A Última Black escrita por Adrielli de Almeida


Capítulo 6
Uma ameaça a parte.


Notas iniciais do capítulo

Para compensar vocês, ok?
Espero que me perdoem pelo "Potter e Black", ficou horrível, eu sei.



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– O que ouve? – rugiu Sirius pra menina assustada que ofegava como se tivesse corrido uma maratona.

Ela! Ele está com ela!

– Ele? Ele quem Samantha!? – grasnou Sirius balançando-a pelos ombros; ela guinchou de dor, mas ele não soltou. – Diga!

– Voldemort! – ela choramingou e Hermione ofegou, enquanto Rony resmungava histérico. – Voldemort está com ele! Ele o matou! E... Esse... Ah, Margaret...

– Margaret? Quem é Margaret? – perguntou ele, tentando se controlar.

– Minha... Minha...

– Santo Deus! – a Sra. Weasley entrou correndo no quarto, empurrando todos ao passar. – Deixe-a Sirius! Está a machucando!
Sirius a soltou relutante enquanto ela rolava de dor e agonia; os soluços que lhe escapam eram histéricos.

– Vai querida, se acalme! Se acalme! – a Sra. Weasley a abraçou maternalmente e a balançou, enquanto ela se desmanchava em lágrimas. O ar estava tenso e alterado, como se algo estivesse fora dos encaixes. – Fora – ordenou a Sra. Weasley e todos saíram menos Harry. Ainda estava parado, encarando a menina que acabara de sonhar com algo relacionado à Voldemort. O pai dela havia sido um Comensal da Morte... Será que havia interligado? E se fosse tudo fingimento? E se ela fosse má? E se fosse uma espiã na Ordem (Hermione tinha acabo de lhe explicar sobre a Ordem da Fênix)? Lupin podia estar enganado a respeito dela, assim como o próprio Sirius... Mas, apesar de tudo, Harry não conseguia desculpa real ou plausível para acreditar que Sirius fosse abrigar uma espiã. Se ela fosse, obviamente com Tonks e Moody e Lupin e o Sr. Weasley... Eles podiam saber se ela era ou não uma espiã. E se fosse um Comensal que tivesse tomado uma Poção Polissuco? Não, não.. Também não podia... Lupin entrou no quarto afobado em direção a Harry sem nem ao menos olhá-lo. 

– O que houve? Um ataque? Dores? – perguntou aflito.

– Não, não... – tranqüilizou a Sra. Weasley. – Foi um pesadelo... Só um pesadelo...

– Tão real... – sussurrou a menina desestabilizada;

– Sim, foi querida... Mas passou, passou. – a Sra. Weasley limpou uma lágrima que lhe escapou pelo canto do olho esquerdo e falou com doçura: - Talvez seja fome querida... Ficou quase dois dias sem tomar nem comer nada... Ou o veneno do Espinho...

– Lupin, chame Snape, sim? - mandou Sirius.

– Snape? – perguntou Harry chocado.

– Ah, sim querido... Ele é da Ordem, entende...? - explicou a Sra. Weasley ainda abraçando Sam.

Harry piscou mortificado.

– Da Ordem...? Snape?

Professor Snape, querido – corrigiu a Sra. Weasley com doçura. – Ah, Tonks, pode ir pegar toalhas quentes pra mim? Obrigada.

Tonks nem ao menos havia chegado à porta quando virou novamente indo pegar as toalhas.

O olhar de Sam caiu em cima de Harry e durante eles ficaram se encarando cruelmente, quando – seja abençoada – Tonks voltou com as toalhas e Snape. O professor nem olhou para Harry com desprezo, ao que o menino agradeceu profundamente. Severo analisou a menina dos pés a cabeça sem tocá-la. Franziu a testa. Sirius, bufando, observava tudo com certo ódio nos olhos.

Por fim Snape disse:

– Posso preparar a Poção Cicatrizante – disse com a voz monótona – Demora pra ficar pronta um ou dois dias. Depende... Se eu estiver muito atarefado ou não.

Sirius rosnou pra ele.

– Ela precisa dessa maldita Poção ou pode morrer – falou entre dentes.

– Bom, ela é sua sobrinha Black, se está incomodado com o tempo, prepare você mesmo, mas devo avisar que se a poção sair errado provavelmente perderá a sua única sobrinha recém-adquirida. – Snape lançou um olhar cruel a Harry e sorriu com desprezo. – É isso, acho, agora, com licença, tenho algumas coisas a fazer. – lançando outro olhar de deboche a Sirius ele se retirou.

