Fantasia escrita por Suzana San


Capítulo 21
Capítulo 14 – Quando o Coração Fala (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Ohayooooo!!! FELIZ PÁSCOA!!! :D como estão todos vocês? Espero que tenham tido uma boa semana. ^^ Antes de qualquer coisa, eu gostaria de dar um aviso: estou com uma viagem prevista para a semana que vem. Nada está definido com certeza, então existe a possibilidade dela não acontecer. Em todo o caso, se eu não postar no próximo sábado, vocês já sabem o que aconteceu ehehe. Vou tentar postar o mais rápido que eu puder, ok? ^^ Bom, espero que vocês gostem de ler este capítulo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo. ;) Um beijo beeeeeeem grande para todos vocês! Aproveitem a páscoa! :D Só não comam chocolate demais. xD Até o próximo capítulo! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278734/chapter/21

Capítulo 14 – Quando o Coração Fala (Parte II)

Viva intensamente cada minuto ao lado dele.

(Miko do templo Kokoro)

O céu já estava alaranjado por causa do pôr do sol. Keiko estava sentada numa cadeira, exausta, pois passara a tarde inteira tentando se equilibrar na moto. No final das contas, desistira de aprender a pilotar motos e se conformara em dirigir automóveis, apenas.

Kakashi, por sua vez, surpreendera a todos. Em pouco tempo, ele já estava pilotando como se fizesse aquilo há anos. Nenhum cone derrubado nas manobras e nenhuma arrancada brusca ou freio desnecessário. Ele não havia encostado o pé no chão na hora errada e nem deixara o motor da moto morrer.

Keiko não sabia por que estava surpresa. No fundo, ela já imaginava que ele seria um exímio piloto, afinal, tinha todas as qualidades necessárias para isso: agilidade, equilíbrio, reflexos rápidos e um bom raciocínio. Não era à toa que era da elite ninja de Konoha.

Ela suspirou e olhou as horas no relógio do celular. Já fazia mais de uma hora que Kakashi havia saído com o instrutor para fazer o treinamento de pilotagem no trânsito. Estava sentada na recepção da escola, enquanto Tetsuo cochilava, debruçado no balcão.

Tudo estava tão monótono que ela chegou a sentir vontade de cochilar também. Porém, o seu celular vibrou, despertando-a. Era uma mensagem de Aki.

_____

De: HirokiAki

Para: Watanabe Keiko

E aí, já agarrou de vez o bonitão?

_____

Keiko revirou os olhos e começou a digitar uma resposta, mas perdeu a paciência e resolveu ligar para a amiga.

- Ei! – A voz dela atendeu alegremente do outro lado. – Não tínhamos combinado de nos comunicar apenas por mensagens?

- Está tudo bem, podemos conversar. O Kakashi não está por perto. – Keiko respondeu.

- Como assim: “não está por perto”? O que vocês andaram aprontado?

- Você me disse para distraí-lo, não foi? Então eu o trouxe para uma escola de pilotagem.

Aki riu do outro lado da linha.

- Não era bem esse tipo de distração que eu tinha em mente para vocês dois, mas tudo bem.

Por que ela sempre tinha que colocar malícia nas coisas?

- Alguma novidade? – Keiko apressou-se em desviar o rumo da conversa.

- Sim! – A empolgação de Aki era tamanha que Keiko sentiu-se contagiada. – Você tem, oficialmente, 15 dias de descanso, a contar de hoje. Então risque a palavra “trabalho” do seu vocabulário nesse período.

O coração de Keiko foi invadido por uma onda de felicidade e gratidão.

- Como você conseguiu isso? – Ela quis saber.

- Contatos, Kei-chan. Tudo depende de quem você conhece. Mas isso não importa agora. Temos outro assunto urgente para tratar: o Kushimoto.

- Kishimoto. – Keiko a corrigiu.

- Que seja. Você tem toda razão quando diz que não vai ser uma coisa nada boa se o Kakashi se encontrar com ele.

- É claro que não vai.

Aki fingiu não ouvir a interrupção da amiga e continuou:

- Liguei para o Akira e ele topou se passar pelo empresário do Kishimoto. Mas ainda tenho que acertar alguns pontos dessa história, então apenas diga para o Kakashi que você conhece alguém que pode entrar em contato com ele, tudo bem?

Keiko estava surpresa com a engenhosidade de Aki.

- Podemos mesmo confiar no Akira, Aki-chan?

- Claro que podemos! – Keiko pôde sentir toda a indignação da amiga. – Você acha que eu namoraria um cara em que não confiasse?

- Me desculpe... – Tinha sido mesmo uma pergunta tola. - O Akira sabe que o Kakashi é... Hm... De outro lugar? – Keiko evitou dizer “de outro mundo”, dando uma olhadinha discreta na direção de Tetsuo. O velhinho ainda cochilava sobre o balcão, mas ela preferia não se arriscar.

