Entre O Delírio E A Realidade escrita por Mari grazziotin


Capítulo 2
o acidente


Notas iniciais do capítulo

esse ficou grande, poderia continuar escrevendo, mas ficaria muito tarde.



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- Hey, hey! Você sabe o que eu pensei? – Tomaz meu melhor e único amigo me pergunta uma coisa um tanto besta.

Estávamos caminhando para e escola Elementar de Arkhan, e eu confesso, não gostava nem um pouquinho de lá.

- Não, no que você pensou Tomaz? – perguntei não querendo saber a resposta, mas ouvi para ser educado.

- Eu pensei que você poderia falar para o seu amigo mágico...

- Tomaz, ele não é um amigo, ele é real tá? E o nome dele é Toni e ele é um elfo portador de arco e flechas.

- Ok, diz pro Toni que ele poderia dar uns tapas ou flechadas na cara daqueles valentões.

- Não dá Tomaz, ele não pratica violência com humanos.

- Porque você chama todo mundo de humanos, parece ofensivo o jeito que você fala. – ele parou de caminhar, e olhou para mim com sua cara séria, raramente ele faz essa cara séria, e quando faz é por que ele realmente quer saber o por que.

Comecei a andar novamente, ignorando o fato dele ter parado. Minha mochila pesava com os livros de dentro dela, mas o que eu poderia fazer?

- Eu não chamo eles de um termo ofensivo, esse é o nome da raça, e não deveria ser ofensivo. É como as fadas, a gente chama elas assim normalmente, mas se uma fada chegar par a outra e falar: não podemos mais continuar desse jeito de fada. Vai soar com o mesmo tom ofensivo se eu chamar qualquer um daqui de humano.

- Nossa Felix, nunca pensei por esse lado.

“Nem era pra ter pensado, fadas se chamam por fadas normalmente em Tellinguer. Que garoto idiota! Não sabe nada sobre nos fadas!” ouvi um sussurro vindo do meu lado esquerdo, e percebo que era minha amiga de Tellinguer, Tuala. Ela era grande amiga minha uma das melhores, me dava conselhos amorosos para minha paixonite secreta, me ajudava no dever essas coisas, ela era bem legal.

- Oi Tuala. Eu sei que isso é normal, mas fazer o que não queria magoar ele, eu não falo humanos por um termo ofensivo, eu falo porque esse é realmente a minha raça, minha e dele, não o culpe, precisava de uma desculpa.

“Ok, eu não vou culpar ele, só porque isso é uma desculpa para você sair ileso, e você sabe que eu te amo e adoro.”

- Você está falando com que Felix? – ele me fez saltar de susto. – está falando com uma fada?

- Ãnhh, não estou falando com ninguém. Cadê a pessoa com que eu estou conversando? Só com você. Tomaz, você deve estar delirando.

- Você tem razão, eu devo estar delirando mesmo.

Foi assim que acabou nossa conversa, e fomos em silêncio o resto do caminho para a escola. A escola foi à mesma coisa de sempre, chata e como todo muno diz de mim, “ficava delirando com um mundo mágico e alternativo”.

A coisa que deixou diferente no dia foi o que me aconteceu depois da aula.

Estava voltando para a casa tranquilamente, junto com Tomaz. Fui atravessar a rua, e a única coisa que eu vi naquele momento foi duas luzes de caminhão que mais pareciam dois olhos do rei do mundo negro tentando me matar em um só golpe de espada, ou outra arma branca.

Parei no hospital em coma profundo pela informação dada pelo médico, foi estranho, eu conseguia escutar os lamentos da minha mãe, do meu pai, dos meu dois irmãos e principalmente de Tomaz. Escutava tudo em volta, mas parecia que eu estava hipnotizado, escutava tudo, mas não podia abrir os olhos ou ver o que estava acontecendo, eu não tinha permissão de ter uma noção, só a base das vozes e dos lamentos dos outros.

Comecei a realmente dormir, me sentia leve, fraco, comecei a ouvir o BIIIIIPP da minha batida cardíaca parar, parei de escutar vozes, parei de viver, fui para um mundo paralelo, comecei a cair em um buraco, cada vez mais profundo, e mais e mais e mais e mais profundo.

Estava dando uma visita em outro mundo, como Toni e Tuala dava. Será que era isso que ela sentia? Será que ela tinha que entrar em coma profundo para vir no meu mundo? Ou para as fadas eram diferentes?

Eu só tinha noção de uma coisa, parei de respirar, tive uma parada cardíaca, botavam placas de ferros em mim, mas nada funcionava, ou eu tinha morrido, por que todo mundo estava chorando muito, ou eu entrei em um coma quase impossível de se salvar de tão forte.

Eles poderiam fazer qualquer coisa comigo no meu mundo, me tratar mal, não me entender, tudo isso, mas eu não quero morrer, quero continuar com minha família, com Tomaz, e com as visitas inesperadas de Tuala, Toni, e dos meus outros amigos, também vou sentir falta do meu amado cachorrinho, Tip Tip.

Eu queria minha mãe, meu pai meus irmãos me abraçando, e chorando no meu ombro, me levantando no colo, me dando café na cama, por causa que eu sobrevivi ao impossível de um coma muito profundo, eu já li histórias de zumbis, eles são levantados do chão por um veneno, minha família pode usar isso, mesmo que não fique legal ter um zumbi na família, e também por que preferia ser um gnomo do que um zumbi, então me deixaria quieto, do jeito que eu to está ótimo, sem verrugas, tendo todas as partes do corpo, sendo rápido, não precisar me alimentar a base de carne humana, ainda ter dentes, não querendo ser morto por um matador de zumbis profissionais, essas coisas simples de zumbis.

Eu estava com medo, desesperado sozinho, caindo em um buraco e sentindo as placas de metal cheias de voltagem sobre meus peitos nus. Sentia a pressão. Escutava minha família chorando a minha perda, sobre lamentos e tristezas, Tomaz era o que mais destacava, ele não chorava, mas estava sofrendo muito por mim. Tomaz era que tinha a alma mais pura de todas, eu sentia as vibrações negativas do hospital, e senti que Tip Tip já sabia do meu estado, suas vibrações também eram fortes.

Como consegui sentir isso? Parece que eu realmente virei um elfo e estou com os sentidos aguçados tão quanto.


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Notas finais do capítulo

obrigada por lerem, agora chega de especificações, todo mundo já entendeu como ele se sentiu né? o próximo capítulo vai ser em outro mundo :)