Amor À 19 Vista escrita por RoBerTA


Capítulo 18
Adelina, a rainha dos galhos


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoinhas !! :3
Espero que gostem do capítulo
Amei os reviews



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Alguém, por favor, me dê um motivo para não matar Rafael, aqui e agora.

Sério, como um ser, que diz gostar de mim, tem a capacidade de me arrastar para o meio do mato, com o intuito de “apreciar a natureza” e “fazer uma trilha”?!

Agora me diz, quem, nesse raio de sistema solar, apreciaria esses mosquitos infernais que parecem ter surgido do além, e que não param de me perseguir, com o intuito de beber todo o meu precioso sangue?

E olha a parte mais interessante. Quando eu reclamei disso com o Rafa, ele simplesmente disse:

“Minha linda, eles gostaram de você. São só picadinhas de amor.”

Eu juro, que quando ouvi isso, precisei me concentrar, e muito, para não jogá-lo naquele buraco que também era testemunha da idiotice a nível mundial do querido Rafael.

Parei um pouco, com as mãos apoiadas nos joelhos, para tentar recuperar o fôlego.

— Novata, pare de frescura e volte a andar!

Fuzilei, degolei, decepei e decapitei o homem proprietário daquele bigode ridículo, com olhos da cor de um catarro. Ele era simplesmente insuportável. E o guia da “trilha”.

Alguém, por favor, me mate. Eu até pago.

Mais alguns seres, que já estavam bem mais adiantados do que eu, começaram a rir de mim. E o tongo do Rafael não fez nada para me defender.

É aí, meus caro colegas, que eu entro no cólera-fúria-ira-ódio-raiva mode on. Só para vocês terem noção do caos dentro de mim.

— Estão olhando o quê, bando de otários.

E praticamente rosnei para eles. Ok, isso não foi muito sensato. De qualquer forma, levantei com muita dignidade, e me pus a caminhar.

Quando Rafa puxou meu braço, eu dei uma cotovelada nele, e me limitei a dar um olhar hostil em sua direção. Depois disso, ele ficou bem quietinho.

Enquanto precisava me desviar de galhos pontiagudos, fiquei pensando em como alguém poderia ser idiota o suficiente para levar a namorada fazer trilha.

Logo depois do almoço, Rafa bateu na porta de forma apressada, e quando o recebi, ele me mandou pôr uma roupa confortável e tênis.

Foram poucas as opções de encontro romântico que envolvessem aquele tipo de vestimenta que passaram pela minha mente. Mas em hipótese alguma cheguei perto da palavra trilha.

Já estava me perguntando se iríamos atravessar a divisa do país, afinal, estávamos caminhando há muito tempo, quando o bigodudo parou repentinamente, fazendo com que um garoto magricela e ofegante se chocasse contra ele. O pobre garoto recebeu um olhar fulminante, e logo tratou de sumir da visão do homem.

— Vocês podem descansar um pouco. Logo chegaremos ao nosso destino.

Em virtude de eu estar um pouco — muito — furiosa com Rafael, quando descobri que iríamos pro meio do mato, pouco liguei para o que o bigodudo falou antes de irmos, principalmente no que se tratava do nosso “destino”. Óbvio que eu não daria o braço a torcer, perguntando para alguém — qualquer alguém — do que ele estava falando.

Resolvi recuperar minhas energias perto de uma árvore gigante. Apoiei-me em seu grosso tronco, e resolvi tentar usufruir de algo naquela situação.

Vamos ver se a natureza é tão boa assim como esses malucos acham.

Analisando. Ok, aqui é verde em cima, e marrom com verde embaixo. Tem bastante de árvores e plantinhas. Nossa! Como é possível um galho ser tão bonito e enrolado desse jeito?!

Saí de perto da árvore, me aproximando daquele estranho galho, enquanto ignorava uma menina maluca abraçada em uma árvore, e tentava ignorar uma futuro-defunta que dava em cima do meu namorado. Cachorro, depois ele vai ouvir umas boas.