- Sabe. E foi um trabalho e tanto fazê-lo acreditar. Mas, no fim das contas, ele achou a história fantástica e não vê a hora de conhecer o Kakashi. Aliás... – Aki deu uma risadinha. – Ele perguntou se vocês dois não gostariam de jantar conosco qualquer dia desses. Você sabe, num programa típico de casais.

Keiko engasgou. Quando estava pensando numa resposta para dar à amiga, a porta da recepção se abriu e Kakashi entrou, acompanhado do instrutor.

- Eu tenho que desligar, Aki-chan.

- Ok, entendi. Depois a gente conversa melhor!

Keiko guardou o celular no bolso.

- Yo! – Kakashi colocou o capacete na cadeira ao lado dela. E passou a mão pelos cabelos, numa tentativa vã de colocá-los no lugar. – Curtindo a vista? – Ele indicou Tetsuo com o queixo.

- Você não sabe o quanto. – Keiko disse com um tom mórbido, típico de quem passou muito tempo sem nada para fazer. – E então, como foi no trânsito?

Quem respondeu foi o instrutor.

- O Kakashi é um excelente aluno. Eu diria que ele pilota como um veterano. Fiquei surpreso com o seu desempenho! Nunca vi nada do tipo.

Keiko olhou para Kakashi, admirada. Ele sorriu e novamente passou uma mão pelos cabelos, envergonhado.

- Bom, isso significa que nosso tempo aqui na escola se encerrou. – Ela se levantou. O barulho da conversa, finalmente, fez Tetsuo acordar.

- Oh, ho! Acho que peguei no sono!

Keiko se aproximou dele.

- Obrigada, Tetsuo-san.

- Não precisa agradecer, Keiko-chan! Só não desapareça, sim? Venha visitar os velhos amigos.

Eles se despediram de Tetsuo e do instrutor, e saíram da escola.

- E então? Qual o seu plano agora? – Kakashi perguntou.

Keiko sentiu seu coração se acelerar. Ela vinha desejando esse momento desde o minuto em que tivera a ideia de trazer Kakashi para andar de moto. Tentando conter a euforia, mas sem muito sucesso, ela disse:

- Vamos voltar à concessionária e pegar a Ninja. Eu não vejo a hora de experimentá-la.

-x-x-x-x-

O sol tinha acabado de se pôr e, embora já estivesse escuro, o céu estava sem estrelas por causa de diversas nuvens que flutuavam acima de suas cabeças. O rapaz que atendera Keiko e Kakashi mais cedo lhes entregou as chaves e dois capacetes.

- Chegaram em cima da hora, já estávamos quase fechando! – Ele disse. – Depois venham escolher jaquetas e botas impermeáveis. São ideais pra andar de moto!

- Obrigada. – Keiko disse, e acenou, despedindo-se do rapaz, que se afastava.

Ficaram a sós no pátio da concessionária. O coração de Keiko martelava em seu peito. Ela estendeu a chave para Kakashi.

- Vai ter coragem de subir na garupa de um novato? – Ele ergueu uma sobrancelha.

Não, Keiko não teria coragem se fosse com qualquer outra pessoa. Mas era Kakashi quem estava ali, e ela não sentia medo algum. A razão de Keiko berrava um sonoro “não faça isso!” em sua mente. Mas hoje, contrariando qualquer expectativa, quem estava falando mais alto era o seu coração. E ele gritava para que Keiko deixasse as coisas acontecerem.

- Eu confio em você. – Ela respondeu.

Kakashi pegou as chaves, sentou-se na moto e colocou o capacete.

Keiko pôs uma mão no ombro dele, buscando apoio para sentar-se no banco de trás. Ela teve que pisar no apoio para os pés, erguer o corpo no ar e praticamente executar um movimento de balé para conseguir passar uma perna para o outro lado. Porque essas esportivas tinham que ter os assentos do carona tão elevados? Ela sentou-se um pouco rápido demais, e a inclinação do banco imediatamente fez com que seu corpo fosse para frente, chocando-se com as costas de Kakashi. Sua testa bateu atrás do capacete dele, fazendo um som oco.

- Ai. – Keiko murmurou.

- Tudo bem aí? – Ele perguntou.

- Aquele atendente nos enganou quando disse que o banco do passageiro era confortável. – Ela respondeu, azeda, massageando a testa. – É melhor eu colocar logo o meu capacete...

Kakashi riu, mas havia um tom de preocupação em sua voz quando ele perguntou:

- Você acha que está insegura aí atrás?

- Não. – Keiko respondeu com sinceridade e completou, timidamente: - Suas costas são um bom apoio.

