Elena soltou um longo suspirou quando a porta se fechou atrás dela, seus olhos não demoraram muito para se acostumar com o escuro de sua casa. Dando um passo para frente Elena encontrou um antigo móvel, jogou a chave em cima do mesmo e acendeu o pequeno abajur. Após o estrondo da chave batendo contra o móvel a única coisa que se escutava era a respiração da frágil e indefesa Elena. Com o cômodo um pouco mais iluminado, Elena pode ver a poltrona onde seu pai sentava-se com ela e contava estórias.

Ela sorriu com a lembrança que pairou em sua mente. Elena viu um vulto de uma criança passar por ela como um fantasma do “Natal passado”

Flash back On

“Papai, papai”, gritou uma criança. Correndo pelo corredor indo até a sala de estar. Animada e saltitante.

“Estou aqui.”, berrou Grayson Gilbert sentado em sua poltrona.

“Cuidado Elena, vai acabar batendo a cabeça filha.”, pronunciou Miranda Sommers Gilbert. “Jeremy me ajude a levar estes pacotes para cozinha!”

“Tudo eu”, Jeremy um ano mais velho que sua irmã reclamou.

“Opa”, exclamou Grayson Gilbert quando sua pequena Elena pulou em seu colo. “Como você está crescida, daqui a pouco nem vai mais caber no colo do papai.”

“Não, papai”, Elena balançou sua cabeça em negação, “Eu vou ser igual ao Peter Pan e os Meninos perdidos, eu não vou crescer seu bobo”, após sua explicação Elena apertou o nariz do pai e riu.

“Que alivio, você sendo criança para sempre não vai namorar, então não vou precisar pôr medo em seus namoradinhos”, Grayson Gilbert suspirou aliviado.

“Mais eu já tenho namorado.”, Elena mostrou a língua para senhor Gilbert.

“Já tem é mocinha?”, Grayson olhou confuso.

“Sim, o nome dele é Matt e ele é mais velho. Ele entende das coisas.”, Elena riu.

“Matt é um bobão!”, implicou Jeremy entrando na sala.

“Não é nada, eu o amo!”, Elena protegeu Matt.

“E o papai? Você não ama mais o papai?”, disse Grayson.

“Sinto muito papai, meu coração agora é de outro.”, Grayson sorriu com o rosto de sapeca de sua pequena Elena.

“Ah, é?”, senhor Gilbert encheu Elena de cócegas e a menina se contorceu de tanto ri.

“Para pai, para”. Elena suplicava. As gargalhadas da pequena Elena era contagiante. Animou todos a sua volta. Elena é boa nisso, sua presença conquista sorrisos por onde passa. Uma longa gargalhada se manisfestou por toda a casa.

Flash back Off

Elena respirou fundo, contou até dez, mas não deixou as lágrimas cairem. Ela já estava próxima da poltrona sem perceber a estava alisando, mas sua atenção se desviou da poltrona quando ela ouviu um barulho vindo da cozinha. Seu coração acelerou. “Há esta hora todos deveriam estar dormindo”, ela pensou.

Ao andar até a porta da cozinha Elena esbarrou em um taco de beisebol no chão, ela abaixou-se e pegou o mesmo e continuou andando. A menina abriu a porta lentamente, respirou fundo, e em um pulo entrou gritando na cozinha: “AAAAAAAAH”

– Surpresa!

Gritou Jeremy, Jenna, Margaret e Miranda quando Elena entrou na cozinha. Margaret estava segurando um pequeno bolo com velas.

– Que susto! Eu poderia ter matado vocês, sabia?

Exclamou Elena abaixando o taco de beisebol e colocando sua mão no coração, tentando apertar o próprio para acalma-lo.

– Elena Norris e o taco de beisebol contra o mundo. (Chuck Norris + Elena = Trocadilho)

Jeremy zombou da criatividade e coragem de sua irmã contra um “possível ladrão”. Ele andou até a menina e a abraçou, sussurrou: “Parabéns, magricela.”

– O menino desistiu de ser advogado para ser comediante, foi?

Elena retribuiu ao abraço do irmão. Sussurrou: “Obrigado bobão”

– Parabéns pra você, nessa data querida.

Cantou Tia Jenna e Margaret para Elena, mas ao cantar Margaret assoprou as velas que estavam acesas. Jenna segurou o bolo e o colocou no balcão da cozinha.

Quando Jeremy se afastou de Elena, as duas animadíssimas foram ao encontro da moça e a abraçaram forte. Margaret de tão pequena ficou pendurada entre os abraços calorosos de Elena e Tia Jenna. Quando as garotas se separarem Elena cuspiu os cabelos de Tia Jenna, pois os mesmos tinham entrando em sua boca entre aberta. A pequena Margaret foi para o colo de Elena e a ajudou, as duas riram juntas.

Depois de apoiar Margaret no balcão, Elena foi abraçada por Miranda Gilbert.

– Feliz aniversário minha pequena.

Antes de se afastar da filha, Miranda a beijou na testa, Elena sorriu.

– Obrigado mamãe.

– Eu quero sorvete de chocolate.

Exclamou Jeremy abrindo a refrigerador.

– Eu também quero.

Disse Margaret animada.

Tia Jenna se aproximou do armário, abriu a gaveta e distribuiu colheres.

– Bonnie não ficou nada feliz com a conversa de vocês no celular. O que aconteceu?

Perguntou Elena para Jeremy, o menino se aproximou do balcão onde se encontrava as garotas.

– As mulheres são loucas, isto que aconteceu.

