I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 13
Capítulo 12 - Um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Fikei em dúvida se colocava o nome do episódio em inglês ou em português msm. Mas o nome ideal é esse.



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Passa um tempo, arrumo meu quarto, faço um café pra mim e para Stiven...

Eu estava no meu quarto, quando escutei a campainha tocar. Stiven estava no quarto dele, provavelmente se recuperando de sua ressaca.

Desço as escadas, abro a porta, era a nova vizinha. Ela tinha cara de ter uns 30 e poucos anos.

-         Oi! – ela diz dando um largo sorriso.

-         Oi! – digo, sorrindo de volta, com uma mão na porta.

-         Eu sou a nova vizinha! Me chamo Penelope.

-         Prazer! Eu sou a Geovanna! Entra!

-         Não, querida obrigada eu só vim pedir um favor.

-         Pode dizer.

-         Você mora com... seus pais né?

-         Bom... com a minha mãe e com o meu irmão. Mas a minha mãe não esta em casa, ela esta viajando.

-         Ah! Então amor, é... o meu filho, David! É que... ele não queria mudar, ficou muio triste com a mudança! Por isso, eu queria que ele fizesse amigos! Se você e o seu irmão puderem dar uma força...

-         Ah! – achei super esquisito. – Claro, claro que sim! Fala pra ele vir aqui, ele pode jogar um game com meu irmão.

-         Obrigada querida, adorei você! Obrigada mesmo!

-         De nada!

-         Eu vou tentar convence-lo a vir ta?

-         Ta bom! – quando ela acaba de virar as costas, eu fecho a porta e subo correndo, troco de roupa, coloco um shortinho preto com riscas de giz, um legging arrastão preto por baixo, e meu all star de sempre, cano alto preto e rosa. E uma blusa fina de manga cumprida preta, com as mangas vermelhas.

 

 

Vou até o quarto do Stiven, bato na porta, dizendo:

-         Stiven, abre a porta, teremos visitas!

-         Ah, não brinca!

-         É sério, pode saindo daí que eu disse que você também ia receber o garoto.

-         Receber o garoto? Que garoto?

-         O novo vizinho, um tal de... – ele abre a porta – David. – digo já olhando pra ele.

-         Como é que é? – ele pergunta. Estava descalço, com uma camisa preta e uma bermuda qualquer.

-         É isso mesmo! A mãe dele veio aqui, dizendo que quer muito que o filho dela faça amigos.

-         Há! Qual é a mãe que faz isso? Ela nem nos conhece!

-         É, mas ele vai vir, e você não vai me deixar sozinha com ele. – digo, dando as costas pra ele e indo em direção a escada.

-         Porra! Porque você me coloca nessas merdas? – ele reclama.

 

Desço, começo a preparar algo pra comer. Tinha passado um pouco do horario de almoço, mas nem eu e nem Stiven comemos nada de almoço, então faço uma lasanha. Que era uma das poucas coisas que eu sabia fazer.

Stiven desceu com raiva, sentando-se no sofá, de braços cruzados. Ele liga a tv.

-         Você ta pirando né sua doida, como que você aceita receber um desconhecido em casa?

Eu entro na sala, e digo:

-         Eu só quis ser gentil! Eu não poderia dizer que não!

-         Poderia sim! Eu diria.

 

A campainha toca. Deve ser ele. Tiv me olha com uma cara de tédio.

Vou até a porta, era ele mesmo. Eu digo:

-         Oi!

-         Oi! Minha mãe disse que a ... Geovanna estava querendo que eu viesse. É você?

-         ... Ér... é, sou eu mesma! Geovanna! Entra ai! – ele entra, estava com uma expressão  fechada, mas não podia negar: ele era muito lindo. Seus cabelos loiros, seus olhos claros, combinavam com as mechas castanho claro.

Ele caminhando ao meu lado, cabeça baixa, chegamos ao sofá, onde Stiven estava na maior folga, com os pés em cima da mesa de centro.

Eu limpo minha voz, ele nos olha. Os apresento, como se conhecesse David, mas tudo bem.

