Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 17
Dia 6 - Pagando a aposta - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Esse é o penúltimo capítulo. Eu acabei encerrando a fic um pouco mais rápido porque a criatividade acabou para essa. Vou dar uma semana depois que acabar e depois começo uma outra Leyna. Leiam as notas finais.
Enjoy! ;)
XOXO



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     Reyna sentiu um tremor percorrer seu corpo. A garota à sua frente parecia extremamente suspeita. Era baixa e curvilínea. Olhos âmbar delineados perfeitamente com maquiagem forte. Pupila em fenda e cabelo ruivo preso num perfeito rabo de cavalo. Mas a boca era estranha. Os lábios eram alaranjados e rachados. Com cortes posicionados alinhadamente na gengiva, de modo que com seu sorriso, Reyna pôde perceber sua língua. Um mortal diria que era piercing, mas a filha de Belona via claramente a bifurcação na língua lilás da moça. Língua lilás. Não, não era possível. Estremeceu e sentiu suas pernas amolecerem.

     Apertou forte o braço do namorado, que a olhava numa espécie de transe. Pôs a mão posicionada o mais próximo possível da espada de ouro imperial.

     - Então, no que possssso ajudar vocêsssss? – ela falava, carregando extremamente nos “S”.

     - Precisávamos saber onde fica a sessão de Cama, Mesa e Banho. – explicou Leo, com uma calma inexplicável.

     - Desculpe, não vamos precisar de ajuda não, moça. Mas ficamos agradecidos pela intenção, mas não queremos incomodar, não é amor? – contradisse Reyna.

     - Não seja por isssso queridinha, seu namorado vai ficar muito grato com a minha ajuda. – falou a mulher.

     - Isso Reyna, ela só está aqui para ajudar.

     - Sssim queridinha, deixe seu namorado comigo, só quero ajudar. Por quê não vai ver a ssessão de frutasss? – sugeriu a atendente, passando o braço ao redor do filho de Hefesto.

     - Não. Se não se importa, Leo e eu vamos embora. – Reyna falou determinada a livrar Leo da atendente, que o agarrou com mais força.

     - Também acho melhor Rey, já está quase na hora do almoço. – ele falou, finalmente entendendo a preocupação de Reyna.

     - Vocêssss não vão a lugar nenhum. – sibilou a atendente. Leo tentou chutá-la, mas ela ara mais forte do que podia pensar. A psudoatendente estalou os dedos e todas as luzes se a pagaram. As portas do mercado se fecharam. Todos os mortais saíram do caminho. A pseudocoisa soltou Leo momentaneamente, apenas para se transformar.

     Sua pele se tornou azul, sua boca alaranjada triplicou de tamanho, seus dentes caninos se transformaram em presas, seu nariz plastificado se expandiu e uma enorme cauda listrada surgiu de seu traseiro siliconado.

     - Que-quem é você? – Leo perguntou aterrorizado.

     (N/A: De acordo com a mitologia ReynaValdeziana, este monstro existe. É, não acreditem em nada, fui eu que inventei.)

     - Eu sssou uma Grunthía, filha das Dracanae de Cítia e das Erínias. Abençoada por Nêmesissss, tenho ssssede de vingança da mãe da garota. Belona. Fui programada para matar a todos os sssseusss desssscendentessss. – Sibilou o monstro, que ergueu uma enorme cimitarra e por pouco não provocou um talho na menina.

     - Como se mata esta coisa? – Reyna perguntou aturdida.

     - Não faço a mínima ideia. A única coisa que eu sei, é que, se eu morrer, que seja para te manter salva. Eu te amo Ice Queen.

     Reyna fechou os olhos. Leo não poderia morrer. Desembainhou a espada da cintura e com um golpe preciso, acertou as costelas do monstro. Ela sibilou e grunhiu, mas não morreu.

     O monstro riu.

     - Você se lembra de alguma forma de derrota-la?

     Reyna fechou os olhos por alguns segundos, pondo todos seus os neurônios para trabalhar.

     - Lembrei! O único monstro que não se fere com raiva! – ela exclamou. – E o oposto da raiva é...

     - O amor! – Leo constatou. E com um rápido movimento, colou seus lábios nos de Reyna, deixando-a surpresa. E conforme o beijo se aprofundava, o monstro grunhia e gritava, fazendo parecer que seu corpo se liquefazia à medida que o amor estava no ar.

     - Não... – ela falou, antes de se dissolver em um líquido amarelo com aparência duvidosa.

     As luzes se acenderam novamente. As portas se abriram e os mortais acordaram, mas Reyna e Leo pareciam pouco se importar com o resto do mundo.

     Leo pensava no quanto seria difícil deixar Reyna depois de tudo. Lhe doía pensar que iriam embora na manhã seguinte. Lhe doía a ideia de que podia morrer sem provar a ela o quanto a amava.

