Alerta Vermelho escrita por Kel Costa


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é curtinha, mas espero que gostem!



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ALERTA VERMELHO! ALERTA VERMELHO

A sirene soava o comunicado enquanto as luzes de emergência piscavam em vermelho. Os médicos correram, Isabella e Jacob levantaram aflitos. O vampiro fora mais rápido que todos ali e já tinha se soltado. Os que estavam com ele na sala menor tentaram fugir, sendo destroçados. O único que sobrou, estava chegando na porta de vidro, quando Jacob apertou o botão interno e fechou-a.

- Jacob, não! - Swan agarrou o braço dele, mas já era tarde.

O homem lá dentro olhou-os com cara de desespero, enquanto o vampiro chegava por trás dele e quebrava sua coluna, enfiando uma mão em seu peito. O sangue espirrou no vidro e Swan chegou a chorar.

- Você... o matou...
- Ele já estava condenado, Swan.

Ela grudou as mãos no vidro, olhando para os mortos lá dentro. O vampiro fez o mesmo, colando as mãos no local onde as dela estavam, e sorriu malignamente.

- Nos veremos em breve, Dra. Swan. - ela cuspiu no vidro, como que na cara dele.

Jacob puxou Isabella pela roupa, afastando-a do vidro. As pessoas na sala segura estavam descontroladas, alertas eram soados, ligações eram feitas.

- Onde está Dr. Malcom? - perguntou um deles, com olhos arregalados.
- Por quê?
- É ele quem está com a chave do painel central.

Painel central era o elo de toda O.N.P.A.S. Quando algum alerta era soado, o painel se acionava e podia-se usá-lo, caso os botões automáticos das portas falhassem. Esse painel dava acesso a qualquer lugar, e cada sala possuía um, no chão. Cada médico responsável por uma equipe carregava consigo a chave do painel. Todos olharam em volta.

- Ele está... lá dentro. - Isabella apontou para a sala com o vampiro, que já estava agachado em cima de Dr. Malcom.
- Estamos mortos. - um médico soprou.

O vampiro levantou e calmamente, balançou o chaveiro para eles, como quem quisesse provocar. Ele passou a chave pela pele, admirando-a.

- As saídas! Rápido! - Jacob gritou em direção à saída, puxando Isabella pelo braço para o corredor.
- Jessica! Elliot! Espere, Jacob! - Swan puxou o braço tentando se livrar.
- Não! Não temos tempo!
- Me solta, idiota! - ela ajoelhou os testículos (N/A: amei!) dele e correu para sua sala.
- Espero que não morra, Swan! - Jacob gritou enquanto ela sumia no corredor e saiu correndo para o lado oposto.

Assim como ele, as pessoas corriam para tentar sair do prédio antes que todas as saídas fossem seladas. Os elevadores não fechavam nem saíam do lugar, por causa da super lotação. Os que iam pela escada, acabam se atropelando. Eram 18 andares de prédio, com todo mundo em pânico. Isabella chegou na sua ala, onde Jessica e Elliot estavam, presos pela porta.

- Socorro!
- Nos tirem daqui!
- Calma, sou eu. - ela gritou para acalmá-los e digitou rápido sua senha.
- Swan! - Jessica abraçou-a aliviada.
- O que está havendo? - Elliot parecia morto de medo.
- Não surtem, mas... algumas pessoas morreram. E... Angel se soltou.

Ela terminou de falar puxando os outros dois para o corredor. O desespero de Elliot foi total, que não sabia se gritava ou chorava. Jessica deu um tapa em seu rosto.

- Pare de ser um bebê!
- Nós vamos morrer! - ele foi estapeado também por Swan.
- Não me irrite, Elliot, ou entrego você pessoalmente para eles!

As luzes se apagaram totalmente, e agora só existiam mesmo as luzes vermelhas de emergência. O andar já estava silencioso.

- O que? Todo mundo já foi embora? - Jessica olhou em volta apavorada.
- Shhh. Quietos. - Isabella andava devagar encostada na parede, segurando o braço de Elliot.

Quando chegaram no salão do andar, eles pararam em frente à mesa de comandos e ela mexeu nos aparelhos.

- Senhor!
- O que?
- Aqui diz que as portas foram seladas cinco minutos antes de eu ir buscar vocês.
- E...? - Jessica estava já impaciente.
- E se foram seladas, ninguém saiu do prédio. - Swan declarou com voz tensa, olhando para os lados.
- Estamos todos... presos?

Eles andaram até os elevadores e apertaram todos os cinco botões ao mesmo tempo. Parecia que nada funcionava. Isabella olhou para a saída da escada.

