Cai em um chão e não sei como levantar, estou preso por uma força, e não concerteza essa força não se chama gravidade. Ela é mais leve.

Comecei a pensar que estou em outro mundo, o mundo aonde veio Tuala, Tellinguer. Ela sempre me contava historias de seu mundo, da mãe do pai dos amigos, mas eu não entendi o porquê que ela abandonou toda sua felicidade para ir no mundo dos humanos falar comigo. Eu gostava dela e gostava quando ela ia falar comigo me ajudando na escola e me dando conselhos, mas será que ela abandonou tudo aquilo por mim? Ou aconteceu uma coisa nisso tudo. Bom eu não sei, mas que alguma coisa aconteceu, aconteceu.

Comecei a me levantar do chão, minhas pernas estavam bambas, fracas e moles, eram apenas gravetos que com um toque se partiam ao meio.

Meus olhos claros depois de mais ou menos 7 minutos eles se acostumaram com a tamanha claridade do local, minhas pernas começaram a ficar novamente andável.

A imagem do local era incrível. Era todo iluminado brilhando por causa do posinho mágico das fadas que ali voavam. Também tinham as ninfas que negociavam com seus pequenos camelôs de vendas. Tinha trolls tentando convencer as fadas (o que não era trabalho fácil) de que a mercadoria deles eram boas.

Trolls, fadas de todos os tipos, da luz proteção, natureza, tudo isso, também te as ninfas vendendo dos quatro elementos, ninfas da água, fogo, terra e ar. Duendes trapaceando com seus joguinhos de sorte. Fadas andando com unicórnios e pégasus por aí.

- Aí esta você Felix Kutnner! – um guardião de ferro me pegou pelo ombro como se eu fosse um prisioneiro.

Guardiões de ferro são meio que guardas, mas ele não tem face e são todos de ferro, sem alma nem nada, são usados em casos extremos pelos magos ou reis e rainhas de Tellinguer, para seguir assassinos em serie do mundo Truester, o reino do mal.

- O que eu fiz? Quem é você? Como sabe meu some? – comecei a perguntar aos soluços, eu não sou um criminoso do mundo de Truester. Eu sou um garoto que nem sabe onde está.

Ele não me respondeu, começamos a andar pelas ruas do comércio, e todos os comerciantes, compradores, todos, olharam para mim, um garoto louco sem pai nem mãe nesse mundo, o que seria considerado órfão, berrando, chorando e pedindo para o largarem, concerteza eu olharia para essa cena, principalmente por que ela seria uma cena estranha.

O guardião me jogou em uma carroça que era usada para transportar os prisioneiros. Fiquei lá no canto, sentado no chão sozinho, nem mesmo Tuala e Toni me animariam nessa hora.

Foi um caminho longo, para onde eu ia e qual era a vista? Eu não sei, a carroça não tinha janelas. Eu estava sozinho, considerado um órfão nesse mundo, meus pais estavam em outro. Mas tinha uma coisa que me animava, acho que fui a primeira pessoa a viajar entre os mundos.