O galho bonito estava a menos de um metro do meu rosto, quando ouvi a voz do bigodudo soar estranhamente calma atrás de mim.

— Novata, não se mexa. Tem uma cobra bem na sua frente.

Ai. Meu. Deus.

Por isso o galho-não-mais-galho-e-sim-atual-cobra pareceu se mexer instantes antes, coisa que ignorei completamente, acreditando se tratar do vento.

Está decidido.

Eu não nasci para ser amante da natureza.

— Agora fique calma, e dê passos lentos e pequenos para trás. Tente ser o mais discreta o possível.

Eu praticamente podia sentir as pessoinhas prendendo a respiração, em meio a todo aquele silêncio.

Embora obedecer não seja uma das minhas atividades preferidas, assim o fiz. Estava um pouco longe, quando a tal da cobra se mexeu. Seus olhos me encararam, no limite do possível para uma cobra, e então ela pulou. Simples assim.

Gritei e saí correndo, mas podia jurar ter sentido algo encostar-se ao meu tornozelo exposto. Dei uma olhada só para conferir, e ele estava inteiro.

De repente senti Rafael me puxando para junto de si.

— Vem, vamos sair daqui.

Todos os pequenos amantes da natureza — que não eram capazes de suportar uma cobra — estavam fazendo um escândalo, pulando de lá para cá, e gritando feito umas gazelas.

Continuei andando com o Rafa me puxando, até que os gritos se tornaram inaudíveis atrás de nós. Finalmente Rafa parou, e então se virou para mim. Sua expressão exibia uma preocupação genuína.

— Você está bem?

Boa, Rafa, pensei, depois de me arrastar alguns quilômetros, você resolve ver se estou bem. Gênio.

— No limite do possível. — Respondo um pouco ofegante.

Sua expressão se suaviza, e ele me envolve em seus braços. Inspiro seu perfume, enquanto tento clarear a mente. Relutante, me afasto de seu abraço possessivo.

— Mas nós não deveríamos ter ficado lá para ajudar com a cobra? — Pergunto, e meu cenho se franze, enquanto sinto uma pequena parcela de culpa. Mas tudo que ele faz é rir.

— Thiago vive nesse tipo de lugar, então essa não é a primeira vez que ele acha uma cobra no trajeto. Provavelmente ele vai matá-la, e então continuar com a caminhada. Aliás, só você mesmo para encontrar uma cobra, assim, do nada.

— Mas eu pensei que fosse um galho! — Ponho as mãos na cintura, e entro na defensiva.

— Mas a cobra era verde. — Ele me encara com curiosidade. — E estava enrolada em um galho marrom. Que tipo de galho você pensou que fosse?

Minhas bochechas queimam, e tento ignorar seu olhar questionador. Resolvo mudar de assunto.

— Será que o bigodudo não vai dar por nossa falta e vir nos procurar?

— Talvez sim, talvez não. Quem sabe?

Uau, o tipo de resposta que sacia todas as suas dúvidas.

— Agora venha, eu preciso te mostrar algo, antes que eles cheguem.

E então me puxa pelo braço novamente.

Sério, estou ficando fula da vida sobre ficar sendo puxada feito uma boneca de pano pra lá e pra cá.

Já estou a ponto de me soltar de seu aperto, e reclamar até a morte, quando ele para. Rafa se vira de modo que fique de frente para mim, e me olha com seus olhos azuis, que parecem um céu noturno. Um céu parece simples, certo? Você olha para cima, e lá está ele, como sempre foi. Mas as pessoas às vezes se esquecem de que ao olharmos para cima, estamos vendo o infinito. Acima do céu, só existe a imensidão. O infinito do universo.

E é assim que vejo os olhos dele. A princípio, se vê apenas olhos normais, como quaisquer outros. Mas depois, é como se fosse possível se perder na profundidade do infinito de seus olhos.

