Piper estava nervosa.

Na noite anterior tivera sonhos estranhos. Sonhos estranhos com Leo.

Mas parecia mais real. Como se tudo realmente tivesse acontecido. Beijos, declarações, danças. Tudo regado com a maior riqueza de detalhes possível. Cada diálogo, cada palavra, cada toque. Como se fossem memórias perdidas. Sentia-se como Jason no momento que a vira no ônibus.

Quem teria feito isso? A filha de Afrodite não fazia a mínima ideia. E a pergunta principal: Por quê em absolutamente tudo, Leo era o protagonista da pomposa história de amor? Tinha medo de que tudo fosse verdade, e por tanto tempo ela se achou apaixonada pelo filho de Júpiter. E por tanto tempo fizera sofrer o filho de Hefesto.

E fim. Ela acordou. Mais confusa do que poderia imaginar. Ao mesmo tempo em que tudo parecia surreal, ela sentia que havia uma ponta de verdade.

Lembrou-se quando, no Chalé 10, uma garota havia lhe dito que quebrar o coração de alguém era um ritual pelo qual as filhas do amor deveriam passar. E se sentiu a pior das pessoas.

Então, não havia outro jeito de confirmar senão perguntando ao personagem principal.

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- Piper? – exclamou o filho de Hefesto, mais em pânico que surpreso. – O que faz aqui?

- Apenas me diga, - ela pediu. – tudo aquilo foi verdade?

Leo sentiu um calafrio percorrer seu corpo.

- Tudo aquilo o quê? Eu não faço a mínima ideia do que você está falando. – ele retrucou, o desespero tomando conta de seu timbre.

A garota baixou os olhos. Ao mesmo tempo em que desejava que tudo fosse mentira, ansiava que fosse verdade. Confuso? Sim, nem ela mesma podia se entender.

- Tudo aquilo que passamos na Escola da Vida Selvagem. Tudo. Beijos, namoro, danças, promessas. – ela respondeu.

- Como você...

- Sonhos. Ontem a noite.

Leo estava em choque. Não fazia a mínima ideia do que responder. Ao mesmo tempo que uma parte lhe dizia “Anda! Diga logo que a ama! Diga que foi tudo verdade.”, outra parte lhe dizia “Você não disse que não hesitaria em escolher Reyna? Diga a ela que é mentira. Diga que nunca houve nós, diga que nunca a amou.” Mas ele não sabia a qual ouvir. Este era o problema.

Se por um lado amava Reyna acima de tudo, não podia não deixar transparecer que ainda amava Piper. Não no sentido próprio da palavra. Não amor de namorar, casar, noivar e ter uma imensidão de calopsitas e cachorros.

Ele ainda a amava como uma irmã. Da mesma maneira que amava Nyssa. E sentia que não podia magoá-la. E se a garota realmente tivesse se lembrado? Era a única chance que ele teria para ficar com ela.

Parecia tão certo. Mas ao mesmo tempo tão errado.

Seus lados “diabinho e anjinho” voltaram a se pronunciar.

“O que importa? Você ama Piper, certo? Não há nada a perder.”

“Não estavas arrependido pela briga com Reyna? Não daria tudo para voltar no tempo e nunca ter feito aquela aposta? Mostre seu maldito arrependimento. É agora ou nunca.”

- E então Leo, - ela insistiu. – Tudo foi verdade, ou estou apenas iludida? Ou estou apenas acreditando em algo que nunca foi real? – lágrimas lhe desciam aos olhos. – Você realmente me amou?

Leo sentiu seu coração apertar. Não podia acreditar no que ela dizia. Nunca poderia magoá-la.

Mas também não queria se magoar. E se ela amasse Jason e estivesse apenas confusa?

E então, o sonho fez sentido. Restava a ele saber se Reyna estava desmemoriada.

“Eu não posso fazer isso! É impossível dizer que não a amo sem magoá-la de algum modo. Mas também amo Reyna. Até mais que Piper.” Ele pensou.

“Explique a Piper o plano de Afrodite! Talvez ela a ajude!”

“Ou talvez sinta-se usada pela própria mãe e deprima-se até que toda a vida se esvaia de seu corpo.”

“Nós te damos o benefício da dúvida.” Disseram Afrodite e Belona.

- Piper eu... também não sei. – ele falou, omitindo os fatos. – Eu tive sonhos estranhos. E vo-você estava neles. – ele respondeu. “Droga! Que estúpido! Agora eu lhe dei uma chance!” ele se amaldiçoou logo depois.