     Reyna não fazia ideia de como suportaria a dor da perda. Já era dia 6. Seis de julho, um dia antes de seu aniversário. O dia em que Leo iria embora. O dia que sua vida desabaria. Queria mais que qualquer coisa guardar todas as memórias felizes. Todos os beijos, cada parte de seu rosto travesso. Cada manhã em que ele a acordava com um sorriso. Cada noite em que se deitavam juntos para falar banalidades. Cada música e cada promessa.

     Uma lágrima ameaçou fugir de seus olhos, traçando um caminho até sua boca. Reyna se impediu de chorar mais.

     Leo se desvencilhou da namorada.

     - O piquenique ainda está de pé? – ele perguntou, quebrando o clima de tristeza.

     - Desde que eu não tenha de usar roupas infantis.

     - Isso eu não posso prometer. – ele brincou. – A sessão das toalhas é no corredor à direita. – ele falou, conduzindo o carrinho para o caminho adequado.

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     (N/A: Eu pulei uma parte das compras para finalizar o capítulo mais rápido. Espero que entendam.)

     Leo estacionou a moto na primeira praça que vira. Nada mais que um parquinho infantil lotado de crianças mimadas e casais de namorados.

     O garoto saiu da moto, tirou o capacete e ajudou Reyna a fazer o mesmo. Pegou as compras, a toalha e caminhou de mãos dadas com a namorada à procura de uma sombra.

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     - Aqui está perfeito! – ele exclamou, parando na frente de um rio, e arrumando tudo embaixo de um frondoso carvalho.

     Reyna sorriu e estendeu a toalha quadriculada no chão. Era divertido ver o quanto Leo se preocupava em fazê-la feliz. O garoto pegava agilmente cada coisa e arrumava no centro da toalha estendida. Sucos, bolos, pães e etc. estavam alinhados por ordem de “gostosura”, alfabética e pela data de validade.

     Quando tudo enfim estava montado, eles se sentaram um ao lado do outro, com Leo passando um braço ao redor de Reyna, que por sua vez deitou-se no ombro do namorado. Ela fechou os olhos, enquanto a correnteza do riacho lhe trazia calma.

     - Rey, eu não quero ser chato, o momento está lindo, mas eu estou com fome.

     - Você é definitivamente a pessoa mais inconveniente do mundo. – ela reclamou. – Mas já que vai comer mesmo, poderia pegar um pedaço de bolo com geleia para mim?

     - Explora mesmo. Mas tudo bem, só porque eu te amo.- ele brincou.

     Reyna sorriu e se deitou na grama, apoiando a cabeça na raiz da árvore. Alguns pensamentos lhe vieram à mente. Memórias da infância, a voz de Leo cantando para ela, seu sorriso. Tudo o que lhe fazia feliz. Foi tirada de seus devaneios por um cutucão insistente que a forçava a comer.

     Ela sorriu e comeu o bolo que Leo cortara com tanto “carinho”.

     - Você se lembra da primeira vez que nos vimos?

     - Sim Reyna, você ficou com nojo de mim. E nós brigamos.

     - E você queria que eu te chamasse de Leo Sedução Valdez.

     - Hoje em dia eu prefiro Valdelícia. É uma coisa mais refinada, sabe?

     Reyna sorriu.

     - Sabia que eu prometi a mim mesmo que um dia, não importa quando, você iria me chamar assim.

     - Assim como?

     - Valdelícia.

     - Sério?

     - Sim.

     - Mais um sonho destruído. – ela implicou.

     - Por favor! – ele pediu com jeitinho.

     - Eu te amo, Valdelícia. – ela falou, mastigando cada sílaba do apelido infame.

     - Eu também minha Ice Queen.

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     - Sabe o que falta para esse piquenique ficar completo?

     - Diga Valdez.

     - Escrevermos nossos nomes na árvore. Que tal? – ele sugeriu.

     Reyna balançou a cabeça em aprovação e Leo tirou um estilete do cinto. Caminharam até a árvore e com habilidade, o filho de Hefesto marcou para sempre o amor dos dois.

     Reyna e Leo Valdez. Ele escreveu com uma caligrafia caprichada.

     - Para quantas meninas você já fez isso? – ela perguntou melancólica.

     - Para o mesmo número de meninos que já te fizeram sorrir genuinamente. – ele respondeu, sem tirar o foco dos olhos expressivos da namorada.

     - Eu te amo. – ela admitiu.

     - Para sempre. – ele completou.

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Bom, como eu disse, a fic está no fim. É, a criatividade acabou, e eu só estou postando porque já tinha as ideias. Vou dar uns dias e vou começar outra Leyna. um "E se eu fosse Você.", sabe?

Mas conto com a aprovação de vocês.

Mudando de assunto, hoje eu pintei a unha. U.U Com aquele pó para flocar azul marinho. E como eu sou muuito branca, destaca.

Mudando de novo, nas férias eu vou aprender violão, teclado, francês, italiano e minecraft.

Coisa pacas né? Vou-me.

XOXO


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Notas finais do capítulo

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