A Última Black escrita por Adrielli de Almeida


Capítulo 9
Valentina Black.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros; corrijo-os mais tarde, ok?
Espero que gostem! :)



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As semanas que se passaram eram frias e sem entusiasmo; Samantha sarou em dois dias, ficando completamente apta para ajudar na limpeza. As coisas entre ela e Harry ainda não haviam se ajeitado, fazendo com que Sirius ficasse revoltado com a estupidez de ambos.

- Sabe – começou Hermione, certo dia – Harry não é ruim... É que... Bem, ele só tem Sirius, entende?

Sam assentiu sem registrar e pegou uma caixa enorme com livros antigos dos Black.

- Gina... Diga a ela. – Gina lançou um olhar esperto à Sam e disse apenas:

- Harry e Sam vão parar de ser idiotas no momento em que decidirem crescer e ser maduros. – deixando uma Hermione boquiaberta e uma Samantha indiferente, Gina saiu da sala.

- Sam – implorou Hermione.

- Mione. – falou a menina batendo a caixa em cima de uma mesa velha. – Por favor, não quero falar sobre Potter.

- Chame-o pelo nome, ao menos! – irritada, Sam pegou a caixa e saiu bufando.

Dois dias depois foi a vez de Rony tentar o plano Reconciliação com Harry.

- Ah, Harry, cara...

- Não comece Rony...

- Ah, Harry, você não devia... Sabe disso... Sam é legal...

- Ah, agora ela é Sam?

Rony amarrou a cara.

- Você realmente não devia fazer isso. Sirius gosta dela. – coisa errada pra se falar no momento. Harry se emburrou com Rony e ficou assim por um dia inteiro. Jorge e Fred eram os únicos que continuavam neutros na casa – tirando os adultos é claro. Apesar da repreendida que Sam levou da Sra. Weasley, a relação delas era bem pacifica e agradável.

 O Sr. Weasley havia levado Margaret Renly para o St. Mungus, depois de toda a confusão; e era ele que a visitava todos os dias. Apesar de tudo, ela não se lembrava de muita coisa e permanecia a maior parte do tempo adormecida. Sirius andava mais tenso que o normal. O tempo parecia ter escorrido por entre os dedos deles e as férias estavam acabando com uma enorme rapidez. Quando viram, dali uma semana era tempo de voltar à Hogwarts. Graças a isso, Sam estava mais nervosa que o normal, se irritando até com a respiração dos gêmeos. Em um desses ataques de nervosismo, ela rumou pro seu quarto quando encontrou a caixa de livros que tinha dispensado quando Hermione tentará lhe conduzir a um possível acordo de paz  com Harry. Com a testa franzida ela chegou perto da caixa...

- Ah! – gritou se atirando pra trás. Escondido atrás da enorme caixa de livros, estava Monstro com sua tanga e seu nariz excepcionalmente grande.

- Monstro não quis assustar jovem Senhora... Não, não quis...

- E o que Monstro está fazendo em meu quarto? – rosnou Sam.

- Monstro só quis guardar os livros da Senhora de Monstro, só, só...

Sam franziu a testa.

- Esses livros não são meus....

- Não, não... São da velha Senhora, não da jovem... Monstro não podia deixar o outro Black jogar fora, não podia, não podia...

- E por que trouxe isso aqui? Eu joguei fora, não Sirius... Não quero que deixe isso aqui, Monstro!

- Monstro pede desculpas para a jovem Senhora, sim pede, e Monstro diz que a jovem Senhora é bem melhor que o outro Black, muito melhor...

- Não ouse dizer uma palavra contra Sirius, Monstro! – ralhou ela, indignada – Vamos, saia. E leve suas tranqueiras!

- Mas jovem Senhora, isso pertenceu a Regulo Black e a sua mãe, minha velha Senhora, não pode ser jogado fora, Monstro não pode suportar, não pode...

- Regulo? Regulo Black? – a menina estendeu a mão para a caixa. – Está mentindo pra mim, Monstro? Por que se estiver...

- Monstro não está – esganiçou-se – Não está!

- Ótimo. Bem, vá Monstro. Cuide dessas tralhas.

- Ah, jovem Senhora...

- Fora – ordenou Sam. Ela sabia que Monstro só era assim com ela por ser filha de Regulo; apenas por isso. Com os outros, ele era irritante, mal-criado e até por vezes grosso.

 Examinando a caixa de cima como se esperasse que algo perigoso saísse de dentro, ela tirou um velho livro encadernado com couro e com o brasão dos Black na capa. Esperando ver uma caligrafia espalhada, robusta ou, até mesmo, garranchosa que significasse que pertencia a um homem; mas, ao invés disso, recebeu uma caligrafia floral, miúda e feminina aos extremos. Quando leu na contra capa um nome, seu queixo se arrastou no chão. Aquilo não pertencerá à Regulo, mas sim a uma tal de...

- Valentina Black. – sussurrou a menina, nervosa. Com certo remorso abriu na primeira página e leu o que havia nela:

18 de Fevereiro de 1789.

Querido Dário,...

Espere aí, aquilo era um diário. E se Sam tivesse um? Ela ia gostar que o lessem? Mas, bem, a data era de 1789. Valentina há muito estava morta... Não?