Eu nunca fui uma pessoa de pensar essas coisas bonitas e poéticas sobre alguém, mas aqui estou eu, olhando para seus olhos como se quisesse me afundar neles. Eu poderia descrever do meu modo apaixonado, cada mínimo detalhe de Rafael, fazendo o uso de metáforas. Poderia ficar o dia inteiro pensando nele.

E tudo porque estou apaixonada.

É estranho como a paixão pode mudar as pessoas, de forma tão plena, não é mesmo?

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu me perdia em devaneios sobre ele, mas acabei despertando para o mundo quando ele sorriu e encostou sues lábios aos meus, um beijo leve e rápido.

— Espero que você goste.

Estava prestes a perguntar sobre o que ele quis dizer, mas suas mãos, agora entrelaçadas às minhas, me puxaram levemente, ele andando de costas, como se conhecesse o caminho perfeitamente bem. Nunca quebrávamos o olhar, que agia como um elo sobre nós.

Talvez seja por isso que não vi logo de cara, o verdadeiro significado da perfeição. Estava ocupada demais olhando para Rafael.

Mas quando por fim despertei de verdade paro o mundo ao meu redor, percebi qual era o tal do destino que o bigodudo falou. E entendi o porquê de todas aquelas pessoas estarem dispostas a caminhar tanto para chegar até aqui.

Pessoalmente, eu faria tudo de novo se esse fosse o prêmio final.

Antigamente, quando via algo de beleza extrema, que o mundo nos fornecia, como um belo amanhecer, ou um céu estrelado, até mesmo o simples bater de asas de um beija-flor, costumava pensar:

Eu viveria uma vida inteira por um momento como esse.”

E dessa vez, não é diferente. Eu viveria uma vida inteira, mesmo sabendo que esse seria o único momento de felicidade nela. Valeria a pena.

O único indício de que não estou sonhando, ou vendo coisas, é a respiração quente de Rafa contra o meu pescoço, trazendo consigo arrepios.

— Lindo.

É tudo que consigo dizer nesse momento.

É tudo que consigo pensar nesse momento.

Minha consciência de limita à presença do Rafa, e à beleza que me cerca.

A primeira coisa que prende minha atenção, é o som. Pássaros cantam, como se disputassem entre si o dono do melhor assovio. Então há o barulho da água batendo nas pedras, um barulho persistente, que enche minha mente. Ele repete, repete, repete. Um som hipnótico, que adestra minhas pálpebras, agora relaxadas, parecendo pesadas.

Até mesmo o próprio vento parece participar dessa pequena reunião! Ele é um silvo, chiando de forma constante. Faz com que as folhas balancem, e sirvam de fundo musical, para essa canção que se chama perfeição. Ele parece me convidar a participar dessa cena que parece ter saído de um livro, como aqueles que leio e amo.

Queria poder fechar os olhos, e me permitir apreciar esse momento, desde a canção que se forma ao meu redor ao toque suave feito seda da brisa que chacoalha meus cabelos.

Mas não posso, pois agora é a visão que me seduz. Cada um deve ter uma ideia de paraíso diferente, mas eu nunca tive. Paraíso para mim, é estar feliz, não importa onde. Mas esse lugar, deveria ser sinônimo universal de paraíso. Sabe aquelas fotos bonitas de lugares lindos que você vê na internet, mas às vezes acha ser photoshop? Lugares que não deveriam existir em um mundo cruel como o nosso.

Mas esse lugar existe. E estou olhando para ele nesse momento.

Atrás de mim, de onde viemos, há todo aquele verde, com toda aquela flora. À nossa frente, o lugar é rochoso. Pedras enormes, de diferentes tamanhos que parecem uma muralha. Nelas a vida persiste, em forma de plantas que as cobrem, dando ao lugar a impressão de ter saído de um mundo paralelo. Deve ser por isso que o ar possui esse cheiro tão fresco.

E meu Deus, que cachoeira linda! Talvez — com certeza — existam cachoeiras mais bonitas, grandes ou conhecidas que essa, mas nenhuma delas seria o que essa é pra mim.