- Vamos por outro caminho.
- Não vou descer 15 andares de escada!
- Ok, Jessica, então fique. Imagino que você vá encontrar com vampiros queridos por aqui!
- Tudo bem, vamos.

Swan abriu a porta da escada e quando entraram, viram cadáveres já espalhados por ali. Jessica vomitou num canto e Elliot no outro.

- Vamos morrer.
- Vamos morrer.
- Eu quem vou morrer com vocês dois no meu ouvido.
- Olha o que eles já fizeram, Swan! Como você acha que vamos sair vivos daqui?
- Talvez se você parar com a histeria, eles não consigam nos escutar. - Swan passou por cima de um corpo e desceu os degraus.

Quando a porta que dava para a escada se fechou atrás deles, o local ali ficou no escuro total.

- Acende a luz! - Elliot quase chorou.
- Fala baixo. Não tem luz, já percebeu? - Swan sussurrou.
- Ouviram isso?
- O que?
- Shhh.

Eles ficaram calados e imóveis tentando ouvir alguma coisa. Mas o silêncio era enorme, podendo ouvir até a sua própria respiração.

- Onde está todo mundo?
- Devem ter ficado presos em algum andar. - Isabella começou a mover-se novamente. - Encostem-se na parede, é mais seguro.
- Swan, como vamos sair do prédio?
- Não tenho idéia, Jess. Por enquanto só quero chegar viva lá embaixo.

Eles foram devagar, degrau por degrau. Já tinham descido dois andares, quando uma porta lá embaixo abriu e fechou. Os três congelaram no lugar e Isabella tampava a boca de Elliot.

- Não... Respire. - sussurrou com a boca grudada no ouvido do rapaz.

Ela sabia que se fosse um dos seis, eles ouviriam qualquer barulho, mesmo o mais baixo de todos.

Elliot prendeu mesmo a respiração. Ele estava nos seus 22 anos e só trabalhava ali como estagiário, por ser sobrinho de um dos médicos lá de dentro. Elliot era alto e magricelo, rosto cheio de espinhas como se fosse um adolescente em plena puberdade, cabelos castanhos e bem curtos. Era nerd.

- Hmmmm. Hmmm. - ele murmurou com a boca tampada pela mão de Swan. Ela o olhou com raiva e ele parou.

Eles ficaram esperando, mas nada aconteceu. Isabella voltou a se mexer, continuando a descer os degraus e então esbarrou em alguém.

- Não me mata! - a pessoa gritou.
- Calma! Sou humana também. - Swan falou devagar, sem ver o rosto da pessoa.
- Ah. Ok. Não adianta descer... está tudo fechado.
- Mas quero ir mais para baixo, pelo menos.
- Melhor não. Eles... estão lá.

Isabella parou um pouco com aquela informação.

- Em que andar exatamente eles estão?
- Está brincando, né? Eles são mais rápidos que o vento. - a pessoa falava assustada. - Cada hora estão num lugar!
- Swan, vamos subir... não gosto de lá... prefiro as alturas.
- Cale-se, Elliot. - Jessica interrompeu. - Bella, aqui a gente não tem para onde ir. Prefiro tentar ir descendo.

Swan fechou os olhos por alguns segundos e ficou pensando nas possibilidades. Ela sabia que Jessica tinha um pouco de razão. Mas ela sabia também que os vampiros, assim como os humanos, queriam sair do prédio, então provavelmente, era mais fácil encontrá-los por lá.

- Swan? - o medo de Elliot era visível em sua voz.
- Bem, não sei vocês, mas eu estou subindo. Boa sorte com a morte! - a pessoa passou esbarrando por eles.
- Acho que vou com você.
- Elliot! - Jessica puxou ele pelo braço.
- Não quero morrer lá embaixo, gente.
- Não vamos. - Isabella cortou a conversa com uma voz fria. - Nós vamos estar adiantados.

Os outros pararam de falar para ouví-la. O coração dela batia forte, sem saber se era certo o que ia fazer. Poderia sim ajudar, mas era muito arriscado.

- Do que está falando? - a pessoa que estava subindo, agora descia de volta.
- Nós podemos saber onde eles estão, com os visores de calor.
- Os visores o que?
- De calor. São aparelhos que usamos para controlar o nível de temperatura que irradia do corpo deles. Nós vemos no visor, num raio de 300 metros, os corpos, em forma de calor. Pontos vermelhos são humanos. Pontos azuis...
- São eles?
- Sim.
- E o que estamos esperando para pegar os aparelhos? - Elliot estava impaciente.
- O problema é que... os aparelhos estão na sala do arsenal. Dois andares abaixo de nós.

Eles suspiraram.


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