Hoje o dia começou terrivelmente mal. Minha mãe insiste que eu me esforce ao máximo para ir para Sonserina. Ela diz que nossa família pertence à Casa a Séculos – desde que Hogwarts foi fundada. Não sei o que fazer. E se eu não for? O que ela fará? O pior de tudo é que Aphodritte foi pra Sonserina e eu nunca vi meus pais tão felizes....

- Sam? – chamou uma voz a porta. Por instinto, Sam pulou e saiu a procura de um esconderijo pro diário recém-adquirido;

- Estou... Estou me trocando. – respondeu ela rapidamente.

Ela socou em baixo do travesseiro no momento em que Hermione entrou:

- Ei – chamou Mione.

- Ei – repetiu Sam.

Afobada, Hermione agarrou a mão da menina e a arrastou até o quarto de Harry e Rony.

- O que foi? Mione? Ai!

Hermione a soltou.

- Chegou! Sua carta de Hogwarts chegou! – Sam lançou um olhar nervoso a Harry que encarava os tênis com uma expressão revoltada e furiosa.

Hermione entregou a Black uma carta. Havia uma admissão para Hogwarts e só. Sem listas de materiais nem nada. Uma nota de rodapé dizia que Sam podia compra uma vassoura.

- Só? – perguntou Gina com um tom de frustração na voz;

 Sam assentiu.

Hermione parecia terrivelmente decepcionada. Harry pareceu ficar de bom humor.

- Não, espere... – começou Samantha e Gina e Hermione rodearam e lerem por cima de seu ombro.

- Oh! Dumbledore é um gênio! – exclamou Hermione.

- O quê? O que diz aí? – perguntou Rony.

- Ah, bem, diz que Sam vai ter vinte minutos com Dumbledore antes do jantar de abertura começar... Assim ele pode definir em qual casa ela vai ficar em sua sala e avalia-la lá também!

- Avaliar! – perguntou Sam com um nó no estômago.

- Sim, avaliar! Pra saber em que ano você melhor se encaixa... – explicou Mione.

- Ah, caramba! Espero que Sam vá para a Grifinória! – exclamou Rony e recebeu um olhar homicida de Harry.

Sam deu um sorriso amarelo e todos e disse apenas:

- Tomarás;

O resto do dia foi super-comentado por Rony ter sido nomeado monitor. Harry ficou chateado, mas preferiu não demonstrar. Sam estava ainda mais decepcionada por não ter ganhado uma lista de materiais para comprar. A Sra. Weasley disse que compraria uma vassoura pra ela. Sam fungou e disse que era melhor não, mas Sirius insistiu e mandou a Sra. Weasley comprar uma - uma Firebolt. Quando Harry ouviu isso, fechou ainda mais a cara.

Eles tiveram uma tarde típica de limpeza, umas horas de descanso em que conversaram enquanto Sam lia o Diário de Valentina. Quando o Sr. Weasley chegou e todos foram jantar, ele deu as noticias que Maggie, tia de Sam, ia voltar no dia seguinte. Ninguém comentou muito, apenas Sam ergueu a cabeça receosa.

- Tem... O Senhor tem certeza? – perguntou ela ao Sr. Weasley.

- Absoluta – respondeu ele levemente e não se falou mais naquilo. Sam foi transferida para o quarto de Gina e Mione. Elas conversavam até tarde e Sam lia o Diário até mais tarde ainda. Estava ficando cansada demais. Maggie veio para a Mansão Black. Ouve um alvoroço total. Todos esperavam a assassina doida que tinha saído da lareira, mas a moça doce e sorridente foi novidade para todos; até mesmo pra Sam. As coisas ficaram mais leves. Sam e Maggie não tinham a relação de Sam e Sirius. Era um pouco mais forçada, encontrando – vasculhando até o último – as idéias para uma conversa que deveria ser natural. A Sra. Weasley ajudou Maggie com sua recuperação, assim como fez com Sam. Agora até que as coisas iam bem. Ocasionalmente Harry e Sam trombavam no corredor, pediam desculpas cordiais e seguiam em frente, sem olhar pra trás. Por fim, o dia para ir para Hogwarts chegou. A despedida com Maggie foi fácil. A tia estava sempre sorrindo e vendo coisas boas em tudo – até mesmo em Harry ( o que Sam considerava um absurdo pois dizia que “não há coisas boas para serem encontradas em Harry Potter.”).

No dia em que amanheceu para a partida para Hogwarts foi uma algazarra total. A Sra. Weasley distribuía berros e Rony acordou Harry com uma voz alarmada dizendo que a mãe dizia, a plenos pulmões, que iam perder o maldito trem para Hogwarts...

malões enfeitiçados pelos gêmeos atingiram Gina, que rolou uma boa cota das escadas e deu uma oportunidade para a Sra. Weasley gritar mais um pouco. Quando ele estava saindo, Harry com sua guarda e os outros logo atrás, um cachorro grande e preto.

- Ah, céus... – reclamou a Sra. Weasley. Sam riu e pode jurar que o cachorro piscará pra ela.

- Muito bem – falou a Sra. Weasley, tentando acalmar a si mesma – É isso. Vamos lá. Partir para Hogwarts. 


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?