Just Close Your Eyes escrita por Gio


Capítulo 16
Dia 6 - Pagando a aposta - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um. LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!
Enjoy! ;)
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280391/chapter/16

     - Você realmente pretende parar num parque e lanchar sentado numa toalha vermelha e branca? E Quadriculada ainda por cima! – estrilou Reyna.

     - Até parece que nunca foi num piquenique. Oh! Desculpe, eu me esqueci que você nunca foi mesmo. – ele ironizou.

     - Quer saber? Vamos! Compre esta estúpida toalha, faça este maldito piquenique do jeito que quiser.

     - Não é do jeito que eu quero. Há um código de conduta piqueniquecal, onde diz que todo piquenique que se preza tem direito à toalha xadrez e roupas infantis.

     - E posso saber de onde você tira tanta asneira?

     - Talvez você não saiba o que é, mas eu invento isso do meu cérebro.

     - Óbvio que eu sei o que é cérebro.

     - O que é então?

     - É aquilo que me sobra na cabeça e te falta nessa desproporcional caixa craniana.

     - Minha cabeça não é desproporcional em comparação com o corpo.

     - Eu não disse com o corpo, e sim com a sua ínfima massa cinzenta.

     - Reyna, admita que apesar de todos esses xingamento sobre a minha inteligência, você me ama.

     - Talvez. – ela respondeu.

     - Vamos, antes que o mercado encha.

     - Ainda vai insistir em usar o carrinho infantil?

     - Sim.

     - Tudo bem, não vou conseguir te convencer do contrário. – ela falou, resignada com a ideia de aturar a infantilidade. Poderia ser pior, Leo poderia estar vestindo a capa do Batman ou algo assim.

     Leo riu e ajeitou-se no carrinho.

     - Que sessão vamos primeiro a que sessão? – ela o perguntou.

     - Sessão de doces! Temos muito a comprar! – ele exclamou, com uma empolgação digna do Bob Esponja.

     Reyna endireitou a coluna e começou a empurrar o carinho.

     Ao passarem entre as gôndolas e prateleiras do mercado, atraíram olhares que iam desde comédia até pena. Alguns os olhavam como se aquilo fosse a coisa mais esquisita. Crianças pediam à suas mães se podiam brincar também, sendo logo repelidas.

     A cada curva, Leo fazia o barulho de um motor automobilístico e com isso, quase matou de susto uma idosa de setenta e poucos anos. A velhinha, irritada, sacou da bolsa um spray de pimenta, direcionado o jato para as castanhas orbes do filho de Hefesto.

     - Com licença minha senhora! Isso é agressão! – ele pedia.

     - Isso é falta de surra! Quem manda sair por aí assustando as pessoas da melhor idade, heim? – e a cada palavra ela dava uma bolsada no pobre garoto, que gritava.

     Depois de muito apanhar, os seguranças do estabelecimento recolheram a senhora e lhe ofereceram café, água e talvez um calmante.

     - Eu não quero calmantes! Eu quero justiça! – ela reclamava impiedosa.

     - Mas a senhora já fez justiça! A minha cegueira temporária e todos estes hematomas provam isso. – Leo argumentava.

     - A juventude de hoje está perdida. – ela falou irritada.

     Reyna não fazia nada além de rir. Rir da cara inchada e empolada do namorado. Rir da irritação da velhinha. Rir da situação esdrúxula em que se encontrava.

     - Tudo bem senhora, já vamos dar um jeito nesse delinquente. Agora, a senhora pode, por favor, se retirar? – pediu um segurança baixo e barrigudo.

     A senhora, de nariz em pé, deu uma bolsada no garoto e saiu, batendo o pé no imaculado chão de granito branco do estabelecimento.

     - Tudo bem garoto, esta senhora gosta de arrumar confusão. Acredita que ela já tirou a roupa na porta de entrada porque pediram para olhar sua bolsa? – o segurança falou, tirando a tensão.

     Leo deu um sorriso sem graça e Reyna mudou o carrinho de sessão.

     - Mulher maluca! – ele reclamou ao sair da vista dos seguranças.

     - Admita que foi engraçado.

     - Porque não é seu olho direito que está cego. Aliás, você poderia me dizer o preço daquele Doritos com potinho de Cheedar?

     - Não acredito que gosta daquilo.

     - Já provou? Creio que não. É uma dádiva dos deuses.

     - Você é estúpido.

     - Tudo bem, as pessoas dizem isso. Agora ponha um no carrinho. Um não, dois. E um potinho de cada creme para o biscoito.

     Reyna balançou a cabeça, e mesmo a contragosto, pôs na cesta os tais acompanhamentos do biscoito.

     - O que mais vamos comprar? – ela perguntou.

     - A toalha. Fica na sessão do lado. Se quiser, a toalha não precisa ser vermelha, mas tem que ser quadriculada. É clássico e obrigatório.

     - Esqueceu de mencionar o quanto é clichê também.

     - Você é chata pra caramba, sabia?

     - Sim. E aproveitando que estamos na sessão de doces e biscoitos, vamos comprar logo tudo de uma vez.

     Leo assentiu, saiu do carrinho, pegou todos os biscoitos possíveis, a pipoca e todos os sabores e cores de geleia que o mercado pudesse o oferecer. Empilhou tudo, correu até a padaria, pegou o bolo, os pães e qualquer coisa que levasse farinha e trouxe até Reyna. Passou pela sessão de balas, pegou uns 15 pacotes de tudo que continha açúcar e todo o tipo chocolate e jogou de qualquer jeito. Tirou a lista do bolo e riscou alguns itens.

     * Frutas diversificadas (Menos abacaxi, a Reyna é alérgica)

     * Bolo de chocolate. (Obs: Não tentar fazer, o meu sai horrível!) X

     * Suco de goiaba ou pêssego.

     * Biscoitos de todos os tipos, menos os com gosto de isopor. A Reyna tem nojo. X

     * Chocolate!! X

     * Pães doces, sanduíches e essas coisas. X

     * Uma toalha vermelha e branca quadriculada. É básico.

     * Refrigerante para mim.

     * Geleia de uva e morango. X

     * Pipoca de micro-ondas. X

     * Raquetes e bolinha, e uma bola vermelha.

     * Marshmallow (N/A: É assim que escreve?) X

     * Uma pistola d’agua.

     Com o canto do olho, Reyna pôde observar a lista. “O que raios uma pistola d’agua estaria numa lista piqueniquecal? Credo, estou falando como o Leo. Droga. Para quê uma bola vermelha? Esse garoto tem problemas mentais, é oficial.”

     Leo saiu do carrinho, ficou na ponta dos pés e estreitou os olhos, à procura da sessão de Cama, Mesa e Banho. Nada.

     - Ajuda! Aqui ó! – ele gritou.

     Reyna tapou o rosto com as mãos, tentando esconder o rubor em sua face. Em poucos segundos, surgem uma silhueta de roupa azul no meio das pessoas monótonas. A silhueta se equilibrava sobre rodas e corria enérgica. O mercado pareceu parar, uma luz que surgiu do nada focou na pessoa que eles puderam distinguir como uma mulher. Então, ela deu uma freada brusca e parou. Na frente do casal.

     - Posso ajuda-los?

_________________________________________________________

Eu sei que não ficou muito bom, mas eu juro que vai melhorar.

Bom, talvez este seja o último capítulo da semana, eu não sei. Vou ter simulado terça e as provas estão começando, então, não sei se vai dar tempo de postar.

Não me odeiem, por favor. Mas, a todo caso, se eu conseguir postar, entrem lá pela seis ou sete horas, que é quando eu posto geralmente.

XOXO


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?