Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 4
Dia 1 - Bem vindo à selva baby!


Notas iniciais do capítulo

Mais um!
Eba!
Ou não...
Enjoy! ;)
XOXO



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     Reyna não conseguia entender nada. Era tudo muito complexo até mesmo para sua mente inteligente.

     A garota simplesmente dormira e sonhara com coisas estranhas.

     Duas deusas com formas que ela não podia distinguir discutiam sobre algo que ela não podia entender.

     Então, acordou. Consciente de um certo vazio a preenchia. Mas ela só não sabia o quê era esse vazio.

     No momento que abriu os olhos deu de cara com um garoto élfico que a encarava com seus travessos olhos castanhos. Na mesma hora se assustou. Talvez ele fosse um estuprador em série ou um assassino violento.

     Foi quando ela o expulsou do quarto. E então ele começou a rir e ela se irritou. E uma voz robótica começou a murmurar coisas sem sentido. E o garoto começou a ter convulsões. E ela se assustou.

     Nunca vira ninguém assim. O menino de aparência alegre e zombeteira se contorcia no chão, agonizante. Seus cabelos se eriçavam como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo.

     Medo. A primeira reação que Reyna esboçara. E então ela teve de tomar alguma atitude.

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     Leo acordou com uma dor de cabeça dolorosa.

     Sentia-se tonto. Mas vivo. Enjoado. Mas vivo. Não conseguia mover nenhum músculo de seu corpo, mas...

     Calma. Como assim não conseguia mover seu corpo? Teria o choque o tornado paralitico? Não, ainda sentia seus pés formigarem.

     O filho de Hefesto não conseguia enxergar um palmo à sua frente. Estava em uma sala escura. Com a pouca visão que tinha de si mesmo, descobriu que estava amarrado. Só assim pôde perceber o porquê de não mexer seu corpo.

     Descobriu também que o relógio ainda estava lá. Assim como a maldita Barbie. Aquela boneca megalomaníaca ainda pendia em seu cinto.

     - Você deveria me ajudar. Afinal, esta é a sua função. – ele murmurou irônico para a boneca. Que limitou-se em dar apenas uma risada maligna. Ótimo. Mais um adjetivo a acrescentar a lista de “Marrie”. Além de fresca, irritante, egocêntrica e megalomaníaca, a boneca não era nem um pouco prestativa.

     - Ora ora, o pobre garoto deve estar delirando. Conversando com brinquedos. – falou Reyna, ainda invisível pelo breu do local. – O choque deve ter sido muito forte mesmo. Afetou sua baixa, ínfima e primitiva capacidade de pensar. – ela ironizou, analisando-o de cima à baixo.

     - Por quê eu estou aqui Ice Queen? – ele perguntou.

     - Eu faço as perguntas por aqui, querido. Por quê você está aqui? – ela replicou. – Oh! Por favor, não me chame de Ice Queen. Esse apelido... – ela se interrompeu. – Esqueça. Apenas me responda. Quem é você e o que faz no meu quarto?

     - Eu sou Leo Valdez e nesse momento eu não sei o quê exatamente estou fazendo aqui. Aliás, você poderia me desamarrar, essas cordas estão machucando meus pulsos.

     - Não. Eu decidi que ainda não confio em você.

     - Excelente escolha. – ele brincou.

     - Sua piada foi tão engraçada que eu deixarei para rir em casa. – ela foi sarcástica. – O que te trouxe até aqui? O destino?

     - Um navio.

     - Só poderia ter sido o destino. Lupa te mandou aqui para me testar. – ela falou, ignorando a resposta do rapaz.

     - Chame do que preferir. Mas o que me trouxe aqui foi um navio. – ele retrucou.

     - Calado! Só fale quando for requisitado. – ela ordenou.

     - Tudo bem. – ele respondeu. – Mas eu tenho as respostas para as suas perguntas. – ele falou enigmático.

     - Mas eu não tenho perguntas para as suas respostas. – ela retrucou irônica.

     - Então este interrogatório criminal serviu para o quê?

     Reyna rolou os olhos e bufou.

     - Você sabe quem eu sou? – ela perguntou hesitante.

     - Eu te conheço mais do que você possa imaginar. Faça uma pergunta, qualquer pergunta que eu respondo. – ele falou.

     - Te farei 5 perguntas. Se acertar ao menos três, eu te solto. – ela o desafiou, segura de que ele não acertaria uma.

     - Tudo bem. Pode começar quando quiser. – ele respondeu no mesmo tom.

     - Minha cor preferida? – ela perguntou.

     - Vermelho. – ele retrucou seguro. Reyna franziu a testa.

     - Como você sabe? – perguntou.

     - Simples: Rosa e roxo são muito “menininha” para você. Azul e verde simplesmente não seriam alternativas. Amarelo sem chance. Sobrou vermelho e preto. Preto é um pouco frio para você e vermelho é perfeito. A exata cor do sangue. – ele explicou. - Próxima pergunta.

     - Meu sabor predileto de sorvete? – ela perguntou, ainda com uma ponta de admiração.

     - Creme. Mas por favor, faça perguntas realmente desafiadoras.

