Acidentalmente Amor escrita por mebealine


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo vai ser praticamente baseado em Seddie. beijos e boa leitura.



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Ponto de vista Freddie


Minha mãe não saía do telefone com aquela Pam, e o tédio tomava conta do lugar. Tio Karl via jogo de futebol e tia Carmen provavelmente estava vendo a novela em seu quarto. E eu estava ali, sozinho.

Olhei no relógio e vi que não era tão tarde assim. Resolvi ir à casa da Carly, para jogarmos, vermos filme, fazer qualquer coisa que me tirasse daquele tédio.

Acenei para minha mãe que apenas retribuiu com o olhar. Caminhei em direção à casa da Carly, que não era tão distante assim da casa do tio Karl. Pude ver uma pessoa saindo da casa verde, que Pam me dissera que era dela. Ah não, aquela Sam enjoada!

Passei por ela e tentei não olhar em seu rosto, não queria falar com aquela... Grossa.

- Ei, ei! – Gritou e percebi que era comigo. – Espera aí, garoto de Nova York.

Fiquei parado e esperei-a vir até mim.

- O que você quer? – Fui curto e grosso. Estava apenas jogando seu jogo.

- Quero saber onde você está indo. – Forçou um sorriso. Foi a primeira vez que a vi de cabelo preso. Isso destacava mais seus brilhantes olhos azuis que, naquele momento, estavam da cor do oceano. – Ei! – Me deu um tapa no braço.

- Ai! – Falei colocando a mão no lugar onde ela tinha atingido. Seu tapa era forte. Muito. – Porque me bateu, Sam?!

- Não me chame assim. – Falou palavra por palavra, e aquilo só me dava mais medo. – Sam é para os íntimos. Pra você é Samantha.

Revirei os olhos.

- Enfim... Eu te bati porque eu te fiz uma pergunta e você demorou muito para responder. – Deu novamente um sorriso falso.

- Argh. – Resmunguei – Estou indo na casa da Carly, satisfeita?

A loira arregalou os olhos.

- Como assim na casa da Carly?! Quer dizer que ela te chamou também? – Aumentou o tom de voz.

- Não, não. Eu estou indo lá porque não tenho nada pra fazer e... Eu não te devo satisfações!

- Ah, se você não tem nada pra fazer vai brincar com seu bonequinho Ben 10! – Me deu as costas indo em direção à casa da Carly. Ela me chamou de... Criança? Ninguém me chama de criança. Não ia deixar isso barato!

- Desculpe Sam, mas eu não sou tão infantil quanto você para ficar brincando. Eu já amadureci. – Falei alto para que ela pudesse ouvir. A loira parou de andar na mesma hora e se virou lentamente.

- Repete. – Ela falou séria. Apenas a encarei. Estava tremendo de medo por dentro, mas é claro que eu não ia demonstrar. – Re-pe-te.

A loira veio em minha direção, andando rápido, passos largos. Fiquei parado, observando-a.

- EU MANDEI VOCÊ REPETIR! – Ela gritava.

- Repete você. – Minha voz saiu rouca.

Vi raiva em seus olhos, ela estava irritada. E eu gostei da sensação.

- Olha aqui, Benson de merda, é melhor você tomar cuidado comigo, senão...

- Senão o que? O que você vai fazer Samantha? – Dei uma gargalhada – Você pensa que eu tenho medo de você? Você pensa mesmo que eu tenho medo de você?

Ficamos em silêncio por um tempo, tentei adivinhar o que se passava na mente da loira, mas era difícil saber... Seus olhos quase passaram do ‘’azul para o laranja’’, eu conseguia ver o quanto ela fervia de raiva.

- Devia ter. – Falou calmamente, como se já estivesse calma. Claro que ela não estava. Sam me deu as costas e caminhou na direção da casa de Carly. Mesmo que eu tenha me divertido naquela noite, me recusei á dar mais um passo em direção à casa da morena. Sabia que Sam estaria lá e provavelmente me mataria se me visse.

...

Ponto de vista Sam


O jantar realmente tinha sido muito bom. Spencer fizera seus famosos tacos de macarrão, só que desta vez com um tempero diferente. Ele se recusou a dizer o nome do tempero, mas confesso que eu adorei.

Depois de sair da casa da Carly, voltei para minha casa. Minha mãe já estava dormindo. Subi as escadas e fiquei encarando a minha cama. Ainda eram 21:30, eu não estava com nem um pouco de sono e não tinha nada de bom para fazer.

Resolvi ir até o estábulo, ficar um pouco com o Hensey, isso me fazia bem.

Ponto de vista Freddie


21:30, em pleno tédio dentro do meu quarto. Se eu disser que não tinha nem uma TV, você acreditaria?