- Hm...

Havia certa malícia no tom dele ou era só impressão?

Quando ouviu o click da trava do capacete de Keiko, Kakashi girou a chave no painel, e o motor da Ninja deu um rugido potente. Keiko sentiu a descarga de adrenalina pulsar em seu sangue.

A sua razão tentou desesperadamente persuadi-la a desistir, repetindo frases como: “Isso é loucura! É muito perigoso! Alguém pode se machucar!”. Mas o seu coração abafava todos esses ruídos, dizendo apenas duas palavras: “Seja feliz”.

E a frase da Miko veio à tona, fazendo coro com o seu coração.

“Viva intensamente cada minuto ao lado dele.”

Instintivamente, ela abraçou Kakashi com força, então ele colocou sua mão esquerda sobre as dela, apertando-as suavemente, virou a cabeça para que ela pudesse ouvi-lo e disse:

- Segure firme.

-x-x-x-x-

O vento soprava com força, na medida em que rasgavam a estrada, velozes. Keiko estava vestindo apenas uma calça jeans e uma blusinha de malha e a única coisa que ainda estava mantendo-a aquecida, eram as costas de Kakashi.

Já tinham se afastado bastante do centro movimentado da cidade, e chegaram às proximidades do litoral. Com Keiko indicando o caminho, Kakashi entrou por uma estrada secundária e deserta. Algum tempo depois, chegaram numa pequena praia, que parecia esquecida pelo habitantes daquela região.

Kakashi desligou a moto e tirou o capacete. Keiko ainda estava abraçada a ele com força, e ele percebeu que seus braços tremiam um pouco.

- Você está tremendo. – Ele disse com uma voz suave.

- Eu devia ter trazido um agasalho. – Keiko se justificou e se deu conta de que ainda estava com os braços ao redor da cintura dele. Sentindo o rosto arder em chamas, rapidamente se afastou e, com algum esforço, conseguiu descer da moto. Ela tirou o capacete, colocou-o sobre o banco e deu alguns passos na areia, em direção ao mar.

A praia estava escura, já que as nuvens cobriam a lua no céu, mas mesmo assim, ela ainda conseguia ver o balançar suave das ondas. Uma brisa fria soprou, jogando seus cabelos por cima dos seus ombros e ela estremeceu.

Braços acolhedores surgiram às suas costas, envolvendo-a num abraço. Imediatamente, uma onda de calor percorreu o seu corpo. E ela sabia que aquele calor não era somente o corpo de Kakashi aquecendo o seu. Era também o calor do seu sangue correndo mais rápido nas suas veias e o calor de um sentimento que apenas Kakashi havia despertado nela, um sentimento que fazia seu coração clamar por algo mais do que um abraço.

- Você vai pegar um resfriado se não se aquecer. – Keiko ouviu a voz calma de Kakashi soar atrás de si. Como ele podia ficar tão sereno, enquanto ela lutava para recuperar o fôlego e manter-se em pé? – O vento frio está soprando forte, hoje. Vai chover. – Ele constatou, casualmente.

Keiko não conseguiu responder. Toda a sua atenção estava voltada para o contato das suas costas de encontro ao peito dele e ela podia senti-lo subir e descer, suavemente, seguindo o ritmo da sua respiração. As mãos dele estavam envolvendo as suas, mantendo-as cruzadas na altura do umbigo.

Kakashi acompanhou o silêncio de Keiko por um tempo, olhando ao redor e admirando o mar escuro.

- Como você descobriu este lugar? – Ele perguntou depois de algum tempo.

Keiko suspirou. Aquela pergunta lhe trouxera lembranças nostálgicas.

- Meu pai costumava me trazer aqui com a mamãe. Eles diziam que todo mundo precisa ter um lugar onde encontrem paz e tranquilidade.

- Hm... –Kakashi murmurou. – E você precisa encontrar paz e tranquilidade?

Sim. Ela precisava. Precisava de paz para apaziguar a guerra que acontecia entre sua razão e seu coração. E precisava de tranqüilidade para lidar com a idéia de ter que se separar de Kakashi em poucos dias. Esse pensamento trouxe lágrimas indesejadas aos seus olhos.

- Eu preciso. – Ela disse com a voz trêmula.

- Por quê?

- Você sabe o porquê. – Ela esquivou-se de colocar tudo em palavras, e sentiu Kakashi suspirar.

Ele sabia. E o seu silêncio dizia que ele também estava encontrando dificuldades em lidar com o que estava acontecendo.

Um relâmpago clareou o céu, sem aviso e, logo em seguida, um trovão monstruoso ecoou no ar. Keiko se encolheu, com medo, e Kakashi apertou-a ainda mais em seus braços.

