Bad Guy escrita por Srta Snow, Tahy S Snow
Notas iniciais do capítulo
Este será o ante penultimo capitulo da fic.. ansiosos para o fim? Ele se aproxima e com ele.. o destino de Alec e Elena..
Beijos e boa leitura rs
Nicole passara a noite em claro. Alec, o homem que ela amava estava deitado no sofá da sala, enquanto ela encontrava-se inquieta em sua cama. Por mais que tentasse adormecer não conseguia. A ida dele ate a sua casa a deixou insegura. Ela começava a se perguntar se ele não poderia desistir de tudo e apenas ser Alec, o homem que ela amava. O homem que nunca havia existido. Nicole suspirou ao fechar os olhos na tentativa de adormecer entretanto se viu saindo da cama. Sua mente a levou ate a sala, onde parou próxima ao sofá. Ela precisava ver Alec e ter a certeza de que ele não estava mentindo. Ela queria acreditar que ele tinha ido ate ela por amá-la. Um sentimento que se envergonhava de sentir.
–O que posso fazer agora? – ela murmurou ao dar as costas e voltar para o quarto a passos lentos, mas antes de abrir a porta do quarto olhou para atrás, sorrindo sem jeito em seguida – o que estou esperando? – se perguntou ao entrar e fechar a porta.
Deitado no sofá, Alec sorria ao passar a mão pelos seus lábios tirando a bebida que havia jogado em seus lábios antes de bater na porta de Nicole. Ele não poderia negar que tinha planejado cada momento desde que saiu do bar e foi ate a casa de Nicole, mas o que lhe mais atormentava era perceber que desejava vê-la mais uma vez. Vê-la sem mentiras, apenas sendo um homem e ela uma mulher. Sem vingança ou promessas por trás de seus encontros. Os momentos que haviam passado com ela deixaram-no vulnerável, mais do que poderia admitir. E isso ele não negava a si mesmo, apenas não poderia deixar que ninguém descobrisse que ela poderia tornar-se a sua fraqueza. Esperou por alguns minutos e ao escutar o mais absoluto silencio se sentou passando a mão pelos cabelos. Ele não poderia voltar atrás, não naquele instante. Não quando tudo estava tão perto de se realizar.
O que posso fazer se não desejo vê-la ferida? Ate aonde posso ir sem machucá-la?
Com seus pensamentos inquietos resolveu fechar os olhos por alguns minutos e esperar. Esperar ate sentir-se bem e sair dali. Ele não merecia viver ao lado dela, não ate terminar tudo pelo que tinha lutado. Não ate terminar o seu destino e encerrar seus laços com Elena.
***
Jacob sorria ao olhar para o céu azul naquela hora da manhã. Sentado no meio fio de uma rua qualquer, não se preocupava com nada. A garrafa barata de uísque em sua mão reluzia o brilho do sol. Ele não tinha para aonde ir, não depois de encontrar com o seu pai no hotel e ter confessado tudo. Clichê poderia ser, mas sentia-se livre após aquilo tudo. Mesmo que não tivesse mais para onde ir ou uma família. Em seu intimo desejava que Elena tivesse o mesmo destino que o dele.
–Cena um tanto inesperada – Alec falou encostado em seu carro a poucos centímetros de Jacob. Havia chegado a alguns minutos e apenas observava o jovem. Ele estava curioso sobre ate aonde Jacob poderia chegar.
Se um olhar pudesse matar, Alec teria certeza que estava morto naquele momento. Jacob o olhava com raiva e incredulidade.
–Me pergunto se seu desejo por morte é tão forte assim – Jacob falou ao olhar furioso para Alec – Destruiu toda a minha vida e espera que eu lhe deixe ir?
–Não, na verdade vim lhe propor algo – Alec tornou calmo ao ir ate Jacob e sentar-se ao seu lado. Sem importar-se com a sujeira da rua e nem com o fato de estar vestindo algo extremamente caro.
–A única coisa que quero agora é a sua morte. Se não sair daqui desperdiçarei a única bebida que tenho ao quebrar essa garrafa e cortar o seu pescoço – Jacob falou frio. Inevitavelmente havia aprendido a ser cruel no período em que estava preso,e ele estava disposto a matar, se a vitima fosse Alec.
–Poderá me matar depois, se assim quiser.
–Do que está falando? Já me deixou preso, me tirou a minha família, o meu dinheiro. O que mais quer de mim?
–Apenas quis te mostrar a miséria para que pudesse dar valor ao que lhe darei.
–Você é um louco. Um filho da mãe louco – proferiu ao tentar se levantar, caindo em seguida no chão.
–Vamos, eu lhe prometo o dinheiro que deveria ser seu.
–Não irei pactuar com o diabo duas vezes. Não tenho duas almas.
–Não se preocupe, só irei pedir a alma de Elena, a sua deixarei aonde está – revelou misterioso ao observar as reações dele – O que me diz?
–Não farei nada – tornou decidido.
–Muito bem, a deixa impune mesmo tendo lhe entregado a seu pai – deu de ombros ao se levantar graciosamente.
–Sei que foi você. Nós dois sabemos que foi você.
–Em parte fui eu, admito, mas Elena saiu impune daquilo tudo. Isso é o correto? Há sempre dois ângulos, duas vertentes, o preto e o branco, o certo e o errado. Então porque apenas uma pessoa tem que pagar por tudo? Isso é justo?
–Desde o inicio o culpado é você. Só me aproximei dela por sua causa.
