Harry chegou ao Lago Grimmauld cansado, com fome e frio. Tinha acabado de ser atacado por dementadores, podia ser expulso de Hogwarts e Hermione e Rony nem haviam lhe escrito durante as férias. Ele queria falar com Sirius, pedir explicações, mas foi mandado direto pra cima, em um quarto aonde Hermione quase o enforcou com um abraço.

 Depois de explodir com os amigos e gritar a plenos pulmões, Fred e Jorge apareceram:

- Hey, Harry – começou Jorge – Achamos ter ouvido sua suave e doce voz.

- Quer dizer, se terminou... Temos coisas mais interessantes para contar. – disse Fred, piscando pra ele.

- Fred! – ralhou Hermione. – Não precisa contar a ele agora!

- Contar? – perguntou Harry emburrado – Me contar o quê?

- Não é nada – mentiu Hermione.

- É alguma coisa, não é? – perguntou Harry, furioso. – Quer dizer...

- Não precisa a pessoa mais arrogante do mundo – reclamou Gina, entrando porta adentro. – Sabe, é meio chato isso.

 Harry ficou meio sem jeito.

- Bem, mas também ela é parenta de Harry, não é? – defendeu Rony. – E Lupin disse que podíamos contar lembra...

- Contar o quê? – perguntou Harry com agressividade.

- Que... Bem, talvez seja você ver... Entende? – Hermione parecia extremamente nervosa.

- Certo, então. Se não querem me contar, não contem. – falou Harry. Gina revirou os olhos e disse:

- Tudo bem – disse Hermione suspirando. – Venha então. Mais fale baixo, está certo? Ela ainda está mal e se a Sra. Weasley nos pegar dará uma bronca enorme. – e saindo de fininho do quarto os cinco seguiram para o quarto de Sirius.

- Harry – começou Rony – essa é Samantha...

- Samantha Black. – terminou Gina calma.

- O QUÊ? – gritou Harry olhando pra menina na cama.

- Harry – ralhou Gina – fale baixo! Mamãe não pode saber que estamos aqui!

- Não - disse Hermione, rapidamente - Ela não é filha de Sirius. Ela é... Filha de Regulo. O outro Black. 
Isso não pareceu acalmar Harry. 
 - O pai dela... - começou, mas a voz de Sirius, vinda atrás dele, o interrompeu:
 - Sim, o pai dela era um Comensal da Morte, mas isso não há faz uma, faz?
Harry não quis responder.
- Acho que não faz, não é mesmo? - falou Rony, nervoso.
- Claro que não - falou Sirius, irritado - Ela é tão boa e gentil, quanto você Harry. É uma garota excepcionalmente boa. Não há sentido em julgá-la prematuramente.
Hermione concordou uma vez com a cabeça. Gina falou pela primeira vez:
 - Sirius têm razão. 
- É - disse Harry, meio inseguro; virou-se para a menina que estava deitada, coberta de ataduras feita pela Sra. Weasley - Talvez Sirius tenha razão.

Ela corria. Corria tão rápido que achava que nunca iria parar. Algo dizia pra ela continuar correndo. Tenho que encontra-la, encontra-la, encontra-la... Dizia uma voz, quase distante, em sua cabeça.

Margaret, sussurrou uma voz em sua cabeça, encontre Margaret. Então, ela não corria mais... Ela caia. Mais e mais fundo na escuridão. Quando se deu conta, Sam acordou se sentando rapidamente, o que foi um enorme erro, pois minutos depois seu corpo gritou de dor. Ela ofegou e percebeu que havia pessoas em volta dela. Várias. Mas seu olhar recaiu em duas apenas. O garoto com o raio na testa e o homem que era quase idêntico ao homem do seu sonho.