A cozinha ficou em um silêncio total, mas quando Jeremy abriu o pote de sorvete o silêncio foi cortado. Ele olhou para as garotas no balcão, Elena, Jenna, Margaret e Miranda estavam segurando as colheres prateadas olhando para ele, prontas para ataca-lo.

– Como é?

Todas disseram juntas. Esta situação assustou o rapaz. Sem o pai, ele era o único homem da casa. Então ele fez a famosa cara de “ops”

– To ferrado.

Exclamou Jeremy pegando uma colher e enfiando no sorvete. As garotas se divertiram com a expressão facial do garoto e deram bastante risadas.

Enquanto isso, Katherine encontrava-se em um beco por volta das três da manhã, mas a vampira não estava assustada em estar no meio da noite sem a proteção de seu guarda costas, Mason, muito por ao contrário ela estava animada por estar ali.

– Meus presentes de Natal chegaram mais cedo este ano, devo ter sido uma boa menina.

Katherine disse toda graciosa e sarcástica para os “seus” meninos.

– Disso eu duvido muito.

Stefan se pronunciou sem sair do lugar, mas seus lindos e grandes glóbulos oculares verdes não tiravam os olhos da vampira.

A bela mulher caminhou até o vampiro de lindos olhos azuis, parou na frente do mesmo e acariciou os longos fios negros do rapaz. Ela sorriu.

– Você está tão sério meu Damon.

– Deixei de ser “seu” quando você escolheu Stefan ....

Com fúria nos olhos e na voz Damon terminou a frase

– Também!

– Pensei que já tínhamos passado desta fase, pelo visto me enganei. Então, me diga onde vocês estão hospedados e eu mandarei uma cesta de frutas como um sincero pedido de desculpas.

Damon riu sem humor. O rapaz de olhos azuis percebeu que Stefan se aproximava cada vez mais do casal. Olhando Katherine nos olhos, Damon pronunciou cada palavra.

– Sorte nossa você estar de bom humor.

– Porque voltou para Mystic Falls? (Stefan)

– Quem contou para vocês?

– Este foi o nosso presente de Natal. (Damon)

Katherine tombou a cabeça para o lado e sorriu com o comentário de Damon.

– Foi a Rose?

– É tão difícil dizer a verdade uma vez na vida? (Stefan)

– E você disse a verdade para o Damon?

Damon arqueou uma das sobrancelhas e fitou Stefan.

– Pelo jeito não. Então, vou deixa-los resolver as coisas e vou ....

Quando Katherine ameaçou andar Damon colocou o braço na frente a impedindo.

– Você vai ficar. Oras, porque ir embora? Logo agora que o clima está ficando agradável. (Damon)

– Tão sínica. Quer colocar os dois irmãos um contra outro de novo. Não bastou fazer isto por 150 anos? (Stefan)

– Porque vieram me procurar?

– Não está obvio? Queremos tortura-la um pouco. (Damon)

– Saber o que você está querendo aqui e destruí-lo. (Stefan)

– Este é o brilhante plano de vocês?

O silêncio no beco foi tenso. Ouvia-se apenas o som da respiração artificial dos três vampiros. Katherine diversificava, ora olhava para Stefan, ora para Damon, mas a visão dos dois irmãos era apenas uma: A mulher por quem os dois morreram de amor. Literalmente.

– Você não dirá? (Stefan)

– Não. (Katherine)

– Que novidade! (Damon)

– Posso ir agora?

Stefan e Damon abriram espaço para Katherine passar. Com as mãos na cintura ela sorriu.

– Bons meninos.

Assim que Katherine deu as costas para os dois irmãos, foi obrigada a voltar, pois enrolado nos lindos cachos da vampira estava a mão de Stefan a puxando e a jogando contra a parede. Pela primeira vez a sábia vampira não foi tão sábia.

Depois do terrível barulho de Katherine se chocando contra a parede, a vampira estava de quatro no chão, ao tentar levantar Damon a ataca lhe chutando no estômago, fazendo a subir. Literalmente. Novamente os gemidos de Katherine foram ouvidos, quem passou pelo beco, correu assustado.

Após alguns minutos Katherine se levantou, com seus cabelos em seu rosto, era impossível decifrar sua expressão facial. A vampira estalou o pescoço, os Salvatore estavam preparados para o contra ataque. Então ela suspendeu a cabeça e existia um sorriso em seus lábios.

– Só isso?

Damon irritado rapidamente apossa-se de um ferro enferrujado no chão. E em um piscar de olhos ele aparece atrás de Katherine, a garota tenta virar-se para ataca-lo com os punhos, mas Damon abaixa-se e enfia a ponta do ferro o mais próximo do coração de Katherine. A moça ficou paralisada com a boca entre aberta e segurou com as duas mãos o ferro atravessado em seu corpo. Gemendo ferozmente a vampira tenta tirar o ferro, mas senti uma forte dor.

Stefan e Damon apreciavam os gemidos de dor de sua antiga e eterna paixão. O rapaz de olhos verdes observava de braços cruzadas enquanto o outro rapaz andava de um lado para o outro, para assistir de várias posições, o sorriso permanecia no rosto dele em todas as cenas.

– Agora você por ir ... (Stefan)

O rapaz de olhos verdes com traços mel extremamente exuberantes antes de partir com o irmão aproximou-se de Katherine, faltava poucos centímetros para retirar o ferro, agachou-se e sussurrou:

– Para o inferno.

Stefan segurou a pequena cabeça de Katherine e a torceu facilmente. Rapidamente a vampira ajoelhada perdeu a consciência. E caiu ao chão de lado. O rapaz se levantou e retirou o ferro de dentro da moça e o jogou longe. Depois de longos minutos admirando Katherine os dois irmãos se entre olharam.

– Um drink por minha conta. (Damon)