Uma Marota Sonserina.. escrita por katrinelestrange


Capítulo 6
Plano em ação:Completando a parte A




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O vapor saia da chaminé da locomotiva em gordas nuvens; o trem começara a se mexer.Katrine  teria que ficar sem Draco para poder fazer o que se propusera a fazer sem ele por perto.Só havia uma cabine vazia e esta tinha apenas um ocupante, um homem que estava ferrado no sono ao lado da janela. O estranho usava um conjunto de vestes de bruxo extremamente surradas e cerzidas em vários lugares. Parecia doente e cansado. Embora fosse jovem, seus cabelos castanho-claros estavam salpicados de fios brancos.Ela sentou-se , não se passou nem um minuto e ela ouviu a porta da cabine novamente.O s três jovens olharam para dentro da cabine estáticos.

— Quem vocês acham que  são eles? — sibilou Rony  automaticamente.

— Este ao que se parece é o professor J.R.Lupin e  eu sou Katrine vim transferida de Durmstrang — disse Katrine  na mesma hora.

— Como é que você sabe?

— O dele está na maleta  e eu acho que deveria saber meu próprio nome! — respondeu a menina, apontando para o bagageiro acima da cabeça do homem, onde havia uma maleta gasta e amarrada com vários fios de barbante caprichosamente trançados. O nome Profº. R. J. Lupin estava estampado a um canto em letras descascadas.

-Eu sou Rony,está é Hermione e este Harry.

-Prazer.

— Que será que ele ensina? — perguntou Rony, amarrando a cara para o perfil pálido do homem.

— É óbvio — sussurrou Hermione. — Só existe uma vaga, não é? Defesa contra as Artes das Trevas.

Harry, Rony e Hermione já tinham tido dois professores nessa matéria, e ambos só duraram um ano letivo. Corriam boatos de que o cargo estava enfeitiçado.

— Bem, espero que ele esteja à altura — disse Rony em tom de dúvida. — Dá a impressão de que um bom feitiço acabaria com ele de vez, não acham? Em todo o caso... — Rony virou-se para Harry.

— Que é que você ia nos dizer?

-Agora não Rony – disse ele apontando a cabeça na direção de Katrine.

-Não seja por isso , podem conversar a vontade, vou dar uma volta.Mas não deixem ninguém pegar o meu lugar ok?!

Katrine saiu passeando pelo trem observando cada cabine tentando encontra-lo.Não demorou muito o achou.Mas como vou fazer para entrar ali?, pensou a menina.Então Katrine se apoiou com toda força na porta da cabine em frente e se jogou porta a dentro.Quem viu de dentro achou que a menina tinha levado um baita tombo.

-Oi , você está bem ?!-disse um rapaz ruivo ajudando ela a se levantar.

-Estou.-disse ela levantando os olhos.Nesse momento o rapaz deu um sorriso.

-Você tem um problema serio com tombos , não?

-Acho que sim – respondeu Katrine –Não sabia que você estudava em Hogwarts.

-E nem eu que você viria pra cá.Esse é o meu irmão George.

-Oi George.E eu vim transferida de Durmstrang.

-Mas Durmstrang não é uma escola só par rapazes?

-Não necessariamente .É que toda a minha família do lado paterno estudou lá e Igor considerou isso como um favor pessoal ao meu pai.

Katrine passou um bom tempo conversando com eles na cabine .

-Meninos foi um prazer encontrar com vocês , mas receio ter que ir .Daqui a pouco já chegamos a Hogwarts e eu tenho que me trocar .Vocês deveriam fazer o mesmo.

Katrine saiu da cabine voltando para sua cabine inicial.

-Já posso entrar – disse com a cabeça para dentro da cabine.

-Claro que sim –disse Harry.

O Expresso de Hogwarts rodava numa velocidade constante para o norte e o cenário à janela ia se tornando cada vez mais bravio e escuro enquanto as nuvens, no alto, se avolumavam. Estudantes passavam pela porta da cabine correndo para cima e para baixo. Bichento agora se acomodara ,no colo de Hermione  a cara amassada virada para Rony, os olhos amarelos cravados no bolso do peito dele.

