Acidentalmente Amor escrita por mebealine
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Muito obrigada pelas reviews, e tenho que dizer que a maioria de vocês acertou quem era o cara, o que estava bem na cara. Enfim, boa leitura!
Ele estava um pouco mais velho, porém sua beleza continuava a mesma. Aquele sorriso que eu reconheceria mesmo á 1.000 km de distância. Aqueles olhos azuis... Ele apenas mudara um pouco, mas confesso que ainda estava... Irresistível.
- Eu... O que você está fazendo aqui, Tom?
- Eu apenas vim ver você. – Ele sorriu novamente. Ficamos em silêncio por uns longos segundos. – Você não vai me convidar para entrar?
- Bem... É claro. – Forcei um sorriso, saindo da frente da porta e dando espaço para ele passar.
- Linda casa.
- Sem essa, Tom. Me diga logo, o que você quer aqui? Sabemos que o motivo não sou eu.
Ele suspirou.
- Eu vim aqui pra tirar satisfações com você.
Meu coração acelerou. Será que ele tinha descoberto?
- Como assim? – Gaguejei.
- Você tem uma filha, Pam. E nem liga pra ela. Melanie sente sua falta, sabia? Ela já tem 16 anos e tem o direito de ter uma mãe por perto.
- Minha intenção não foi abandonar Melanie! Você que quis levá-la quando nos divorciamos!
- E você nem quis lutar por ela na justiça!
- Claro! Eu não tinha muito dinheiro naquela época, Tom. Você acha mesmo que o juiz ia deixar eu cuidar de duas meninas, naquela idade, sendo que eu dependia do dinheiro da minha mãe?
- Espera... Você disse duas meninas?
- Não... Eu só... Eu só disse isso porque...
- Pam. Você tem mais alguma filha com algum outro cara?
Eu suspirei.
- Não. Na verdade... – Engoli em seco, fechando os olhos e me preparando para lhe contar a verdade. – A outra filha é sua.
Ele arregalou os olhos.
- O que? Mas isso não é possível! Nós temos apenas a Melanie! Apenas!
- Não. Eu engravidei de gêmeas, desculpe por não ter te contado.
- De gêmeas? E porque você me disse que tinha apenas uma filha? Por quê? – Ele gritava.
- Por que eu sabia que você iria levar as duas! E eu não suportaria viver longe das minhas filhas! – Gritei também, já chorando.
Tom se sentou e colocou a mão na cabeça.
- E essa menina... A nossa outra filha. Ela sabe da minha existência? – Tom me fitou com os olhos. – Ela sabe da existência da irmã?
- Bem... Da irmã ela não sabe e da sua... Sim. Ela pensa que você nos abandonou. Que foi o que você fez.
- Eu não abandonei ninguém, Pam! Você que bebeu naquela festa, você que me traiu! E eu não suporto traições!
- EU ERA APENAS UMA ADOLESCENTE, TOM! TINHA 17 ANOS, NÃO TINHA JUÍZO, E AINDA ESTAVA GRÁVIDA, VOCÊ SABE! E FOI SÓ UM BEIJO.
- Sim, mas eu te amava! Eu te amava Pam! E você não deu valor a isso!
- É claro que eu dei! Eu te pedi desculpas umas mil vezes e você disse que me perdoava, e depois simplesmente foi embora com a Melanie!
- EU NUNCA DISSE QUE TE PERDOEI! EU APENAS DISSE QUE ERA PRA ESPERAMOS NOSSA FILHA NASCER!
- E quando ela nasceu, você foi embora!
- Quando ela nasceu, eu te disse que iria me separar de você! Eu não te abandonei, Pamela!
Sentei no sofá, já chorando desesperadamente. Não conseguia dizer mais nada para ele.
- O que você vai fazer agora? – Fiz a pergunta que mais temia.
- Eu... – Ele engoliu em seco. – Quero conhecer ela.
- O que? – O olhei com medo.
- Quero conhecer minha outra filha.
- Samantha te odeia!
