Cassie Black - A Lenda Do Diário Secreto escrita por Alícia Guimarães
Já era de noite quando descarregamos o carro, e arrumamos tudo na casa. Aquela casa era enorme, e eu não sei como organizamos tudo em um só dia! O meu quarto era o único que ficava no primeiro andar. Todos queriam ficar em baixo, por preguiça de subir e descer escadas o tempo inteiro. No andar onde era o meu quarto, tinha um corredor enorme, e a escada era um pouco velha. Mas, aquela casa deveria ter lá seus 20 anos. Pelo corredor, tinha mais três quartos, que ninguém iria usar e um banheiro. No fim, estava o meu lindo e doce quarto. Era perfeito! Lilás com branco, minha cor preferida! Era enorme e tomava metade do andar de cima. Tinha um banheiro logo à direita com banheira e chuveiro elétrico. Aquele quarto era dez vezes o tamanho do meu quarto nos Estados Unidos e muito mais bonito. Eu estava gostando daquilo tudo. Deitei na cama, e fiquei olhando para o teto por alguns segundos, percebi que tinha uns desenhos estranhos, depois, levantei-me e olhei para o chão, tinha gotas de sangue, eu fiquei com nojo daquilo, mas pensei que poderia ter sido algum animal que tivesse sido morto ali e esqueceram-se de limpar, peguei um pano umedecido com sabão e passei ali, rapidamente a mancha desapareceu. Joguei aquele pano no chão e fui tomar um banho, a viagem tinha sido cansativa demais para mim. Liguei a banheira e pude perceber que dentro dela possuía machas de sangue espalhadas ao seu redor e marcas de dedos. Aquilo realmente me assustou, mas achei que estivesse tão cansada que, estava passando a ver coisas. Limpei aquilo com a água da banheira e logo aprontei outra, para tomar banho. Fiquei um bom tempo debaixo daquilo. Ter banheira em casa era maravilhoso. Levantei, me enxuguei e vesti minha roupa, quando sai do banheiro e entrei no quarto novamente, a mancha que havia limpado antes de entrar, estava ali, do mesmo jeito que a vi quando cheguei. Passei o pano novamente, mas mais uma vez, não me importei.
– E aí, Sam? Gostou do seu quarto? – minha mãe indagava enquanto colocava a mesa para o jantar.
– Ahn... Aham. Ele é enorme, gente! Eu amei, tem banheira, tem janela de frente pra rua, tem piso de madeira, tem chuveiro elétrico, é perfeito! – eu falei, empolgada com aquilo.
– Sempre o meu quarto é o pior!! – Dan dizia com os braços cruzados.
– Você é idiota, Daniel. Não o escolheu por medo de ficar lá em cima sozinho. E, fora que tem mais três quartos além do meu, pirralho!! – dei língua para ele.
– Você é estúpida, Sam. Não o escolhi porque eu não vi. E fora que na outra casa, o meu quarto era feio também! – Dan retrucava com a língua para mim.
– Cala a boca, nos Estados Unidos você tinha o melhor quarto da casa, Dan. – Mike o calou.
– Gente... Gente... O que falamos sobre brigar? – meu pai falava ao escutar aquela pequena discussão.
– Desculpa, pai. – respondemos em coro.
Minha mãe pôs a mesa e todos nós pulamos em cima da comida pois estávamos famintos. Eu comi e por um certo momento, percebi a porta aberta e a luz acesa em um dos quartos. Apontei-o.
– De quem é aquele quarto? – disse eu.
– Meu! – Mike levantou a mão.
Voltei a comer normalmente e quando percebi, a porta estava fechada e a luz apagada, como se nada do que eu tivesse visto, teria mesmo acontecido. E mais uma vez, pensei que eu estivesse tão cansada que estivesse mesmo vendo coisa. Passei a mão nos olhos, para deixar aquilo para lá. Ao terminarmos o jantar, lavei a louça e guardei tudo. Pedi licença a eles e subi para o quarto, quando entrei, vi a mancha novamente, fingi que não vi, passei para o banheiro e escovei os dentes. Deitei e a única coisa que poderia fazer naquele momento. Era dormir e foi exatamente o que fiz.
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