Assim que ele se foi a Sra. Weasley suspirou e Sirius quase socou a parede;

– Sempre se achando o importante – rosnou ele; depois se virou para Harry e disse em voz cansada: - Desculpe... Você já tem problemas maiores pelo que fiquei sabendo. Como está?

Harry deu de ombros e olhou para Samantha.

– Harry – disse Sirius em um lamurio de desculpa. – Eu realmente não sabia sobre a existência dela até noite passada. Dumbledore veio me explicar... Ela... Sou a única família dela agora... E, bem, você também de certa forma...

– Como? – perguntou Harry sem jeito. Sam observava os dois com atenção.

– Quero dizer, quando ela for para Hogwarts... Terá que cuidar dela por mim...

– Eu vou/Ela vai para Hogwarts? –perguntaram os dois ao mesmo tempo. Sirius pareceu surpreso.

– Achei que Hermione tivesse lhe falado – disse para Harry.

– Não – disse Harry fervendo – Hermione anda se me falar absolutamente nada.

– Bem... – ele virou levemente para Sam – Sim, você vai para Hogwarts.

– Mas... Por quê? – perguntou aterrorizada – Eu... tenho quinze anos! Não posso entrar agora em Hogwarts! Não agora!

– Hogwarts é o lugar mais seguro no mundo pra você – disse Sirius incontestável. – E, quanto a você Harry, cuidará dela enquanto ela estiver lá. A Sra. Weasley, começou a tirar as bandagens e imediatamente a menina começou a sangrar.

Ela bufou, empalidecendo como se segurasse os gritos de dor. Depois de limpar e fechar os ferimentos dela novamente, a Sra. Weasley recolheu as toalhas – antes brancas, agora manchadas de tinto bordô – e arrastou Tonks pra fora do quarto trancando-o com magia. Obviamente queria que os três terminassem a bendita conversa em paz.

– Bom agora sejam decentes ao ponto de serem apresentados decentemente: Samantha... Este é Harry Potter. – ela resmungou algo como “que coisa mais obvia”; Sirius a ignorou. – Harry está é Samantha Black, filha de meu irmão Regulo como Hermione lhe contou, minha sobrinha. Sam – o apelido de Samantha soou, ao mesmo tempo, estranho e natural aos lábios de Sirius. – Harry é meu afilhado. Sou o responsável dele... Assim como sou o seu agora. – Sam franziu a testa. Parecia que o ataque de Belatrix Lestrange e dos outros Comensais da Morte contra ela e seus avós fora uma coisa irreal e distante... De outro mundo... Mas ela estava ali, na frente de seu Tio e do afilhado dele, o garoto mais famosos no mundo dos bruxos.

– Então... Eles estão... Mortos? – perguntou com um fiapo de voz rouca. Engoliu em seco e mirou um ponto fixo da parede distante. Sirius confirmou com a cabeça. Harry não pode deixar de sentir pena dela... Sabia como era isso...

– Eu... - começou ela, mas as palavras intalaram na garganta.

– Eles foram bravos – afirmou Sirius – Lutaram até o fim. Ninguém sabe onde você está, é claro, e todos pensam que seu nome é Samuella White.

– White? – repetiu a menina indiguinada. – Não tinha algo mais criativo?

Sirius deu um sorriso seco, mas esperançoso.

– Molly irá comprar suas coisas. Bem, acho que vou chamar Molly para te vestir, acho que jantar com esse pijama está fora de cogitação.

– Totalmente – concordou analisando o pijama velho que não lhe pertencia.

– E, hum, você perdeu seus pertences no incêndio na... Na sua velha casa.

Sam pendeu os ombros pra baixo. Ela desconfiava que algo como isso tivesse acontecido. Bom, agora não tinha família nem roupas. Ótimo.

– Acho que vou ter que pedir para Molly comprar umas roupas trouxas também.

– Hum, hum. – fez apenas. Olhou Harry que estava com as mãos no bolso, parecendo extremamente envergonhado com a conversa. – Então, ah, será que poderiam...?

– Hein? Ah, claro... Vou chamar Molly... – Sirius saiu, mas Harry ficou. Ele olhou dentro dos olhos achocolatados dela e ela dentro dos esverdeados dele. Sérios, impassíveis.

– Sirius é minha única família – disse ele azedo.

– Caso não tenha percebido ainda, também é minha única. –ela retrucou seca.

– Estarei de olhou, Black.

– Espero que não seja uma ameaça, Potter... – começou ela, semi-cerrando os olhos.

– Ou...? – provocou Harry.

– Ou terei que lhe ensinar que os Black não levam insultos pra casa.



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Notas finais do capítulo

Vocês gostaram da nova capa? Que acharam? Preferem a antiga? Eu posso trocar. :)
( Alguém aí conhece Ellie Goulding?)