A Última Black escrita por Adrielli de Almeida


Capítulo 7
Uma história de terror real.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem qualquer erro.
Xoxo
Dedico esse aqui a Meisse por ser tão generosa com seus comentários e me ajudar tanto desse jeito (:



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Obviamente que as coisas entre Sam e Harry não começaram bem. No jantar daquela noite – ao qual Samantha insistiu em comparecer – foi tenso e silencioso, ocasionalmente interrompido por Tonks ou Fred pedindo para passar as batatas assadas.

 Na mesa, Harry e Sam evitavam se olhar, por isso sentaram longe um do outro. Sirius não aprovou esse comportamento, mas nada disse. Passou algum tempo, até que finalmente Sam levantasse e visse que Fred estava sorrindo pra ela.

- Nunca é bom sinal – avisou Gina – Provavelmente irão aprontar com você.

 Sam estreitou os olhos.

- Quer dizer, eles não são doidos nem nada de fazer algo com você... Doente – ela lançou um olhar nervoso a Sam – mas...

Samantha olhou para a Sra. Weasley... Será que ela podia controlar os filhos até esse ponto?

  Depois de terminarem o jantar, os gêmeos acenderam Snaps Explosivos. Sam nunca tinha se divertido tanto até aquela noite. Quando a Sra. Weasley os mandou se deitar, foi uma decepção total. Ela disse que teria uma reunião da Ordem dali a pouco e não queria que nenhum dos meninos ouvisse o que seria falado.

- Ah, isso não é problema – falou Jorge sorrindo. – Temos Orelhas Extensíveis.

- O quê? - perguntou Harry.

- Orelhas que se estendem. Podemos escutar as conversas sobre a Ordem, mas mamãe acha que confiscou todas as nossas... – explicou Fred e piscou para Harry que fez cara de quem não estava entendendo nada, mas não convenceu Sam.

  Eles escutaram algumas coisas nada legais, sobre Voldemort, Comensais da Morte e o Ministério achando que Dumbledore queria o lugar de Cornélio Fudge. Escondidos nas sombras eles viram Snape ir embora e olharam a Sra. Weasley sair da cozinha. Afobados correram as escadas acima, enquanto Fred e Jorge aparatavam para ficarem seguros em seu quarto.

- Desgraçados – sussurrou Gina com raiva. Hermione quase caiu ao subir as escadas, mas Rony a agarrou a tempo e ele, Hermione, Gina, Sam e Harry se enfiaram no quarto em que Sam estava hospedada: o quarto de Sirius. A Sra. Weasley achava que ela ainda estava machucada demais pra ir dormir junto com Gina e Hermione e por isso a menina ficava revirando as coisas de Sirius, tentando achar algo sobre seu pai, Regulo.

 Eles se jogaram pra dentro do cara, Sam tropeçando em Gina e caindo em cima de alguém; quando viu quem era, amarrou a cara e se jogou pra longe.

- Um pedido de desculpas não seria nada mal – resmungou Harry, se levantando e ajeitando os óculos. Sam o ignorou. Gina os observou com certo interesse no olhar e Rony e Hermione se levantaram.

- Essa foi por pouco – reclamou Rony – Se mamãe tivesse nos pegado...

 - Não ia ser legal – terminou Hermione, ofegando.

Sentados, alterando os olhares de um pra outro, ficaram durante uns dez minutos.

- Bem, acho melhor irmos dormir... – começou Hermione, mas não teve tempo de terminar; houve um estralo e os gêmeos estavam ali.

- Está brincando? – reclamou Fred – Sam deve ter ótimas histórias pra gente... Não é, Sam?

 Sam olhou para ele sem entender.

- Como? – perguntou.

- Ah, eles querem saber... O que aconteceu... No dia do, hum, ataque. – explicou Gina sem graça.

- Todos nós queremos. – apoiou Rony. Hermione bateu nele.

- Não seja insensível – reclamou ela pro amigo.

- Eu... – começou ela, mas seu olhar caiu em Harry; ele já tinha se ajeitado, sentado de um jeito confortável, como se estivesse ansioso para ouvir o que ela tinha pra dizer. Desde que Harry chegará, Sam tinha a impressão de que ele não confiava nela. Não podia culpá-lo é claro. O pai dela havia sido um Comensal. Bom, vejo os Malfoy. Lúcio foi um, mas isso não queria dizer que Draco seria... Bem, quer dizer, Draco é um caso a parte. Metido e arrogante como os pais, obviamente.  Mas e Sirius? Bem, Sirius e Regulo eram irmãos. Até mesmo irmãos gêmeos podem ter gostos e escolhas diferentes, imagine irmãos como Regulo e Sirius. Samantha começou a se alarmar. E se Harry tivesse certo sobre ela? E se ela não fosse má agora, mas se tornasse mais tarde? Não fora assim com Tom Riddle? Ela engoliu em seco e viu os olhos esverdeados de Harry se estreitarem e disse:

- Foi uma noite qualquer... Nada de especial. Há uma semana Dumbledore estava me visitando... Ele dizia pros meus avós que era melhor que eu fosse para Hogwarts agora que V-Voldemort voltará... Eles disseram que ele iria me procurar...