Á uma hora, a bruxa gorducha com o carrinho de comida chegou à porta da cabine.

— Vocês acham que a gente devia acordar o professor? — perguntou Katrine  sem graça, indicando Lupin com a cabeça. — Ele está com cara de quem podia comer alguma coisa.

Hermione se aproximou cautelosamente do homem.

— Hum... Professor? Com licença, professor?

O homem não se mexeu.

— Não se preocupe, querida — disse a bruxa entregando a Katrine  uma montanha de bolos de caldeirão. — Se ele tiver fome quando acordar, vou estar lá na frente com o maquinista.

— Suponho que ele esteja dormindo — disse Rony baixinho quando a bruxa fechou a porta da cabine. — Quero dizer: ele não morreu, não é?

— Não, está respirando — sussurrou Hermione, pegando o bolo de caldeirão que Harry lhe passava.

Talvez o Profº. Lupin não fosse uma ótima companhia, mas sua presença na cabine dos garotos tinha suas vantagens. No meio da tarde, bem na hora em que a chuva começou a cair, embaçando os contornos das colinas ondulantes por que passavam, os meninos ouviram novamente passos no corredor, e surgiram à porta as três pessoas que eles menos gostavam no mundo: Draco Malfoy, ladeado pelos seus asseclas, Vicente Crabbe e Gregório Goyle.

Draco Malfoy e Harry eram inimigos desde que se encontraram na primeira viagem de trem para Hogwarts. Malfoy, que tinha uma cara desdenhosa, pálida e pontuda, era aluno da Sonserina; jogava como apanhador no time de sua casa, a mesma posição de Harry no time da Grifinória. Crabbe e Goyle pareciam existir para fazer o que Draco mandava. Eram grandes e musculosos; Crabbe, mais alto, tinha um pescoço muito grosso e um corte de cabelos de cuia; os cabelos de Goyle eram curtos e espetados, e seus braços compridos como os de um gorila.

— Ora! vejam só quem está aqui — disse Draco naquela sua voz arrastada, abrindo a porta da cabina , Potinha e Fuinha.

Crabbe e Goyle riram feito trasgos.

— Ouvi dizer que seu pai finalmente pôs as mãos no ouro neste verão — disse Malfoy. — Sua mãe não morreu do choque?

Rony se levantou tão depressa que derrubou a cesta de Bichento no chão. O Profº. Lupin soltou um pequeno ronco.

— Quem é esse ai? — perguntou Draco, dando automaticamente um passo atrás, ao ver Lupin.

— Professor novo — disse Harry que se levantou também, caso precisasse segurar Rony. — Que é que você ia dizendo mesmo, Draco?

Os olhos muito claros do menino se estreitaram; ele não era bobo de puxar uma briga bem debaixo do nariz de um professor.

— Vamos — murmurou Draco, contrariado, para Crabbe e Coyle, e os três sumiram.

Harry e Rony tornaram a se sentar, Rony massageando os nós dos dedos.

— Não vou aturar nenhum desaforo de Draco este ano — disse cheio de raiva. — Estou falando sério. Se ele disser mais uma piadinha sobre a minha família, vou agarrar a cabeça dele e...

Rony fez um gesto violento no ar.

— Rony — sibilou Katrine, apontando para o Profº. Lupin —, cuidado...

Mas o Profº. Lupin continuava ferrado no sono.

A chuva engrossava à medida que o trem avançava mais para o norte; as janelas agora iam se tornando um cinza sólido e tremeluzente, que gradualmente escureceu até as lanternas se acenderem nos corredores e por cima dos bagageiros. O trem sacolejava, a chuva fustigava, o vento rugia, mas, ainda assim, o Profº. Lupin continuava adormecido.

