I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 12
Capítulo 11 - Regret




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Meu Deus do céu. Acho que o Stiven esta enlouquecendo, só pode. Eu abro a porta. Ele estava completamente bêbado. Tinha latinha de cerveja pra todo lado. Ele para a música.

- Meu Deus! O que você fez?

Ele me puxa, eu caio na cama dele, ele deita do meu lado, sem encostar em mim, e diz baixinho:

- Dorme aqui! – seus olhos claros pareciam sonolentos.

- O que? Como assim?

- Eu to louco pra sentir você! – ele diz, colocando a mão em meu braço e abaixando a cabeça, apoiando-a no braço dele.

- Não! Você ta bebado, para! – digo o empurrando. Me levantando da cama. O halito dele estava horrivel.

- E daí? Melhor! – ele parecia um cão sem dono, parecia que ia saltar emcima de mim! Isso já da me dando nos nervos!

- Pode parando por ai moleque! – digo num tom sério.

- Não lembra que a gente fazia isso quando eramos crianças? A gente dormia juntos! – ele diz, se levantando da cama e vindo na minha direção, todo sério.

- A gente era criança. Mas agora a gente não é mais.

O celular dele toca. Ambos olhamos assustados para o celular emcima da cama.

- Quem pode ta ligando a essa hora? – pergunto, um pouco assustada.

Ele sem dizer nada, pega o celular e olhando pra ele, depois pra mim, diz:

- É a mamãe!

- A ... a mamãe? Atende! Atende logo! – digo já aflita.

Ele atende, receoso, seus lábios estava em um vermelho forte.

- Alo?

- Alo, meu filho! – o celular estava em viva-voz.

- O que houve mãe?

- Ai filho! É que eu tive um pesadelo! Com você e com a Geovanna!

- Pe...sadelo? – ele olha pra mim suuper assustado. – Como assim?

- Sua voz ta estranha! Ta tudo bem meu anjo?

- Sim, claro que ta!

- E a Geovanna?

- Ah, - ele olha pra mim denovo. – ela, deve estar dormindo no quarto!

- Ta! Eu... levo sonhos muito a sério! Mas, to mais tranquila agora! Cuida da sua irmã, Stiven! Não deixa ela sozinha!

- ... T... ta!

- Se cuida meu amor! Beijo.

- Outro. – assim desligam. Stiven parecia abalado.

 

Ele se senta calado na cama, abaixando a cabeça, com o celular ainda na mão.

- Será que... mamãe sentiu?

- ... – eu não conseguia dizer nada.

- O que você ta pensando agora Geovanna? Me diz. Seja lá o que for.

- Nada.

- Mentira. Me diz.

- Você bebeu demais.

- Eu... não ia fazer nada com você. Eu não ia.

- Eu sei.

- Você ta com raiva?

- Não.

- Geovanna. – por fim, ele me olha. – O que... o que você sente?

- O que eu sinto?

- É.

- Sobre o que?

- Você sabe. – ele desvia denovo o olhar.

- Eu... – não sei o que dizer. – Não sinto nada.

Ele me fitou. E depois soltou um riso. E logo em seguida diz:

- Ta bem, vai dormir!

Me viro e começo a andar em direção a porta.

- Você não vai falar nada pra mamãe... sobre, tudo... né? – ele pergunta. Com certeza se ele não estivesse tão ‘chapado’ por tanto que ele bebeu, ele não diria isso, não diria.

- Não... eu não tenho nada pra dizer.

- Para com isso, Geovanna! – ele diz, batendo as duas mãos na cama com força. Alterando sua voz que até então estava sussurada e receosa.

- Para de fingir que ta tudo bem! Que ta tudo normal! Você sabe que não ta!

Eu me viro, e olho pra ele. To tão nervosa, que até respirar ficou dificil. Não sei como agir.

- Na verdade, acho que... nada mais ficou normal... desde o dia em que eu, eu Stiven Harvey, mandei o nosso pai pra morte! – ele estava ainda sentado na cama, de cabeça baixa, suas mãos estavam muito fechadas, ele apertava muito elas. Apesar do cabelo dele estar caido em seu rosto, e eu não conseguir saber como esta sua expressão, vejo uma gota de lágrima cair, e atingir sua calça.