- Ela me odeia porque você a ensinou a me odiar! E eu exijo que você conte toda a verdade pra ela! Entendeu?
Apenas fechei os olhos e me calei.
- Bem... Eu vou sair. Estou hospedado em um hotel no centro da cidade. Te dou uma semana pra resolver as coisas. Uma semana. Tchau. – Ele saiu e eu apenas subi para o meu quarto, imaginando como seria minha vida dali em diante.
Ponto de vista Freddie
Eu simplesmente não acreditava no que estava ouvindo. Não sei se escutei a discussão toda, mas o que eu escutei foi o suficiente pra saber que Sam tinha outra irmã e não sabia. Fiquei imaginando o que faria agora. Como contaria para Sam tudo isso? Como?
Fiquei paralisado e fui dando passos para trás até que esbarrei em alguma coisa – ou alguém – E o pior é que era a última pessoa que eu queria que estivesse ali agora.
Sam estava paralisada. Como eu não tinha percebido que ela estava ali o tempo todo? Seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ela não olhava para mim. Olhava para o nada, para o vazio. Mas eu sabia muito bem onde seus pensamentos estavam. Sam se ajoelhou no chão e deixou as lágrimas caírem. Nunca tinha visto-a naquele estado, nem mesmo naquele dia no estábulo. Me ajoelhei na sua frente e segurei sua mão. Ela estava tremendo. Sam me encarou, com o rosto vermelho e molhado. Ela soluçava demais. Não sabia o que dizer pra que ela se sentisse melhor então fiz o melhor que pude: Abracei-a. Abracei forte.
- Eu... Eu sinto muito. – Consegui dizer.
Parecia que Sam tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia por causa dos soluços e das lágrimas. Percebi que não podia deixá-la ali sozinha. Resolvi ligar para a Carly, que era sua melhor amiga. Ela provavelmente saberia o que fazer.
- Alô?
- Carly... É o Freddie. Olha, a Sam tá muito mal. Você tem que ajudá-la.
- Como assim?!
- Ela pode dormir na sua casa hoje? – Olhei para Sam. Mesmo que ela estivesse chorando, consegui ver pelo seu olhar que era isso o que ela queria.
- Pode... É claro. Mas o que aconteceu, Freddie?
- Eu estou indo praí. Quando eu chegar, eu te explico. – Desliguei o telefone e ajudei Sam a se levantar.
- Eu... Não acredito. – Ela finalmente conseguiu dizer, entre soluços e lágrimas.
Não falei nada, apenas ajudei-a a chegar na casa da Carly. Quando chegamos lá, Carly já esperava na porta.
- Meu Deus, o que houve?! – Ela gritou quando viu Sam chorando.
- Vamos entrar, dê um copo de água pra ela. – Falei.
Carly assentiu e levou Sam para o seu quarto. Tomei a liberdade de pegar um copo de água e entreguei-a.
- Tá melhor? – Carly perguntou e Sam assentiu.
- Eu preciso dormir. – Ela disse. Carly ajudou-a se deitar e depois me puxou pra fora do quarto.
- Me diz o que aconteceu! – Ela tinha uma expressão de preocupação no rosto.
Contei tudo á Carly e ela apenas me olhava, perplexa.
- Eu não acredito que a Sra. Puckett fez isso!
- Eu também não... Enfim, a Sam vai enfrentar uma barra agora, principalmente com o pai na cidade. Você tem que ajudá-la.
- Eu vou. E você também. Não vai?
- Claro. – Sorri. – E não comenta isso com ninguém. Ok? Acho melhor não espalharmos.
- Tudo bem. – Ela sorriu.
- Bom, eu vou indo. Qualquer coisa, me liga. Qualquer coisa, entendeu? Não importa a hora.
Carly deu um sorriso e assentiu com a cabeça. Saí da casa dela e no meio do caminho encontrei Tim.
- Benson.
- Tim. – Sorri e ele sorriu de volta.
- Posso te fazer uma pergunta?
Pensei que fosse alguma coisa em relação ao que tinha acontecido com a Sam, mas pra minha sorte, não era.
- Claro, cara.
