A Pedra Filosofal Por Hermione Granger escrita por Julia Granger


Capítulo 3
Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Acabei de terminar esse capítulo e fiquei tão empolgada que nem revisei! Por isso, em breve, vou corrigir os eventuais erros. Boa leitura.



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Finalmente o dia primeiro de setembro chegara, e eu havia me tornado hiperativa. Acordei às cinco da manhã, me arrumei, tomei o café da manhã e, é claro, sobrou um longo (e doloroso) tempo de espera (e eu não tinha nada para fazer, já que tinha lido todos os livros que tinha comprado na Floreios e Borrões - didáticos e não didáticos - umas duas vezes).

Mas então o relógio marcou dez horas, e ouvimos batidas na porta. Era um bruxo alto, que se identificou como "o 'auror' que vai levar vocês para a Plataforma Nove e Três Quartos".

Nós rapidamente chegamos até a Estação de King's Cross, e eu segurava o bilhete do trem apreensiva. Logo atravessamos a barreira entre as plataformas nove e dez (coisa que eu fiz com medo de bater) e chegamos a uma grande plataforma cheia de gente, muitos animais como corujas, gatos e sapos, vapor (por causa do trem, é óbvio) e coisas que eu normalmente estranharia.

Logo me despedi de mamãe e papai com muitos abraços, agradeci ao 'auror' e segui para o trem.

E aí... eu tive que achar uma cabine. E não tinha absolutamente nenhuma vazia. Procurei em todas. Perguntei a algumas pessoas se eu podia dividir a cabine com elas. Algumas foram rudes, outras recusaram educadamente, até que cheguei em uma onde eu reconheci um garoto da minha idade, meio gorducho, de bochechas rosadas, que segurava um grande sapo. Ao lado dele, havia uma menina de marias-chiquinhas louras e bochechas igualmente rosadas, conversando animadamente com ele e, por último, uma menina usando uma longa trança e muito sorridente. Abri a cabine, esperando receber mais um 'não' e já meio vermelha de raiva. Perguntei:

– Com licença, posso ficar aqui? Não tem mais nenhuma cabine disponível.

A menina de marias-chiquinhas se virou e falou, animada:

– Claro! Sou Hannah Abbott, tudo bem? Aquele é o Neville e aquela é a Susan.

Aliviada, respondi:

– Prazer, sou Hermione Granger. Muito obrigada mesmo por me deixarem ficar aqui, muita gente já recusou e eu estou cansada de procurar por cabines, mas enfim, eu vou bem, e vocês?

– Bem, obrigada - falou o garoto com o sapo, corando ainda mais - Esse é o Trevor, a Hannah esqueceu de apresentá-lo - falou ele, apontando para o sapo.

– Hum... oi, Trevor - falei, sem jeito.

Susan soltou uma risada.

Estávamos discutindo sobre as casas de Hogwarts quando ouvimos uma mulher chamando 'Alguém quer doces do carrinho?', e Hannah deu um salto do banco e foi atrás da mulher do carrinho de doces, escancarando a porta da cabine.

Continuamos conversando, mas não tão animadamente quanto antes, e eu acabei aproveitando para já ir vestir meu uniforme, até que Hannah voltou segurando uma pilha de doces um tanto esquisitos. Ela fechou a porta e voltou-se a se sentar.

– Quem gosta de sapinhos de chocolate? Eu ainda não coleciono as figurinhas, mas pretendo - falou ela, feliz.

–Eu coleciono, mas não tenho tantas figurinhas assim... Ainda - falou Neville - Mas acho que Trevor não gosta muito dos sapos, parece que gosta de competir com eles, e... Cadê o Trevor?

Foi uma reviravolta, com todos nós procurando o grande sapo de Neville, até que ficamos certos de que ele não estava mais naquela cabine.

– Eu não entendo, ele está sempre fugindo de mim! - falou Neville soluçando.

Saí para procurar com Neville. Nós nos separamos no início, e depois resolvemos nos juntar. Passei por umas duas cabines, e as duas responderam 'não, não vimos nenhum sapo', até que passamos por uma com um garoto ruivo, alto e sardento, que parecia tentar enfeitiçar um rato e que estava sentado junto com outro garoto de cabelos negros. Os dois pareciam do primeiro ano.

– Eu já passei por aqui, não adianta, eles não viram o Trevor.

– Ora, Neville, não custa tentar novamente - falei, impaciente.

Abri a porta da cabine e olhei para os dois garotos.

– Alguém viu um sapo? Neville perdeu o dele - Mas ao concluir a frase, fui tomada pela curiosidade de saber o que o garoto ruivo estava tentando fazer com o rato.

– Já dissemos a ele que não vimos o sapo - respondeu o Ruivo, meio mal-humorado. Logo falei, já meio sem prestar atenção na frase anterior:

– Você está fazendo mágicas? Quero ver. - E então eu me sentei, duvidando que fosse dar certo.

– Hum... Está bem - ele falou, e em seguida pigarreou.

