Eu estava conhecendo a nova casa, junto do papai, e, só o que via era um monte de empregados fazendo as tarefas domésticas: só de arrumadeira acho que tinham umas 23; de jardineiros, uns 10... Ele me levou pra conhecer também a cozinha. Fiquei surpresa quando vi, que naquele cômodo, tinham pelo menos 15 cozinheiros (de ambos os sexos)... Acho que nunca vi tanto empregado assim na minha vida. 

Depois dos cômodos de baixo, ele me mostrou meu quarto: era enorme; tinha a parede branca com um pouco vermelho (como ele sabia que eu gostava de branco? Eu nem ao menos usava branco... Só no uniforme das antigas escolas que estudei. E meu quarto também tinha a parede branca, mas, como ele sabia desse meu gosto pelo branco?); a cama era grande (dava até pra eu rolar... É, eu amo rolar na cama... hihi); tinha uma escrivaninha com uma caixa encima; tinha um sofá próximo à porta da sacada (é, tinha uma sacada no meu quarto. Como eu tô chique, meu Deus) com muitos bichinhos de pelúcia (se é que se poderia dizer que eles eram "bichinhos", eles eram enormes) encima; tinha até uma TV de led enorme que dava pra ver todos os canais do mundo (fiquei super feliz quando ele disse que dava pra ver os canais do mundo humano); e pra completar, eu tinha um closet só meu com várias divisões (área paras as roupas de gala, uma área para os uniformes da nova escola, uma ária só para as roupas de casa, uma área com roupas que eu poderia usar pra passear, uma área só com joias e outra só para calçados.) e também tinha naquele quarto, uma suite (Suite, pra mim? Imagina a cara de felicidade estampada em meu rosto naquela hora)...

- Gostou? - ele indagou?

- Hai hai, senhor... - eu respondi...

- AAH, me chama de pai, Yura-chan.... - ele fez um choro falso, mas como eu não sou de ferro, eu caí no truque...

- P-pai - eu tentei...

- AAH, papai está tão feliz com isso - ele é meio que um idiota, eu comecei a pensar... Mas até que isso era divertido, e eu acabaria me acostumando.

- Éer... Onde estão as outras pessoas dessa casa, digo castelo? - eu mudei de assunto

- Você chamar esse lugar de casa, castelo, lar... você escolhe. - ele me diz - Bem, Branca está na cidade, ela adora passar o tempo lá, e Morgana deve estar na biblioteca, ela só pensa em ler. Ah, também tem o Syo... mas esse nunca diz aonde vai, então, não sei se está no quarto, ou se saiu pra agum lugar... Ele nunca diz nada da vida dele, é um péssimo filho.

- Tá né... - eu respondi - Resumindo... Nessa casa, a única pessoa normal mesmo é essa tal de Branca?

- A única? Como assim a única? E eu? - já vi que ele adora fazer um show

- É... Porque tipo... Você não seria a definição perfeita para um ser normal.. - eu respondi. - Mas, quem é Branca?

- Minha esposa, e sua madrasta. - ele responde mudando totalmente a feição que havia em seu rosto. Acho que disse algo errado.

- Bem, éer... Eu posso ficar aqui e arrumar as minhas coisas? Eu tenho roupas que não queria abandonar, e então, trouxe comigo. São roupas que eu sempre uso. Ah, e se não se importar, eu trouxe também uns livros que eu tenho do mundo humano... Eu simplesmente adoro eles e então, não conseguiria me sentir bem sem eles. Tudo bom pra você?

- Tudo sim... - ele me reponde - Bem, então, papai vai buscar um lanchinho pra você. Você deve estar muito cansada da viagem longa que fez... - como ele mudou de atitude rápido. Eu espero não pegar essa maluquice dele. 

- A-arigato gosaimasu...