I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 11
Capítulo 10 - Êxodo




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Depois de tudo, subo pro meu quarto. Minha tosse esta me deixando irritada. Será que vou pegar um resfriado? Seco meu cabelo, e me jogo na minha cama. Minha cabeça esta girando, as cenas de tudo que aconteceu desde a chuva, desde o terror que passei com aqueles caras, desde a hora em que o meu salvador chegou, desde a hora do chuveiro, do modo com qual meu irmão me olhava, e o modo com com o qual ele me tocava... até tudo ter passado.

O telefone toca. Atendo, era o Frank. Não, não era o que conheci hoje, e sim o meu amigo de anos.

 

- Nina! Eu, queria saber como você esta!

- Ah, estou bem! Agora.

- Bom... agora? – ele se toca.

- É uma longa história! Depois eu te conto!

- Ta!

- Frank, você tem estado meio distante mesmo! Porque?

- Nada, Geovanna, não to não!

Não digo nada, escuto ele dizer meu nome, mas interrompo, ouvindo alguém bater na porta do meu quarto, espera ai bater? O Stiven batendo na porta? Nem acredito.

- Depois a gente se fala ta Frank, tchau! – digo me levantando, desligando o telefone.

 

Vou até a porta, mordendo institivamente meu lábio inferior, mas doi minha boca, que ainda ta machucada.

Abro a porta, o Stiven estava com uma expressão nada reconhecivel.

- Você ta bem?- foi a primeira coisa que ele disse.

- To! To bem sim! – digo, andando meio mancando ainda. Me virando pra lá. Nem consigo olhar pra ele.

Ele limpa a garganta um instante, e diz:

- A mamãe mandou outra mensagem no meu celular.

- Mandou? – digo me virando pra ele novamente.

- Aham, disse que liga amanhã e que ta morrendo de saudades de você.

- Ok. Também estou. – digo baixinho, num tom meio triste.

Percebo ele fechar a expressão, e dizer:

- É... ruim ficar, sozinha nessa casa comigo né?

Eu olho pra ele, e acenando negativamente com a cabeça, digo:

- Não! Não foi isso que eu quis dizer!

- Sei.

- Stiven.

- Geovanna.

- Ai. – digo num tom suspirado, me sentando na cama de cabeça baixa.

- Você deve estar se perguntando o que eu to fazendo aqui né, já que te incomodo tanto.

- Senta, senta do meu lado. – digo batendo na cama, como sinal pra que ele sentasse.

Ele chega, com as mãos no bolso, senta na minha frente, e diz:

- Eu quero saber o que foi que aconteceu com você hoje. E não minta.

 

Eu conto pra ele tudo que aconteceu. Ele riu quando falei do Frank. Por um instante pensei em duas coisas: ou ele não acreditou ou ele ficou com inveja.

 

Já eram 15 h. Os vizinhos da casa da frente se mudaram vai fazer uma semana. E vejo um barulho de caminhão aqui na frente. Olho na janela, eram os novos vizinhos chegando. Entre eles estavam uma mulher, um homem e um garoto, tipo da idade do Stiven assim.

Ele era branquinho, ao longe vi o claro castanho dos seus olhos. O cabelo dele tinha lindas madeixas loiras, misturadas com um castanho claro. Não posso negar que ele era um gatinho. E meu, parece que a janela do quarto do meu irmão fica bem a frente há um dos quartos da casa. Espero que não sejam vizinhos curiosos, porque ver o quarto do meu irmão de lá e idem é muito fácil.

Mas não me interessa. Volto a me deitar. A chuva já não estava, e o tempo estava um frio suportável. Fecho os olhos. Tiro minha jaqueta do agasalho, fico com uma baby-look curta.

 

O tempo passa, acho incrivel o Stiven estar em casa. Ele não saiu... bom ainda. É incrivel o quanto ele tem estado estranho ultimamente. Um flash-back invade subitamente minha mente. Será que... será que o Stiven... não, não espera, não pode ser. Mas o que aconteceu hoje me deixou chocada. Literalmente. E eu... não sei o que sinto.

 

Meu irmão e eu não nos falamos mais, ele passou a resto da tarde ouvindo j-rock pesado.

Estava anoitecendo, desço pra preparar um lanche, como o meu e levo o do Stiven no quarto dele. Bato na porta mil vezes, abro a porta, ele estava deitado sem camisa, o som estava muito alto.

- Tiv?

Ele nem abre os olhos.

- Tiv? – vendo que era inutil, eu chego até o som dele, e pauso a musica, ele abre os olhos na hora, dizendo:

- Geovanna! O que você ta fazendo aqui, porque fez isso?

- Eu te chamei mil vezes você não escuta!

- Isso se chama invasão de privacidade.

- Você não ta com fome? – digo, mostrando o prato.

- To! Da aqui! Valeu! – ele pega o prato de mim, cruzando as pernas na cama, e depois diz:

- Agora, pode ser retirar! – fazendo um gesto com a mão pra que eu saisse. Parece que o Stiven ignorante tinha voltado.

- Ta me espussando é?

- Não exatamente! – ele diz dando uma mordida no sanduiche.

- Argh! – saio reclamando. Vou pro meu quarto, minha mãe liga, conversamos um bom tempo. Ela diz que ainda não sabe quando vai voltar, seus planos mudam toda hora, mas provavelmente na segunda, e hoje é sexta. Não conto nada sobre o que me aconteceu. Não queria preocupa-la. Talvez quando ela voltar eu conto.

 

Visto uma regata azul-bebê e um shortinho curtissimo branco. E vou dormir. O Stiven não saiu mesmo, ficou o tempo todo ouvindo musica. Eram quase uma da manhã, quando levantei no meio da noite, pra tomar uma agua. Ele ainda ouvia musica, mas o som não estava mais tão alto. Mesmo assim, isso deve incomodar os vizinhos.

- Stiven! – grito batendo na porta.

- Que? – ele responde com uma voz meio enrolada.

- O que você ta fazendo? Não vai dormir não?

- Só se for com você! – a voz dele estava esquisita.

- Que engraçado!

- Entra ai, Geovanna, me ajuda a dormir, acho que to com insônia.

- Sonha que eu vo fazer isso!

- Você sempre diz isso! Entra ai Geovanna, por favor!


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