— Devemos estar quase chegando — disse Rony, curvando-se para frente para olhar, além do professor, a janela agora completamente escura.

Nem bem essas palavras tinham saído de sua boca e o trem começou a reduzir a velocidade.

— Legal — exclamou Rony, levantando-se e passando com todo o cuidado pelo Profº. Lupin para tentar ver lá fora. — Estou morrendo de fome. Quero chegar logo para o banquete...

— Nós ainda não chegamos — disse Hermione, consultando o relógio.  

-Então por que estamos parando?-perguntou Katrine.

O trem foi rodando cada vez mais lentamente. Quando o ronco dos pistôes parou, o barulho do vento e da chuva de encontro às janelas pareceu mais forte que nunca.

Harry, que estava mais próximo da porta, levantou-se para espiar o corredor. Por todo o carro, cabeças, curiosas, surgiram à porta das cabines.

O trem parou completamente com um tranco, e baques e pancadas distantes sinalizaram que as malas tinham despencado dos bagageiros. Em seguida, sem aviso, todas as luzes se apagaram e eles mergulharam em total escuridão.

— Que é que está acontecendo? — ouviu-se a voz de Katrine às costas de Harry.

— Ai! — exclamou Hermione. — Rony, isto é o meu pé!

Harry voltou ao seu lugar, às apalpadelas.

— Vocês acham que o trem enguiçou?-perguntou Katrine.

— Não sei...

Ouviu-se um barulho de pano esfregando vidro e Katrine viu os contornos difusos de Rony desembaçando um pedaço da vidraça da janela para espiar.

— Tem uma coisa se mexendo lá fora — disse ele. — Acho que está embarcando gente no trem...

A porta da cabine se abriu repentinamente e alguém caiu por cima das pernas de Harry, machucando-o.

— Desculpe... Você sabe o que está acontecendo?... Ai... Desculpe...

— Ai, Neville — disse Harry tateando no escuro e levantando o colega pela capa.

— Harry? É você? Que é que está acontecendo?

— Não tenho idéia... Senta...

Ouviu-se um sibilo forte e um ganido de dor; Neville tentara se sentar em cima do Bichento.

— Vou perguntar ao maquinista o que está acontecendo — ouviu-se a voz de Hermione. Harry sentiu a amiga passar por ele, ouviu a porta deslizar, e em seguida um baque e dois berros de dor.

— Quem é?

— Quem é?

— Gina?

— Mione?

— Que é que você está fazendo?

— Estava procurando o Rony!

— Entra aqui e senta...

— Aqui não! — disse Katrine depressa. — Eu estou aqui!

-Quem é essa ?!-perguntou Gina

-Aluna nova – respondeu Harry.

— Ai! — disse Neville.

— Silêncio! — ordenou uma voz rouca, de repente.

O Profº. Lupin parecia ter finalmente acordado. Katrine ouviu movimentos no canto em que ele estava. Ninguém disse nada.

Seguiu-se um estalinho e uma luz trêmula inundou a cabine. Pelo que viam, o professor estava empunhando um feixe de chamas. Elas iluminavam um rosto cansado e cinzento, mas seus olhos tinham uma expressão alerta e cautelosa.

— Fiquem onde estão — disse com a mesma voz rouca, e começou a se levantar lentamente segurando as chamas à sua frente.

Mas a porta se abriu antes que Lupin pudesse alcançá-la.

Parado à porta, iluminado pelas chamas trêmulas na mão do professor, havia um vulto de capa que alcançava o teto. Seu rosto estava completamente oculto por um capuz. Harry  baixou os olhos depressa, e o que ele viu provocou uma contração em seu estômago. Havia uma mão saindo da capa e ela brilhava, um brilho cinzento, de aparência viscosa e coberta de feridas, como uma coisa morta que se decompusera na água...

Mas foi visível apenas por uma fração de segundo. Como se a criatura sob a capa percebesse o olhar de Harry, a mão foi repentinamente ocultada nas dobras da capa preta.