- Você gosta da Sam?
- Meu Deus, porque todo mundo tá me perguntando isso?
- Porque é o que parece. – Ele me encarou. – Enfim, eu também gosto dela. Muito. Eu a amo, na verdade. Não quero que você a roube de mim Freddie, por favor.
- Com isso você não precisa se preocupar. – Sorri. – Sam nunca gostaria de alguém como eu.
- Não tenha tanta certeza disso. – Ele olhou pra baixo e o silêncio tomou conta do lugar. – Enfim, era isso. Continuamos amigos, não é?
- Claro, cara. – Sorrimos. – Bom, vou indo. Tchau.
- Tchau. – Ele foi em direção á sua casa e eu fui em direção á casa de tio Karl. Aquele não foi um dos melhores dias, com certeza.
Ponto de vista Agatha
Eu tinha saído com minha mãe, mas cheguei de tarde. E também cheguei na hora certa de descobrir algumas coisas.
Estava passando em frente a casa de Sam, quando ouvi tudo o que sua mãe falara com seu suposto pai, Tom, eu acho. Agora eu tinha aquele segredo nas minhas mãos. E era ótimo ter poder sobre Samantha Puckett.
Eu sabia também que tinha uma dívida com Freddie Benson. Ele tinha dito que em 24 horas eu teria que contar tudo para a mãe dele. Eu vou confessar que realmente não sabia o que fazer, mas agora com aquele segredo de Sam nas minhas mãos, eu posso fazer qualquer coisa.
Quando o outro dia chegou, a primeira coisa que eu quis fazer foi colocar meu plano em prática. Me arrumei e apenas esperei Sam sair da casa de Carly para termos nossa conversinha.
- Tudo bem Carls. – Sam dizia.
- Você tem certeza que não precisa que eu vá com você?
- Carly, é sério! Eu só vou falar com o Freddie e... Depois vou enfrentar minha mãe. – Senti sua voz trêmula.
- Vai brigar com o Freddie de novo?
- Não, eu... – Sam deu uma pausa. – Vou agradecer.
- Ok. Mas não se esqueça que ...
- Qualquer coisa, eu posso ligar. – Sam interferiu na frase de Carly, imitando a voz da amiga.
Quando vi que Carly estava distante e que Sam estava indo em direção á casa do Sr. Karl – que era onde Freddie estava hospedado – puxei seu braço, assustando-a.
- Ai! – Ela gritou. – Tinha que ser você. – Sam revirou os olhos.
- Samantha Puckett. – Dei um sorriso.
- Me fala logo o que você quer.
- Bem... Ontem eu saí com a minha mãe, sabia?
- Edaí?
- E daí? E daí que quando eu voltei, eu passei em frente a sua casa, Sam.
- Olha Agatha, eu não vou ficar aqui ouvindo você diz...
- Cala a boca e me escuta! O que eu tenho pra dizer você precisa ouvir.
- Vai direto ao ponto.
- Quer que eu vá direto ao ponto? Ótimo. Eu sei que você tem outra irmã. É isso mesmo. Eu sei que seu pai foi ontem na casa da sua mãe. Sei de tudo Sam. Tudo!
- Como...Como você soube? – Ela parecia realmente assustada.
- Isso não interessa! – Falei um pouco mais alto. – Quando eu quis explicar você não quis ouvir! Agora vai ter que se contentar com isso. E saiba que, qualquer ameaça, qualquer coisa que você fizer pra mim... Eu conto seu segredo. Ouviu bem?
- Eu te odeio! – Foram as únicas palavras que Sam conseguiu pronunciar antes de sair correndo em direção a casa do Sr. Karl.
Depois que ela saiu, eu sorri vitoriosa.
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Então... askdjakld Eu gostei muito de escrever esse capítulo, não sei porquê. Acho que é porque é um capítulo ''revelador'', será? akldjsl enfim, deixem as reviews dizendo o que vocês acharam, não se esqueçam. E ah, alguma coisa me diz que vocês vão gostar muito do próximo capítulo. Beijos e até amanhã!