Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 3
Are you kidding me?


Notas iniciais do capítulo

É pessoas, mais um.
Enjoy! ;)
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280391/chapter/3

     Leo olhou para o relógio. Fora o ultra-compartimento de coisas mágicas, o acessório parecia completamente normal.

     - Quer saber o que ele faz? – Afrodite perguntou, um sorriso prazeroso formando-se em seus lábios rosados.

     - Sim? – ele arriscou.

     - Ótimo. – ela aplaudiu. – Vamos começar com este botão, o primeiro do lado esquerdo do mostrador. – ela falou, apontando para o botão em questão. – Este botão mostra a taxa do Amorômetro. Aquelas duas barrinhas coloridas, sabe?

     Leo assentiu.

     - O Amorômetro se atualiza à cada 15 minutos, tempo suficiente para reverter qualquer besteira que você faça. Agora, cuidado. – ela advertiu. – Se o Amorômetro baixar à menos de 30%, o relógio automaticamente te dá um choque com 500watz. – Leo arregalou os olhos e tentou freneticamente retirar o relógio. – Não é nada, apenas pode causar paralisia cerebral! E além disso, não se pode tirá-lo, a não ser que eu permita – ela replicou, sorrindo. – O outro botão, logo embaixo do primeiro, aciona presentes aleatórios. Tipo rosas, bombons, ursos de pelúcia e outras coisas fofas.

     - Mas como eu vou saber qual o presente que vou encontrar? – ele perguntou, temeroso.

     - Não vai saber. Como eu disse, eles são aleatórios. – ela retrucou, como se aquilo estivesse óbvio. – Mas não se preocupe, eles virão na hora certa. Agora o terceiro. – ela falou. – Este botão, é o meu preferido! Se você pressioná-lo por três segundos, uma eu holográfica aparece para te dar dicas românticas. Não é maravilhoso? – ela perguntou.

     - Excelente! – ele ironizou.

     - O quarto botão, eu realmente não sei para quê serve. Seu pai o colocou aí e disse que você saberia quando usá-lo. – ela falou, com um tom de nojo na voz.

     - Então não foi a senhora que fez este relógio? – ele perguntou espantado.

     - Eu tenho cara de quem constrói coisas? Realmente Valdez, eu esperava mais de você. Óbvio que foi seu pai. Ele disse que uma paleta de sombras ficaria ridícula! – ela falou, com ênfase no ridícula. – Você acharia que uma paleta de sombras ficaria ridícula? – ela perguntou. Leo fez a menção de responder, mas ela o cortou com um aceno de mão. – Não responda! Isto não é uma pergunta retórica! – ela falou, um pouco estressada. – Agora docinho, ao último mais não menos importante: O último botão! – ela disse, mudando completamente o tom da voz, e fazendo com que Leo achasse que ela teria uma tendência à bipolaridade. – Este último botão proporciona uma troca de roupa instantânea! E aleatória, obviamente. – ela completou. Leo suspirou, tinha um certo medo da deusa. – Mas não se preocupe querido, eu estarei supervisionando tudo.

     Leo assentiu, sentindo-se um pouco derrotado. Não havia decisões nem escolhas próprias com uma deusa dessas decidindo sua vida amorosa. Mas se ela foi designada como deusa do amor, talvez fosse sábia o suficiente. Ou não.

     - E os pózinhos? – ele perguntou. – Gostaria de saber o que eles fazem.

     - Muito simples! – ela afirmou. – O primeiro da direita para a esquerda, na diagonal da reta um...

     - Pode traduzir? – ele a questionou, cortando sua explicação.

     - Argh. Semideuses e seu TDAH! Ninguém merece. – ela reclamou. – Tudo bem, facilitarei sua vida. – e com um estalar de dedos, os nomes apareceram nos frascos. – Melhor assim?

     Leo arqueou a sobrancelha, como se não estivesse completamente satisfeito.

     - Tudo bem. Talvez eu possa te ajudar mais um pouco. – ela falou. Então, a deusa murmurou algumas palavras em grego antigo (algo que Leo pôde entender apenas boneca, ajuda, guia.) e uma espécie de Barbie animada apareceu no ar. A boneca usava o vestido igual ao de Afrodite, e as duas pareciam compartilhar o pensamento. – Feliz? Isso é mais um dos brinquedinhos de Hefesto. Um autômato que tem uma parte de mim. Ela vai te dar todas as instruções necessárias, nomes e função das coisas, além de vir com um guarda roupa fashion e portátil, inspirado nas últimas tendências de moda do Afeganistão. E falar em ordem alfabética a lista catalogada de sapatos e bolsas! – ela falou, extasiada. – Oh! E antes que eu me esqueça, a Marrie não gosta que repita suas roupas! Então trate de mudar suas vestimentas duas vezes por dia. – ela avisou. – Eu acho que já acabei por aqui! Já me vou! Beijinhos! – ela exclamou para depois sumir, deixando para trás um rastro de purpurina rosa e um filho de Hefesto completamente confuso.

     Ótimo. Agora ele tinha uma Barbie mal-humorada chamada Marrie e um relógio para tentar reconquistar em uma semana a garota mais irritadiça da face da Terra. Grande coisa. Mas ainda era alguma coisa.

     O garoto se dirigiu ao quarto de Reyna e abriu a porta de seu quarto, torcendo para que ela ainda estivesse dormindo.

     Suspirou aliviado ao vê-la imersa nos mais profundos sonhos. Chegou mais perto e sentou-se ao seu lado, vendo seu corpo subir e descer enquanto ela respirava. Dormindo era a única hora que ela parecia calma.

     A garota rolou da cama e então parou, coçando os olhos com as mãos. Suas pálpebras se abriram, revelando uma íris extremamente castanha. A menina balbuciou algumas palavras, ainda sonolenta e se virou para Leo.

     - Bom dia! – ele murmurou para ela.

     Mas a reação à seguir fora completamente inesperada.

     - AAAAAAAAAAAAAA! – ela gritou, quase botando os pulmões para fora. – Tem um tarado na minha cama! Ele quer me molestar!

     - Não é nada disso, eu só...

     - Seu pervertido depravado! Saia já do meu quarto! Quem te deu permissão para entrar aqui? Por que eu não fui! Agora ande, vá embora antes que eu chame meus galgos. – ela ameaçou.

     Leo estava em choque. E com uma incontrolável vontade de rir.

     - Fique calma Reyna! – ele falou. – Não sabe quem eu sou?

     - Nunca te vi na minha vida. – ela admitiu.

     - Droga! Afrodite falava sério. – ele pensou em voz alta.

     - O que disse?

     - Nada. – ele retrucou.

     - Ótimo, então saia do meu quarto antes que eu te mate! Não venha lutar contra uma filha de Belona! – ela advertiu.

     - Tudo bem.

     - Você tem cinco segundos. Ou eu atiro no seu pescoço.

     E nesse momento, o Amorômetro despertou.

     - Vinte e nove por cento. Preparando para o choque. – falou uma voz estridentemente robotizada.

     - Droga! – e essa foi a única coisa que Leo foi capaz de falar antes que uma corrente elétrica percorresse seu corpo.

__________________________________________________________________

Curto? eu sei, mas é que eu hoje eu estou dodói. Acordei com a pressão baixa por causa da febre  e quase desmaiei. Pra ter uma ideia, eu vi a minha irmã amarela com pontinhos coloridos. Tipo, parecia uma picada de teleguiada.

Mas aí eu fui no médico e melhorei.

Mas vocês não ligam para isso.

Espero tenham gostado!

Amanhã se eu estiver bem, posto mais.

XOXO


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?