinha um piercing preto de argola no lábio inferior. Nico abraçou Percy, os dois pareciam chocados com o reencontro.

–Uau, como você cresceu! – Percy comentou – Quantos anos?

–Dezesseis. Como vai a Annabeth?

–Ela está ótima, está grávida!

A notícia pareceu chocar Nico.

–Não! Sério?!

–Sim, estou fazendo umas compras para ela. Se quiser vir comigo, eu te levo lá em casa para revê-la.

–Show, deixa só eu mandar essas compras para o Acampamento. – Nico invocou um esqueleto, que prontamente recolheu as sacolas e foi caminhando pela rua. Muito normal.

Os dois engataram uma longa conversa e foram andando para o supermercado.

***

Annabeth estava ligando para as amigas quando sentiu uma forte queimação no estômago. Correu para a cozinha e engoliu dos comprimidos para azia. Voltou para o quarto e abriu a lista telefônica na letra T.

–Thalia Grace...

Annabeth discou o número da amiga e aguardou. Uma voz masculina atendeu ao telefone:

–Alô?

–Posso falar com a Thalia? – pediu Annabeth.

–Quem deseja falar com ela? – a voz do homem era mansa, e o “gaydar” de Annabeth apitou. Thalia talvez continuasse mantendo sua promessa de se abster de homens.

–Diga que é Annabeth.

– Um instante. – o homem tirou o telefone de perto da boca - Amiga, uma tal de Ana Bé quer falar com você. Tomara que não seja telemarketing. Odeio essa gente. – ele recolocou o telefone perto do ouvido - Ana Bé, você é de telemarketing?

–Ãh...

–Me dá isso aqui, Chad. – reclamações vindas do rapaz foram substituídas pela voz de Thalia – Annabeth?

–Thalia? Oi, você deve estar sabendo que...

–Você está grávida! Sim! Parabéns! – exclamou Thalia.

–Ana Bé está grávida?! AI QUE LINDO, GENTE!! – Chad berrou ao fundo.

Depois de recuperar o fôlego de tanto rir dos comentários do amigo de Thalia, "Ana Bé" respondeu:

–Sim! Eu convidei umas meninas para uma reunião aqui em casa. Eu vou descobrir o sexo do bebê semana que vem, e queria fazer umas simpatias com vocês, entende?

–Simpatias... Ah sim! Claro, quando? – Thalia se animou.

–AI MEU DEUS, EU QUERO IR THALIA! PELO AMOR DE ZEUS, ME LEVA CONTIGO! EU ADORO ESSAS COISAS DE OUTRO MUNDO. MISTICISMO, AMO!

–Amanhã, umas três da tarde. Se quiser trazer alguma coisa de comer...

–Ok, estarei aí. Diga a Pe... – o telefone foi arrancado de Thalia.

–Ana Bé? Posso ir com a Thalia? Eu sou VI-CI-A-DO nessas coisas de simpatias, sei UM MONTÃO DELAS. AI THALIA, SEU SOCO DÓI E VOCÊ SABE DISSO!

–Pode sim... uh... Chad, certo?

Um grito de estourar os tímpanos obrigou Annabeth a afastar o telefone do ouvido.

–Até amanhã, Ana Bé. Thalia pediu pra você mandar seus cumprimentos ao... Ao Pãci.

O telefone se desligou e a garota escutou o celular apitar, anunciando que uma mensagem de texto chegara.

“Chad é meu colega de quarto gay. Ele sabe sobre os deuses e tudo mais. Só não surta. Beijos, até amanhã.”

Annabeth sorriu e escutou a porta da frente se destrancando. Ela se levantou rápido da cama e a azia voltou mais forte do que antes. A queimação subiu pela garganta e ela vomitou. Ela mal conseguia respirar quando caiu de joelhos, vomitando mais.

–Annabeth?

A garota cuspiu o resto de ácido que estava em sua boca e ofegou alto.

Ela escutou dois pares de pés correndo para o quarto.

–Nico, ajude-a enquanto eu busco um balde e um pano.

Mãos fortes a puxaram para cima da cama com delicadeza e ela fechou os olhos, tonta.

–Nico? Nico... DiÂngelo?

–Sim, Annabeth. Sou eu.

Ela respirou fundo e sentou-se na cama com a ajuda do garoto. Logo sentiu um balde sendo empurrado para suas mãos. Ela cuspiu repetidas vezes no balde e observou o marido limpar a enorme poça de vômito no chão.

–Você está bem? – perguntou Nico, prendendo os cabelos da garota e colocando um pano molhado em sua testa.

–Estou. Só um pouco tonta. É normal a esta altura da gravidez, ainda mais dessa criança tão especial. Perdoem-me por preocupar vocês... E por te receber tão mal, Nico.

–Imagina, Annabeth... Vou buscar um copo de água gelada pra você.

Percy beijou a bochecha da esposa e levou o pano imundo para a lavanderia. Duas pequeninas lágrimas desceram pelas bochechas da garota quando Nico voltou com água.

–Apenas um ou dois goles, Annie. Mais do que isso pode provocar mais vômitos.

Ela obedeceu e riu:

–Agora devo te chamar de Doutor Nico?

–Nah... Só uma pequena parceria com filhos de Apolo no acampamento.

Percy voltou e fez carinho nos cabelos da esposa.

–Está melhor?

–Sim... Desculpem o susto. Nico... Nico?

Ele olhava fixamente para um ponto atrás de Annabeth.

–Nico, está tudo bem? – perguntou Percy, preocupado. Ameaçou tatear os bolsos, franzindo o cenho.

Nico sorriu e olhou para o casal:

–Bianca está aqui.


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