Minha Outra Metade escrita por KingSora


Capítulo 4
Kuhehehe, kuhehehe




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Só de imaginar que uma mulher que aparenta ter apenas quinze anos séria a minha professora de geografia, o que mais pode acontecer? Só falta eu ter que subir doze casas para salvar a deusa Athena?Porque eu sinto que deve acontecer alguma coisa de ruim.

Sentado na minha carteira esperando a aula começar Crip chega toda alegre na sala rindo até as orelhas com Marcos. Ao me verem cheio de curativos correm na mesma hora para ver eu estava bem.

–Você esta bem Thomas?! –gritava Marcos. Nem sei o porque da preocupação eu apenas estava com uns quatro bandaids do rosto.

–Thomi você sofreu algum acidente pra esta com esses curativos na cara?! –agora quem gritava é a Crip ai ai isso me da uma preguiça.

–Depois que eu sai da loja uma mulher que parecia que perdeu o controle da bicicleta veio em minha direção e eu fui tentar ajudar, e acabei caindo e machucando um pouco.

–Mas Thomi você tem mais machucados agora.

–A mesma mulher bateu em mim de novo hoje, enquanto eu estava comendo, ela é muito desastrada. –realmente me bateu um desanimo quando eu me lembrei da cena da bicicleta de novo –E adivinhem quem ela é.

–Um anjo que te atropelou?

–Não sei se rio ou se choro com a sua piada Marcos.

–A você deve rir. –começou a rir da minha cara, esse Marcos como sempre um piadista nas horas erradas.

–Ela é... –Madelleine entra na sala e coloca suas coisas em cima da mesa e fica parada sem falar nada com o rosto vermelho –Ela que esta parada na frente da sala. –eu apontei.

–Am? –nossa será que essa fala foi ensaiada Crip e Marcos falando ao mesmo tempo.

–B-B-B-B-B-BO-BO... –Madelleine ficou mais vermelha que um tomate. E se agachou e ficou por assim tampando o rosto, tive que me levantar e ir até a direção dela.

–Madelleine levanta você tem que se apresentar.

–Hum? Thomas eu não consigo! –ela se agarrou na minha perna e começou a chorar. A cada hora eu acho que ela tem menos de dez anos.

–Ai ai, bem galera se levante agora. –com custo mais foi –Galera essa é a nossa nova professora de geografia Madelleine, ela é bem tímida e parece que é a sua primeira vez dando aula, vamos ser legais com ela?

–Hunf hunf eu me chamo Madelleine muito prazer. –sério que isso é uma cena meio estranha. Mas tanto faz.

–Bem eu vou me sentar no meu lugar agora. –Madelleine segura o meu braço e chega perto do meu ouvido e fala. Bem baixinho.

–Obrigada Thomas, vai à sala dos professores depois da aula quero conversar com você, esta bem?

Meu rosto começou a ficar vermelho e meu coração batendo muito rápido. E respondi apenas balançando a minha cabeça.

Na hora da educação física fomos ao vestiário trocar de roupa e Marcos veio falar no meu ouvido.

–Hum Thomas pegador de professoras. Seu safadinho.

–NANI?! –não consegui segurar a língua e gritei em japonês, já tinha a fama de ser estranho por gostar muito de animes. Isso foi pra piorar o caso.

–A vamos lá eu sei que você esta seduzindo a professora de geografia.

–Hum quem me dera meu nível de sedução é abaixo de dez, acredite, ela deve querer me agradecer.

–Hum sei. –odeio esse olhar de tipo “eu sei o que você vai fazer com ela depois da aula seu safadinho”.

–Não, não irei fazer nada com a Madelleine se é o que esta pensando.

–Eu não disse nada.

O esporte dessa vez era nada mais nada menos que futebol. Lógico quem foi escolhido primeiro? Marcos, também ele é atacante e um dos bons, como sempre eu iria tentar fugir da aula, indo pra enfermaria, até que falam o meu nome.

–Thomas! –eu me viro de vagar para ver quem me chama –Vem logo você esta no meu time. –maldito Marcos.

–Mas você é o capitão hoje?

–Sim anda logo vem pro meu time.

–Ta, ta eu to indo. –caminhando até pro lado de Marcos eu escuto os outros garotos falando.

–Thomas? O marcos é doido?

–Ele é uma merda jogando.

–Não quero ficar no mesmo time dele.

