Boa Noite, Cinderela. escrita por Ana Clara
Notas iniciais do capítulo
Olá galeraaaaaaa. Estou de volta depois de muito tempo (UHU) , e como sempre quero me desculpar por tanta demora. Então, estamos quase entrando no final da fic (aaah ;c) mas estou pensando em escrever uma continuação. TALVEZ. Me digam oque acham sobre isso. E como estamos quase no final, tentarei postar regularmente. Toda semana uma capítulo, mas tentarei, não vou prometer nada. Enfim, é isso. Boa leitura.
Continuei sentada em minha cama, pensando e tentando de algum modo aceitar isso e fazendo um grande esforço para não chorar.
Ouvi batidas na porta, mas eu estava tão submersa em pensamentos que simplesmente não consegui me levantar. E bateram mais uma vez, com todas as minha forças tentei levantar ou somente responder, mas continuei parada. Mais batidas, desta vez a pessoa abriu a porta.
Noah entrou calmamente no quarto, se sentou ao meu lado e passou seus braços sobre meus ombros me envolvendo em um abraço quente.
– Estou perdendo outro irmão. - sussurrei.
– Ah, meu amor. - ele disse, me abraçando mais forte - Eu sinto muito.
Suspirei, ainda tentando não chorar.
– O que eu posso fazer por você? - Noah perguntou segurando meu ombros e olhando fixamente em meus olhos.
– Um milk-shake.
– Então vamos fazer milk-shake - ele sorriu, pegou minha mão e me levou até a cozinha.
– Cadê a Giu e o Andy? - perguntei.
– Foram embora. - respondeu Noah pegando o sorvete no congelador.
– Ah - suspirei - eles podiam ter ficado.
Noah sorriu.
– Na verdade, eu pedi para eles irem embora. Sabia que alguma coisa estava errada.
Suspirei novamente.
Então o barulho do liquidificador veio quebrar o silêncio do cômodo. Noah pegou dois copos, dois canudos, despejou o milk-shake neles e entregou um para mim. Me puxou pela cintura e me levou até a sala.
– Isso está muito bom. – falei.
Noah sorriu e concordou com a cabeça. Me aconcheguei em seu colo.
– Porque você está sorrindo? – ele perguntou depois de um tempo. Nem tinha percebido que eu estava sorrindo.
– Estava lembrando da Carol, e imaginando como seria se ela estivesse aqui. Provavelmente, você estaria apaixonado por ela. Ela era tão linda. Tinha cabelos longos e loiros, seus olhos eram claros e seu corpo era perfeito. Exatamente o contrário de mim. Quando éramos pequenas e brincávamos, ela sempre era a Cinderela, por causa dos cabelos claros. Ai, que saudades.
Noah me olhava sério.
– O que foi? – perguntei.
– Estou bravo com você. – ele disse.
– Porque? – me levantei para olhar em seus olhos, mas ele desviou o olhar e virou de costas pra mim, como uma criança birrenta.
– Noah, para como isso. Me fala logo o porquê.
Ele continuou do mesmo jeito por alguns minutos, mas depois olhou pra mim.
– Estou bravo porque você disse que eu provavelmente iria me apaixonar por sua irmã. E isso não é verdade.
Não aguentei e comecei a rir.
– Você está rindo do que? – ele me olhava, incrédulo – Eu te amo ok? E sempre vou te amar. É por você que sou perdidamente apaixonado. É você em quem eu penso quando vou dormir e quando acordo. É você. Será sempre você.
Acho que estou meio sensível, porque comecei a chorar.
– E se você tivesse dois corações? – perguntei em meio a soluços.
Ele sorriu sinceramente.
– Ambos pertenceriam a você.
Eu o beijei, e ele retribuiu o beijo na mesma intensidade. Sua mão deslizou por minhas costas, provocando leves arrepios, ele segurou minha cintura e me puxou até nossos corpos estarem colados. Comecei calmamente levantar a blusa dele, sem querer o arranhei e ele se arrepiou de dor, mas depois sorriu. Enfim consegui tirar a blusa e a joguei para longe. Ele delicadamente tirou minha blusa e me puxou em encontro ao seu corpo, senti sua pele quente se encostar na minha, me arrepiei. Ele se deitou no sofá em um embalo, e me ajeitou em seu corpo. Eu podia sentir seu coração tão acelerado quanto o meu. E por um momento desejei ficar ali para sempre.
A porta se abriu em um estrondo, e nos levantamos assustados. As caras de espantados de Giulia e Andrew se tornaram em um olhar malicioso.
– Vim ver se você estava bem, mas, pelo jeito você está ótima. – Giulia disse sorrindo do jeito que me deixava envergonhada, e ela sabia disso.
Senti minhas bochechas corarem aos poucos.
– Só não vale ficar vermelha Lelê. – Andrew disse -.
Noah estava na minha frente me tampando, o que contribuiu para não me deixar tão envergonhada, pois eu estava quase explodindo de vergonha. Ele pegou minha blusa e me vestiu e nem se preocupou em vestir a dele. Me levantei e amarrei o cabelo.
– Podem entrar. – falei pra eles que ainda estavam na porta e puxei Giulia pra dentro.
– Agora que já atrapalhamos tudo mesmo. – Giu disse, riu alto e me acompanhou até a cozinha.
Peguei dois copos e coloquei refrigerante. Quando me virei, Giulia me olhava sorrindo daquele jeito.
– Para de me olhar desse jeito. – falei entregando o copo pra ela.
– Não estou te olhando de nenhum jeito. – ela disse e se sentou no balcão. – Não sabia que você era tão ...
– GIULIA, vem cá ver isso. – Andrew gritou interrompendo ela.
Giulia desceu em um pulo e foi até a sala. Andrew segurava Noah.
– Me solta, idiota. – Noah dizia enquanto tentava se libertar.
– Dá uma olhada nesses arranhões nas costas dele.
Giu passou o dedo, e Noah encolheu e dor.
– Meu Deus, fico imaginado o que aconteceria se a gente não tivesse chegado. – ela falou rindo.
– Tá feroz em gatinha? – Andrew disse a mim e piscou.
– Ah, fica quieto. – falei.
Noah se libertou de Andrew e o empurrou. Veio até mim e me abraçou por trás.
– ‘Cê’ tá podendo hein? – Andrew disse rindo.
– Cala boca. – Noah falou.
Suspirei.
– E então, vamos fazer o que? – perguntei.
– Ver um filme? – Giulia propôs.
– Ah, não. Cansei de ver filmes com vocês, é só romance. Chega. Vamos sentar na varanda e ficar sem fazer nada. – Andrew falou.
– Pode ser então. – concordei.
Então sentamos todos na varanda para conversar. Meu celular vibrou, era meu pai. Fui até o jardim dos fundos.
– Alô?
Tudo o que eu conseguia ouvir era um choro.
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Me diga oque acharaaaaaam.