E então a coisa encapuzada, fosse o que fosse, inspirou longa e lentamente, uma inspiração ruidosa, como se estivesse tentando inspirar mais do que o ar à sua volta.

Um frio intenso atingiu todos os presentes. Harry sentiu a própria respiração entalar no peito. O frio penetrou mais fundo em sua pele. Chegou ao fundo do peito, ao seu próprio coração...

Os olhos de Harry giraram nas órbitas. Ele não conseguiu ver mais nada. Estava se afogando no frio. Sentia um farfalhar nos ouvidos que lembrava água correndo. Estava sendo puxado para o fundo, o farfalhar aumentou para um ronco que aumentava...

Então, vindos de muito longe, ouviu gritos, terríveis, apavorados, suplicantes. Ele queria ajudar quem gritava, tentou mexer os braços, mas não conseguiu... Um nevoeiro claro e denso rodopiava à volta dele, dentro dele...Só ouviu uma voz ...Bem ao longe .

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— Harry! Harry! Você está bem?-perguntava Katrine.

Alguém batia no seu rosto.

-Q... Quê?

Harry abriu os olhos; havia lanternas no alto e o chão sacudia.

— O Expresso de Hogwarts recomeçara a andar e as luzes tinham voltado. Aparentemente ele escorregara do assento para o chão.

Katrine  e Hermione estavam ajoelhados ao seu lado, e acima delas  ele viu que Neville,Ron e o professor o observavam. Harry se sentiu muito doente; quando ergueu a mão para ajeitar os óculos no nariz, sentiu um suor frio no rosto.

Katrine  e Hermione puxaram-no para cima do assento.

— Você está bem? — perguntou Katrine, nervosa.

— Estou — disse Harry, olhando depressa para a porta. A criatura encapuzada desaparecera. — Que aconteceu? Onde está aquela... Aquela coisa? Quem gritou?

— Ninguém gritou — disse Katrine, ainda mais nervoso.

Harry olhou para todos os lados da cabine iluminada. Gina e Neville retribuíram seu olhar, ambos muito pálidos.

— Mas eu ouvi gritos...

Um forte estalo assustou os meninos. O Profº. Lupin partia em pedaços uma enorme barra de chocolate.

— Tome — disse a Harry, oferecendo-lhe um pedaço particularmente avantajado. — Coma. Vai fazer você se sentir melhor.

Harry apanhou o chocolate, mas não o comeu.

— Que era aquela coisa? — perguntou a Lupin.

— Um dementador — respondeu Lupin, que agora distribuía o chocolate para todos. — Um dos dementadores de Azkaban.

Todos o olharam espantados. O professor amassou a embalagem vazia de chocolate e meteu-a no bolso.

— Coma — insistiu. — Vai lhe fazer bem. Preciso falar com o maquinista, me dêem licença...

Ele passou por Harry e desapareceu no corredor.

— Você tem certeza de que está bem? — perguntou Katrine, observando-o com ansiedade.

— Não entendo... Que foi que aconteceu? — perguntou Harry, enxugando mais suor do rosto.

— Bem... O dementador... Ficou parado ali olhando, quero dizer, acho que foi, não pude ver o rosto dele... E você...

— Pensei que você estava tendo um acesso ou coisa parecida — disse Rony, que conservava no rosto uma expressão de pavor — Você ficou todo duro, escorregou do assento e começou a se contorcer...

— E o Profº. Lupin  e a  saltou  por cima de você, foi ao encontro do dementador, puxou  a varinha — contou Hermione — e disse: "Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa. Vá." — Mas o dementador não se mexeu, então Lupin e Katrine apontaram as varinhas e  murmuraram  alguma coisa e da varinha de cada saiu um raio prateado contra a coisa, e ela deu as costas e se afastou como se deslizasse...

Harry olhou para Katrine.

-É um feitiço muito simples na verdade aprendi no meu primeiro ano em Durmstrang , se chama expecto patrono.Vocês ainda não aprenderam?!

