Conflito escrita por D_Orion


Capítulo 3
Prove!


Notas iniciais do capítulo

"(nem tudo é o que parece) Você já ouviu esse termo em algum lugar, ele vale muito quando sua segurança está em risco, eu senti isso, deixei de acreditar no que estava a minha frente e apenas me senti como um brinquedo derrubado pelo seu dono e sem interesse em reconquistar. Sorte minha ter um dono, mas... digamos... protetor."



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- Prove.

Essas palavras fizeram aparecer em seu rosto um sorriso de confiança, do tipo que nada no mundo iria vence-lô.

- Com certeza você não conhece meus amigos, vou te apresentar a eles. – Disse ao arrumar seus pertences na mesa e andar em direção a porta.

- Não deve estar falando dos Gays está? - Estamos no corredor

- Sim estou, e não julgue uma pessoa pela sua orientação sexual, alias estou fazendo isso por você, deveria demonstrar gratidão sobre minha oferta.

Aquele garoto que estava na minha frente durante a aula de inglês; Tímido, acanhado, inseguro e que escolhia suas palavras com um cuidado extremo havia desaparecido, Samuel se transformou em um ser confiante e seguro de seus atos, naquele momento ele era minha única salvação; Não sei de que forma, mas era.

- De que forma vai me ajudar, não vejo na sua figura uma maneira além de violenta de afastar aquele grupo do meu pé.

- Seguinte. - Ele se virou para mim parando alguns passos da escada de acesso ao pátio. - Você não é o primeiro a sofrer agressões verbais do “Bonde” e o meu grupo foi o que mais sofre com isso, até a nossa decisão de montar um grupo anti-”Bonde”, por esse e outros motivos eles não enchem mais que faz parte do nosso grupo diretamente ou indiretamente.

- Mas então...

- Vamos apenas conversar com os “lideres” de meu grupo, daí resolveremos que medida tomar.

- Tudo bem então. - Seguimos no pátio e então para o portão da quadra de esportes onde seu grupo ficava.

- Bom diaaaaaa. - Disse um que veio nos recepcionar, ele tinha cabelo baixo, brinco nas orelhas e sua voz era estranhamente fina.

- Olá, esse é o Matheus, novo na escola e nos problemas que ela representa a nossa existência.

O grupo tinha uns 8 garotos além de mim e Samuel, alguns tinham feições mais femininas, outros não tinham cara de que estavam ali por vontade própria, principalmente o maior deles que se levantou e veio na nossa direção.

- Qual o problema? - Sua voz era como um trovão, sua altura superior a qualquer um na escola.

- Notas? Romance? Brigas? Transporte? Qual o problema lindinho? - Não tinha notado, mas grudado aos ombros do maior estava outro garoto, mais novo e gracioso. - Eu sou Alex, o Príncipe, e você quem é plebeu?

- Sou Matheus, da mesma sala do Samuel.

- A sim, Samuel, o Guerreiro. - Samuel se sentiu lisonjeado pela frase.

- Sou Eduardo, o Imperador, em que posso te ajudar?

Senti vontade de rir ao entender seus sub-nomes, estávamos em uma escola não em um reino antigo onde os problemas do povo deveriam ser resolvidos com a realeza, ainda por cima uma realeza gay.

- Lucas e sua trupe me desafiaram, e não tenho a quem recorrer.

- Meu irmão está te azucrinando junto de seus amigos? - Disse Eduardo.

- Sim, e mediante a isso uma briga pode ser acarretada. - A palavra “briga” surtiu efeito de emergência nos olhos de todos.

- Então não há conversa? Não existe um meio civilizado de terminar esse conflito? - Alex estava enrolado no braço esquerdo de seu parceiro, está cena me causava náusea, eles não sabem que são homens e Deus criou os Homens para se relacionarem com Mulheres? Pena não ter novas ou demais alternativas de resolver meu caso.

- Infelizmente fui levado sobre minha raiva de aceitar a briga e ela acontecerá hoje, são remotas as possibilidades de reter a raiva e rancor que os fiz passar, se essa escola não tivesse regras eles teriam me espancado aqui dentro mesmo.

- Sendo assim gostaria de receber sua permissão para a proteção dele hoje e nos demais dias. - Disse Samuel com o punho direito fechado como se fosse desferir um soco a qualquer momento.

- Tudo bem estão. Apenas me prometa que não vai levar essa rixa para muito longe, não quero que vocês de machuquem ou se metam em perigos que saiam do meu controle. - Eduardo estava serio e não demonstrava nenhuma alteração facial ou na voz.

- Certinho. - Samuel bateu continência, achei aquilo ridículo. Ele sorriu para mim. - Agora nada me separa de você ou você morre espancado por aqueles garotos.

- Ei, esperem. - Tudo estava muito confuso e jogado na minha mente. - Não quero que essa briga sem sentido aconteça muito menos que o Samuel seja interventor direto sobre minha segurança, ou que lute no meu lugar.

- Você sabe lutar? - Perguntou Samuel com a testa enrugara.

- Sei, sou campeão Nacional de Aikido.

Ele sorriu ainda mais como se aquilo fosse um premio ou algo muito esperado desde minha chegada.

- Tudo bem então,  prove na saída.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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