A Última Black escrita por Adrielli de Almeida
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora!!!!!
Harry ficou nas sombras durante algum tempo; queria ouvir o que Sam dizia, mas era impossível... Finalmente, ela tirou a cabeça da lareira com cinzas nos cabelos ondulados e respirou fundo como se estivesse de descobrir algo terrível. Logo depois, o fogo da lareira se acendeu e Harry tentou ver o rosto de quem estava lá – esperava reconhecer o rosto de algum Comensal – mas acabou fracassando. E, para confusão de Harry, a voz que soou da lareira não era conhecida.
- Oh, oh... – exclamou Sam, se inclinando pra frente – Você está bem! Está viva!
A voz de mulher soou suave e leve, quase superficial, ao responder:
- Eu sempre cumpro uma promessa, Samantha. Sua mãe me pediu pra vigia – lá. Aqui estou eu...
Samantha franziu os lábios, insegura.
- Como me achou? – perguntou a voz.
- Bem, não foi difícil... Saiu uma matéria no Profeta Diário sobre uma casa arrombada e que a única coisa que foi levada foi.... Alcaçuz.
Ouve uma risada vinda da lareira e um sorriso tímido no rosto de Sam.
- Está brincando que só me descobriu por isso...
- Vovó dizia que você era capaz de fazer qualquer coisa por alcaçuz.
- E ela estava certa.
- Bem... – Sam pareceu estranhamente triste e envergonhada ao mesmo tempo – Como... Como você está? Com a morte deles e tudo o mais...
- Ah, eu estou bem – a frase soou fria e sem emoção.
- C-como...? – perguntou uma Sam boquiaberta.
- Eu... – a voz pareceu falhar e então ouve um guincho de dor; Harry percebeu que veio da mulher e não de Sam. – Corra! Samantha! QUERIDA, CORRA!
Sam recuou assustada. Passaram-se alguns minutos. Que coisa estranha... Harry estava suando, cada vez mais intrigado...
- M-mar...
- Não, querida, fique aí... Eu estou bem... Eu... Preciso que me fale onde fica a Ordem... Só isso... Aí posso ir a você... E tudo ficará bem. – Sam respirou profundamente e fechou os olhos. Então os abriu rapidamente.
- Espere aí – começou ela – eu... Eu não lhe disse que estava na Ordem...
A menina se desesperou. As chamas se tingiram de verde e começaram a rodopiar. Uma mulher de trinta e alguns anos saiu das chamas; roupas rasgadas, cabelo desembrenhado, rosto sujo de fuligem. Sam ergueu a varinha, o terror e incredibilidade no rosto.
- Expelliarmus! – gritou a mulher para ela e a varinha de Sam voou longe. Sam gritou e protegeu o rosto com as mãos, se virando de lado. Em um momento de desespero Harry não soube o que fazer – então correu e se enfiou na frente de Sam, abraçando-a. Algo idiota e imprudente de se fazer, mas ele não podia recorrer a magia...
- Avada... – a mulher começou o feitiço mas ao deu de continuar.
- Estupefaça! – gritou uma voz onde Harry estivera nas sombras.
Antes que um dos dois – Sam ou Harry – pudesse fazer algo, a mulher caiu. Pra surpresa e raiva de Harry, Sam correu até ela e a virou tirando os cabelos dela do rosto.
- Ahhhh – Sam parecia prestes a ter um ataque.
Sirius apareceu, a varinha na mão, uma expressão de fúria no rosto.
- Pra cozinha vocês dois – quando ambos abriram a boca pra protestar ele rosnou: - Agora. Não fui claro?
- Mas... E ela? – perguntou Samantha olhando de relance para a mulher.
- Pra cozinha – rugiu Sirius. – Eu cuido dela.
Aquelas alturas os Weasley e Hermione já estavam em pé. A Sra. Weasley ficou louca quando ouviu a história dos meninos. Repreendeu Sam, que ficou vermelha e ficou quieta sem retrucar uma só palavra. Sirius não voltou. Gina sentou-se ao lado de Sam e ficou leal e imbatível, apesar de Harry lhe lançar olhares revoltados.