Provavelmente é o momento e a pessoa com quem estou que faça tudo isso tão especial quanto parece ser. Algumas pessoas possivelmente só veriam mato, terra, e sujeira a sua frente.

Mas não eu.

Um suspiro de reverência escapa, enquanto observo a água fazer seu perpétuo trajeto. Poderia ficar o dia inteiro observando a beleza do lugar.

— Gostou? — Sua voz me questiona, mais próxima de mim. Viro-me, para ficar de frente para ele, embora lamente o fato de não poder mais ver aquela linda paisagem. Mas logo minha atenção é toda dele, como sempre.

— Amei. — Me pergunto se é só do lugar que estamos falando. — Amei. — Repito. — Amei. — Então tenho certeza que pra mim, pelo menos, não é só do lugar que estou me referindo, embora ainda não tenha coragem de dizer o que sinto de outra forma.

Ele está prestes a dizer algo, algo grande, mas então o detenho com um beijo. Seguro sua cabeça, cada mão de um lado, enquanto o sinto me erguer pela cintura. E aqui está novamente o vento, participando do beijo e eternizando o momento.

Separamo-nos ofegantes, e posso jurar ter ouvido o barulho de vozes.

— Adelina, eu...

— Aqui estão os pombinhos! Se não é a novata que encontrou uma cobra?

Viro-me para o olhos-de-catarro, e vejo toda trupe amante da natureza junto a ele, mas nem prestam atenção em nós, estão ocupados demais observando o seu redor, com a boca escancarada.

Ignoro o tom de ironia na voz dele, e entrelaço minha mão junto com a de Rafael.

Ficamos um tempo ali, e depois voltamos por onde viemos, e fico preocupada em chegar muito tarde. Mesmo que eu quisesse, não fui capaz de me esquecer do Alex.

E o fato dele querer me ver à noite. Estremeço só de pensar.

Dou uma última olhada para o meu ideal de paraíso, e então continuo em frente, já sentido saudades do lugar.

A volta se mostra normal, sem demais incidentes. Meu mau humor sumiu feito água na calçada em dia quente. Acho que a coisa mais anormal que aconteceu, foi eu ter pensado visto — outra — uma cobra, e me afastei rápido. Resultado? Bati a cabeça em um galho. Nada demais, só ficou um galo, como o gentil Rafael ressaltou.

Mas isso não foi o suficiente para abalar meu bom humor.

Já estava escurecendo quando chegamos, e então Rafa me convidou para ir ao Pepinos Verde e Voadores.

Fizemos um lanchinho, e depois ele me levou de volta para o apartamento. Lá, Rafa me deixou na porta, como sempre.

— Obrigada, Rafa. Foi perfeito.

Ele sorri.

— Fico feliz que você tenha gostado.

De repente me dou conta de algo.

— Você percebeu?!

Mal posso conter minha empolgação.

— O que? — Ele pergunta confuso.

— Nós não encontramos nenhuma ex sua hoje!

E então Rafa começa a rir de mim, e precisa se apoiar na parede. Faço cara de braba.

— Talvez seja um sinal, não acha? — Ele pergunta por fim, e pisca. Com um último beijo de despedida, ele vai embora, acabando com um pouquinho do meu bom humor, por ter que me separar dele, e por ter que enfrentar o Alex.

Vovó fez uma janta incrível, a qual não fui capaz de resistir. Depois de estar devidamente alimentada, coloco uma roupa mais quente, já que esfriou um pouquinho por causa de ter escurecido.

Saio de fininho do apartamento, para que vovó não me veja e faça perguntas às quais não poderei responder.

E é assim na ida até a fonte, viro a pessoa mais sigilosa e cuidadosa do mundo. Ninguém me vê, e eu não vejo ninguém, como se isso pudesse me ajudar de alguma forma. Como uma troca, eu não os vejo, e em contrapartida, eles também não me veem.

Quando chego à fonte, que agora desperta meu interesse ainda mais, depois de eu saber de sua historia, vejo Alex de pé, virado de modo que eu só vejo suas costas.

— O que você quer de mim?

