Boa Noite, Cinderela. escrita por Ana Clara


Capítulo 22
Só pode ser azar.


Notas iniciais do capítulo

Oi, escrevi um capítulo depois de anos sem postar nada aqui. Sei lá, sempre tento postar frequentemente mas não consigo. Então .. espero que gostem.



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Estava nos braços de Noah quando acordei, ele ainda dormia e seu rosto estava tão perfeito e sereno que acordá-lo parecia ser pecado.

– Noah, acorde. -sussurrei depois de um tempo-.

Ele abriu os olhos vagarosamente e sorriu ao me ver.

– Bom dia, Noh.

– Bom dia, princesa.- Ele falou com sua voz rouca da manhã-.

Ele me puxou pra mais perto e começou a acariciar meu cabelo.

– É tão bom te ter em meus braços novamente.

Me virei pra ele e o beijei.

– É que... Você me tem tão facilmente - sussurrei e me arrumei em seus braços novamente -.

E ficamos assim, por longos minutos. Os dedos dele deslizavam pelo meu cabelo provocando arrepios, podia sentir o calor de sua pele na minha e então percebi o quanto sou grata por ter ele.

– Acho que é melhor descermos para tomar café. - ele falou-.

– Ok.

Ele pegou minha mão e me levou até a cozinha.

– Bom dia meus amores. - Juliet disse-.

– Bom dia. -respondemos juntos-.

– Leah, já tem notícias dos seus pais?

– Ainda não, Juliet. - respondi verificando em meu celular se tinha alguma coisa-.

– Você dormiu sozinha em casa?

– Na verdade, ela dormiu aqui. - Noah disse, antes que eu pudesse pensar na resposta-.
Juliet se virou para ele.

– Sério? Não ouvi você entrando no meu quarto pra pegar colchão, ela dormiu no sofá?

– Na verdade .. ela dormiu na minha cama.

Juliet quase cuspiu o café que estava tomando. Olho pro Noah - que estava somente de cueca - e depois olhou pra mim, incrédula.

– Queridos, escultem..

– Mãe, mãe, mãe, mãe, mãe - Noah interrompeu ela - Não queremos um sermão de uma hora sobre sexo. Não fizemos nada de errado.

– Sério?

– Infelizmente. - ele respondeu sorrindo-.

– Noah! - ela gritou-.

– Só estou brincando.

Ela o olhou com os olhos semicerrados, mas depois sorriu.

– Anda garoto, vá colocar uma roupa.

– Não quero.

– Temos uma garota em casa, seja decente.

Ele revirou os olhos e me puxou pra varanda. Sentei no chão e ele deitou no meu colo.

– Então, quando você ia me contar que tinha uma irmã?

– Meia-irmã.

– Tanto faz.

– Antes do meu pai casar com minha mãe ele teve Elizabeth. Eu não vejo ela com muita frequência, quando - ele suspirou- eu fui embora, ela estava passando um tempo com meu avô. E eu convenci ela a me ajudar a recuperar você.

– Ah, entendi.

Meu celular começou a vibrar, peguei rápido com esperanças de ser meus pais.

– Alô?

– Ah, oi, Giulia.

– Nossa, que animação hein.

– Desculpa, pensei que fosse meus pais.

– Ainda não tem noticias deles?

– Não.

– Aonde você está? Liguei pra sua casa, e ninguém atende.

– Não estou em casa.

– Aonde você está?

Suspirei fundo.

– Estou na casa do Noah.

– Oque?

– Giu, é uma longa história. Podemos nos encontrar?

– Claro, porque quero que me explique essa história direitinho.

– Ok, shopping daqui quinze minutos?

– Ok. Tchau, beijos.

– Beijos.

Olhei para Noah, que agora me observava.

– Acho melhor você se vestir porque estamos indo pro shopping.

Ele deu um sorriso torto e depois beijou minha testa, se levanto e entrou. Fiquei um tempo sentada e decidi ir pra casa trocar de roupa, avisei Juliet e fui. Alguns minutos depois já estava pronta e Noah me esperava em frente sua casa.

Fomos caminhando até o shopping, e Giulia estava em frente a entrada principal.

– Oi Lê. - ela falou ao me abraçar-.

– Oque ele faz aqui? - falou quando viu Noah.

– Oi pra você também Giulia.

Ela revirou os olhos.

– Então, vamos sentar? - falei-.

Entramos no shopping e escolhemos um lugar pra sentar.

– Quero saber de tudo, pode começar a contar. - Giu falou-.

Contei tudo a ela sobre Benjamin e Noah.

– Entendi. - Ela falou depois de pensar um pouco sobre o que eu tinha falado.

– E então, você vai voltar a falar comigo um dia ou ...

– Vou pensar seriamente no seu caso. - ela disse interrompendo - Eu sei que é o melhor amigo do meu namorado e que ele já te perdoou por ter ido embora, assim como minha melhor amiga. Mas se você só pensar em magoá-la de novo vai se arrepender.

– Vou aceitar isso como um sim. - ele sorriu e deu um beijo na minha testa.

Giulia revirou os olhos novamente.

– Vamos ficar por aqui e almoçar? - Noah falou-.

– Sim. Vou ligar pro Andrew vir também. - Giulia disse-.

Depois de alguns minutos Andrew apareceu. Almoçamos e fomos todos para minha casa. Escolhemos um filme e fomos todos assistir.

Meu celular começou a tocar. Era meu pai.

– Alô?

– Oi pai.

– Oi filha.

– E então? Como está a mamãe?

Ela está ótima, está se recuperando.

– E meu irmãozinho?

– Então .. - meu pai começou a chorar - Ele nasceu com um grave problema no pulmão e está respirando com ajuda de aparelhos. O médico disse que talvez ele não consiga sobreviver.

Entrei em estado de choque.

– Filha?

– Estou aqui. Só estava tentando ... tentando compreender tudo isso.

– Preciso ir filha, sua mãe precisa de mim. Não sei ao certo que dia vamos pra casa mas, logo vou te buscar pra conhecer seu irmão.

– Ok.

– Tchau, te amo. Beijos.

– Pai, aguente firme. Vai dar tudo certo. Também te amo.

Desliguei o celular e sentei em minha cama.

Eu não podia acreditar, estava perdendo outro irmão.


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Notas finais do capítulo

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