–Nunca lhe disse para seduzi-la, apenas para que ela confiasse em você. Não me culpe por seus jogos de Don Juan, e suas consequências. Lhe dei uma alternativa, e o senhor foi o único que a usou como bem quis. Não movi um dedo sobre tudo que aconteceu.
Jacob gargalhou diante das palavras de Alec. Ele não poderia ter falado nada mais correto e irônico diante de tudo que ocorreu.
–Sim, eu fui o único que a levei pra cama. É isso, não é?
–Sim, eu não fiz nada disso e nem falei para fazer.
–Exatamente. O único culpado sou eu no final.
–Pode fazê-la pagar por tudo. O que acha?
–O único que deve pagar é o homem parado em minha frente. Elena é apenas mais uma vitima.
–Vitima? – sorriu torto ao concordar – Sim, ela é uma vitima da crueldade, da futilidade e da sorte. Sim, ela é a vitima disso tudo.
–Deve odiá-la.
–Não – negou surpreendo Jacob – Eu a desprezo, mas me odeio ainda mais.
–Porque? – perguntou curioso.
–Por que ela destruiu a minha vida e tudo que eu entendia sobre o mundo. Elena conseguiu destruir o meu amor, minha esperança e toda minha compaixão pelo mundo. Não acho que seja pouca coisa. – falou com o olhar perdido em recordações dolorosas ao tocar o seu colar. – Ela foi a mulher que me tornou o homem que sou hoje.
–Ela.. o que ela fez?
–Me colocou na prisão – revelou com um sorriso sombrio – e me atormentou durante anos. Provavelmente é pouco, não é? – o semblante de Jacob expressava toda a confusão em seu ser – Deve estar confuso, mas não se preocupe. Vim me vingar dela e dos que me acusaram. A sua vida será calma depois que eu terminar.
–Isso tudo.. sempre foi por vingança.
–Sim, desde o inicio.
–Me usou o tempo todo para se vingar dela – com força jogou a garrafa no outro lado da rua. Ficou observando os vidros quebrados e o liquido derramado – Um nada, isso foi o que eu fui em suas mãos – o encarou com um brilho nos olhos – e Nicole? O que ela foi?
–Ela sabe de tudo. Eu não a usei.
–Ela..sabe? e mesmo assim..ficou ao seu lado? Isso... não é possível.
–Tudo é possível, se quiser lhe mostro tudo depois, mas antes preciso saber. Ficará ao meu lado?
–Isso é.. insano.
–Essa palavra é mínima para descrever a situação, mas vamos dizer que sim. O que fará Jacob? A deixará ficar com tudo que é seu por direito? A deixará livre? – Alec olhou sério para Jacob enxergando a indecisão em seus olhos – Lhe darei tudo que é seu em troca.
Os pensamentos, tumultuados, de Jacob moviam-se em busca de respostas que não encontrava. Em sua frente estava a sua salvação e o seu temor. O homem que poderia salvá-lo de sua ruína era o mesmo que poderia acabar com ele.
–O que eu precisarei fazer? – perguntou com um fio de voz.
–Nada, precisará apenas ser você – sorriu ao estender a mão para ele – Juntos terminaremos tudo – garantiu ao sentir a mão de Jacob sob a sua.
***
A sala de conferencia de Alec Lorenzi encontrava-se silenciosa com a presença dos três homens sentados na enorme mesa. Alec mantinha o seu olhar sério ao ler os documentos em sua frente, enquanto Jacob estava sentado ao seu lado curioso sobre o que tudo aquilo significava. Peter apenas se mantinha em silêncio a espera de Alec. Ali seria decidido o próximo passo contra os Piattis.
–Peter, prepare o documento – Alec falou ao fechar a pasta que estava lendo – Irá enviar aqueles documentos para a imprensa e para a policia. Estou ansioso para saber como tudo acabará – sorriu ao olhar para Jacob – Amanhã tudo começará a ruir para o seu pai, e a sua função será estar ao seu lado.
–Ao lado dele?
–Sim, é neste momento que tudo começará a ruir para Elena, e não queremos que ela fique só, não é? – Jacob assentiu em silêncio ao observar a crueldade emanar do olhar dele. Os três mantinham a sua atenção no silêncio ate escutar a portar ser aberta. Todos voltaram a sua atenção para a visitante que os olhava inexpressiva.
–Acredito que tenha me chamado - Nicole disse mantendo a sua voz firme quando sentia vontade de gritar. A cada instante em frente a Alec sentia-se ruir. - Por que me chamaram aqui?
–Para iniciar o fim - Alec falou ao se levantar e caminhar ate ela. A cada passo que dava observava com mais atenção a mulher em sua frente - Este é o momento que tanto esperei, é agora que tudo começará de verdade. O que fará? - questionou ao sustentar o seu olhar. Alec sentiu uma vontade estranha de abraçá-la, entretanto resignou-se a sorrir diante do seu olhar.
–Irei até o fim, já que estou aqui e Jacob também - olhou para o seu sobrinho com carinho e em uma prece silenciosa rogou para que ele desistisse de tudo quando fosse a hora. Ela não desejava vê-lo naquele mundo sujo e feio de Alec. Um mundo que ela desejava arrancar de sua alma. - E você não irá se arrepender?
Alec a olhou exibindo um genuino sorriso diante de sua pergunta. Ele sabia o que deveria responder, mas se viu hesitante.
–Não - respondeu por fim - Não me arrependerei de nada.
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