 

Eu suspiro, e volto a me aproximar dele, lentamente, calada. Me agaicho ao pé dele, o escuto chorar baixinho, dando leves inspiros e suspiros rápidos. Colocando uma mão em cada perna dele, e tentando olhar seu rosto que ainda permanecia escondido, eu digo, me contendo para não desabar junto com ele:

- Tiv, para com isso! Para de dizer bobagens! Você sabe que você não tem culpa! Para de se prender a isso, por favor!

- Eu me lembro bem... quando a gente era criança. Eu queria ser criança pra sempre. Era tudo tão inocente, tão... nós nascemos inocentes.

- Também queria ser criança pra sempre. Mas ninguém pode.

- Minha mente era limpa. Eu não pensava... as coisas que... penso hoje.

Ele, levanta o rosto devagar, e olha pra mim. Estava aflito, suas bochechas quase cor de sangue, alias todo seu rosto estava muito vermelho e seus olhos claros, tristes. As lágrimas molharam todo o seu rosto. Nem acredito. Ele esta aqui, chorando na minha frente. Quando sempre ria de mim quando me via chorar, ou simplesmente dizia que eu era fraca e vulneravel a qualquer coisa. Mas agora, ele esta chorando, e eu... seria incapaz de dizer essas coisas pra ele.

- O que você pensa hoje?

- Você não quer que eu diga.

- ...quero.

- ...

Ele não diz nada. Depois de um momento, por fim, ele diz:

- Nina! Porque? Porque teve que ser assim? Porque tudo a minha volta parece se voltar contra mim? Você... Geovanna! Quase que... – ele pega minha mão que estava na perna dele – quase que, você também estava naquele carro, aquele dia! Era pra você estar lá também!

- Mas eu não estava!

- Por mim você deveria estar! Eu queria que você fosse com a gente!

- Ai, Stiven! – eu solto a mão dele da minha, e de joelhos, o abraço. Ele permanecia apenas sentado.

- Aquilo aconteceu, porque... era destino! Tinha que ser daquele jeito! – minha fala sai chorosa. Ele me retribui o abraço, com muita intensidade. Estou com a cabeça encostada em sua barriga, ouço sua respiração tornar-se levemente calma agora.

- Você me perdoa?

- Eu não tenho nada pra perdoar!

- Diz que me perdoa!

- Sim! – digo, só para que ele se sinta melhor. Logo me sento na cama, ao lado dele. Ficamos ainda abraçados.

- Minha irmã! – eu escuto ele dizer, mas ele não disse pra mim, eu entendi que foi pra ele mesmo porque foi muito baixinho.

 

 

Já ta de manhã. Acordo toda com a luz do sol que invadia o quarto com a cortina da janela aberta. Dolorida, acho que dormi de mal jeito. Espera ai esse não é meu quarto. E quando me dou por mim, estava deitada no torax de Stiven. Me sento rápido. Não acredito que dormi aqui. Ele também acorda, colocando a mão direto na cabeça.

- Ai! Minha cabeça, vai explodir!

- O que aconteceu, Stiven? – digo, assustada.

- Como o que aconteceu? Você não se lembra?

- Eu me lembro de estar aqui, conversando com você, mas não me lembro de ter dormido aqui!

- Ta tudo bem! Você também queria! Eu usei proteção!

Eu arregalo meus olhos. Não, não é possivel. Eu quero gritaaaar. Me levanto rápido da cama.

- Espera ai, você, eu...

 

Ele começa a rir, de repente, se debruçando denovo na cama.

- Eu to zuando, meu! Não aconteceu nada! – ele continuava rindo.

- Seu idiota, você quer me matar do coração?

- Há, há, tudo que aconteceu foi que você adormeceu! Como não estava muito no meu, digamos, ‘natural’, simplesmente te deitei do meu lado e apaguei também. Foi só isso.

- Há, há – do um riso irônico – que engraçado! Idiota!

- Você sabe que eu não faria nada que você não quisesse! Mas, se você querer... você quer? – ele percorreu o olhar por meu corpo, parando por um longo momento em minhas pernas descobertas.

- Moleque pirado. – e saio. Tenho certeza que ele olhou pra minha bunda quando sai.

 

Depois, não parei de pensar, o que será que teria acontecido, se eu tivesse dito que sim?


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