Eu não sabia mais o que fazer. Todos já deviam estar dormindo, eles dormem cedo por aqui. Resolvi dar uma volta por toda a vila, esfriar um pouco a cabeça seria bom.

Andei praticamente por todo o lugar. As luzes apagadas, estava tudo escuro, mas eu não ligava. Avistei o estábulo de longe e a porta estava aberta. E se os cavalos fugissem? Resolvi ir até lá.

Estava fechando a porta quando ouvi um barulho. Trovões. Ah, não! A chuva começou a cair desesperadamente, chovia forte, era impossível andar por ali, ainda mais com toda aquela escuridão. Resolvi ficar dentro do estábulo, esperar a chuva passar, ou diminuir.

Avistei um banquinho e me sentei. Lá eu estava protegido da chuva.

- Quem está aí? – Pude ouvir uma voz feminina gritar. Uma luz se acendeu, parecia mais uma espécie de lanterna. Não pude decifrar quem estava ali, fiquei com medo. A menina se aproximou. – Ah, não. O que você está fazendo aqui, mauricinho?

Samantha Puckett. A pergunta era: O que ela estava fazendo ali?

- S-Samantha? – Gaguejei.

- Sim, sou eu. Meu Deus, você não me deixa em paz, não é? – Pegou outro banco e se sentou perto do cavalo branco, acariciando sua cabeça.

- Eu não sabia que você iria estar aqui. Eu só estou me protegendo da chuva.

- Claro... – Percebi ironia em sua voz.

- Qual o nome dele? – Apontei para o cavalo.

- Hensey.

- Belo nome.

- Eu sei. – Se levantou e ficou me encarando.

- O que foi? – Perguntei com a voz rouca.

- Como é lá? – Ela sorriu e sentou-se novamente.

- Aonde?

- Nova York. Cidade grande. Tem muitos mauricinhos como você?

- Eu não sou mauricinho, Samantha.

- Pra mim você é. – Ela gargalhou – Aposto que você é daquele tipo de garoto popular na escola que se acha.

- Eu não sou. Eu sou um menino muito dedicado aos estudos. Não sou como os outros. – Sorri.

- Ah... Nerd.

- Eu não sou...

- Cala a boca. – Me cortou no meio da frase.

Olhei para baixo.

- Você me odeia não é? – Suspirei.

- Não é que eu te odeie... Eu só não fui com a sua cara, Benson. – Deu um meio sorriso.

- É... Tim disse que seria assim.

- Tim? Espera... Ele falou de mim para você?

- Sim. Ele me disse que eu não fazia o seu tipo. Se recusou até a me dizer o seu nome. Falou para mim que era para eu te esquecer e ficar mais com a Carly.

Ela riu.

- Então você estava de olho em mim?

- Não... Não é isso... Eu só tinha achado você bonita. Só isso.

- Nunca diga para mim que sou bonita. Eu não gosto de elogios. – Forçou um sorriso.

- Você mora aqui desde pequena? – Mudei de assunto.

- Na verdade não. Eu vim pra cá quando era nova. Minha mãe resolveu se mudar, por que... Meu pai e ela se divorciaram.

- Ah, eu sinto muito.

- Não tem problema. Ele não ligava para mim e ainda não liga. Eu não me importo.

- Meu pai morreu 14 dias depois que eu nasci. Não pude conhecê-lo e é horrível ver minha mãe com esses namorados que ela tem.

- Minha mãe ainda é apaixonada pelo meu pai. Eu sinto isso e é horrível não poder ajudá-la. Nós nem conversamos sobre isso, sei o quanto deve ser difícil para ela.

Sam riu.

- O que foi?

- Não sei... É estranho estar aqui conversando com você. Eu poderia estar te batendo, mas... Eu estou de bom humor.

- Então eu tenho sorte. – Rimos. – De quem é aquele cavalo preto?

- Argh. Agatha Lovato. Ela é a dona.

- E quem é Agatha Lovato?

- Ela mora aqui. Viajou, mas já está voltando, amanhã eu acho. Eu a odeio.

- Por quê?

- Muitas informações para você, Benson. – Ela se levantou. – Só espero que você não fique amigo dela.

Sorrimos.

- Parece que a chuva passou. – Comentei.

- Sim. Vou para casa.

- Tudo bem. Boa noite. – Saímos do estábulo.

- Boa noite, nerd. – Ela se virou e foi andando na direção da sua casa. Sam não era tão ruim quanto eu imaginava. Mesmo que eu odiasse os apelidos que ela colocara em mim.

Fui para casa, tomei outro banho e adormeci rápido. Sabia que no dia seguinte iria acordar com um galo cantando.


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Notas finais do capítulo

gostaram? rs deixem as reviews por favor, é mt importante.



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