Alerta Vermelho escrita por Kel Costa


Capítulo 1
Capítulo 1




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Isabella Swan era uma das dezenas de cientistas da poderosa O.N.P.A.S. Ela saiu do elevador, no 15º andar do prédio espelhado e impossível de entrar. Ali só passava quem tinha autorização expressa de alguém de dentro, ou do Governo. Para a população, tratava-se nada mais, nada menos, de uma organização que fazia testes e mais testes para uma possível cura do câncer. Para quem trabalhava lá, era o prédio onde os últimos vampiros existentes na Terra estavam.

- Bom dia, Dra. Swan. - ela era cumprimentada pelos funcionários enquanto passava.

Isabella chegou na ala vermelha e passou seu cartão magnético. Uma porta de aço abriu e ela entrou. Era uma ala na qual apenas os cientistas tinham acesso. Era ali que os testes eram realizados. O clima extremamente frio, requeria uma roupa especial, que era colocada antes de entrar na ala.

- Isabella, já peguei o resultado do DNA de ontem. - Elliot falava com ela.
- Ok, irei dar uma checada daqui a pouco.

Ela botou a bolsa no armário e sentou numa cadeira giratória, de frente para um microscópio. Elliot debruçou ao lado dela. Ele era um rapaz esguio, mas com cara de adolescente, devido suas inúmeras espinhas.

- Como eles estão hoje, Elliot?
- Extremamente agitados. Nem cheguei perto.
- Hum.

- Já foram alimentados? - ela indagou curiosa.
- Bem... - ele coçava a cabeça, pensativo. - Não.
- Posso saber por quê?

Swan era uma profissional super competente, que não deixava nada para depois. Ela era também conhecida como a cientista irritada, pois perdia fácil a paciência com a preguiça das pessoas. Parou de olhar para o microscópio e virou-se de braços cruzados para Elliot.

- Eu... então... eu disse que eles estão agitados?
- Elliot, eles estão presos! Não é como se fossem arrancar sua cabeça fora!
- Ok. - ele olhava para baixo, com a voz tremida.
- Deixa para lá. Eu faço o serviço.

Isabella levantou furiosa e saiu da sala. Andou pelo corredor frio e entrou num tipo de frigorífico. Naquele local ficavam as bolsas de sangue das quais os vampiros eram alimentados. Ela abriu um dos freezers e tirou algumas bolsas.

- Malditos cagões. Têm medo até da sombra deles.

Saiu da sala resmungando e parou em frente à uma porta gigante, de aço também. Ela digitou uma senha no console digital da porta e esta foi destravada. O gás da porta saiu por baixo, enfumaçando o local e a porta correu para a lateral. Outra porta de aço aparecia por trás e Isabella repetia o mesmo processo da senha. Quando o caminho estava totalmente liberado, ela entrou numa escuridão. As luzes acenderam fracas, conforme eram as regras. Em volta da sala, ao invés de paredes, haviam seis celas de vidro inquebrável.

Seis celas, seis vampiros. Ou como costumavam ser chamados... seis demônios. Ela parou em frente às celas e apertou uns botões de uma mesa que ficava no centro da sala. Braços de metal saíam do teto em cada cela e prendiam as mãos e as pernas do vampiro preso ali. O processo se repetia de cela em cela. Quando estavam todos imobilizados, ela se aproximou da cela 1 e pressionou sua digital do polegar no vidro, que abriu apenas num quadrado pequeno, por onde ela jogou a bolsa de sangue. O loiro de olhos vermelhos a encarava com a feição de ódio. Suas unhas gastas mostravam o quanto eles lutavam para sair de lá. Quando passou pela cela 6, ela dedicou um pouco mais de tempo do que nas outras.

- Oi. - ela falou com a voz calma.

O vampiro de cabelos cor de bronze inclinou o rosto para o lado. Ela tinha um interesse nele, que nem ela própria entendia. Poderia gastar muitos minutos do seu dia ali, observando-o. Ele era de longe, o mais perfeito dos seis. E também, o mais diferente. Era o único que suportava testes de alta eletricidade, sem esboçar nenhuma reação.