-Não-disseram todos em uníssono.

— Foi horrível — disse Neville numa voz mais alta do que de costume. — Vocês sentiram como ficou frio quando ele entrou?

— Eu me senti esquisito — disse Rony, sacudindo os ombros, desconfortável. — Como se eu nunca mais fosse sentir alegria na vida...

Gina, que se encolhera a um canto parecendo quase tão mal quanto Harry, deu um solucinho; Hermione aproximou-se e passou um braço pelas costas da menina para consolá-la.

— Mas nenhum de vocês caiu do assento? — perguntou Harry sem graça.

— Não — disse Rony, olhando para Harry, ansioso, outra vez. — Mas Gina tremia feito louca...

Harry não entendeu. Sentia-se fraco e cheio de arrepios, como se estivesse se recuperando de uma gripe muito forte; começava também a sentir um início de vergonha. Por que desmaiara daquele jeito, quando mais ninguém desmaiara?

O Profº. Lupin voltou. Parou ao entrar, olhando para todos e disse, com um leve sorriso:

— Eu não envenenei o chocolate, sabem...

Harry deu uma dentada e, para sua grande surpresa, sentiu de repente um calor se espalhar até as pontas dos dedos dos pés e das mãos.

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de dez minutos — disse o Profº. Lupin. — Você está bem, Harry?

O menino não perguntou como é que o professor sabia seu nome.

— Muito bem — murmurou ele, constrangido.

Ninguém falou muito durante o resto da viagem. Por fim, o trem parou na estação de Hogsmeade e houve uma grande correria para desembarcar; corujas piavam, gatos miavam e o sapo de estimação de Neville coaxou alto debaixo do chapéu do seu dono. Estava frio demais na minúscula plataforma; a chuva descia em cortinas geladas.

— Alunos do primeiro ano por aqui! — chamou uma voz conhecida. Harry, Rony  Hermione e Katrine se viraram e depararam com o vulto gigantesco de Hagrid, no outro extremo da plataforma, fazendo sinal para os novos alunos, aterrorizados, se aproximarem para a tradicional travessia do lago.

— Tudo bem, com vocês ? — gritou Hagrid sobre as cabeças dos alunos aglomerados. Eles acenaram para o guarda-caça, mas não tiveram chance de lhe falar porque a massa de alunos em volta deles os empurrava na direção oposta.

Harry, Rony ,Hermione  e  Katrine acompanharam o resto da escola pela plataforma e desceram para uma trilha enlameada, cheia de altos e baixos, onde no mínimo uns cem coches os aguardavam, cada qual puxado por testrálios, viu Katrine sorrindo,porque os garotos embarcaram em um, fecharam a porta e o veículo saiu andando, aos trancos e balanços, formando um cortejo.

O coche cheirava levemente a mofo e palha. Harry se sentia melhor desde o chocolate, mas continuava fraco. Rony e Hermione não paravam de lhe lançar olhares de esguelha, como se temessem que ele pudesse desmaiar outra vez.

Quando o coche foi se aproximando de um magnífico portão de ferro forjado, ladeado por colunas de pedra com javalis alados no alto, Harry viu mais dois dementadores encapuzados montando guarda dos lados do portão. Uma onda de náusea e frio tornou a invadi-lo; ele se recostou no banco encalombado e fechou os olhos até atravessarem a entrada. O coche ganhou velocidade no caminho longo e inclinado até o castelo; Katrine  se debruçou pela janelinha, espiando as muitas torrinhas e torres que se aproximavam. Por fim, o coche parou balançando, e eles desceram.

Quando Harry ia descendo, uma voz arrastada e satisfeita chegou aos seus ouvidos.

— Você desmaiou, Potter? Longbottom está falando a verdade? Desmaiou mesmo, é?

Draco passou por Hermione acotovelando-a, para impedir Harry de subir as escadas de pedra do castelo, o rosto jubilante e os olhos claros brilhando de malícia.

