Eu fui para a cozinha para ver se a porta de tal cômodo estava aberta, mas, não deu me nada, estava fechada. Eu achei tudo aquilo muito estranho, afinal, como, mesmo que em um mundo onde vampiros vivem pacificamente, todas as portas se fecharam como num passe de mágica? Se pelo menos tivesse ventando lá fora, esse fato seria por conta de um fenômeno da natureza, mas não estava.

Sem saber o que fazer, eu gritei bem alto:

- AAAAAH, SOCORRO, ALGUÉM POR FAVOR ME SALVE !

De repente, eu ouço um vulto, vindo de um dos cômodos do segundo andar, vindo em minha direção. Em minha frente, se materializa um homem, alto, com cabelos na cor preta, com olhos tão amarelos quanto o sol, num terno e capa pretos, com uma feição de furioso em seu rosto. Eu fiquei assustadíssima com aquela aparência monstruosa que aquele ser tinha, quando:

- QUEM É VOCÊ E O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI EM MEU CASTELO? - ele gritou furioso.

- Éer... bem... 

- DIGA LOGO ! NÃO TENHO O DIA INTEIRO... - ele continuava gritando

- É que eu me perdi na floresta, e, como fiquei com fome, achei este lugar e fui fazer uma refeição. Nada mais. Me perdoe, por favor ! - eu estava apavorada - Ah, e respondendo à sua primeira pergunta, eu sou filha do rei - eu tentei ser amigável, mas não adiantou

- EU NÃO SOU AMIGO DAQUELES VAMPIROS... - pelo visto ele só consegue falar gritando =/ 

- Que diferente...

- O QUE?

   - Você é um vampiro com olhos amarelos, e que não gosta dos outros vampiros. Fora o fato que você vive isolado. - eu tentei explicar

- Eu não sou um vampiro - ele baixou o tom de voz

- Ah não?

- Não

- Então, o que o senhor é?

- Um demônio. - ele me respondeu

- U-um demônio?

- SIM ! - ele voltou a gritar. - Você tem um cheiro tão bom, um cheiro diferente daqueles vampiros imundos... Um cheiro, delicioso - ele disse lambendo os beiços.

Eu estava super assustava com aquilo, e, antes que ele pudesse avançar pra cima de mim, eu saí correndo, tremendo de medo.