-         Stiven, David, David, Stiven.

Estou agora engolindo minha saliva. Espero mesmo que o Stiven o trate bem, mesmo sem nem eu e nem ele conhece-lo.

-         Ah, - Stiven tira os pés de cima da mesa de centro. – E ai meu?

-         O ... oi! – David responde, ele parecia estar totalmente sem graça.

-         Senta! Eu to fazendo uma lasanha. Você gosta né? – digo. Ele se senta ao lado de Stiven, estava totalmente desconfortavel.

-         Sim. Gosto muito. – sua voz era muito leve. Como de uma criança.

-         Que bom, já venho. Conversem! – digo, entrando na cozinha.

 

****

 

David da olhada disfarçada em Stiven, parecia muito desconcertado.

Stiven não dizia nada. Nem olhava pra ele. Apenas estava sério olhando a tv.

-         P... porque vocês me chamaram? – David pergunta, olhando agora firme para Stiven.

-         Como é?

-         Minha mãe disse que vocês queriam que eu viesse.

Stiven fica parado por um momento, e depois da uma gargalhada, colocando a mão no nariz.

-         Olha, eu acho que sua mãe mentiu pra você.

-         Mentiu? – David estava sem entender o motivo do riso de Stiven.

-         Há, olha segundo a minha irmãsinha, que é a Geovanna, só pra ficar claro, foi a sua mãe quem veio aqui pedir para que nós fossemos seus amigos. Não fomos nós quem nos oferecemos. – diz ainda entre risos.

David se sentiu completamente estranho, um entruso. Não acreditava que sua mãe havia feito tal coisa.

-         Eu... já entendi! – ele diz se levantando. Nesse momento, Geovanna entra.

 

 

 

Eu não estava entendendo muito bem, mas vi David se aproximando da porta de saida.

-         Ei! – digo, indo até ele. – O que houve?

-         Não, eu – ele diz, embaraçado, olhando pra baixo. – É que eu tenho que ir.

-         Porque? – digo depois de passar um olhar para Stiven. – O que aconteceu?

-         Não, eu só tenho que ir.

-         Não! Fique. Eu... quero que coma com a gente. Daqui a pouco sai o almoço.

-         Mas...

-         Por favor. Foi alguma coisa, que o Stiven falou? – digo, olhando para o Stiven.

-         Eu não fiz nada.- Diz o Stiven com cara de inocente. - Ele apenas achava que nós o tinhamos convidado. Quando na verdade foi a mãe dele quem veio falar para que fizessemos isso. Foi só isso que eu disse. – fazendo-se inocente.

-         Não. Não foi assim. – digo olhando para Stiven, e agora olhando para David, digo:

-         A sua mãe, realmente veio. Mas... ela só disse que você estava... entediado, e que precisava fazer amigos. Ai, eu falei para que ela te chamasse. Eu convidei você.

-         Ah, é... sério? – agora tenho certeza. Ele é suuuper timido.

-         Sim. E olha, não ligue para o que o meu irmão diz, as vezes ele é meio pirado.

David da um breve riso. Acabo o convencendo de ficar.

 

Por fim, David acaba se abrindo um pouco com a gente, e em alguns momentos, Stiven e ele riram juntos. Comemos juntos, nós três. Conversamos pra caramba, ele contou que nunca foi fácil fazer amigos. As pessoas sempre o mantinham isolado. E disse também que estava muito nervoso em saber que teria que enfrentar um novo colégio bem no meio do semestre. Perguntamos em qual colégio ele vai estudar, ele diz que não sabe. Ele tem 17 anos.

O tempo vai passando, vamos para o quarto do Stiven, ficamos um tempão jogando video-game. Quando da mais ou menos seis da tarde, ele vai embora. Ele é um garoto legal. Mas, uma coisa eu percebi nele.

Ele não desgrudava os olhos do Stiven. E algumas coisas que o Stiven dizia, o deixava literalmente vermelho! Qual será que é a desse garoto?


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