No capítulo anterior...

–AAAAAAAH, EU NÃO ACREDITO! -Eu estava ilegalmente loira. -EU VOU MATAR O MALFOY, MATAR! -Se não conseguiram deixar meu cabelo ruivo novamente enquanto estava verde, não seria agora que ele está loiro que eles conseguiriam. Droga.

Capítulo 7:

Extremos

P.O.V Rose Weasley.

-SE EU ENCONTRAR ELE ATÉ AMANHÃ EU JURO QUE ACABO COM AQUILO QUE ELE CHAMA DE CARA! -Gritei causando risos em James Sirius, que não queria se propor a me ajudar. Não, eu que me ferre. Eu sempre soube que ele era um incompetente mas...

-Ah, Rose, vamos encarar a realidade, você não mata nem uma aranha. Não banque uma de loira burra, por favor. -Comentou cruzando os braços enquanto Dominique o fitava mortalmente. Como eu dizia, eu sempre soube que ele era um incompetente! Mas agora eu tinha absoluta certeza de que ele não servia para nada mesmo. Um completo inútil. 

-Eu não deixava. -Alfinetou Molly colocando lenha na fogueira. 

-Vai demorar um pouco para Dominique pensar em que vai fazer comigo, então... -James era bom em provocar as pessoas, mas brincar com a minha prima é algo sério. As vinganças dela são sempre as piores. -Eu recomendo você tirar essa tinta do cabelo, pode afetar o seu cérebro.

-Eu não sei de nenhum feitiço de cabelo, James! -Exclamei me sentando em uma poltrona em frente a ele, que se sentou entre Molly e Dominique. -Na verdade, ninguém sabe.

-Se quiser eu procuro alguma poção para você. -Sorri para meu primo, que mantinha um olhar de interesse. Era tão típico ele oferecer ajuda e querer algo em troca, que eu já esperava o que eu teria de fazer. -Contanto que você, hum, ''desatrase'' minhas lições de história da magia. 

-Você está acumulando há quantos meses? -Perguntei com medo da resposta. Eu faria, pois sei que James consegue fazer poções (ou ao menos consegue que façam para ele) e feitiços. 

-Uns 2, 3. -Afirmou e acreditem quando eu digo que não foi apenas a minha boca que formou um ''O'' completo, Dominique e Molly também ficaram indignadas. Uma das perguntas era: Como e porque? E a outra pergunta era como ele passa de ano, mas tem sua bela resposta, ele é filho de Harry Potter e usa isso para subornar os alunos a fazerem suas lições além de usar feitiços proibidos para conseguir decorar tudo para as provas.

-POIS EU PREFIRO FICAR LOIRA DO QUE QUASE MORRER DESATRASANDO SUAS LIÇÕES, SEU INRESPONSAVEL! -Gritei e ele deu ombros murmurando algo como: Problema seu. -E EU VOU ATRÁS DAQUELA FUINHA, DONINHA DOS INFERNOS! PORQUE SE O MEU CABELO NÃO FICAR VERMELHO, VAI SER A CARA DELE QUE VAI FICAR!

-Ui, durona. -Zombou James fazendo Molly rir. -Vai lá e arrebenta com ele, vai. 

-EU VOU MESMO! -Ele apontou para a saída e logo eu estava indo em passos pesados para lá. Porém parei, refleti. Onde eu o encontraria? Andaria corredores e corredores que nem uma idiota e não o encontraria. A única chance de encontrá-lo era no jantar. Porque antes (ou depois) eu não veria mais nenhum rastro dele. Normalmente antes do jantar ele dorme, e depois ele dorme... Com alguém. Então é melhor eu esperar, nem é tanto tempo. 

-Então vá! -Exclamou meu primo me olhando com tédio. -Está esperando o que?

-Um mestre nunca age por impulsos, aprenda pequeno gafanhoto. -Respondi fazendo Dominique estourar em uma gargalhada que contagiou Molly. Ignorei os três e subi para meu dormitório. 

Olhei me no espelho, eu estava horrível. Era um horror sem limites. Não que loira seja feia, por que não é. Os Delacour são as provas vivas de que gente loira tem uma beleza. Mas eu, EU, fico melhor de cabelo vermelho. 

''Mas você é tão inteligente, não sabe de um feitiço?''

Não, sempre ignorei essas coisas bestas pois achei que nunca seria útil na minha vida. E como sempre, eu estava enganada. 

(...)

-Certo, agora eu acabo com ele. -Afirmei entrando no grande salão e passando os olhos pela mesa da sonserina. É óbvio que eu não achei Scorpius, eu sempre acho o Alvo primeiro. Ele tem um dom de chamar atenção sem igual. 

-Só não fique pior do que está. -Disse Molly ao meu lado, recebendo um peteleco de Dominique. -Sem ofensas, Domi. 

-Já ofendeu, cabeça de tomate. -Resmungou cruzando os braços e fazendo cara de quem está brava. 

-Ah meu Deus, ela me chamou de cabeça de tomate! Vou me redimir com todos os loiros do universo. Oh Nique linda, me perdoe por tamanha... -Drama Weasley: Quem nunca usou? -Sinceridade. 

-Querida, só o James chama ela de Nique! -Repreendi ela, que caiu na risada enquanto era arrastada para a mesa por Dominique. 

E eu, voltei a fitar Alvo. Ao lado dele estava seu amiguinho albino, como de costume. O meu plano era bem simples, nada poderia estragá-lo - a não ser o próprio Malfoy. 

-SCORPIUS MALFOY! -Gritei me aproximando daquelas cobras, digo, sonserinos. 