Hermione, preocupada e agitada, pedia pra Sam repetir tudo.
- Mas... Quem é essa mulher, afinal de contas? – reclamou Rony. Muito bem, pensou Harry, dessa pergunta ela não podia escapar.
- Minha... – Sam, fungou – Ela é minha tia.
- Você tem uma tia? – se admirou Jorge.
- Bem, tenho... Mas...
- Sirius... – Hermione parecia estar criando coragem para dizer algo – Ela está... Estava desaparecida há quinze anos, certo?
Sam assentiu, abalada.
- Ela... Sam, ela não era ela mesma... Estava sobre controle da Maldição Imperius. Ela não quis realmente...
- Obrigada, Hermione – respondeu a menina, os olhos marejados em lágrimas – Mas acho que prefiro ficar sozinha até Sirius voltar.
Ela se afastou deles, se sentando na beira do banco do outro lado.
- Não acredito nisso – falou Harry em voz perfeitamente audível.
- Que bom, Harry – retrucou Sam – Estou muito interessada em saber disso.
- Você devia parar de agir como uma santa... Porque você não é.
- Não, Harry, não sou. Assim como todos nessa cozinha.
- Ei – chamou Rony – vocês poderia...
- Não! – gritaram os dois juntos. Rony encolheu os ombros.
- Estou cansada de Harry achar que sou uma Comensal!
- É – falou Harry gritando e se levantando – Você não têm inteligência suficiente pra isso!
Ela puxou a varinha!
- Repita isso, seu mestiço! REPITA!
- VOCÊ É...
- QUIETOS! – gritou Gina.
- Você age como um idiota o tempo todo! O que acha que vou fazer?! Matar seus amigos?! ROUBAR SIRIUS DE VOCÊ?! Pois eu tenho família, POTTER!
- AH, SEI, A FAMÍLIA QUE ACABOU DE TENTAR MATAR VOCÊ!
- ESTUPEFAÇA! – Gritou ela, mas errou por pouco. Harry puxou a própria varinha.
- PAREM! – gritou Hermione desesperada, mas nenhum dos dois ouvia. Até que Gina ofegou e apontou para Sam. A menina a olhou e baixou os olhos pra si mesma, sua blusa branca estava completamente tingida de vermelho. Sam tocou a mancha e as pontas dos dedos vieram vermelhas. Ela estava sangrando. Toda ela.
Os gêmeos a pegaram a tempo de cair no chão.
- O que houve? – gritou a Sra. Weasley entrou gritando na cozinha, quando o olhar recaiu em Sam. Ela abafou um grito e deu ordens berradas a todos. – ANDEM LOGO! ESSA MENINA NÃO VAI MORRER NAS MIHNAS MÃOS!
Todos saíram apressados para cumprir os deveres que lhe foram sucumbidos; Sam ofegava.
- O que aconteceu? – perguntou Harry que ficara assim como Mione.
- Ela... Ela teve uma aceleração sanguínea muito rápida Harry... Por ter ficado nervosa – explicou a amiga. – Como os machucados dela não fecham... O sangue está vazando em massa pelas feridas abertas...
Ela não precisou terminar. Harry sabia o que vinha. Ela sangra até morrer.
A Sra. Weasley tentou conter o sangue, parecia desesperada, até que uma voz, vinda da porta da cozinha assustou a todos:
- O que está havendo aqui? – perguntou o homem com a capa preta, nariz grande demais e cabelos sebosos.
- Snape?! – rugiu Harry. O olhar de desprezo de Snape passou por Harry e se estreitou.
- Saia do caminho, Potter – falou abrindo caminho até a Black. Tirou um vidrinho das vestes e pingou três gotas na boca dela. O peito relaxou. Harry quis gritar pra que ele virasse o vidro inteiro pra que ela ficasse com mais rapidez. Mas segundos depois, Sam tossiu e quando a Sra. Weasley ergueu a camisa dela até o umbigo as feridas estavam e fechando.
Snape suspirou.
- Bem – falou com uma voz fria e nodosa – Os Black parecem ser do tipo que demoram pra morrer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? E a nova capa? Querem que eu troque?