“Sol, margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro”, ele falou, e eu comprovei minhas dúvidas, já que aquilo não se parecia nada com os feitiços que eu vi nos livros. O rato continuou parado, da mesma cor cinzenta.

– Você tem certeza de que esse feitiço está certo? Bem, não é muito bom, né? Experimentei uns feitiços simples só para praticar e deram certo. Ninguém na minha família é bruxo, foi uma surpresa enorme quando recebi a carta, mas fiquei tão contente, é claro, quer dizer, é a melhor escola de bruxaria que existe, me disseram. Já sei de cor todos os livros que nos mandaram comprar, é claro, só espero que seja suficiente; aliás, sou Hermione Granger, e vocês quem são?

Fiquei meio sem fôlego, mas bem satisfeita por poder mostrar todo o meu conhecimento. Os dois garotos se olharam, meio pasmos, e o ruivo falou:

– Sou Ron Weasley.

Apressadamente, o outro garoto, de cabelos negros e óculos redondos, falou também:

– Harry Potter.

Pisquei depressa, me lembrando de trechos de livros que falavam daquele mesmo nome. Era aquele garoto que derrotou, supostamente, Você-Sabe-Quem, um grande bruxo das trevas. Procurei a famosa cicatriz (marca do 'confronto') na testa dele e pude facilmente localizá-la. Certa de que ele não estava mentindo, falei:

– Verdade? Já ouvi falar de você, é claro. Tenho outros livros recomendados, e você está na 'História da Magia Moderna' e em 'Ascensão e queda das artes das trevas' e em 'Grandes acontecimentos mágicos do século XX'.

– Estou? - Ele falou, admirando-se.

– Nossa, você não sabia, eu teria procurado saber tudo que pudesse se fosse comigo. Já sabem em que casa vão ficar? Andei perguntando e espero ficar na Grifinória, me parece a melhor, mas imagino que a Corvinal não seja muito ruim... Em todo caso, acho melhor irmos procurar o sapo de Neville. E é melhor vocês se trocarem, sabe, vamos chega daqui a pouco.

E, certa de que Trevor não estava ali, saí da cabine com Neville. Em seguida, procuramos pelo sapo mais um pouco, mas sem resultado. Por fim, voltamos para a cabine.

Mas o corredor ao lado desta não estava mais... tão tranquilo. Numa cabine próxima, segundo os boatos, um garoto tinha trazido uma tarântula gigante, e outros estavam brigando ou enfeitiçando coisas. Até aí dava para aguentar, mas algumas pessoas conhecidas de Hannah e Susan estavam entrando na nossa cabine e causando alvoroço, então resolvi sair para tomar um ar (se bem que os corredores estavam ainda mais agitados do que a cabine).

Fui me afastando da confusão. Fui lá na frente do trem, perguntei ao maquinista se estávamos chegando, depois voltei e andei até que ouvi um berro alto, e em seguida mais berros da mesma pessoa, até que três garotos (dois muito altos e fortes, um deles choramingando de dor, e um garoto louro de cara bem metida) passaram por mim. Notei que eles tinham saído da cabine de Harry Potter, e pela cara furiosa deles, deviam ter acabado de brigar.

Caminhei direto para a cabine deles, em busca de respostas:

– Que foi que aconteceu? - Olhei vários doces espalhados pelo chão, e o garoto ruivo segurando aquele rato pela cauda.

Mas parece que eles não notaram minha entrada.

– Acho que apagaram ele - falou o ruivo para Harry, examinando o rato - Não... não acredito... ele voltou a dormir. Você já conhecia Draco Malfoy?

Fiquei meio sem entender. Harry Potter começou a descrever o encontro dele com outro garoto, provavelmente um dos que tinham saído da cabine anteriormente.

– Já ouvi falar na família dele - falou o ruivo - Foram os primeiros a voltar para o nosso lado depois de Você-Sabe-Quem desapareceu. Disseram que tinham sido enfeitiçados. Papai não acredita nisso. Diz que o pai de Draco não precisou de desculpa para se bandear para o lado das Trevas.

Então ele se virou para mim e falou:

– Podemos fazer alguma coisa por você?

Juntei tudo que estava pensando nos últimos minutos e me apressei em dizer:

– É melhor vocês se apressarem e trocarem de roupa. Acabei de ir lá na frente perguntar ao maquinista e ele me disse que estamos quase chegando. Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá!

– Perebas andou brigando, nós não - Bom, Perebas devia ser o rato - Você se importa de sair para nós podermos nos trocar?

– Está bem. Só vim pra cá porque as pessoas nas outras cabines estão se comportando feito crianças, correndo pelos corredores - choraminguei - E você está com o nariz sujo, sabia?

Saí da cabine aborrecida. Quando cheguei novamente a minha cabine original, uma voz ecoou pelo trem.

“Vamos chegar em Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola."

Pouco tempo depois, o trem começou a parar... Eu estava quase pulando de ansiedade.


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Notas finais do capítulo

Amei escrever esse capítulo!



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