— Se manda, Malfoy — disse Rony, cujos maxilares estavam cerrados.

— Você também desmaiou, Weasley? — perguntou Draco em voz alta. — O velho dementador apavorante também o assustou, Weasley?

— Algum problema? — perguntou uma voz suave, O Profº. Lupin acabara de desembarcar do coche seguinte.

Malfoy lançou ao Profº. Lupin um olhar insolente, que registrou os remendos em suas vestes e a mala surrada. Com uma sugestão de sarcasmo na voz, ele respondeu:

— Ah, não... Hum... Professor — depois fez cara de riso para Crabbe e Goyle, e subiu com os dois as escadas do castelo.

Hermione bateu nas costas de Rony para apressá-lo, e os três se reuniram aos muitos alunos que enchiam as escadas,já Katrine foi levada pelo professor Lupin a tradicional sala de espera para a seleção.

Não demorou muito e ela foi chamada. Havia um mar de chapéus cônicos e pretos; cada uma das compridas mesas das casas estava lotada de estudantes, os rostos iluminados por milhares de velas que flutuavam no ar, acima das mesas.Quando sentou-se no banquinho viu de relance a mesa da griffinoria.Harry não estava lá .Mais seus olhos bateram em Fred Weasley, ele não estava sorrindo.Estava com o rosto serio  , Katrine sentiu seu estomago revirar e nem prestou atenção quando o chapéu a colocou na Sonserina .A mesa da Sonserina explodiu em vivas , Katrine se viu carregada para lá por Draco e seus amigos.Sentou-se nesse momento viu que Fred a olhou com uma expressão triste.

O Profº. Flitwick, que era um bruxo franzino de cabeleira branca, carregava um chapéu antigo e um banquinho de três pernas para fora da sala.

— Ah — comentou Hermione em voz baixa —, perdemos a cerimônia da seleção!

-E a Katrine ?Para qual casa ela foi?!

-Sonserina –disse Fred.

-Estranho se não fosse –disse Longbotton –Ela é uma Lestrange.

O professor Dumbledore  se levantou.O Profº. Dumbledore, embora muito velho, sempre dava uma impressão de grande energia. Tinha alguns palmos de cabelos e barbas prateados, óculos de meia-lua e um nariz muito torto. Em geral era descrito como o maior bruxo da era atual, mas não era esta a razão por que Harry o respeitava. Não era possível deixar de confiar em Alvo Dumbledore, e quando Harry o contemplou sorrindo radiante para os alunos à sua volta, sentiu-se calmo, pela primeira vez, desde que o dementador entrara na cabine do trem.

— Sejam bem-vindos! — começou Dumbledore, a luz das velas tremeluzindo em suas barbas. — Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a dizer a todos, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes que vocês fiquem tontos com esse excelente banquete...

O diretor pigarreou e prosseguiu:

— Como vocês todos perceberam, depois da busca que houve no Expresso de Hogwarts, a nossa escola passou a hospedar alguns dementadores de Azkaban, que vieram cumprir ordens do Ministério da Magia.

Ele fez uma pausa e Harry se lembrou do que o Sr. Weasley comentara sobre a insatisfação de Dumbledore quanto ao fato de os dementadores estarem montando guarda na escola.

— Eles estão postados em cada entrada da propriedade e, enquanto estiverem conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Os dementadores não se deixam enganar por truques nem disfarces, nem mesmo por capas de invisibilidade — acrescentou ele brandamente, e Harry e Rony se entreolharam. — Não faz parte da natureza deles entender súplicas nem desculpas. Portanto, aviso a todos e a cada um em particular, para não darem a esses guardas razão para lhes fazerem mal. Apelo aos monitores, e ao nosso monitor e monitora chefes, para que se certifiquem de que nenhum aluno entre em conflito com os dementadores.

Percy, que estava sentado a algumas cadeiras de distância de Harry, estufou o peito outra vez e olhou à volta cheio de importância.

