Já faz algumas semanas que eu conheci Noah. Conhecer ele foi algo extraordinário, quando estou com ele aquele buraco que tenho no meu coração se cura.

Hoje nós combinamos de irmos jantar fora com alguns amigos dele, que ainda não conhecia. Já são 18h30 daqui a pouco ele deve estar chegando.

A campainha toca, eu estava prestes a descer para verificar se era ele, mas meu pai atende a porta.

- Olá senhor Peter, vim buscar a Leah. – disse ele a meu pai -.

- Ok, vou chamá-la. – respondeu meu pai batendo a porta na cara dele-.

Escutei meu pai caminhar calmamente até meu quarto. Era mais que óbvio que ele não queria que eu saísse com Noah. Ele acha que eu estou passando tempo de mais com ele, e para meu pai isso não é nada bom. Acho que ele tem ciúmes.

Ele bate na porta.

- Pode entrar – respondi-.

Ele abre a porta com cuidado.

- Nossa como você está linda! – fez um silêncio, que por sinal era muito constrangedor- Então... Leah, você sabe que eu não estou muito de acordo com esse jantar que vocês terão. Acho você muito nova para namorar.

- Pai, não é um encontro, eu e Noah somos só amigos, não estamos namorando.

-Eu sei que não estão namorando, mas sei que logo vão começar a namorar. Não nasci ontem, percebo o jeito que vocês se olham. Parece até eu e sua mãe quando éramos mais novos.

Será que estava tão na cara que eu estava gostando de Noah?

- Mas enfim Lê, quero você em casa antes das 23h30.

- Pode deixar pai. –respondi-.

Ele saiu com um ar de “missão cumprida”.

Assim que ele saiu eu respirei fundo e desci as escadas. Abri a porta com cuidado e logo avistei Noah sentado na rede da varanda. Ele sorriu e veio em minha direção. Estava lindo, mas a pergunta é : Quando ele não está lindo ?

- Uau, você está linda, como sempre.

Eu abaixei a cabeça deixando uma mecha do meu cabelo cair para tampar minha vergonha. Ele colocou a mecha atrás da minha orelha e segurou meu rosto com cuidado e levantou-o.

- Ei, levanta a cabeça se não a coroa cai, princesa.

Era mais do que certo que ele queria me matar falando essas coisas.

- Princesa? Se eu sou a princesa, quem é o príncipe? – respondi-.

- Ora, não sei. Mas todas as noites quando vou me deitar, eu peço a Deus que seu príncipe seja eu.

Foi quando um carro buzinou, era o melhor amigo dele, Andrew.

Nós fomos em direção ao carro, Andrew abriu a porta.

Andrew era lindo assim como Noah, tinha cabelos loiros, olhos azuis, era outra perfeição em pessoa.

Engraçado era como eu me sentia perto de tanta gente bonita, parecia que minha feiura aumentava ainda mais.

- E quem é a gata ai Noh? – disse Andrew -.

- É a minha gata, tira os olhos.

- Opa, sua gata? Não estou vendo nenhuma aliança no dedo dela, oque significa que ela está solteira.

Eu me divertia vendo a conversa deles parecia eu e a Carol versão masculina.

- Sou Leah, prazer.

- MEU DEUS ELA FALA! Há há há. Sou Andrew, prazer.

O carro parou.

- Onde estamos? – sussurrei no ouvido de Noah -.

- Estamos na casa da Mel, nossa amiga. – ele me respondeu-.

Logo Melody saiu de sua casa e se juntou a nós no carro.

- Oi Drew, oi Noh. – ela disse sorrindo-.

De repente seu sorriso desapareceu.

- Quem é ela? – ela disse, com um sorriso meio forçado-.

- Eu sou Leah, vizinha do Noah. Mudei-me pra cidade faz algumas semanas. – respondi-.

E assim fomos pro tão esperado restaurante.

Comemos, conversamos, demos risada, contei sobre minha irmã. Foi uma noite ótima.

Olhei no relógio, já eram 23h00.

- Noah, preciso ir.  Meu pai me quer em casa antes da 23h30.

- Ok Lê. Drew liga para seu pai, Leah precisa ir para casa.

E assim foi feito, logo o pai de Andrew nos deixou em frente a minha casa.

- Obrigada Noah, eu gostei muito do jantar.

- De nada.

- Então, tchau.

- Espere. – disse ele segurando meu braço, me impedindo de entrar em casa-.

Ele me puxou, passou as mãos nos meus cabelos e enroscou-os em seus dedos, eu podia sentir seu calor, podia ver seus perfeitos olhos verdes bem pertos dos meus, ele me puxou mais para perto. Finalmente sua boca se encostou na minha, e ele me envolveu em um beijo apaixonante, seus lábios moldavam os meus, nós éramos a combinação perfeita.

Noah parou de me beijar e me abraçou, e em seus braços eu me sentia protegida.

Ele me largou e me olhou com os olhos suplicantes.

- Desculpa Lê.

- Não peça desculpas, está tudo bem. Para meu primeiro beijo, foi bom.

- Foi seu primeiro beijo? Sério? O meu também. – disse ele. –

Me espantei, o primeiro beijo de Noah foi comigo ?

- Sabe, é que sua beleza me atrai.

Beleza? Que beleza? – eu pensei-.

Meu pai abriu a porta.

- Você já está ai? Parabéns 23h30 em ponto.

Noah se despediu e foi embora e eu entrei.

A noite toda só fiquei relembrando do beijo que Noah me deu, foi quando percebi que só “gostar” não supria tudo aquilo que eu sentia por Noah. Eu já estava apaixonada por ele.