     - Meu maior medo? – ela perguntou, completamente segura de que ele nunca adivinharia.

     - Navios. – ele respondeu, mastigando cada sílaba da palavra, dando ênfase em cada letra.

     Reyna bufou. Completamente e imutavelmente irritada com o garoto. Como ele poderia saber de tudo aquilo? Seria um espião?

     - Senhorita Ice Queen, eu passei no seu teste. Será que pode me soltar? – ele pediu com um tom de sarcasmo na voz.

     - Não. Você sabe mais do que deveria sobre mim. Até que eu mude de ideia você ficará aqui, preso para que eu possa te vigiar. Eu realmente não confio na hipótese de que você não é um espião.

     - Sua concepção da verdade é um pouco errada, não acha? – ele perguntou. – Fale comigo, talvez eu esclareça suas dúvidas.

     - Não falo com idiotas.

     - Mas eu falo. Por favor, continue. – ele ironizou.

     - Idiota, impertinente, petulante, ignóbil, estúpido, energúmeno, potro acéfalo...

     - Essa é a Reyna que eu conheço! Senti falta do seu bom humor.

     - Eu já disse que você não me conhece! Que droga!

     - Reynicha querida, eu acabei de te provar por A+B que eu te conheço mais do que você possa imaginar.

     “O que eu faço agora? Este projeto de teimosia pretende me manter amarrado por um longo tempo. E eu só tenho a ajuda de um relógio.... Espera aí! Entre aquela infinidade de pózinhos mágicos, algum deve servir para o momento em questão. Se eu pudesse apenas chegar ao relógio sem que Reyna visse...” – ele pensou.

     Foi então que a boneca fez alguma coisa.

     - Socorro! – implorava Marrie, com uma voz fina de desenho animado.

     - Seu brinquedinho fala? – ela perguntou sarcástica.

     - Sim, e eu NÃO sou um brinquedinho! Eu penso! E mais que este indivíduo. E você poderia fazer o favor de me tirar daqui? Assim como você, eu não o suporto! – estrilou a boneca.

     - Tudo bem, reconheço seu incômodo. – Reyna falou, abaixando-se ao lado do garoto e afrouxando o nó.

     - Muito obrigada! – agradeceu Marrie. – Se não for incomodar, pode me levar para tomar um ar?

     Reyna assentiu e levou-a para fora. No momento que a pretora virou as costas, Leo te tempo de acionar o relógio.

     Só tinha um problema: Marrie não estava lá para ajuda-lo.

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     Fileiras e fileiras de frascos das mais diversas cores tamanhos e formas possíveis. E ele não fazia ideia do que usar.

     Decidiu então confiar a seus instintos a decisão que poderia mudar sua vida. Puxou da primeira fileira, uma pequena ampola escrita “Poção n° 15”.

     “Por favor, que seja esse.”, mas então, um pequeno livreto surgiu em suas mãos. E na capa, o título completamente visível dizia: Guia de poções para aprendizes (idiotas).

     Era uma indireta muito direta, convenhamos.

     O garoto abriu o livro, procurando diretamente no índice uma resposta para sua pergunta.

     “O néctar de cor avermelhada possui propriedades capazes de fazer com que a pessoa em questão se torne mais calma e contida. Mas apenas por um curto período de tempo. Cerca de cinco ou dez minutos, dependendo da pessoa.

     Mas cuidado! Os efeitos colaterais manifestam-se logo depois.

     Nota de Afrodite: Se você não conseguir convencê-la à tempo, acredite, ela vai ficar pior que nunca! XOXO”

     - Ótimo. Tudo pode piorar. Realmente animador. – ele murmurou para si mesmo.

     - Você que pensa queridinho! – falou a voz de Afrodite. – Eu vi como você estava indo mal. Entenda! Reyna não se lembra de nada! Hello! Você terá de conquista-la como se fosse a primeira vez! Não é romântico? Sim, eu sei que é. Agora, como eu sou muito diva, vou te dar mais uma ajuda. Belona quer me ma-tar, ela realmente não aprova o namoro de vocês. Mas eu a convenci de ajudar. E assim, a partir de agora eu estarei ao seu lado, soprando conselhos na sua mente. Mas ninguém poderá me ver. Adeusinho! – feito isso, a deusa sumiu.

     - Sua boneca é realmente adorável e tem um humor sarcástico assim como o meu. – falou Reyna, entrando no recinto.

     A boneca sorriu e lançou um olhar a Leo que significava “Conseguiu?”. Leo assentiu e Marrie voltou a sorrir.

     E então Leo teve uma ideia brilhante.

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Posi é, eu tenho as leitoras mais princesásticas do mundo e isso é um fato! Quero agradece imensamente pelas melhoras e ainda bem que eu estou melhor.

Vou ficar de molho até domingo, mas tudo bem.

Desculpem-me a demora, mas é que eu estava que nem uma retardada jogando freecell. Jogo demoníaco! Só fui descobrir como se joga na terceira partida.

É, eu sou atentada.

Vou-me embora e espero que tenham gostado!

XOXO


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Notas finais do capítulo

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