- Juro que gostaria de te entender...

Ela passou a bolsa para a cela e virou de costas. Estava acostumada a não ser respondida por ele. Era o mais calado de todos, o que nunca falava. Quando estava saindo da sala, porém, ela se surpreendeu.

- Você não me estuda? Deveria me entender.

Isabella parou no lugar e virou-se devagar.

Isabella Swan andou lentamente em direção à cela 6 e parou alguns passos antes.

- Por que você é tão diferente dos outros? - perguntou colocando uma mão no bolso e acionando o gravador que sempre carregava consigo.
- Os humanos são todos iguais? - o vampiro sorriu cínico.

Ela prendeu um riso e encostou na mesa do centro. Ele andou até ficar grudado no vidro da cela e olhou-a de um jeito penetrante.

- Dra. Swan, eu não gosto de gravadores.
- Eu... desligo. - ela estava surpresa por aquilo. - Mas podemos conversar?
- Posso receber outra bolsa de sangue?

Swan foi até a cela e abriu o compartimento, jogando a bolsa para ele, que pegou no ar e rasgou a ponta, sugando o líquido delicadamente. Ela o admirava, como que hipnotizada, mesmo sabendo que esse era um dos poderes deles. Isabella então livrou-se do transe e amarrou os cabelos.

- Nós sabemos que há um líder entre vocês. Quem é?
- Estão enganados. Não há líder algum.
- Mas é o que dizem os livros.
- Eles também dizem que viramos morcego, certo?

Ela se irritou e foi até a cela, batendo as palmas das mãos no vidro e apoiando-se.

- Por que me responde com outras perguntas?
- Há regras aqui?
- Dane-se!

Swan saiu da sala, fechando tudo atrás de si e voltou para o laboratório.

- Oi Swan! Como eles estão? Já soube que Elliot tremeu na base. - Jessica falava animada e debochada.
- Normais. Não vi nada de agitados. E falei com o 6.

Os outros dois pararam o que estavam fazendo e olharam para Isabella, pasmos.

- O... 6? - Elliot olhava-a de boca aberta.
- Ele mesmo. - Isabella sorria vitoriosa.
- Como foi isso? Por que eu perdi esse fato? - Jessica quase chorava.
- Nem eu sei como foi. Eu estava saindo da sala quando ele falou. Nós meio que conversamos, mas ele é super enigmático.

Swan sentou em sua cadeira giratória e ficou que nem criança rodando em volta de si mesma. Ela mexia no rabo do cabelo preso enquanto falava com os outros. Um homem alto e loiro entrou na sala e colocou luvas.

- Bom dia. Swan, já estamos preparados... Vai assistir à coleta?
- Bom dia, Jacob. - ela levantou e pegou suas coisas. - Vou sim, estou curiosa. Elliot, já volto.

Isabella e Jacob saíram da sala e andaram pelo corredor congelante, até entrarem numa outra sala, muito maior, toda em vidro, com portas automáticas de vidro. Dentro da sala, um ambiente menor, também separado com portas de vidro, aguardava com uma espécie de maca no centro. Haviam médicos e cientistas para todos os lados.

- Olá, Dr. Walsh. Vim assistir.
- Fique à vontade, Swan. Só não entre na sala.
- Pode deixar.

Ela sentou ao lado de Jacob e de outros vários curiosos. Então um dos vampiros, o moreno e forte entrou acompanhado de cinco seguranças e todo amarrado com barras de metal. Ele foi deitado na maca cheia de aparelhos.

- É tão difícil colher o sangue deles... - Jacob inclinou-se para falar baixo a ela.
- Espero que consigam dessa vez. - Swan fala animada.

O procedimento foi iniciado, porém, de repente, um dos médicos que colhia o sangue, parou. Não dava para ver o vampiro, devido a tantos médicos em volta. Mas então viu-se alguma coisa. O médico que colhia o sangue virou-se para a platéia, com a garganta cortada.

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Notas finais do capítulo

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