-Boa noite para você também, Weasley. -Disse calmamente se debruçando sobre a mesa. -Como você está?

-Aparentemente furiosa. -Respondeu Alvo assentindo com medo. -E com motivos. Dessa vez tem motivos. 

-É BOM VOCÊ TIRAR ESSA TINTA DO MEU CABELO, MALFOY! -Ele riu abafado e se levantou para ficar na minha altura. Sorriu de escanteio e me fitou.

-E por que eu faria isso? Você não é tão inteligente? -Indagou e eu bufei de raiva. Eu ainda não tinha descobrido o por que de Scorpius Malfoy conseguir ser tão babaca. Mas é uma babaquice sem limite. Se fosse como meus primos, ao menos teria jeito. Ou não. 

-A tinta afetou meu cérebro. Agora anda! -Exclamei apontando para fora do grande salão. Ele que agora bufou e contragosto se dirigiu até lá fora. 

Com uma troca de olhares enjoativa, fomos até a biblioteca. E com ''troca de olhares'', quero dizer ''a troca de fuzilamentos enjoativa''. Porém isso não vem ao caso. 

Scorpius abriu a porta da biblioteca, fez cara de nojo e se dirigiu até a estante começando a procurar algum livro. Fiquei surpresa por ter confirmado que ele sabe ler. É praticamente uma raridade vê-lo aqui, algo mais raro é vê-lo ler. Por isso achei que ele não sabia. Agora está confirmado: Ele não é burro ao extremo... Por mais que pareça.

-Vai ficar ai parada? -Perguntou rispidamente. O olhei bem, ele me dava nojo. Não sei se era sua voz que era enjoativa ou se era seu olhos que pareciam tão frios quanto... Ele mesmo. 

-Estou tentando lembrar um feitiço. -Só que não. Me deixaria loira para sempre se eu falasse que é divertido vê-lo aqui dentro. No meu doce lar. 

-Aham. -Pegou livro e o abriu. -Acho que isso pode nos ajudar. -Sacou sua varinha e apontou para o livro. 

-NÃO ME DIGA QUE... -Ele fez sinal de ''shhhh'' e eu parei de falar. -Accio cabelo não vai adiantar porcaria nenhuma!

-Você não tem ideia melhor, então fica quieta. -Revirei os olhos e o ouvi murmurar o feitiço. E, incrivelmente, deu certo. -É uma poção. 

-Vamos fazê-la, então! -Exclamei animada. Ele deu uma passada de olhos pela folha do livro e me entregou. -Fala sério.

-Não sou bom em poções e estou com fome. Boa noite. -E me largou ali. 

Normalmente eu ficaria brava - mais do que já estava. Porém eu tenho que levar em consideração que ele tem que me aturar praticamente todos os dias. E ainda me ajuda em quadribol, mesmo não sendo obrigado. Essas pequenas coisas contam quando se trata dele. Infelizmente, ou felizmente. 

Deixei a biblioteca e reuni todos os ingredientes que precisava. Como? Encontrei minha prima e meu irmão se agarrando na sala de poções. 

-HUGO WEASLEY E LILY LUNA POTTER, O QUE SIGNIFICA ISSO? -Gritei assustando-os. Ok, eu sempre encontro James se agarrando com alguém nesses lugares. Mas a irmã dele é novidade. Pior, meu irmão é novidade. Eu achava que ele era meio gay. 

-O que acha que significa isso? -Certo, minhas falas estavam deixando claro que a tinta afetou meu cérebro. Mesmo assim, é bom confirmar. 

-ROSE, POR FAVOR NÃO CONTE PARA NENHUM DOS MEUS IRMÃOS. -Pediu Lily logo vindo aos meus pés. Tinha exatas 99% de chances de James rir da minha cara e Alvo iria meio que ter uma crise de ''seu irmão é inofensivo''. Mas ele é mesmo, então. 

-Me ajudem com essa lista e eu fico quieta. -Propus e Lily deu uma olhada, logo pegando os ingredientes.

-Pra que essas coisas? -Perguntou meu irmão. 

-Não te interessa. -Ele revirou os olhos e eu peguei tudo que minha prima segurava. -E é bom vocês dois não passarem do agarro, por que se passar... É o seu fim, Hugo.

-Tchau Rose. -Respondeu fechando a porta na minha cara.

Isso não é tão raro de acontecer, mas ok.

Fui até o banheiro da murta que geme, já que a sala de poções estava ocupada e eu não ouso entrar na sala precisa nesse horário. Cheguei lá e logo murta veio ao meu lado, xeretar o que eu estava fazendo e etc. Ela é uma fantasma até que legal, na minha opinião é claro. 

A poção não era fácil, mas não era a mais difícil que eu já fiz. Estava me saindo até que bem.

-... Então quer dizer que você está tendo aulas de quadribol com o Scorpius? -Indagou e eu assenti. -Que sorte.

-Só que não. -Respondi e ela fez um ''run'' e cruzou os braços. 

-E essa poção é pra que mesmo? -Murta gosta de voar ao redor dos outros, e isso da raiva. 

-Meu cabelo, Scorpius o deixou loiro. -Ela assentiu com um ''hum'' e um silêncio predominou.

Já era tarde, mais ou menos onze e meia da noite. Se me pegassem aqui, sem dúvidas eu ouviria um belo sermão de minha mãe. Porém a minha vida é maravilhosa, então...

-Tem alguém ai? -E a idiota aqui gelou, junto a murta que foi devagar ver quem era. Se fosse Scorpius, eu o matava. E se não fosse ele, eu o mataria depois.