Que amor com os meus colegas de classe, apesar que sempre que eu sou obrigado a jogar, me tacam no meio do campo, e eu sou uma merda no domínio de bola eu sou bom mesmo é no gol. Sorte que o Marcos sabia disso e me tacou no gol.

Eu até pareço o Endo Satoru do Inazuma Eleven. Não deixo nenhuma bola passar por mim e quando eu defendo sempre defendo diferente. Parecendo que estou lutando para defender o gol.

Após o jogo eu fui direto pro vestiário trocar de calça e peguei a minha blusa e meu uniforme, e fui até as torneiras no pátio molhar a minha cabeça pra refrescar. Até que eu escuto vozes.

–Você só pode estar brincando comigo! Por que esta fazendo isso comigo?

–Não me leve a mal, mas eu não to querendo um relacionamento sério agora.

–Só pode estar mentindo eu sei o que você quer na verdade, passe lá em casa mais tarde pra você ver que eu valho a pena.

Hum pela voz do homem é lógico que é o Marcos, a da mulher deve ser a Paula. Marcos é do tipo que nunca se deixa levar pelos sentimentos, não depois daquele dia. Ao voltar para a sala para minha carteira, Marcos se oferece a pagar o meu almoço, então fomos até a lanchonete comprar uns sanduiches e uns sucos.

Ao subir no telhado, Crip estava lá me esperando, com a sua vasilha, sentamos e começamos a conversar. E como sempre que da pra almoçar com o Marcos começamos a contar piadas toscas, e fazer imitações, Crip entrou no meio também e realmente estava muito engraçada a cena, o sinal sempre toca na melhor parte da brincadeira, mas descemos para a sala.

A aula acaba e eu fico esperando o tempo passar na sala olhando pela janela, já que Marcos tinha que ir embora para a casa de sua irmã olhar a sobrinha. E Crip tinha que ir fazer compras para o jantar. Eu fiquei admirando o por do sol, já que a sala dos professores sempre fica cheia na hora da saída, depois de esperar uns minutos, eu vou pra sala, não havia ninguém lá, só a Madelleine.

–Você demorou Thomas.

–Me desculpe, mas eu esperei a sala esvaziar.

–É eu queria conversar a sós com você também. –imaginação fértil ligada!

–Sobre o que você queria conversar?

–Bem sente-se aqui. –fui até cadeira e me sentei –É que eu queria me agradecer por ter me ajudado na aula, eu estava morrendo de vergonha de todos estarem me olhando.

–Mas como você queria se tornar professora deveria estar preparada pra isso.

–Eu sei minha mãe falou a mesma coisa, mas mesmo assim eu morro de vergonha.

–É eu reparei. –ela tava chorando sério quantas vezes você pode ver uma mulher mais velha chorando de vergonha?

–Bem é isso obrigada por me ajudar mesmo, espero conseguir te ajudar sempre que precisar de minha ajuda.

–Pode deixar eu te aviso.

–Bem que tal eu lhe pagar um refrigerante?

–Olha eu aceito sim.

Fomos até o estacionamento da escola, que tinha a divisória para bicicletas, pegar a bicicleta de Madelleine. Com meus patins eu fui patinando com ela até a máquina de vendas mais próxima da escola.

–Tome...

–O que foi Madelleine? –perguntei curioso já que do nada ela parou.

–Eu não gosto de te chamar de Thomas é muito estranho.

–Am? Sério Madelleine?

–Eu também não gosto de que me chame de pelo meu nome, já que somos amigos eu queria que você me chama-se de algum apelido carinhoso e fofo igual da Cristy. –é sério isso? É sério mesmo? Eu to vendo é uma menina de sete anos apaixonada?

–É sério isso mesmo?

–SIM! –gritava ela vermelha.

–Okay então hum, que tal Madellei?

–Não gostei.

–Hum. –como é difícil dar apelidos as pessoas.

–Será que eu posso te chamar de Thomp?

–Thomp?

–Sim. –ela começou a segurar na minha mão, suas mãos estavam geladas, pois estava segurando as latas de refrigerantes.

–Tudo bem, Madeille. –respondi sorrindo

–TOME! –ela me deu a minha lata e subiu na bicicleta na mesma hora, o que será que aconteceu? –A eu adorei o apelido Thomp. Até amanhã.

–Até.

Eu abri à lata e dou o primeiro gole, e escuto uma risada estranha.

–Kuhehehe, kuhehehe.

–Só me faltava essa o que você quer? –eu me virei e a risada mais uma vez eu a escutei.

–Kuhehehe, kuhehehe.

–Eu to fudido.

–Kuehehe.



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