- Quer voltar pra casa? – Ele perguntou, e ela se limitou a negar, balançando a cabeça.

Keiko não queria sair daquele abraço. Ela queria aproveitar aquele momento um pouco mais, e queria aproveitar que sua razão havia aceitado a derrota daquela batalha e que, por enquanto, ela estava quieta num canto da sua mente, deixando apenas o seu coração falando livremente.

Ela sentiu uma carícia suave em sua orelha direita e reconheceu aquela textura imediatamente: era o tecido da máscara de Kakashi. Um arrepio percorreu todo o seu corpo. Os fios de cabelo dele tocaram sua bochecha, na medida em que ele aproximou ainda mais o rosto do seu.

- Por que você só existe nesse mundo? – Ele sussurrou.

Aquela não era uma pergunta a ser respondida. Era uma reclamação. Uma crítica ao destino, que havia colocado os dois naquele impasse cruel.

Keiko também tinha uma reclamação a fazer: por que ela não podia ir para o mundo dele? A resposta que a Miko lhe dera era muito vaga e praticamente impossível de compreender.

“Eu não posso fazer isso duas vezes.” – A voz da Sacerdotisa ecoou em sua memória, e ela fechou os olhos com força, na esperança de que aquelas lembranças dolorosas fossem embora.

Mas foi o beijo que Kakashi depositou em seu pescoço que fez com que ela se esquecesse de tudo, e se concentrasse apenas na sensação do tecido da máscara dele acariciando sua pele.

Outro relâmpago rasgou o céu, clareando tudo ao redor, e ele também foi seguido por um ribombar ensurdecedor dos trovões. Mas desta vez, Keiko não sentiu medo.

- Aka-chan... – A voz dele acariciou seu apelido. – Me perdoe... – Ele parecia estar travando uma batalha interna.

- Perdoar? – Ela ficou confusa.

- Sim... Por que eu não estou conseguindo mais manter meu autocontrole... – Sem aviso, ele virou-a para que ela ficasse de frente para ele.

“Ah, Kakashi-kun...” – Diante daquela declaração, Keiko não pôde mais resistir, e deixou que o seu coração assumisse o controle dos seus movimentos. Então, ela ergueu uma das mãos, tateou o rosto dele em busca da borda da máscara e deslizou-a para baixo.

As densas nuvens no céu encobriam a lua e as estrelas, e a escuridão da noite os envolvia. Era impossível enxergar qualquer coisa além de silhuetas difusas.

Keiko colocou sua mão no rosto de Kakashi, sentindo o calor da sua pele. Ele inclinou o rosto e beijou-lhe a testa. Depois beijou a ponta do seu nariz e, por fim, sua boca. Foi um beijo suave e cheio de ternura, mas que carregava em si todo o turbilhão de sentimentos que devastavam aqueles dois corações.

Kakashi deslizou uma mão pelas costas de Keiko, pousando-a em sua cintura, e puxou-a mais para perto, sentindo uma vontade incontrolável de mantê-la ali para sempre. Sua boca procurou a dela com mais urgência, numa tentativa de compensar todo o tempo em que ele desejou beijá-la e se conteve.

Os raios ficaram mais frequentes no céu e a atmosfera ficou mais densa. Aos poucos, a chuva começou a cair.

Eles estavam tão perdidos naquele momento, que só perceberam a chuva quando seus cabelos e roupas começaram a ficar encharcados. Com dificuldade, romperam o contato entre os seus lábios, mas mantiveram os rostos próximos, incapazes de se separarem totalmente.

Keiko sentiu uma onda de tristeza invadi-la, e voltou a sentir frio. Por que a chuva tinha que cair logo agora? Por que esse banho de realidade justamente quando ela estava deixando o seu coração falar? Ela colocou as mãos na máscara de Kakashi e cobriu o seu rosto. Então lhe deu um beijo casto por sobre o tecido. O sonho havia terminado.

Mas Kakashi pensou diferente. Quando ela começou a se afastar, ele a impediu. Com um movimento rápido, tirou a máscara, colocou uma mão em sua nuca e puxou-a para outro beijo, tão profundo que Keiko desligou-se completamente de tudo ao seu redor. Quando ele a soltou, ela estava sem fôlego. Com os lábios ainda roçando os seus, ele disse:

- Vamos para casa.

Uma nova onda de calor surgiu de dentro do seu peito, e Keiko leu nas entrelinhas do que ele havia acabado de dizer. Ela sabia o que ele queria, e o seu coração queria a mesma coisa. Desta vez, ela deixaria que ele falasse mais alto.

~~Glossário dos Termos Japoneses~~

Miko: Sacerdotisa.

-x-x-x-x-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentáriooooooossss!!! Quero saber o que acharam. ^^ Super beijocas!! =*