- Você... – ela se esperançou.

- Deuses Piper, não desse jeito! – ele argumentou, forçando uma desculpa.

- Hum. – ela falou. – Tudo bem. Depois conversamos. Jason deve estar sentindo minha falta. Até logo. – ela falou, tentando a todo custo sustentar o sorriso que não a pertencia.

Leo a acompanhou com o olhar enquanto ela sumia do corredor. E percebeu que no último passo, quando ela estava prestes a ir embora, a garota se virou sutilmente, na esperança de que Leo fosse atrás.

E então, com o coração apertado, Leo notou que algumas lágrimas percorriam sua face perfeita.

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Leo ainda pensava na possibilidade de voltar atrás. Sabia que poderia, se quisesse. Mas não voltou, graças a um paraquedas rosa brilhante que se chocou com sua cabeça.

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Confuso, o garoto pescou o O.V.N.I de seu couro cabeludo e levou até as mãos. Desatarraxou a pequena caixa que estava presa à ele e abriu.

Dentro, um enorme rolex dourado reluzia sobre uma chique almofada rosa-pink-gliterinada-brilhante-bafônica, num estilo completamente Afrodite.

Sorriu, pois pelo menos ela havia acertado na escolha. Tirou-o da almofada e ajustou no braço, notando que o acessório que parecia pesado, fora descoberto leve e ultra-confortável. Realmente era lindo. E valia pelo menos uns treze mil dólares. Leo espantou o pensamento e voltou sua atenção para o objeto.

Á direita do mostrador, encontravam-se cinco botões numerados romanamente. (N/A: Tipo, I, II, III, IV, V. Já deu para entender.) E a esquerda, notou um pequeno compartimento. Curioso como era, tocou o lugar, que rapidamente se estendeu, transformando- se num porta joias.

E no lugar das joias, uma imensidade de pózinhos coloridos, frascos, ampulhetas, biscoitos e...

Leo olhou simplesmente chocado. Um compartimento na forma perfeita dos dois medalhões que Nyssa o fizera.

Tentou abrí-lo de todas as formas possíveis, mais o máximo que consegui foi cortar o dedo.

Foi tirado de seu espanto no momento que uma imagem holográfica da deusa do amor surgiu aos seus pés.

Leo se assustou e tropeçou nos próprios pés. Arregalou os olhos ao perceber que todos os frasquinhos mega-quebráveis estavam prestes a cair no chão, derrubando qualquer coisa que estivesse lá.

- Eu estou tão feia assim? – perguntou Afrodite, à beira de um ataque de pânico.

- De-de jeito ma-maneira! A senhora está estonteante. – ele falou. – Como sempre! – acrescentou.

- Oh! Obrigada docinho! Pensei que meu rímel estivesse borrado. Você poderia confirmar para mim se está tudo em perfeito estado? – ela pediu, se aproximando.

Leo estreitou os olhos, mas o máximo que conseguiu foi ficar hipnotizado pela deusa.

- Leo! Leo! – ela falou, estalando os dedos em sua frente. – Está me escutando?

Leo balançou a cabeça, acordando do transe.

- Sim. – ele respondeu.

- Ótimo! Esplêndido! – ela falou, pulando sobre o chão. E fazendo um barulho enorme. Leo franziu o cenho, preocupado. – Oh! Não se preocupe! Sua namoradinha não vai acordar. Estou visível apenas para você. – ela avisou, fazendo com que Leo suspirasse de alívio. – Awnt! Que Princesástico! (N/A: Deu para notar a coincidência.) Você está preocupado com o sono dela! – ela estrilou. – Voltando ao que eu vim fazer aqui, nós temos muita coisa a fazer. Começando pelo relógio. – ela falou, apontado para o relógio.

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Gostaram? Amaram? Odiaram? Postem reviews. Aí vocês se perguntam, Pra quê postar reviews para esta maluca que acha tudo princeso? Por que assim eu posto mais rápido. U.U

Voltando a história, eu sei, minha criatividade simplesmente se esvai quando eu crio título. Eles saem uma titica.

E quanto a capa, meu amigo vai fazer pra mim. Ele é princeso. Enfim, deu para notar a semelhança ReynaValdeística na Afrodiva? Atena é a minha deusa PREFERIDA, mas, a Afrodite é fofa.

Eu falo muito, né?

Ok, já vou-me.

XOXO

P.S: Vocês que deixaram reviews, vocês são meus princesos. U.U

P.S.S: Ignorem, é a gripe se espalhando pela minha corrente sanguínea.