- Por quê? – perguntou Hermione.

- Não sei exatamente. Talvez por meu pai.

Mas Hermione não parecia certa disso. Sam continuou:

- Eu já tinha ido dormir, quando ouvi minha avó me acordar e dizer coisas, alarmada. Eu não entendi nada no começo. Ela dizia que eu tinha que correr, depois que tinha que voar depois que tinha que mandar um patrono a Dumbledore... Então a janela do meu quarto se estilhaçou em mil pedaços e Belatrix Lestrange entrou. Agarrei minha varinha e tentei sair correndo. Escutei barulhos de luta na cozinha. – a voz tremeu e falhou e quando ergueu os olhos viu Hermione deixar escorrer uma lágrima e tampar a boca.

“Eu ia conseguir chegar ao armário e fugir voando quando Belatrix me pegou pelos cabelos. Doeu e eu me desesperei. O que eu podia fazer? Ouvi minha avó gritar pra que eu corresse e eu fiz. Um dos Comensais, Greyback se estou certa, me derrubou com a Maldição Cruciatus. Mas, quando ele fraquejou, eu o derrubei com um Estupeça. Saí correndo da casa e me enfiei na frente do bosque, atrás de uma moita... Esperei meus avós saírem, mas eles não saiam... E aí tudo explodiu... E bem, cá estou eu...”.

- Mas e a parte da luta com os Comensais? – perguntou Rony que estava atento a cada palavra dela.

- Bem... – ela engoliu em seco. – Foi horrível, mas eu fiz o que minha avó mandou... Mandei meu patrono para Dumbledore, mas houve algo engraçado nesse momento...

- O quê? – perguntou Jorge se inclinando pra frente.

- Meu patrono. – respondeu ela, pensativa.

- Como assim...? – Hermione franziu a testa, confusa.

- Ele, desde que aprendi a formar um corpóreo, sempre foi uma águia...

- E...? – incentivou Gina.

- Bem, acho que por que a minha lembrança boa era a foto de minha mãe... Mas, quando eu estava desesperada na floresta, a única coisa boa que apareceu na minha mente foi o dia em que eu quase botei fogo na casa ao tentar fazer biscoitos e minha vó apareceu e me ajudou a refazê-los... E o patrono que produzi foi um lobo... O mesmo patrono da minha avó.

 Hermione fungou uma vez e Sam sabia que ela estava chorando; deliberadamente virou o rosto pra outro lado. Não suportaria ver Hermione chorando por sua triste história.

- Ah, vocês estão ! – reclamou uma Sra. Weasley furiosa, adentrando no quarto. – Eu não tinha mandado vocês irem dormir?

- Ah, mãe... – começou Gina lamuriosa.

- Já pra cama! – ralhou a Sra. Weasley – Faz uma hora que a reunião da Ordem acabou, andem! Vamos logo! Amanhã será um longo dia! Limparemos a casa!

- Ahhhhh – fizeram eles em coro, até mesmo Sam.

- Ah, querida, você está machucada ainda – acalmou a Sra. Weasley enquanto segurava a porta pros meninos passarem. – Não precisa ajudar.

- Isso é tão injusto. – reclamou Rony; a Sra. Weasley fez cara feia pra ele.

- Boa noite, Sam – se despediu Gina, dando-lhe um sorriso encorajador.

- Boa noite, Samantha – falou Hermione lhe dando um beijinho. Sam ficou tão surpresa que não soube o que dizer.

- Boa noite, Sam – disseram os gêmeos em coro e piscaram pra ela, aparatando pro próprio quarto.

- Boa noite - falou Harry, saindo por último sem olhar pra ela.

- Boa noite – ela sussurrou, mas não havia ninguém pra escutar.

Passava das duas da manhã; Harry não conseguia dormir graças a historinha de Sam... Ah, céus. Ele se revirou na cama e colocou os óculos se sentindo meio bobo por desconfiar dela, mas... Ele tinha ótimas razões pra desconfiar dela. Por uma incrível coincidência, Harry ouviu um barulho de alguém tropeçando, um xingamento baixinho e a voz de Samantha sussurrando: “Lumus”. Alarmado  e com o coração a mil, Harry levantou, calçou os chinelos, agarrou a própria varinha e sussurrou “Lumus”. Ele saiu do quarto a tempo de ver uma Sam vestida de roupão hiper-mega-grande que não era dela, descer as escadas e se afastar rapidamente, olhando por cima dos ombros como uma perfeita suspeita. Siga-a foi a primeira coisa que passou na cabeça de Harry e ele o fez. Ao alcançar ela novamente, viu que estava agachada na frente da lareira. Ela jogou algo invisível dentro dela e enfiou apenas a cabeça. Harry se agachou nas sombras, as mãos tremendo, o suor escorrendo pelo rosto. Era agora.... Ele ia desmascarar a Black.


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Notas finais do capítulo

Com quem vocês acham que a Sam estava conversando? U.U



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