Dumbledore fez nova pausa; percorreu o salão com um olhar muito sério mas ninguém se mexeu nem emitiu som algum.

— Agora, falando de coisas mais agradáveis — continuou ele —, tenho o prazer de dar as boas-vindas a dois novos professores e uma aluna este ano . Primeiro, o Profº. Lupin, que teve a bondade de aceitar ocupar a vaga de professor de Defesa contra as Artes das Trevas.

Ouviram-se algumas palmas dispersas e pouco entusiásticas.

Somente os que tinham estado na cabine de trem com o novo professor bateram palmas animados, Katrine  entre eles. Lupin parecia particularmente mal vestido ao lado dos outros professores que trajavam suas melhores vestes.

— Olha a cara do Snape! — sibilou Rony ao ouvido de Harry.

O olhar do Profº. Snape, mestre de Poções, passou pelos professores que ocupavam a mesa e se deteve em Lupin. Era fato sabido que Snape queria o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas, mas até Harry, que o detestava, se surpreendeu com a expressão que deformou o seu rosto macilento. Era mais do que raiva: era desprezo. Harry conhecia aquela expressão bem demais; era a que Snape usava sempre que o avistava.

— Quanto ao nosso segundo contratado — continuou Dumbledore quando cessavam as palmas mornas para o Profº. Lupin. — Bem, lamento informar que o Profº. Ketrleburn, que ensinava Trato das Criaturas Mágicas, aposentou-se no fim do ano passado para poder aproveitar melhor os membros que ainda lhe restam. Contudo, tenho o prazer de informar que o seu cargo será preenchido por ninguém menos que Rúbeo Hagrid, que concordou em acrescentar essa responsabilidade docente às suas tarefas de guarda-caça.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam, estupefatos. Em seguida acompanharam os aplausos, que foram tumultuosos principalmente à mesa da Grifinória. Harry se esticou para frente para ver Hagrid, que tinha o rosto vermelho-rubi, os olhos postos nas mãos enormes, e o sorriso largo escondido no emaranhado de sua barba escura.

— Nós devíamos ter adivinhado! — berrou Rony, dando socos na mesa. — Quem mais teria nos mandado comprar um livro que morde?

Os três garotos foram os últimos a parar de aplaudir e quando o Profº. Dumbledore recomeçou a falar, eles viram que Hagrid estava enxugando os olhos na toalha da mesa.

—E devemos também dar as boas vindas a srta.Katrine Rosier Black Lestrange  que veio transferida de Durmstrang . Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa!

As travessas e taças de ouro diante das pessoas se encheram inesperadamente de comida e bebida. Harry, de repente faminto, se serviu de tudo que conseguiu alcançar e começou a comer.

-Até que não foi de todo ruim –disse Hermione-Agora pelo menos a Sonserina tem uma aluna bonita.

Os demais concordaram.Foi um banquete delicioso; o salão ecoava as conversas, os risos e o tilintar de talheresFinalmente, quando os últimos pedaços deliciosos de torta de abóbora tinham desaparecido das travessas de ouro, Dumbledore anunciou que era hora de todos se recolherem .

Harry , Rony e Hermione pararam para falar com Katrine.

-E ai, gostou de ir para Sonserina?-perguntou Hermione .

-Fazer o que , ninguém pode ser perfeita não é ?!-disse a menina rindo.-Eu tenho que ir pois ainda não sei a senha mas podemos nos ver amanhã?

-Sim – disse Harry.

— Ah, não! — exclamou Neville Longbottom com tristeza.Ao se aproximar deles , após a menina se retirar .-Vocês não vão me dizer que vocês também são amigos dela?Ela não presta , a família dela não presta , vocês não podem ser amigos dela .

-Neville me desculpe mas você nem a conhece – disse Harry .

-Nem você Harry , nem você.-disse Neville se retirando.


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Notas finais do capítulo

O nEVILLE TÁ TRISTINHO TÁ ...AH BOBINHO FICA ASSIM NÃO!



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