Ajo de forma direta, pois não quero prolongar essa situação. Ele se vira e sorri quando me vê. Estremeço.

— Você veio.

— Sim, eu vim. Já que fui praticamente impelida a vir aqui. Agora me diz, o que você quer em troca do seu silêncio?

Me odeio por fazer essa pergunta, já que não quero dar nada em troca. Seu sorriso é sinistro, macabro até.

— Você não quer saber como a Dayse está?

Golpe baixo. Estremeço por dentro, mas não o deixo saber que me atingiu.

— Como ela está?

Mas minha voz me trai. Ela oscila, e ele parece perceber, e se deleitar com isso.

— Na última vez que falei com ela, Dayse disse que perdoava quem havia feito isso com ela, seja lá quem fosse.

Claro que perdoaria, isso era tão ela. A Dayse benevolente, sempre visando o bem estar alheio, antes até mesmo do próprio.

— Você não disse nada sobre o que aconteceu, certo?

— Ainda não.

Palavras ousadas as dele. E o pior é que eu não poderia fazer nada. Era ele quem estava no controle da situação.

— E o que você quer para continuar calado?

Ele finge pensar um pouco, enquanto seu olhar se perde além de mim, em algum lugar às minhas costas. Mas sei que ele sabe o que vai pedir, muito antes de me convidar a vir aqui.

— Um beijo.

Mal posso acreditar no que acabei de ouvir. Primeiro, porque ele iria querer um beijo, quando poderia ter muito mais? E segundo, como eu poderia beijar ele, se meu coração era de outro?

Resolvi acreditar que a sorte sorriu para mim, e aquele beijo, que nada significaria, seria rápido.

— Feito.

Ele sorri, um sorriso de vitória, e chega perto de mim. Me pega como se eu fosse um troféu, e quando me beija, só consigo pensar em como os beijos do meu Rafa são infinitamente melhores. Preciso lutar contra o impulso de afastá-lo, e tentar acalmar a repulsa que sinto por ele. E saber que não muito tempo atrás, eu sonhava com os beijos dele, que agora só me lembram do quão patética eu era.

Finalmente, o beijo termina. Sinto algo estranho, como um mau pressentimento.

— Meu silêncio é todo teu. E quando você voltar para casa, e acabar com esse caso de verão que nunca vai passar disso, eu vou estar te esperando. Você sabe que é minha, Adelina.

E assim ele sai, me deixando atordoada. Espero um pouco, e então volto pelo caminho que vi. Mas algo me faz parar de forma abrupta.

Rafael.

Naqueles olhos tão lindos, que não muito tempo antes eu os descrevi de forma lírica, agora estavam tomados por um misto de confusão, mágoa, raiva e tristeza.

Ele viu tudo. Meu estômago se aperta.

— Rafael! Não é o que...

— Não.

Sua voz acaba com qualquer ideia que eu poderia ter tido para tentar ajeitar a situação

Ele nunca falou daquela forma comigo. Tão frio e distante.

Não posso me obrigar a ir atrás dele, enquanto se afasta. Só quando não o vejo mais, resolvo voltar para o apartamento.

Vovó nem nota quando volto, parecendo um zumbi. Jogo-me na cama, pensando nas minhas opções.

Embora as lágrimas gritem por liberdade, as impeço de demonstrar o quão fraca e patética sou.

Fico um bom tempo pensando em algo para arrumar aquela situação, e no final, só consigo pensar em uma saída.

Contar a verdade para ele.

Mas o segredo não é só meu, esse é o problema. Mas ela não iria ficar braba se eu contasse para ele em prol do nosso romance, certo?

Fico pensando nas várias hipóteses que essa opção implica, até pegar num sono.

Naquela noite sonho. Sonho com um Rafael dizendo que me odeia e me abandonando. E então as lágrimas reinam, e eu não saberia dizer se elas fazem parte do sonho, ou se são reais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, apesar de que essa vez não tido tanta comédia, e mais drama e descrição(?) Mas espero que tenham gostado :3
BjxxX